PF deflagra operação que investiga dono de avião de Eduardo Campos
Aeronave caiu em Santos e vitimou o então candidato a presidência Foto: Divulgação |
A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira
(31) uma operação para apurar o real proprietário do avião que caiu em
Santos no acidente que matou o então candidato à presidência Eduardo
Campos (PSB) e mais cinco passageiros. Ao todo, 10 ordens judiciais
foram cumpridas em Recife, Pernambuco.
A
operação é chamada de Vórtex. Ao analisar as contas bancárias das
pessoas físicas e jurídicas utilizadas para a compra da aeronave de
prefixo PR-AFA, os investigadores federais observaram valores
transferidos por uma das empresas monitoradas pela Operação Turbulência,
que apura a aquisição do avião.
Segundo
a PF, valores transferidos por uma das firmas investigadas tinham sido,
na verdade, repassados dois dias antes, por uma terceira empresa, que
ainda não havia sido alvo da investigação original. A exatidão do
montante e o curto lapso temporal envolvido nas duas transações sugerem,
assim, atividade ilícita.
As
investigações apontaram que a empresa remetente dos recursos possui
contratos milionários com o governo do Estado e que suas doações a
campanhas políticas aumentaram de forma exponencial ao longo dos últimos
anos, notadamente para o partido e candidatos apoiados pelo
ex-governador morto.
Nesta
fase da investigação, 30 policiais federais cumpriram 10 ordens
judiciais, sendo seis mandados de busca e apreensão (quatro no bairro de
Boa Viagem, um no Pina e um em Jaboatão dos Guararapes) e quatro
mandados de condução coercitiva (todos no bairro de Boa Viagem).
Os
envolvidos responderão pelos crimes de corrupção, direcionamento de
licitação e lavagem de dinheiro. De acordo com a PF, no jargão
aeronáutico, vórtex (ou vórtice) é o nome dado ao movimento de massas de
ar em formato de redemoinho ou ciclone que geralmente precede a
turbulência.
Fonte: A Tribuna Online
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