MODA E CULTURA

Pará é fonte de inspiração para designers e estilistas em Belém

 

FOTO: divulgação Bijoux D'Autore

 

Foto: Ascom Igama

 

Foto: Arquivo São José Liberto 

Com sua riqueza de sabores, cheiros e texturas, a Amazônia é fonte de inspiração e oferece ainda matérias-primas indispensáveis para o trabalho de designers e estilistas paraenses.
"O Ver-o-Peso é muito bonito, cheio de pessoas bonitas e é nosso cartão postal, né?", afirma o feirante Miraci Alexandre, que trabalha no mercado que reúne tudo que é típico da nossa região.
E se o Veropa é o lugar de sabores, dos cheiros e de um colorido todo especial, por que não usar as cores pra transformar a feira em uma passarela de moda? A repórter Tainá Aires foi mostrar o que é tendência no grande mercado.
"Uma roupa da cor do tucupi, amarelinha assim", define o feirante Roni Rocha do que seria uma roupa com a cara do Ver-o-Peso.

E foi assim que o tucupi e outros produtos bem paraenses viraram estampa nas roupas desenhadas pela estilista paraense Raíssa Chene. Durante um ano, ela estudou o Ver-o-Peso e o resultado foram peças bem coloridas e com a cara do Pará.
"Eu queria que o meu trabalho fosse regional e nada mais representativo que o Ver-o-Peso para simbolizar isso. E aí, eu queria trabalhar isso na estampa. Eu queria mesmo fazer algo exagerado, que é o que a nossa feira é", explica a estilista.
O artesanato e as famosas garrafadas, vendidas pelas erveiras, também foram parar nos looks. As roupas foram aprovadas por críticas que sabem tudo quando o assunto é Ver-o-peso.
"Combina com a gente é, o que a gente faz, o que gente vende... muito bonito", afirmou a erveira Dona Coló.
E elas mostraram que não entendem só de ervas, que também adoram inventar moda.
"Com uma garrafinha aqui do lado... uma flor também.. ia ficar linda!", arrisca a erveira Beth Cheirosinha.
A cultura paraense também inspirou o trabalho  da designer de jóias Bárbara Muller, que  nasceu em Rondônia, mas mora no Pará desde os 4 anos. Nas mãos da profissional, toda a extravangância típica do Pará ganha formas delicadas.

"Tudo acaba virando fonte de inspiração para criar... as comidas, a chuva.. eu acho que Belém é um prato cheio pra criação e eu tenho o prazer de estar aqui desde os 4 anos", confidencia Bárbara Muller.
Bárbara fez a primeira coleção há pouco mais de seis anos e já expôs em salões internacionais. Duas delas estão num livro de jóias italianas e, recentemente, as peças foram parar nas passarelas de um dos desfiles mais esperados do país, o Moda Rio.
As jóias têm lembranças do Marajó, das roupas de carimbó...e ela sabe que ainda tem muita coisa para criar porque fonte de inspiração é o que não falta por aqui.
"Poder contar um pouquinho dessa história, da nossa cidade e levar isso pra outros estados, pro mundo...é muito bom quando você trabalha com o que gosta... é uma honra!", entrega a designer.

Fonte: G1 PA