Água
de poços artesianos de Belém
e Marajó está contaminada, alerta
UFPA
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Pesquisas avaliaram em laboratório qualidade da água dos poços e constaram alto índice de coliformes fecais.Foto: Reprodução |
A água consumida por parte da população da Região Metropolitana de
Belém e da Ilha do Marajó, por meio de poços “artesianos”, está
imprópria para consumo. Essa condição foi constatada por um conjunto de
dissertações de mestrado defendidas no Programa de Pós-Graduação em
Recursos Hídricos (PPRH) do Instituto de Geociências da UFPA. Nas
pesquisas, constatou-se que a água, uma substância indispensável para
vida, caso seja mal manipulada, pode levar à morte.
Das sete dissertações apresentadas no PPRH, cinco estudaram a qualidade
das águas nas respectivas áreas. Os novos mestres Ádria Almeida,
Ronaldo Pimentel, Danielle Matos, Leila Hanna e Renata Crespim foram a
campo e cadastraram um número de poços ditos “artesianos”. Além disso,
coletaram água dos locais selecionados e enviaram para o laboratório
para análise. Os resultados do laboratório foram interpretados e as
conclusões foram enumeradas.
Coliformes fecais
Sob orientação dos professores Milton Matta, Paulo Pontes e Itabaraci
Cavalcante, foi constatado que os valores obtidos no laboratório em
relação ao pH, nitrato e coliformes totais e fecais da água estavam
acima dos valores exigidos pela legislação vigente. De acordo com a
pesquisa, possivelmente a má qualidade da água dessas regiões estava
provocando doenças na população.
De acordo com o professor Milton Matta, orientador das pesquisas e
coordenador do PPRH, o estudo é de suma importância para a saúde das
populações envolvidas na pesquisa. “A população, em primeiro lugar, deve
ter ciência de que isso está acontecendo. Que os poços utilizados não
são artesianos e que estão correndo perigo de se infectar com doenças de
veiculação hídrica. A água desses poços deve ser abandonada, não serve
para consumo humano”, declara o professor.
Fonte: G1 PA
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