CBF confirma Estaduais-2015 com até 19 datas e garante máximo de 7 jogos a cada 30 dias para 'precoces'

Uma reunião entre representantes de seis clubes brasileiros e a CBF definiu na tarde desta terça-feira alguns aspectos do calendário do futebol brasileiro de 2015. Em meio a reinvindicações do Bom Senso F.C. sobre diminuições drásticas no número de datas dos Campeonatos Estaduais, a entidade manteve o modelo de 2014. Carioca e Paulista, os mais "inchados", terão 19 datas, em formato de pontos corridos seguidos de semifinais e finais. Conforme anunciado no último mês, o primeiro foi reduzido quatro rodadas em relação ao formato de 2013, enquanto o Carioca "perdeu" duas datas.
Também foi confirmado o tempo de paralisação, que será de 30 dias de férias acrescidos de 30 dias de pré-temporada. Desta forma, todos os Estaduais começarão a partir de fevereiro. A novidade foi o número de jogos por mês: atendendo parcialmente ao Bom Senso FC, a CBF garantiu que os clubes "precoces", eliminados antes das quartas de final da Copa do Brasil e da Copa Libertadores, não disputarão mais de 7 jogos a cada período de 30 dias durante 2015.
Além do presidente da CBF, José Maria Marin, e do vice Marco Polo Del Nero, participaram da reunião uma Comissão de Clubes composta pelos presidentes Vilson de Andrade, do Coritiba, Alexi Portela, do Vitória, Eduardo Bandeira de Mello, do Flamengo, João Bosco Luiz de Morais, do Goiás, Mário Gobbi, do Corinthians, e Ilídio Luca, da Portuguesa. Peter Siemsen, do Fluminense, Alexandre Kalil, do Atlético-MG, e Giovanni Luigi, do Internacional, foram chamados, mas não puderam comparecer.
O encontro resultou em dois comunicados: um assinado pela CBF, outra pela Comissão de Clubes. Além da questão do calendário, foram abordados assuntos como uma proposta de Fair Play Financeiro, a ser apresentada ao Ministério dos Esportes, a questão da violência nos estádios, e acertos trabalhistas entre clubes e jogadores, dos quais a entidade maior do futebol brasileiro se "esquivou".
Confira o comunicado emitido pela CBF após a reunião desta terça-feira
Tendo em vista as notícias que vem sendo veiculadas na imprensa dando a entender que a Confederação Brasileira de Futebol tem se recusado a dialogar com um grupo de jogadores de futebol que apresentou reivindicações de diversas naturezas, a entidade maior do futebol brasileiro vem a público prestar os esclarecimentos que se seguem.
Desde 2003, quando pela primeira vez no futebol brasileiro foi aprovado um calendário permanente, a CBF tem dialogado com todos os segmentos do futebol com vistas a introduzir aperfeiçoamentos que atendam aos interesses de todas as partes envolvidas.
A modificação no formato de disputa da Copa do Brasil, a criação da Copa Verde e a reativação da Copa do Nordeste são exemplos de melhorias introduzidas em nosso calendário, que visaram proporcionar maiores opções de entretenimento para os torcedores e novas fontes de receita para os clubes.
A decisão tomada no início de 2013 de arcar com todos os custos de passagem, hospedagem, arbitragem e exames de doping dos clubes que disputem as Séries C e D do Campeonato Brasileiro de Futebol, que outrora eram pagos pelos clubes, teve por objetivo permitir que tais agremiações se mantenham em atividade durante toda a temporada.
O calendário de 2015, que foi discutido e consensado com as Federações Estaduais, os clubes e a Globo, parceira televisiva do futebol brasileiro, traz avanços que não puderam ser introduzidos nos calendários de 2013 e 2014 face à realização da Copa das Confederações e da Copa do Mundo em nosso país. Este ano as competições nacionais foram paralisadas durante 30 dias e em 2014 a parada será de 40 dias. Observe-se que os jogadores que não forem convocados para integrar a Seleção Brasileira terão férias adicionais durante a Copa do Mundo.
A partir de 2015 as férias dos jogadores, que desde 2003 vem sendo gozadas pelo período de 30 dias, continuarão sendo de 30 dias. Não haverá jogos pelas competições brasileiras de futebol nos meses de janeiro, permitindo assim que os jogadores tenham um prazo adequado para se condicionarem fisicamente antes do início da temporada. A cada período de 30 dias, salvo com relação aos clubes que venham a disputar as quartas de final, as semifinais e as finais da Copa do Brasil e da Copa Libertadores, os jogadores de cada clube não deverão disputar mais do que 7 jogos.
Para que essas medidas, salvo com relação às férias, pudessem ser implementadas a CBF negociou, com os clubes e as Federações Estaduais, uma redução de 4 datas nos Campeonatos Estaduais já a partir de 2014.
O calendário de 2015 já estava aprovado quando um grupo de jogadores manifestou interesse em conversar com a CBF e clubes a respeito de reivindicações diversas. Estes calendários atende todos os pleitos apresentados que dependem de decisões da CBF.
As questões pertinentes à relação de emprego, tais como pagamento de salários e número máximo de jogos por ano a serem disputados por cada atleta, devem ser discutidas entre clubes e seus jogadores, não cabendo à CBF interferir.
A CBF, entretanto, estará sempre à disposição para discutir as questões concernentes ao formato das competições, regulamentos e modificações nos calendários que sejam do interesse dos clubes.
FONTE: MSN
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