Créditos fotos: WBC News |
Superação. Essa talvez seja a palavra que defina a atuação do
Terracap/BRB/Brasília Vôlei em 2016. Das onze partidas, o time venceu
oito e acumula vinte e três pontos na Superliga, o que permitiu ficar em
terceiro colocado na classificação geral. Embora a torcida esteja
otimista com o resultado, o técnico Anderson Rodrigues não dá descanso
para as jogadoras. Os treinos continuam intensos no Ginásio do SESI em
Taguatinga (DF) até o próximo jogo, marcado para o dia 7 de janeiro
contra o E.C. Pinheiros.
Anderson, que assumiu o cargo em julho passado, diz que ainda existe
muito o que ser feito para alcançar o objetivo desejado. Por isso tem
investido em treinamento específico, para que as atletas comecem o ano
com a mesma energia em quadra. Na entrevista a seguir, o técnico faz um
balanço da temporada e as expectativas para 2017.
Qual sua avaliação da temporada e como acredita que o time tem se destacado na Superliga?
Acho que o grupo assimilou mais rápido possível o trabalho, o jeito de
jogar, a agressividade. Vejo que é um time guerreiro que está
trabalhando, buscando a cada dia melhorar o crescimento, então, eu estou
vendo tudo isso de forma significativa, mas é lógico que tem muita
coisa para concertar. A gente precisa entender como é o processo. É um
time muito novo ainda.
Mas o Brasília está fechando o ano como terceiro colocado da Superliga. Como um time tão jovem, essa colocação não é promissora?
Tem os seus benefícios, como uma melhor colocação na Copa Brasil. Vamos
disputar em casa a fase mata-mata, então é uma viagem a menos diante do
público. Mas tem muita coisa pela frente. São mais onze jogos e temos
que trabalhar tudo de novo, melhorar uma bola aqui e outra ali, a parte
defensiva, e sacar muito bem.
Quais são os pontos fortes que acredita que o Brasília Vôlei tem hoje?
Eu acho que é um time o qual a mescla deu muito certo. Então temos um
bem ofensivo no saque, trabalhamos bem as bolas porque jogamos com muita
velocidade, e acho que isso facilita muito. Já o ponto falho está a
nossa recepção, pois sempre tem muito buraco. Precisamos dar uma
melhorada nisso.
Você
assumiu o time como técnico há seis meses cheio de expectativas. Acha
que está fechando o ano com a sensação de dever cumprido?
Não. Não tenho essa sensação, porque se eu pensar desse jeito, vou me
acomodar, e a gente tem que melhorar. Sempre vou estar aprendendo. Eu
acho que durante esse primeiro turno houveram muitos erros, e alguns
partiram de mim, sabe? Uma preparação para um jogo, um treinamento a
mais, uma folga a mais. Então a gente precisa ter essa dosagem e ainda
não tem. Mas vamos aprendendo com o tempo, a vivência.
Dos
jogos memoráveis de 2016, é fácil lembrar da vitória sobre o Vôlei
Nestlé. Essa vitória foi resultado de muito treinamento, foco e
estratégia?
Eu vejo esse jogo como um foco. Ali nós mantivemos o foco o tempo
inteiro e eles jogaram mal a partida. Aproveitamos a oportunidade.
Muitas vezes o time do Brasília jogava bem e não aproveitada a
oportunidade, então perdia por detalhes. E dessa vez isso não aconteceu.
Como um ano olímpico, qual as suas considerações sobre o evento esportivo? De que forma avalia o esporte?
A expectativa no voleibol era de quatro medalhas, duas na praia e duas
em quadra. Tanto a seleção masculina quanto a feminina se prepararam
muito bem, só que talvez por uma falta de ritmo dentro da competição,
houve o resultado inesperado para os torcedores. O masculino teve
pedreira. No primeiro jogo contra o México perdeu o primeiro set e isso
fez com que crescesse dentro da competição. O feminino, em 2012, foi o
inverso. Primeiro começou tropeçando, achando que não fosse ganhar, mas
ganhou a medalha. Já o masculino, que foi tudo flores, chegou ao fim e
perdeu para a Rússia. Então, acho que a história se repetiu apenas com
modalidades inversas. Mas também devemos dar mérito a treinadora, pois a
técnica foi audaciosa e apostou no que ia dar certo.
Como você acredita que ter sediado um evento tão grandioso possibilitou o fortalecimento do esporte?
Eu acho que foi maravilhoso. Sinceramente não acreditava que seria tão
bom como foi. O brasileiro mostrou que tem condições de sediar qualquer
coisa, por maior que o evento seja. Tanto a Olimpíada, como Copa do
Mundo e o Pan-Americano, que são os maiores eventos esportivos. Acho que
temos condições totais, mas precisamos nos organizar um pouco melhor,
com antecedência. Foi um evento muito bacana e com as reprises de alguns
jogos as pessoas puderam entender mais sobre cada esporte. Para o
Brasil foi bom porque não ficamos com a pensamento que é um País só do
samba e do futebol, então foi muito legal.
Quais suas expectativas para 2017 e os próximos jogos?
Eu vejo crescendo na competição, mantendo o foco, o nível técnico e
fazendo o nosso trabalho. Não podemos perder o objetivo. Precisamos
trabalhar forte e ganhar fisicamente, pois é um time que não tem tanta
peça de reposição, e a gente precisa trabalhar nisso. Então, a
engrenagem tem que estar certinha para que cheguemos melhor lá na
frente, com uma boa colocação e estrutura física, um bom nível de jogo.
Ai, sim, a gente vai conseguir chegar um pouco mais longe.
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