Romero Jucá diz que pediu retirada de PEC polêmica para 'não expor' senadores
Se aprovada, proposta poderia blindar presidentes da Câmara, do Senado e do Supremo de processos durante o mandato; peemedebista reafirmou que Eunício pediu retirada do texto.
O líder do governo no Congresso Nacional, Romero Jucá (PMDB-RR), afirmou nesta segunda-feira (20) que pediu a retirada da proposta que poderia blindar os presidentes do Senado, da Câmara e do Supremo Tribunal Federal (STF) para "não expor colegas senadores" que haviam apoiado a tramitação do texto.
Se a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) apresentada por Jucá na semana passada fosse aprovada, poderia impedir que ocupantes da linha sucessória da Presidência da República sejam responsabilizados por atos estranhos ao exercício de suas funções durante o mandato.
"Retirei porque senadores e senadoras que assinaram a PEC apenas para que ela tramitasse começaram a ser pressionados e, de certa forma, começaram a sofrer constrangimento. Eu não gostaria que isso acontecesse", acrescentou Jucá nesta segunda.O presidente nacional do PMDB disse, ainda, que o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), pediu a ele que o texto fosse retirado de tramitação porque, segundo Jucá, Eunício disse que a proposta dava a impressão de que "estavam querendo blindá-lo".
A PEC proposta por Jucá, e posteriormente retirada, estendia a todos os presidentes de poderes a prerrogativa que o presidente da República já possui constitucionalmente.
Jucá nega consultas
No pronunciamento que fez na tarde desta segunda no Senado, Jucá disse que não consultou o presidente da Casa, Eunício Oliveira, e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), sobre o assunto - os dois são citados em delações da Odebrecht no âmbito da Operação Lava Jato.
Romero Jucá também afirmou que não havia conversado sobre a PEC com o presidente Michel Temer nem com o líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).
"Fiz essa proposta, mas não fiz essa proposta como líder do governo. Não conversei com ninguém, porque meu mandato é da minha consciência", disse o senador.
Em seguida, ele defendeu os senadores que assinarma o apoio à PEC. "Cansei de assinar propostas de emendas constitucionais que não concordava, mas assinava para tramitar", completou.
FONTE:G1
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