terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

MUNDO

Prossegue queda de braço entre Justiça e Trump sobre decreto migratório

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"Simplesmente não consigo acreditar que um juiz ponha o nosso país em tamanho perigo. Se alguma coisa acontecer, culpem a ele e ao sistema judiciário. As pessoas estão chegando aos montes. Ruim!", tuitou o presidente Trump.

O impasse continuava nesta segunda-feira entre a administração Trump e a justiça americana sobre o decreto migratório e, nesse meio tempo, cidadãos de países de maioria muçulmana atingidos por este texto aproveitavam a suspensão para viajar aos Estados Unidos antes de qualquer nova reviravolta.
A Corte de Apelações Federal de San Francisco rejeitou no domingo o recurso apresentado na noite anterior pelo Departamento de Justiça contra uma decisão de um juiz de Seattle.

Desta forma, confirmou a decisão do magistrado James Robart, que havia emitido uma liminar na sexta-feira, válida para todo o território americano, bloqueando o decreto presidencial até que uma queixa apresentada há uma semana seja analisada.
Infligindo mais um golpe a Donald Trump, a Justiça confirmou que os cidadãos de sete países muçulmanos visados pelo polêmico texto, podem entrar nos Estados Unidos. Mas a brecha pode se fechar a qualquer momento.

"Simplesmente não consigo acreditar que um juiz ponha o nosso país em tamanho perigo. Se alguma coisa acontecer, culpem a ele e ao sistema judiciário. As pessoas estão chegando aos montes. Ruim!", tuitou o presidente Trump.
"Instruí o departamento de Segurança Interna que checasse as pessoas que entram no país.

MUITO CUIDADOSAMENTE

Os tribunais estão tornando o trabalho muito difícil", acrescentou.

"A opinião desse suposto juiz, que, basicamente, priva o nosso país de sua polícia, é ridícula e será revertida!", havia garantido anteriormente o presidente americano.

A decisão do juiz Robart, que entrou em vigor no sábado, reabriu as fronteiras dos Estados Unidos para cidadãos do Irã, Iraque, Líbia, Somália, Sudão, Síria e Iêmen, assim como refugiados.

A corte de apelação pediu aos estados de Washington e Minnesota, que apresentaram na segunda-feira a queixa contra o decreto que gerou uma onda de indignação global, que forneça os documentos apoiando suas reivindicações antes das 23h59 local de domingo (segunda 7h59 GMT).

Também ordenou o Departamento de Justiça a fornecer até segunda-feira à tarde novos argumentos em apoio a seu argumento.

Mas não é só o Judiciário que se opõe a Trump: duas novas pesquisas de opinião revelaram que uma pequena maioria são contrários ao veto ao decreto migratório.
Mas Trump desconsiderou estas pesquisas: "todas as pesquisas negativas são notícias falsas, tal como as pesquisas eleitorais de CNN, ABC e NBC", reagiu pelo Twitter esta semana, lembrando o fracasso da maioria da imprensa de prever sua vitória.
"Lamento, o povo quer segurança fronteiriça e checagens rigorosos", acrescentou o presidente, que também promete construir um muro na fronteira com o México.
'Welcome Home'Tendo sobre a cabeça a espada de Dâmocles de uma reviravolta na disputa política e jurídica com repercussões em todo o mundo, os migrantes embarcaram em grande número rumo aos Estados Unidos.
Cerca de 60.000 vistos, suspensos pelo texto, também voltaram a ser válidos, de acordo com a diplomacia americana.

E muitas companhia aéreas, incluindo Air France, voltaram a aceitar cidadãos dos sete países em causa.

Kamal Fadlalla, um médico sudanês de 33 anos conseguiu retornar a Nova York no domingo, depois de se ver bloqueado por uma semana no Sudão, após uma visita de família.
"É bom" estar de volta aos Estados Unidos, disse à AFP em Nova York, onde foi recebido com "Welcome Home".

A Casa Branca, no entanto, pretende fechar rapidamente o vácuo jurídico no qual se encontram muitos migrantes e vencer a batalha judicial, multiplicando as apelações ou levando o caso à Suprema Corte.
O vice-presidente Mike Pence visitou os estúdios de televisão no domingo para expressar sua "frustração". O executivo, prometeu na Fox News, "vai reagir muito rapidamente".




Fonte: AFP





























































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