terça-feira, 8 de outubro de 2013


Quando é seguro para uma grávida andar de avião?


Para evitar problemas na hora do embarque, vale checar os documentos necessários para cada fase gestacional



Há cerca de duas semanas, um avião que saiu da Nigéria com destino a Londres teve de fazer um pouso de emergência no meio do caminho, na Espanha. O motivo? Um grávida que entrou em trabalho de parto em pleno voo e começou a ter hemorragia. 

A história teve um final feliz: após o susto, a mãe e o bebê ficaram bem e foram enviados para um hospital espanhol, enquanto o restante dos passageiros seguiu viagem. 

Mas, na verdade, esse final feliz teve um porém. Um porém que pode sair caro. A companhia aérea em questão, a Arik Air, está estudando processar a mulher, alegando que ela entregou um atestado faso sobre seu estágio de gravidez. 

A possível ação da empresa aérea se baseia no fato de que as leis internacionais de avição proíbem de viajar mulheres com 32 ou mais semanas de gravidez - com essa regra variando um pouco de companhia para companhia. 

É claro que a mulher em questão poderia ter em entrado em trabalho de parto precocemente. Mas o que a Airk Air diz é que ela apresentou um atestado dizendo que sua gravidez estava em um estágio bem anterior a esse. 

Para grávidas de sete ou oito meses de gestação, levar esse atestado consigo na hora de embarcar é tão importante quanto o passaporte. 
 

Eu já peguei um avião grávida de sete meses (na ida) e de oito (na volta) e garanto que o atestado foi lido e relido por diversos funcionários e, caso não estivesse completo, dificilmente eu embarcaria. Eu e a Liz!

Bom, então vamos às regras, uma ajudinha para ninguém perder o voo.

Segundo o Conselho Federal de Medicina, a gestante que puder deve evitar viajar no primeiro trimestre da gravidez (quando o bebê ainda está se formando) e depois do oitavo mês, quando há um risco de parto prematuro. 

Como eu disse, as regras variam um pouco dependendo da companhia. Então cito aqui as determinações da Gol e da Tam, lembrando que nunca é demais averiguar tudo no site da empresa que você vai viajar ou dar uma ligada lá. Eu faria os dois, pra não ter erro. 

Em ambos os casos, as companhias exigem uma declaração do médico a partir da 28a. semana. O documento deve ser feito no máximo até uma semana antes do embarque, deve conter nome completo  da mulher, sua idade gestacional, a data provável do parto, além de dados do médico e uma autorização para paciente viajar, garantindo que ela não apresenta problemas na gravidez e que tem condições clínicas adequadas para embarcar.
Em alguns voos internacionais, é preciso traduzir o atestado para a língua do país de destino. 

Nas duas companhias, também é necessário preencher uma declaração de responsabilidade, seja somente pela grávida ou também por seu médico. Vale checar e imprimir, já que esse documento costuma estar disponível nos sites das cias aéreas para o download.

Isso tudo até até a 36a. semana. A partir daí, além do atestado e da declaração, a grávida também precisa da presença física de seu médico. Isso mesmo, ela só embarca se for acompanhada por ele.

Passou da 40a semana, grávida nenhuma embarca, exceto em situações de extrema necessidade e, claro, acompanhada por seu médico.

Dicas gerais: durante o voo, colocar o cinto sobre a região da pelve, evitando assim choques com a barriga. 

Especialmente nas viagens mais longas, fazer exercícios durante o voo e caminhar no corredor diversas vezes. Uma poltrona confortável como a acima - da Singapore Airlines - certamente ajudaria também, né?  ;)

Bom, e vale lembrar ainda que reservar um assento próximo do banheiro pode ajudar, já que grávidas precisam fazer xixi com uma frequência absurda. Mas não tão perto porque o odor do banheiro pode provocar enjoos.

Ah, e falando nessa fase dos enjoos, se esse for o seu caso, talvez valha levar lanchinhos mais lights, como um pacotinho de bolacha salgada simples, para não correr o risco de ter de encarar uma lasanha gordurosa - e não conseguir.

Por último, algumas companhias aéreas têm assentos preferenciais para grávidas. São assentos em que se cobra um valor extra de um passageiro normal, mas no caso de grávidas, nada extra é cobrado. 

No entanto, é preciso pesar se é uma escolha inteligente. Quando embarquei grávida, escolhi uma poltrona assim, mas me arrependi, pois como ela ficava na primeira fileira (logo após a classe executiva), não tinha nenhum outro assento na minha frente e, consequentemente, nenhum lugar para eu apoiar o pé - algo fundamental para evitar aquele pé que mais parece um pão no momento do desembarque. 

E você, já viajou de avião grávida? Ou você acompanhou sua mulher em algum voo? Diga como foi e, se tiver, dê dicas! Elas são sempre mais que bem-vindas aqui no blog :)

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