Chilenos são presos no DF acusados de furtar shoppings em todo o Brasil
Eles escolhiam lojas de luxo e sempre levavam produtos de alto valor
Uma quadrilha formada por sete pessoas, todas de nacionalidade chilena, foi desarticulada na noite desta quarta-feira (30) em Brasília. O grupo agia em shoppings de todo o País e furtava produtos de alto valor das lojas.
O delegado responsável pelo caso, Giancarlos Zuliani, explicou que dois integrantes da quadrilha foram presos em flagrante no momento em que tentavam furtar uma loja de celulares no Iguatemi Shopping, que fica no Lago Norte, bairro nobre de Brasília.
O grupo chegou em três pessoas. Um funcionário da loja ficou desconfiado e avisou a segurança local. Agentes da 9ª DP (Lago Norte) estavam por perto e foram acionados para investigar a denúncia.
— Eram quatro pessoas. Um homem estava no carro e conseguiu fugir. Outros três chilenos estavam na porta da loja. Um deles escapou, mas já o identificamos e estamos no encalce. Os outros dois ficarão detidos à disposição da Justiça. Eles tentavam levar smarthphones e celulares de última geração avaliados em R$ 1.700 cada.
Com os suspeitos, a polícia encontrou um caderno com a relação dos shoppings espalhados Brasil a fora. A "base" do grupo era em Brasília e São Paulo. A quadrilha agia desde 2012 e procurava ficar pouco tempo em cada estado para despistar a ação policial.
Em entrevista exclusiva ao R7, Zuliani explicou que a quadrilha estava hospedada em um hotel de Valparaíso de Goiás (GO), região do Entorno do DF, e se preparava para a primeira ação "desta remessa".
— Ano passado eles estiveram em Brasília duas vezes. Na primeira, conseguiram furtar dois vasos, cada um avaliado em R$ 10 mil, também do Iguatemi Shopping. Na outra, não conseguiram levar nada. Aqui no DF, pelo que contabilizamos até agora, pelo menos R$ 20 mil de prejuízo eles deram.
Os chilenos visitavam o Brasil a cada seis meses e escolhiam sempre lojas de luxo para furtar objetos de alto valor. Para não chamar a atenção nos detectores instalados nas saídas dos estabelecimentos e shoppings, eles envolviam os materiais roubados em produto específico que inibia o alarme.
Para o delegado, a quadrilha agia de "cara limpa" porque os integrantes sabiam que por serem de outra nacionalidade seria difícil prendê-los.
— Eles andavam sempre muito bem vestidos e mostravam o rosto para as câmeras. O caso é tão grave que até a Interpol (Polícia Internacional) entrou na história e está nos ajudando, porque eles não têm endereço estabelecido no Brasil e alguns apresentaram documentos falsos.
Agora, os acusados ficarão presos e responderão inicialmente por tentativa de furto qualificado. O delegado explicou que todos os detalhes do caso serão levados ao conhecimento do Judiciário que poderá impedir que eles retornem ao Brasil no futuro.
Os demais integrantes da quadrilha ainda estão sendo procurados.
FONTE: R7 DF
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