segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

BRASIL

Após ataques, ruas de Vitória ficam vazias e shoppings fecham as portas

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Ônibus é incendiado em Serra, na Grande Vitória (ES)
e moradores reclamam:." Não sabemos até quando vai durar esta situação. Até para pagar contas está complicado, já que os bancos estão fechando".
Reprodução/Twitter

 

 

Os shoppings de Vitória (ES) fecharam as portas, e as ruas da capital capixaba estão praticamente vazias no terceiro dia de greve dos policiais militares com registros de dois ônibus incendiados, lojas saqueadas e alta de assassinatos no período.Com a onda de saques e de violência, os comerciantes evitaram abrir as portas. Seis shoppings não abriram pela tarde.

 Depois dos ônibus incendiados e da falta de policiais, motoristas decidiram paralisar o transporte coletivo a partir das 16h desta segunda.Com o aumento dos homicídios, o Ministério da Justiça autorizou o envio de reforço da Força Nacional ao Espírito Santo. Segundo o Sindicato dos Policiais Civis do Espírito Santo, o Estado registrou 52 homicídios desde sábado (4).

 Em janeiro, o Estado teve uma média de quatro homicídios por dia. Em 2016, foram registrados 1.181 mortes –média de 98 por mês. 


Entre os moradores, o clima era de insegurança nesta segunda. Muitos tiveram a rotina alterada, como o dentista Leonardo Regiani, 34. Oito dos 12 pacientes agendados desmarcaram suas consultas, por medo. "O maior problema é em relação a essa indefinição. Não sabemos até quando vai durar esta situação. Até para pagar contas está complicado, já que os bancos estão fechando".Para Christine Nolasco, 36, gerente de loja nos Shoppings Vitória e Praia da Costa, o fechamento das portas foi uma medida sensata."Foi horrível chegar ao trabalho e até mesmo pensar em ter que sair de casa e como a rua estaria. Tive muito medo e todos os meus colegas de trabalho também estavam apavorados".

A insegurança também impactou na volta do ano letivo. Escolas particulares e públicas cancelaram as aulas nesta segunda. "Tenho evitado sair de casa e só saio quando é muito necessário, e com alguém comigo. Hoje seria meu primeiro dia de aula, mas já foi adiado e não sei quando voltarei a estudar", disse a estudante Isadora Corteletti, 17.


Fonte: Folha de S. Paulo


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