segunda-feira, 26 de outubro de 2020

Bombeiros retornam de missão na região do Pantanal

 


Os 50 militares atuaram por 16 dias na força-tarefa de combate aos incêndios na área. Ação também envolveu viaturas e equipamentos da corporação do DF

Não é a primeira vez que os bombeiros do DF participam de ações como a do Pantanal, comprovando o conhecimento e habilidade da corporação | Foto: Divulgação/Corpo de Bombeiros/DF

Após 16 dias atuando no combate aos incêndios florestais na região do Pantanal, no Mato Grosso do Sul (MS), cinquenta bombeiros militares retornaram ao Distrito Federal na madrugada deste domingo (25). Além dos militares, que são especializados em atuar em incêndios florestais, a corporação enviou sete viaturas e equipamentos, como abafadores e bombas costais para transporte de água. Os militares atuaram na força-tarefa de combate aos incêndios, que envolveu entidades governamentais, como Marinha do Brasil e Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp).

Para o secretário de Segurança Pública do DF a participação do Distrito Federal na ação foi fundamental. “Não é a primeira vez que os bombeiros participam de ações como essa, o que comprova o conhecimento e destreza da corporação. Somados aos esforços dos militares daquele estado, multiplicamos a força de trabalho para chegar a um resultado positivo. Só temos a agradecer aos cinquenta militares que deixaram suas famílias, suas vidas e foram ao encontro de outro desafio. Isso é muito nobre”.

O desafio diário foi lembrado pelo secretário executivo de Segurança Pública, o delegado Júlio Danilo. “Não temos dúvida da dedicação de todos os envolvidos. Encontraram uma situação diferente do habitual, em um outro estado, com outros desafios e fizeram o melhor. Representaram muito bem o DF e hoje retornaram com resultados positivos e a salvos”.

Os militares foram divididos em equipes, atuando em duas localidades diferentes e com dois dias de descanso em fazendas de apoio na região | Foto: Divulgação/Corpo de Bombeiros/DF

Trabalho em equipe

Os militares foram divididos em equipes. “Como era inviável ir e voltar no mesmo dia até os locais com focos de incêndio, pela distância e dificuldade de acesso, eles foram divididos e permaneciam por cinco dias em cada ponto de combate ao fogo, com o apoio de fazendeiros locais. Eles retornavam à base depois desse período e somente eram colocados em combate novamente após dois dias, mas outra equipe já assumia o trabalho nesse intervalo. Foram dias de desafio, mas contamos com militares especializados e muito comprometidos”, explica o comandante da operação, tenente-coronel Fabiano Medeiros.

Os bombeiros do DF atuaram em dois locais diferentes. Parte deles – 22 – ficaram na região de Costa Rica – que é composta basicamente por cerrado, com temperaturas podendo superar 40º Celsius. Os outros vinte oito militares atuaram em Corumbá – que além do calor excessivo, havia a dificuldade de acessar diversos pontos, por conta da vegetação fechada, o que dificulta o manuseio de ferramentas, principalmente de abafadores.

Na próxima quarta-feira (28), eles serão recebidos pelo comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal, coronel Willian Bomfim, que emitiu uma nota parabenizando o comandante da operação e toda a delegação enviada.

*Com informações da Secretaria de Segurança Pública

Agência Brasília 

Confira os fatores que devem mexer com o mercado do milho na próxima semana

 

ANÁLISE SEMANAL

Avanço da colheita nos Estados Unidos e andamento da safra de verão no Brasil podem ter impacto nas cotações

25 de outubro de 2020 às 09h01
Por Agência Safras

 

milho grão mãos

Foto: Pixabay

O mercado do milho vive um momento de preços altos, tanto a nível interno, quanto no mercado internacional. O tamanho da colheita nos Estados Unidos deverá chamar atenção dos produtores na próxima semana. No Brasil, o foco passa a ser o andamento do plantio da safra de verão.

Acompanhe abaixo os fatos que deverão merecer a atenção do mercado de milho na próxima semana. As dicas são do analista da Safras Consultoria, Paulo Molinari.

  • O mercado internacional segue acompanhando a fase final de colheita nos Estados Unidos;
  • O milho acima dos US$ 4 por bushel continua sendo um preço muito alto para a atual composição de estoques;
  • China ainda não chegou a comprar 7 milhões de toneladas dos EUA neste ano. O total fica em 6,67 milhões de toneladas, portanto, não há fator China nos preços da CBOT;
  • O trigo com suporte devido aos riscos de clima na Europa, Austrália e Argentina vem colaborando para sustentar os preços do milho;
  •  Exportações semanais dos EUA apenas dentro do normal, ou já esperado, nada de novo no ambiente externo do milho;
  •  Preços são altos neste momento na CBOT;
  • O mercado interno segue com preços muito firmes;
  • O Mato Grosso tem preços acima de R$ 65 a saca, além do recorde demonstra o longo caminho do mercado local até julho de 2021;
  •  Nas demais praças, a grande preocupação é o plantio de verão. Com as chuvas retornando em várias localidades, o plantio foi retomado na última semana;
  • Contudo, já há perdas de produção no Sul do Brasil e a dependência é de chuvas neste fechamento de outubro para amenizar a situação;
  • A tensão climática deverá seguir ainda até fevereiro e depois com a safrinha 2021 plantada mais tardiamente;
  • As exportações do Brasil estão dentro do normal: até agora 25,8 milhões de toneladas comprometidas, com meta de 34 milhões no ano;
  • Não há nenhuma importação de milho programada a chegar ao Brasil nos próximos 90 dias pelo menos, de qualquer origem;
  • Lembrando que milho norte-americano tem dificuldades de entrada no Brasil devido à transgenia;
  • As fixações nas cooperativas e cerealistas continuam baixas, assim como as vendas diretas de produtores, fator que vai sustentando preços regionais;
  • No momento em que os produtores voltarem a vender mais agressivamente, os preços podem se acomodar.
Por Agência Safras

Mato Grosso’, avalia Movimento Pró-Logística

 

TRANSPORTE


Diretor da entidade fez uma avaliação da política de concessões do governo e apontou projeção de queda de R$ 170 para R$ 100 por tonelada no frete cobrado no estado, após conclusão da ferrovia

25 de outubro de 2020 às 20h35
Por Bruno Amorim, de Brasília

A ambiciosa política de concessões do governo federal e os efeitos práticos na redução do custo logístico para o agro foram tema do programa Direto ao Ponto deste domingo, 25. O programa prevê a aplicação de investimentos privados de quase R$ 250 bilhões até 2022 em todos os modais de transporte. Para o setor agropecuário, os projetos de maior impacto em andamento são de ferrovias e rodovias, informou o diretor do Movimento Pró-Logística, Edeon Vaz.

Vaz avalia que as concessões ferroviárias são as que estão mais adiantadas. Um dos principais investimentos é a Ferrogrão, na visão da entidade. A malha vai percorrer de Sinop, em Mato Grosso, até Miritituba, no Pará, um dos trechos mais movimentados da BR-163, apontou o dirigente do Movimento Pró-Logística. No momento, esse trecho está em análise no TCU e Edeon Vaz acredita que será licitado até o primeiro quadrimestre de 2021.

“Essa ferrovia vai ser, no nosso entender, o balizamento do valor do frete de Mato Grosso e vai influenciar obviamente o resto do Brasil. Nós entendemos que a melhor alternativa é a ferrovia”, disse.

De acordo com Vaz, antes da pavimentação da BR-163 (concluída no ano passado), o valor do frete era de R$ 230 por tonelada entre Sinop e Miritituba. Depois da obra, passou para R$ 170. E, com a implantação da ferrovia, a projeção feita pelo Movimento Pró-Logística é de que o valor do frete fique em torno de R$ 100 por tonelada.

O diretor executivo também destacou outro estudo feito pelo Movimento Pró-Logística de como o escoamento da produção agropecuária pode ter uma redução significativa se transportada por ferrovia.

“Fizemos uma comparação do valor do frete rodoviário entre Sorriso e Santos, em 2009, transformamos em dólar e fizemos em 2019 o mesmo exercício. Tivemos uma redução em moeda americana de 24% do valor do frete. A ferrovia impacta no valor do frete rodoviário, isso faz com que a gente possa afirmar que ela vai reduzir custo”.

Outorga cruzada

Edeon Vaz ainda explicou que o governo tem feito algumas renovações antecipadas de concessões. Ele citou o exemplo da Malha Paulista, cujo contrato foi renovado por mais 30 anos e, na negociação, foi incluída a modalidade de outorga cruzada. Como contrapartida pelo antecipação do contrato, a concessionária irá construir o trecho da Ferronorte que liga Rondonópolis a Lucas do Rio Verde (ambos em Mato Grosso) até o porto de Santos (SP). Essa expansão fará com que a linha férrea consiga operar em sua capacidade máxima de transporte de 35 milhões de toneladas. Hoje, a malha transporta cerca de 23 milhões de toneladas, informou o diretor do Movimento Pró-Logística.

Mas, conforme o representante do setor de logística, há setores que não entendem como vantajoso. Exemplo é a oposição dos caminhoneiros que trafegam na BR-163. Segundo Vaz, os motoristas de caminhão entendem que vão perder no frete de longa distância. “Esse tipo de frete é ruim para quem paga e para quem recebe. É muito melhor você trabalhar com frete de curta distância. Ou seja, o caminhoneiro poder dormir em casa todo dia”.

Corredor logístico

Ele ainda adiantou que o Movimento Pró-Logística propôs ao Ministério da Infraestrutura um modelo de concessão do corredor logístico. Seria incluir no mesmo contrato a rodovia e a hidrovia como forma de cobrir todo o transporte da carga e baratear os custos. Edeon Vaz citou o caso da BR-364 que liga Comodoro (MT) a Porto Velho (RO), o qual a concessão está em estudo pelo governo.

“Essa nossa proposta é inovadora porque, se você coloca o caminhão na estrada e ele vai para Porto Velho, ele está levando uma carga que vai para o rio Madeira. Nada mais correto você cobrar um valor menor de pedágio”, disse.

Edeon Vaz também comentou sobre outros casos de concessões rodoviárias no país. Ele mencionou o trecho entre Anápolis (GO) e Aliança do Tocantins da BR-153 e Via Dutra que devem ser licitados em breve, informou. “Estamos trabalhando para que a gente tenha boas rodovias, ferrovias eficientes, para que a gente consiga reduzir o custo do frete para o setor produtivo de Mato Grosso e do Brasil”.

Vaz avalia que as concessões ferroviárias são as que estão mais adiantadas. Um dos principais investimentos é a Ferrogrão, na visão da entidade. A malha vai percorrer de Sinop, em Mato Grosso, até Miritituba, no Pará, um dos trechos mais movimentados da BR-163, apontou o dirigente do Movimento Pró-Logística. No momento, esse trecho está em análise no TCU e Edeon Vaz acredita que será licitado até o primeiro quadrimestre de 2021.

“Essa ferrovia vai ser, no nosso entender, o balizamento do valor do frete de Mato Grosso e vai influenciar obviamente o resto do Brasil. Nós entendemos que a melhor alternativa é a ferrovia”, disse.

De acordo com Vaz, antes da pavimentação da BR-163 (concluída no ano passado), o valor do frete era de R$ 230 por tonelada entre Sinop e Miritituba. Depois da obra, passou para R$ 170. E, com a implantação da ferrovia, a projeção feita pelo Movimento Pró-Logística é de que o valor do frete fique em torno de R$ 100 por tonelada.

O diretor executivo também destacou outro estudo feito pelo Movimento Pró-Logística de como o escoamento da produção agropecuária pode ter uma redução significativa se transportada por ferrovia.

“Fizemos uma comparação do valor do frete rodoviário entre Sorriso e Santos, em 2009, transformamos em dólar e fizemos em 2019 o mesmo exercício. Tivemos uma redução em moeda americana de 24% do valor do frete. A ferrovia impacta no valor do frete rodoviário, isso faz com que a gente possa afirmar que ela vai reduzir custo”.

Outorga cruzada

Edeon Vaz ainda explicou que o governo tem feito algumas renovações antecipadas de concessões. Ele citou o exemplo da Malha Paulista, cujo contrato foi renovado por mais 30 anos e, na negociação, foi incluída a modalidade de outorga cruzada. Como contrapartida pelo antecipação do contrato, a concessionária irá construir o trecho da Ferronorte que liga Rondonópolis a Lucas do Rio Verde (ambos em Mato Grosso) até o porto de Santos (SP). Essa expansão fará com que a linha férrea consiga operar em sua capacidade máxima de transporte de 35 milhões de toneladas. Hoje, a malha transporta cerca de 23 milhões de toneladas, informou o diretor do Movimento Pró-Logística.

Mas, conforme o representante do setor de logística, há setores que não entendem como vantajoso. Exemplo é a oposição dos caminhoneiros que trafegam na BR-163. Segundo Vaz, os motoristas de caminhão entendem que vão perder no frete de longa distância. “Esse tipo de frete é ruim para quem paga e para quem recebe. É muito melhor você trabalhar com frete de curta distância. Ou seja, o caminhoneiro poder dormir em casa todo dia”.

Corredor logístico

Ele ainda adiantou que o Movimento Pró-Logística propôs ao Ministério da Infraestrutura um modelo de concessão do corredor logístico. Seria incluir no mesmo contrato a rodovia e a hidrovia como forma de cobrir todo o transporte da carga e baratear os custos. Edeon Vaz citou o caso da BR-364 que liga Comodoro (MT) a Porto Velho (RO), o qual a concessão está em estudo pelo governo.

“Essa nossa proposta é inovadora porque, se você coloca o caminhão na estrada e ele vai para Porto Velho, ele está levando uma carga que vai para o rio Madeira. Nada mais correto você cobrar um valor menor de pedágio”, disse.

Edeon Vaz também comentou sobre outros casos de concessões rodoviárias no país. Ele mencionou o trecho entre Anápolis (GO) e Aliança do Tocantins da BR-153 e Via Dutra que devem ser licitados em breve, informou. “Estamos trabalhando para que a gente tenha boas rodovias, ferrovias eficientes, para que a gente consiga reduzir o custo do frete para o setor produtivo de Mato Grosso e do Brasil”.

Terra Indígena recebe Indicação Geográfica por cultivo de guaraná

 INÍCIO » NOTÍCIAS DA AGROPECUÁRIA » NOTÍCIAS » AGRICULTURA »

PRODUTO NACIONAL


Os Sateré-Mawé são o primeiro povo indígena a ganhar a Denominação de Origem (DO) no Brasil

25 de outubro de 2020 às 11h06
Por Canal Rural
Guaraná

Guaraná produzido na Terra Indígena Andirá-Marau – Foto: Divulgação/Consórcio de Produtores Sateré-Mawé

O Instituto Nacional da Propriedade Intelectual (Inpi) reconheceu na última semana a Terra Indígena Andirá-Marau como Indicação Geográfica (IG) de origem concedida a um povo indígena, na espécie Denominação de Origem, para dois produtos nativos: o waraná (guaraná) e o pão de waraná (bastão de waraná).

O guaraná nativo, conhecido como wanará pelos Sateré-Mawé, tem características únicas devido ao bioma local e o “saber-fazer” do povo indígena com seu modo próprio de cultivo e obtenção do produto.

“Foram mais de dez anos de apoio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento no processo de estruturação da indicação geográfica. Além de ser um reconhecimento importantíssimo para o povo indígena Sateré-Mawé, pela sua história de domesticação da planta do guaraná e produção única, que guarda cultura, tradição e saber-fazer, é uma conquista de todo o país. Trata-se de um produto 100% brasileiro, reflexo da riqueza do nosso povo, da nossa tradição e da nossa biodiversidade’, relata a coordenadora de Indicação Geográfica de Produtos Agropecuários do Mapa, Débora Gomide Santiago.

Os sateré-Mawé cultivam o guaraná de forma artesanal, desidratando e defumando os grãos, o que resulta no bastão de guaraná com cor, aroma, sabor e consistência únicos. De acordo com o Inpi, o método usado pelo povo “garante a conservação e a adaptação genética do guaraná em seu ambiente natural com a Terra Indígena Andirá-Marau se constituindo no único banco genético in situ do guaraná existente no mundo”.

Guaraná

Guaraná produzido na Terra Indígena Andirá-Marau – Foto: Divulgação/Consórcio de Produtores Sateré-Mawé

Apontando a origem geográfica de um produto ou serviço, a Indicação Geográfica (IG) ajuda a combater a usurpação e uso indevido do nome por terceiros não legitimados e pode contribuir para a agregação de valor econômico ao bem ou serviço.

O Brasil tem 72 Indicações Geográficas nacionais registradas, sendo 58 na espécie Indicação de Procedência (IP) e 14 como Denominação de Origem (DO). Na região Norte, existem 8 IGs registradas, mas a Terra Indígena Andirá-Marau é a primeira denominação de origem da região.

Por Canal Rural