Falta de critério do árbitro e eficiência rival: Chamusca avalia derrota bicolor
Treinador acredita que o Paysandu teve o domínio do clássico Re-Pa deste domingo, mas não soube aproveitar os espaços e a posse de bola proporcionada pelo Remo
O técnico do Paysandu foi o aposto do treinador do Remo no clássico Re-Pa deste domingo, realizado no Mangueirão, pelo Campeonato Paraense. Enquanto Josué Teixeira estava mais irrequieto à beira do gramado – uma reclamação, inclusive, acabou levando à sua expulsão – Marcelo Chamusca era mais sereno. Talvez, o técnico estivesse satisfeito com o desempenho do Papão, já que, de acordo com ele, os bicolores tiveram mais posse de bola e pouco foram ameaçados no jogo. No final, segundo o comandante, o maior rival foi mais eficiente na derrota Alviceleste por 2 a 1.
– A história do jogo foi que em momento nenhum nós fomos ameaçados de perder, controlamos a partida. O Paysandu criou e o adversário jogava nos nossos erros. Nós tínhamos a posse de bola, mas não aproveitamos. Acho que o Edgar estava adiantado no lance do primeiro gol, faz parte. Empatamos, voltamos para o segundo tempo com o jogo controlado, o nosso goleiro trabalhou pouco. Veio o lance decisivo, que foi o pênalti, poderíamos definir a partida ali. Em seguida, perdemos o Rodrigo e o adversário cresceu, mas não chutou, parecia 11 contra 11, até que veio o lance final. O Paysandu teve posse de bola e o adversário foi eficiente.
Chamusca acredita que o pênalti perdido por Leandro Cearense aos 23 minutos do segundo tempo, quando o embate estava empatado em 1 a 1, caso convertido, poderia ter sido decisivo para um resultado diferente no confronto. O técnico preferiu não lamentar o erro e garantiu o prestígio do atleta Alviceleste.
– Quatro jogadores treinam para as cobranças de pênalti: Cearense, Bergson, Ayrton e Recife. As situações de bolas paradas são organizadas. Qualquer um estava pronto para bater. O que aconteceu não tem problema, não foi o que definiu a derrota. O resultado é coletivo. Ele (Leandro Cearense) cometeu uma falha, faz parte do jogo. É continuar treinando e dar apoio ao jogador, que vai ser criticado, a torcida está chateada, mas vamos fazer a nossa parte.
Um dos comentários de Marcelo Chamusca na entrevista coletiva após o Clássico Rei da Amazônia foi a atuação da arbitragem, com destaque para o apitador Gustavo Ramos Melo. O treinador avalia que faltou critério ao árbitro para que o lateral-esquerdo Caio Ribeiro, do adversário, também foi expulso, a exemplo do que aconteceu com o volante Rodrigo Andrade.
– Faltou o critério. Um dos aspectos e virtudes de um árbitro é a coragem. Ele deu o segundo cartão amarelo para o Rodrigo, e o lateral-esquerdo deles estava com um cartão, puxou o Bergson e fez inúmeras faltas no Leandro Carvalho. Foi um equívoco e faltou critério.
Agora o Paysandu passa a focar as atenções para a partida contra o São Francisco, que acontece na quarta-feira, a partir das 20h30, no Estádio da Curuzu, em embate atrasado da terceira rodada do Parazão. Ele falou da importância de uma vitória diante dos santarenos, mas sem enfatizar o fato de que o Papão ocupa a quinta e última posição na tabela de classificação do Grupo A1.
– Essa lanterna está fora de leitura. A gente só está nessa posição por ter um jogo a menos. Se ganharmos na quarta-feira, entramos na zona de classificação. É uma coisa momentânea em razão do cancelamento do nosso jogo, não tenho preocupação com isso. Vamos trabalhar para ganhar na quarta-feira. Vou começar a estudar o São Francisco a partir de amanhã, temos o jogo deles contra o Botafogo-PB e também vamos analisar os outros jogos.
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