Serginho foge de treino e assédio antes de jogo de despedida da seleção
Sem conseguir andar na rua após segundo título olímpico, líbero curte família antes do adeus ao time nacional no Desafio de Ouro: "É um jogo festivo. Vamos nos divertir"
Andar nas ruas tem sido difícil para Serginho depois de conquistar seu segundo título olímpico. O líbero de 40 anos está acostumado com o assédio de fãs, que o param para vídeos, selfies, autógrafos... Mas tudo que o jogador quer no momento é sossego. Por isso mal sai de sua casa, no bairro de Pirituba, zona norte de São Paulo. Nem mesmo para treinar pelo Sesi-SP ou para sua despedida da seleção brasileira no Desafio de Ouro, dois amistosos contra Portugal neste fim de semana. Em um evento de um patrocinador nesta segunda-feira, Escadinha disse que só quer descansar e curtir os jogos festivos.
- O Marcos Pacheco (técnico do Sesi) veio aqui nos chamar para treinar. Estamos correndo dele faz um tempo (risos). Estou curtindo meus filhos. O problema é que não consigo andar na rua, então estou ficando em casa mesmo. Também houve um assédio muito grande em 2004. Tem esse reconhecimento, ainda mais comigo, por ser um velho conhecido do vôlei. Tem um carinho por tudo que fizemos. O negócio é descansar e curtir o que sempre senti falta na minha vida, que é estar com a família. Nem vou pensar em despedida. É um jogo festivo. Vamos nos divertir. Vai ganhar ou vai perder? O que vale mais é a festa. Mas acho que vai ter muito saque errado, porque o pessoal está parado - disse Serginho, que se encontrou com Bruninho, Éder e Evandro no evento de um patrocinador dos atletas.
O Desafio de Ouro vai reunir os 12 campeões olímpicos para jogos em estádios de futebol. No sábado, às 16h, a partida contra Portugal será na Arena da Baixada, em Curitiba. O último jogo de Serginho pela seleção brasileira vai ser no domingo, às 10h, no Mané Garrincha, em Brasília.
- Nunca joguei em estádio. É um presente para o público de Curitiba e de Brasília de ver a seleção tricampeã olímpica de perto. As pessoas precisam aproveitar. É um momento único ver a seleção de vôlei jogar em um estádio de futebol. A última vez foi com a Geração de Prata, no Maracanã, nos anos 80 - disse Serginho.
O líbero se refugiou em seu sítio, em Jarinu, a 70km da capital São Paulo. Só lá ele conseguiu tomar Itubaína em paz. Ele já retornou a Pirituba e pode até voltar aos treinos antes dos jogos do fim de semana.
- Acho que vou ter que ir ao Sesi uns dois dias para conhecer a bola de novo, porque já me esqueci dela (risos). Também preciso fazer uma parte física. Não dá para ficar duas semanas parado. O corpo perde, você acaba emagrecendo.
Serginho vai se despedir da seleção brasileira agora, mas ainda não vai se aposentar. Ele deve defender o Sesi por mais duas temporadas. A cabeça do líbero, porém, já está nos dias de descanso.
- Já estou preparado há anos para parar de jogar. Isso não vai nem doer (risos). Na minha cabeça eu já parei. Ninguém quer trabalhar o resto da vida. Chega uma hora que você fala: “Agora deu”. Minha aposentadoria está próxima.
Fonte: GE
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