Três médicos são detidos acusados de negar atendimento a pacientes
Em depoimento, eles alegaram que teriam até oito horas para examinar as pessoas
Três médicos foram detidos na madrugada desta sexta-feira (13) em Luziânia (GO), região do Entorno do DF, acusados de negar atendimento a pacientes no hospital da cidade. Ao delegado, eles disseram que os atendimentos não eram emergenciais e que teriam até oito horas para examinar as pessoas.
O pedreiro Antônio Soares foi quem avisou para a TV Record Brasília o que estava acontecendo. Ele e outras três pessoas começaram um tumulto por conta da negativa dos profissionais.
Soares chegou ao hospital por volta das 16h desta quinta-feira (12) com o braço esquerdo cortado em um acidente de trabalho.
— Chegou um clínico e disse que não era a área dele. Tinha eu e outras três pessoas na mesma situação. O doutor da Samu foi quem fez o atendimento.
A Polícia Militar foi chamada, ainda no fim da tarde desta quinta-feira. Pacientes e acompanhantes denunciavam que três médicos estariam se recusando a atender a população.
O tenente-coronel Wellington Reis, comandante do batalhão da cidade que atendeu a ocorrência, explicou que a atitude dos médicos configura omissão de socorro e é crime.
— Recebemos a informação de que estava acontecendo um tumulto por falta de atendimento médico. Nós enviamos a equipe para checar a denúncia e in loco flagrei dois pacientes, um com corte de maquita e outro que levou um tombo e teve corte na cabeça, sendo atendidos por um médico do Samu.
Diante das denúncias, os três médicos foram levados ao Ciops (Centro Integrado de Operações e Segurança) da cidade. Eles foram liberados depois de quase três horas de depoimento, mas nenhum deles quis gravar entrevista.
Apesar disso, o delegado responsável pelo caso, André Veloso, conversou com a reportagem e disse que os médicos afirmaram que os pacientes não necessitavam de atendimento imediato porque não se tratava de urgência.
— Alegaram que não os atenderam porque a situação não era de emergência e teria o prazo de até oito horas para serem feitos os primeiros atendimentos.
Veloso também disse que os médicos deveriam trabalhar em escala de 12 horas, mas entre vários documentos recolhidos na unidade, estava um papel incriminador. Nele, havia uma espécie de sub-escala feita a mão, provavelmente pelos próprios profissionais da saúde.
— A gente apreendeu as escalas oficiais e vamos pedir outros documentos para o hospital e prefeitura para ver a rotina administrativa dos servidores, mas também conseguimos apreender junto com a escala uma espécie de bilhete, com divisão de horários, e coincidentemente com letras parecidas dos médicos que vieram até o Ciops, levando ao indício que o horário de serviço era sub-dividido e as pessoas não trabalhavam efetivamente todas as horas.
O inquérito para investigar o caso deve ser instaurado na próxima semana, já que nesta sexta-feira (13) é feriado na cidade. Os médicos podem responder por omissão de socorro.
O pedreiro Antônio Soares foi quem avisou para a TV Record Brasília o que estava acontecendo. Ele e outras três pessoas começaram um tumulto por conta da negativa dos profissionais.
Soares chegou ao hospital por volta das 16h desta quinta-feira (12) com o braço esquerdo cortado em um acidente de trabalho.
— Chegou um clínico e disse que não era a área dele. Tinha eu e outras três pessoas na mesma situação. O doutor da Samu foi quem fez o atendimento.
A Polícia Militar foi chamada, ainda no fim da tarde desta quinta-feira. Pacientes e acompanhantes denunciavam que três médicos estariam se recusando a atender a população.
O tenente-coronel Wellington Reis, comandante do batalhão da cidade que atendeu a ocorrência, explicou que a atitude dos médicos configura omissão de socorro e é crime.
— Recebemos a informação de que estava acontecendo um tumulto por falta de atendimento médico. Nós enviamos a equipe para checar a denúncia e in loco flagrei dois pacientes, um com corte de maquita e outro que levou um tombo e teve corte na cabeça, sendo atendidos por um médico do Samu.
Diante das denúncias, os três médicos foram levados ao Ciops (Centro Integrado de Operações e Segurança) da cidade. Eles foram liberados depois de quase três horas de depoimento, mas nenhum deles quis gravar entrevista.
Apesar disso, o delegado responsável pelo caso, André Veloso, conversou com a reportagem e disse que os médicos afirmaram que os pacientes não necessitavam de atendimento imediato porque não se tratava de urgência.
— Alegaram que não os atenderam porque a situação não era de emergência e teria o prazo de até oito horas para serem feitos os primeiros atendimentos.
Veloso também disse que os médicos deveriam trabalhar em escala de 12 horas, mas entre vários documentos recolhidos na unidade, estava um papel incriminador. Nele, havia uma espécie de sub-escala feita a mão, provavelmente pelos próprios profissionais da saúde.
— A gente apreendeu as escalas oficiais e vamos pedir outros documentos para o hospital e prefeitura para ver a rotina administrativa dos servidores, mas também conseguimos apreender junto com a escala uma espécie de bilhete, com divisão de horários, e coincidentemente com letras parecidas dos médicos que vieram até o Ciops, levando ao indício que o horário de serviço era sub-dividido e as pessoas não trabalhavam efetivamente todas as horas.
O inquérito para investigar o caso deve ser instaurado na próxima semana, já que nesta sexta-feira (13) é feriado na cidade. Os médicos podem responder por omissão de socorro.
FONTE: R7 DF
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