segunda-feira, 26 de outubro de 2020

Fies: inscrições para vagas remanescentes são retomadas hoje

 


Há 50 mil inscrições não preenchidas nas edições de 2020

Publicado em 26/10/2020 - 08:26 Por Pedro Peduzzi - Repórter da Agência Brasil - Brasília

As inscrições para vagas remanescentes do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), referentes ao segundo semestre de 2020, serão retomadas hoje (26). De acordo com o Ministério da Educação (MEC), há cerca de 50 mil inscrições ainda não preenchidas nas edições de 2020 dos processos seletivos regulares do fundo.

As inscrições serão realizadas exclusivamente na página do Fies na internet. Nessa etapa, poderão se inscrever tanto os candidatos não matriculados em instituição de educação superior, como também os já matriculados, mas que buscam uma oportunidade para financiar a continuidade dos estudos.

Cursos

Segundo o MEC, hoje e amanhã (27) a oferta será exclusivamente para os cursos de áreas do conhecimento prioritárias, como cursos de Saúde, Engenharias, Licenciaturas e Ciência da Computação.

Já as inscrições de candidatos não matriculados em instituição de educação superior poderão ser realizadas até as 23h59 do dia 3 de novembro. “E para quem já está matriculado no curso, turno e instituição para a qual deseja se inscrever para tentar o financiamento, o prazo termina às 23h59 do dia 27 de novembro”, complementa a nota divulgada pelo MEC.

A centenas de pessoas que tentaram se inscrever para as vagas remanescentes acabaram gerando instabilidade no sistema eletrônico usado para a inscrição no Fies. Diante dessa situação, o MEC optou por prorrogar o cronograma do processo de ocupação dessas vagas.

O Fies é o programa do governo federal que facilita o acesso ao crédito para financiamento de cursos de ensino superior oferecidos por instituições privadas. Criado em 1999, ele é ofertado em duas modalidades desde 2018, por meio do Fies e do Programa de Financiamento Estudantil (P-Fies).

O primeiro é operado pelo governo federal, sem incidência de juros, para estudantes que têm renda familiar de até três salários mínimos por pessoa; o percentual máximo do valor do curso financiado é definido de acordo com a renda familiar e os encargos educacionais cobrados pelas instituições de ensino. Já o P-Fies funciona com recursos dos fundos constitucionais e dos bancos privados participantes, o que implica cobrança de juros.

Edição: Kleber Sampaio


Agência Brasil 

Tratamento dentário em crianças diminui até 89% na pandemia

 


Queda nos tratamentos foi mais intensa no Nordeste

Publicado em 26/10/2020 - 06:45 Por Jonas Valente - Repórter da Agência Brasil - Brasília

O tratamento dental de crianças teve uma queda durante a pandemia do novo coronavírus. Após o registro do primeiro caso, a redução foi de 66% nos procedimentos odontológicos infantis, alcançando 89% na fase mais aguda da pandemia da covid-19 no Brasil, em abril.

Essa queda nos atendimentos se deu pelo distanciamento social e pelas orientações de autoridades de saúde de reduzir as atividades como forma de evitar riscos de contágio, reduzindo esses procedimentos àqueles de urgência e emergência.

A análise foi feita por pesquisadores da Universidade Federal de Pelotas e publicada como artigo no periódico científico International Journal of Paediatric Detistry neste mês. Os autores avaliaram dados de procedimentos odontológicos promovidos no âmbito do Sistema Único de Saúde, como extrações e restaurações, no período de janeiro a maio. A queda dos tratamentos odontológicos em crianças foi mais intensa no Nordeste.

Uma pesquisa feita pela mesma universidade e publicada em junho identificou que os dentistas diminuíram bastante o atendimento, mais na rede pública do que na privada. O estudo também constatou que esses profissionais passaram a adotar medidas de prevenção e combate à pandemia, como o emprego de equipamentos de proteção individual.

Edição: Maria Claudia


Agência Brasil 

MS abre consulta pública sobre diretrizes para esclerose múltipla

 


A medida foi publicada hoje no Diário Oficial

Publicado em 26/10/2020 - 09:05 Por Agência Brasil - Brasília

O Ministério da Saúde inicia amanhã (27) a consulta pública que buscará contribuições para a proposta de atualização do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da Esclerose Múltipla, conforme publicado no Diário Oficial da União de hoje (26).

A consulta ficará aberta pelo prazo de 20 dias. De acordo com a pasta, as contribuições a serem apresentadas deverão estar “devidamente fundamentadas”. A documentação relativa à consulta e o endereço para envio de contribuições estão à disposição dos interessados no endereço eletrônicohttp://conitec.gov.br/consultas-publicas.

Edição: Valéria Aguiar


Agência Brasil 



Agência Brasil Explica: como descartar medicamentos corretamente

 


As medidas entrarão em vigor a partir de dezembro deste ano

Publicado em 26/10/2020 - 06:00 Por Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil - Brasília

Após dez anos em discussão, o sistema de logística reversa de medicamentos domiciliares foi regulamentado no âmbito federal em junho deste ano, por meio do Decreto nº 10.388/2020. O descarte ambientalmente correto desses produtos está previsto na Política Nacional de Resíduos Sólidos, instituída em 2010, mas ainda dependia de acordo com o setor produtivo.

As medidas entrarão em vigor a partir de dezembro deste ano. A primeira fase é a de estruturação do grupo de acompanhamento do sistema, que contará com entidades representativas de fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes de medicamentos domiciliares, em âmbito nacional. Já a implementação do sistema de logística reversa, propriamente dita, deve começar no segundo semestre do ano que vem.

A partir daí, será dever dos consumidores efetuar o descarte dos medicamentos domiciliares vencidos ou em desuso, incluindo as embalagens, nos pontos de coleta, sejam eles drogarias, farmácias ou outros pontos definidos pelos comerciantes. As drogarias e as farmácias terão de disponibilizar e manter em seus estabelecimentos pelo menos um ponto fixo de recebimento a cada 10 mil habitantes.

Esses recipientes serão padronizados e não poderão permitir a retirada dos produtos pelos consumidores, apenas a colocação. Estão previstas também campanhas educativas para informar o usuário sobre a implementação da política.

Pelo decreto, no prazo de dois anos, todas as capitais do Brasil e os municípios com população superior a 500 mil habitantes deverão contar com os pontos de coleta de medicamentos. Esse prazo será de até cinco anos para os municípios com população superior a 100 mil moradores.

E caberá às indústrias fabricantes e às empresas distribuidoras os processos de recolhimento e descarte final desses produtos. Os custos serão compartilhados por toda a cadeia farmacêutica. O destino deve ser um empreendimento licenciado por órgãos ambientais, seguindo a seguinte ordem de prioridade: incineradores, coprocessadores e, como última opção, aterros sanitários específicos para produtos perigosos.

O não cumprimento das regras de descarte, por qualquer ente da cadeira, pode ser considerado crime ambiental.

Algumas localidades, entretanto, já contam com legislações específicas em vigor, como é o caso do Distrito Federal. As leis distritais nº 5.092/2013 e nº 5.591/2015 tratam sobre a obrigatoriedade de hospitais e estabelecimentos de saúde, como farmácias e drogarias, receberem medicamentos vencidos ou em desuso, como medida de proteção ao meio ambiente e à saúde pública.

Os medicamentos liberam resíduos químicos que contaminam o solo, os rios, córregos e até mesmo a água que bebemos. Cada quilo de medicamento descartado incorretamente pode contaminar até 450 mil litros de água.

Como descartar

A gerente de Medicamentos e Correlatos da Diretoria de Vigilância Sanitária da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, Renata Moreira Ferreira, explicou à Agência Brasil como deve ser feito esse descarte pelos consumidores. As orientações são tanto para medicamentos vencidos quanto para aqueles que não serão mais utilizados pelo paciente, bem como suas embalagens vazias.

O consumidor não deve retirar o produto da embalagem primária, que é aquela que fica em contato direto com o medicamento. No caso de líquidos, a embalagem primária é o frasco de vidro ou plástico; no comprimido, é o blister de alumínio. “O consumidor deve levar os produtos aos estabelecimentos da forma que está, não deve descaracterizar o medicamento”, disse.

De acordo com Renata, o estabelecimento precisa saber qual é o medicamento para direcionar corretamente para o descarte. Algumas substâncias, segundo ela, precisam ser neutralizadas antes de serem incineradas.

As bulas e as embalagens secundárias, que são as caixas de papelão, também podem ser descartadas junto com os medicamentos nos pontos de coleta. Mas, segundo Renata, como não são materiais que tiveram contato direto com o medicamento, podem ainda ser encaminhadas para a reciclagem ou coleta seletiva, como outros produtos de papel.

No caso dos perfurocortantes, como seringas e agulhas, as legislações não preveem o recolhimento por farmácias e drogarias. Caso o paciente faça uso domiciliar desses produtos, eles devem ser entregues em hospitais ou postos de saúde. A sugestão é armazená-los em garrafas pet com tampa, para evitar acidentes.

A gerente ressalta ainda que não se deve descartar medicamentos em lixo comum, nem derramar em pias ou vasos sanitários, pois podem contaminar o solo e os rios ou ainda serem encontrados no lixo e utilizados de forma indevida.

Além disso, ela alerta que também não é recomendado fazer doações ou troca de medicamentos entre pessoas, pois isso é muito perigoso do ponto de vista sanitário. “Se quer fazer doação de medicamentos que ainda estão dentro da validade, a pessoa pode procurar um estabelecimento de saúde. Não recomendamos doar ou reutilizar em outras pessoas porque o que serviu para um não necessariamente vai servir para outros. O medicamento também pode gerar eventos adversos e efeitos colaterais”, explicou.

Números de descarte

O diretor executivo da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), Sergio Mena Barreto, explicou que o setor está adiantado à regulamentação e o grupo que vai acompanhar a implementação da logística reversa já está em funcionamento, reunindo 19 entidades do setor. Além disso, ao longo dos anos, diversos acordos e programas de recolhimento voluntários foram colocados em funcionamento, disse.

“O interessante do decreto é que ele estabelece uma regra nacional. Como temos mais de 5 mil municípios no Brasil, imagine o que seria seguir mais de 5 mil legislações diferentes e cada uma com suas regras. Isso no final fica impossível de ser cumprido”, disse. “Esse decreto foi muito bem pensado, foi discutido com todas partes, foram cobertos todos os pontos possíveis de questionamento. Nosso desafio agora é colocar em pé e que as pessoas respeitem essa legislação”, completou.

Estabelecimentos em diversos estados já participam, por exemplo, do programa Descarte Consciente, e recebem as embalagens de medicamentos vencidos ou em desuso. Agora, essas cadeias devem se adequar ao decreto. No DF, por exemplo, são 63 pontos de coleta em várias localidades. Para saber onde ficam, basta acessar o site do programa.

Em 2019, apenas nas redes da Abrafarma, que representam 43,7% do mercado total de medicamentos, foram recolhidos 130 toneladas de resíduos de medicamentos e embalagens. Desse total, 93% foram incinerados e 7% foram para aterros sanitários. Em 2012, quando a entidade iniciou a contabilização de recolhimentos voluntários, foram 11,3 toneladas recolhidos.

Para dimensionar esses números, Barreto citou dados de Portugal. Em 2000, quando o país implementou sua política de logística reversa, foram recolhidos 98 toneladas; atualmente, esse volume passa de 1,2 mil toneladas. “E estamos falando de um país pequeno, com apenas 10 milhões de habitantes com 2,9 mil farmácias. No Brasil temos 80 mil farmácias e 250 milhões de habitantes”, disse, sobre o volume que ainda pode ser destinado corretamente no Brasil.

Barreto alerta, entretanto, que na maioria dos municípios brasileiros não há incineradores ou aterros sanitários especiais, que são de responsabilidade do poder público. “Por isso o decreto começa abrangendo capitais e cidades acima de 500 mil habitantes. Teoricamente, é onde há estrutura adequada para fazer o descarte. Depois de 2023, vem as cidades menores, mas é uma grande incógnita o que vamos fazer com esses locais que não tem aterro sanitário adequado ou não tem incineração”, disse.

De acordo com o diretor executivo da Abrafarma, no Brasil a legislação não prevê reciclagem do que é recolhido, sendo a incineração a destinação prioritária. Citando novamente Portugal, Sergio disse que no país europeu é feito o reaproveitamento das embalagens secundárias, bulas e alguns tipos de blister, sendo 60% descartado e 40% reciclado.

Do ponto de vista de reutilização de materiais, no Brasil bulas e caixas podem ser destinadas diretamente pelos consumidores para a reciclagem. “E não tem nenhum risco, papel é papel”, disse Barreto, reforçando que blister, tubos e frascos deverão ser destinados no sistema que será montado ou naqueles que já existem.

Além da logística reversa estabelecida por acordos setoriais, entre poder público e setor empresarial, como é o caso de medicamentos, a Política Nacional de Resíduos Sólidos prevê os sistemas de recolhimento de agrotóxicos, pilhas e baterias; pneus; óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens; lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista; e produtos eletroeletrônicos e seus componentes.

Edição: Fernando Fraga


Agência Brasil 

Caixa paga 2ª parcela de R$ 300 da extensão do auxílio emergencial

 


Valor pode ser sacado por 1,6 milhão de beneficiários do Bolsa Família

Publicado em 26/10/2020 - 09:18 Por Karine Melo - Repórter da Agência Brasil - Brasília

Beneficiários do Bolsa Família podem sacar - a partir desta segunda-feira (26) - a segunda parcela do auxílio emergencial extensão de R$ 300 ou R$ 600, para mulheres chefes de família. 

Os saques serão liberados por ordem do dígito final do NIS (Número de Identificação Social). Hoje, o pagamento será feito para 1,6 milhão de pessoas com o NIS terminado em 6. No total, serão R$ 420,2 milhões a serem liberados.

Segundo a Caixa, não é possível acumular integralmente pagamentos do auxílio e do Bolsa Família. Se o valor do programa for igual ou maior que R$ 300 ou R$ 600, a pessoa receberá sempre o benefício de maior valor.

Os saques do dinheiro podem ser feitos por meio do cartão do Programa Bolsa Família, Cartão Cidadão ou por crédito em conta da Caixa.

Edição: Kleber Sampaio

Agência Brasil 

Vagas de emprego oferecem salários de até R$ 3,2 mil

 


Nesta segunda-feira (26), maioria das oportunidades é para vendedor

O maior salário oferecido nesta segunda (26) é o para supervisor de carpinteiro de manutenção, no valor de R$ 3,2 mil mais benefícios | Foto: Arquivo/Agência Brasília

As agências do trabalhador do Distrito Federal abrem a semana com 573 oportunidades de emprego. O melhor salário oferecido nesta segunda-feira (26), no valor de R$ 3,2 mil, mais benefícios, é pago para supervisor de carpinteiro de manutenção, com apenas uma vaga. Para concorrer, é preciso experiência na área.

Outras 60 vagas oferecem salários aproximados. Seis são para técnico em eletromecânica, com remuneração de R$ 2.539,21. O valor de R$ 2,5 mil mensais é oferecido em 50 oportunidades para técnico eletrônico de manutenção industrial e em duas para torneiro mecânico. Uma vaga para marceneiro e uma para padeiro pagam R$ 2,3 mil. Todas as profissões ainda recebem benefícios como auxílio alimentação e transporte.

Oito profissões oferecem remuneração por dia trabalhado, variando entre R$ 18,33 e R$ 96,96: analista de marketing (1), enfermeiro (3), fisioterapeuta (3), fonoaudiólogo (3), motofretista (1), nutricionista (3), psicólogo clínico (3) e técnico de enfermagem (20).

O restante das vagas paga entre R$ 1.045 e R$ 2 mil, mais benefícios. As profissões com maior número de oportunidades são vendedor, com 141, e açougueiro, com 61. Mas também estão com boa procura no mercado de trabalho os profissionais que atuam como auxiliar de linha de produção (30), agente de ação social (25), instalador/reparador de redes telefônicas e comunicação de dados (20), padeiro (53) e tratorista operador de roçadeira (21).

Interessados em concorrer a qualquer uma das vagas podem procurar qualquer unidade das agências do trabalhador. Em razão da pandemia de coronavírus, 15 delas fazem atendimento presencial. Estão fechadas, temporariamente, as agências do Paranoá, Guará e da Câmara Legislativa. Outra possibilidade é o aplicativo Sine Fácil que, em virtude da pandemia de Covid-19, também disponibiliza o serviço.

Empreendedores que desejam buscar profissionais também podem utilizar os serviços das agências do trabalhador. Além do cadastro de vagas, é possível usar os espaços físicos para seleção dos candidatos encaminhados. Para isso, basta acessar o site da Secretaria do Trabalho e preencher o formulário na aba empregador.

Confira aqui as vagas disponíveis.

Agência Brasília 

Reforço de quatro patas: cães são treinados para atuar na PM

 


O adestramento começa aos 60 dias de vida do animal, com a presença do policial que será o responsável por ele durante a atuação no BPCães

O treinamento tem início a partir dos 60 dias de vida do animal, com a presença do policial que será o responsável por ele durante a atuação no BPCães | Foto: divulgação SSP/DF

A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) passará a contar com reforço de oitos cães da raça Pastor Belga de Malinois que já estão em treinamento. Eles farão parte do Batalhão de Policiamento com Cães (BPCães).

O auxílio dos animais é essencial para identificação de substâncias ilícitas (drogas), armas e captura de foragidos e pessoas desaparecidas. Neste ano, de janeiro a setembro, foram 625 chamadas para apoio em operações realizadas por unidades da corporação e também da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF).

O tempo de treinamento depende da área que o animal irá atuar. Quatro deles – com idades entre três e oito meses – vão trabalhar em recapturas. Neste caso, o treinamento terá duração média de um ano.

Após este período eles estarão aptos a compor as equipes de policiais. Outros quatro cães estão sendo treinados para encontrar drogas, armas e munição.

“O tempo de treinamento desses animais é menor. A partir de sete meses eles já atuam junto às equipes”, explica o comandante do BPCães, major Carlos Reis.

Proteção do policial

Nas duas capacitações, os cães recebem instruções para atuar em dupla função, ou seja, poderão fazer também a proteção do policial durante abordagens.

“Com a adaptação das viaturas do Batalhão para transportar os cães, eles passam a ocupar o lugar de um quarto homem e fará a  guarda e a proteção dos polícias durante as abordagens e posteriormente a busca por drogas e arma. O papel do cão policial é essencial”, argumenta Reis.

 Odor específico
Os cães em treinamento para captura aprendem a buscar odores específicos, sempre guiados pelo policial. A mudança de comportamento do animal mostra a proximidade de quem está sendo procurado.

“Colocamos o cão em contato com objetos pessoais de quem estamos buscando, seja uma pessoa desaparecida ou um foragido, e depois ele sai em busca desse odor. Ao encontrar quem estamos buscando, o cão imediatamente nos aponta onde a pessoa se encontra, podendo até mesmo imobilizá-la, no caso de fugitivos”, conclui o comandante.

Há quarenta e cinco cães no batalhão. Do total, 60% deles desempenham dupla função: no policiamento ostensivo/choque e detecção de substâncias | Foto: SSP/DF

Início do treinamento 
O treinamento tem início a partir dos 60 dias de vida do animal, com a presença do policial que será o responsável por ele durante a atuação no BPCães.

No começo eles aprendem a agir em pisos como cascalho, lama, piso liso de shopping e de metal, como no metrô. Logo depois, conhecem ambientes com sons de todos os tipos, como rodoviárias, barulho do motor de ônibus e até bombinhas.

O grau de dificuldade aumenta de acordo com a maturidade do filhote. Paralelo a isso, o animal passa por socialização nos ambientes que ele irá atuar, como shoppings e rodoviárias.

“É importante que eles se sintam à vontade com outras pessoas próximas e mesmo assim desenvolvam o trabalho deles”, diz Reis.

Os animais desempenham a função por oito anos, no máximo. Durante esse tempo são realizados testes para aferir a atuação do cão, se ele está ou não apto para continuar com a atividade.

Recompensa
O treinamento dos cães é diário e feito com uso de caixas com odores que eles deverão identificar durante as buscas. “Os cães são estimulados a caçar os brinquedos como bolas e mordentes. Utilizamos caixas de madeira com diferentes tipos de cheiros, como de entorpecentes, armas e munição. Eles aprendem que, ao encontrar aquele cheiro, irão receber a recompensa, que é o brinquedo. O treino para eles é uma brincadeira”, disse Reis.

Foto: divulgação SSP/DF
Foto: divulgação SSP/DF

Cuidados especiais
Os cães passam por cuidados frequentes. Diariamente, ao chegar no batalhão, o policial responsável pelo cão tira-o da baia para fazer a higiene necessária. Além disso, uma veterinária e um auxiliar, diariamente, ficam na unidade – localizada no Setor Policial. A PMDF dispõe ainda de um Centro Veterinário para os cuidados com os animais.

Cães policias
Atualmente, há quarenta e cinco cães no batalhão. Do total, 60% deles desempenham dupla função: no policiamento ostensivo/choque e detecção de substâncias. Os animais são das raças Pastor Belga de Malinois, Labrador e Rottweiler.

*Com informações da SSP/DF

Agência Brasília 

Odontologia ajuda na recuperação de pacientes de UTIs com Covid-19

 


Higiene bucal evita pneumonias e outras complicações causadas por bactérias e reduz tempo de internação

Cirurgiões-dentistas nas UTIs: redução das complicações da doença e ajuda na recuperação dos internados/Foto: Divvulgação/Agência Saúde

As unidades de terapia intensiva (UTIs) possuem equipes formadas por vários profissionais de diferentes especialidades. Cada um tem seu papel importante para que os pacientes se recuperem. Com a pandemia de Covid-19, o trabalho das equipes de cirurgiões-dentistas nas UTIs tem contribuído para reduzir as complicações da doença e para antecipar a recuperação dos internados.

Referência para o tratamento de pessoas acometidas pelo novo coronavírus, o Hospital Regional da Asa Norte (Hran) foi o primeiro do Distrito Federal a receber pacientes com a nova doença, inclusive aqueles que necessitaram de internação em UTI. Desde então, o trabalho dos dentistas desta unidade ficou ainda mais minucioso e com novos protocolos de segurança, de forma a manter a saúde desses profissionais.

Nos meses de enfrentamento da pandemia, uma das descobertas foi a de que na cavidade bucal se encontra a maior carga viral devido à presença da saliva e secreções. Diante disso, profissionais como a cirurgiã-dentista intensivista Gláucia de Ávila Oliveira passaram a conviver com o medo de se infectar e o desafio de tratar dos doentes sem muitas informações das complicações envolvidas.

“No início foi bem difícil, em alguns momentos achei que não conseguiria”, relembra Gláucia. “A verdade é que meu trabalho é muito gratificante porque sei que posso fazer a diferença em um momento crucial da vida de cada paciente”, avalia a cirurgiã-dentista.

A profissional conta que ainda não está claro, cientificamente, que a Covid-19 cause lesões bucais, mas foi percebido que, quando o paciente apresenta herpes simples ou candidíase bucal, as lesões tornam-se mais graves e duradouras, o que piora a qualidade de vida do doente durante a internação.

Sintomas relacionados à saúde bucal

Outros sinais e sintomas orais relacionados ao vírus Sars-CoV-2 incluem os distúrbios do paladar, relatados por muitas pessoas que foram infectadas. De acordo com Gláucia, eles podem estar relacionados a alterações neurais, gengivite descamativa e ulcerações não específicas nas mucosas. “Ainda é desconhecido se essas condições são causadas diretamente pela infecção da Covid-19 ou se são decorrentes de alterações do sistema imunológico ou de reações ao tratamento sistêmico recebido durante o curso da doença”, relata a profissional.

Para o chefe da UTI adulto do Hran, Vitor Bittencourt de Aquino Fernandes, “o serviço de odontologia deu essa garantia à saúde oral do paciente”. Segundo ele, “a presença de um odontólogo na UTI quer dizer aquela é uma unidade que se preocupa com o alto padrão de atendimento, de forma a não permitir que o paciente complique sem necessidade por uma infecção totalmente tratável, uma coisa totalmente prevenível”, destacou o médico.

O serviço de odontologia deu garantia à saúde oral do pacienteVitor Bittencourt, chefe da UTI adulto do HRAN

Na UTI do Hospital da Asa Norte o trabalho de higiene bucal é feito três vezes ao dia e um desses atendimentos é realizado pela equipe de enfermagem. Os pacientes são examinados diariamente, com exceção dos finais de semana, para diagnóstico precoce de alterações, lesões e doenças. Essa ação previne doenças como a pneumonia associada à ventilação mecânica e é baseado na remoção de bactérias que se acumulam sobre os dentes, gengivas e língua.

“São bactérias que se não retiradas podem ser aspiradas para o pulmão de pacientes intubados ou traqueostomizados”, conta a dentista. Também são realizadas a retirada de cáries ou outros focos de infecção, que podem levar bactérias à corrente sanguínea o que interfere na recuperação e alta médica do enfermo.

Entre os principais benefícios de haver esse tipo de acompanhamento especializado na UTI está na queda no tempo internação, o que gera economia de recursos e possibilita que outros pacientes possam utilizar o leito.

“Às vezes acho que quem trabalha na UTI não é capacitado por si só, ele é capacitado e fortalecido por Deus! E, não sei se porque sou extremamente cuidadosa em relação à biossegurança ou se foi por sorte, até hoje não fui contaminada e continuo firme e forte na luta por uma melhor qualidade de vida dos pacientes internados”, comemora Gláucia.

*Com informações da Secretaria de Saúde

Agência Brasília 

1ª Corrida e Caminhada de Arniqueira comemora aniversário da cidade

 


O evento, que reuniu 120 corredores, também marcou a volta das corridas de rua no DF, autorizada na última sexta-feira (23)

Mais de 120 pessoas se inscreveram para a competição | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

Ainda em clima de comemoração do primeiro aniversário da Região Administrativa de Arniqueira, a administração promoveu a 1ª Corrida e Caminhada da cidade, com percurso de dois quilômetros, neste domingo (25). A atividade ocorreu no Parque Ecológico do Areal, localizado na QS 06/08 e marcou o retorno das corridas de rua no DF, após a liberação em portaria publicada em edição extra do Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) da última sexta-feira (23). Colaboraram na realização da corrida,  as secretarias de Esporte e Lazer,  da Mulher, o Instituto Brasília Ambiental, DER-DF, Caesb, Corpo de Bombeiros e Polícia Militar do DF.

Ao todo, mais de 120 pessoas se inscreveram para a competição, que teve o objetivo de proporcionar à comunidade uma atividade esportiva e solidária, já que os participantes puderam doar brinquedos que serão entregues às crianças carentes da região. Na avaliação da administradora da cidade, Telma Rufino, ações como essa são positivas. “Ver a participação e o envolvimento da comunidade simboliza a consolidação de Arniqueira como cidade, além de promover nosso parque”, afirmou.

Depois de correr os dois quilômetros, a contadora Valquíria Moreira, 40 anos, elogiou a iniciativa. “Achei muito boa a ideia. Está tudo muito bem organizado. Ainda faz com que as pessoas usem mais os espaços públicos, principalmente aqui”, destacou a moradora de Arniqueira.

A comunidade de Arniqueira participou e também doou brinquedos a crianças carentes da região | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

O subsecretário de Projetos Incentivados e Eventos, Sidemeron Campos Silva, pontuou que após o longo período de quarentena as pessoas estão buscando lugares ao ar livre para praticarem esportes. “A população sentiu falta de praticar atividades físicas nos parques. Nós, enquanto secretaria, temos que somar força a iniciativas como essa, que incentivem o lazer e esporte”, afirmou. Ainda na opinião do subsecretário, a ideia serve de exemplo para outras administrações.

Segurança e parceiros

A corrida seguiu todas as recomendações de normas sanitárias, com túnel de sanitização, aferição de temperatura e largada com vários pelotões de seis corredores, para não causar aglomerações. Os inscritos ganharam um kit de corrida fornecido pelo DER-DF, além das medalhas de participação. A Caesb disponibilizou água mineral para os participantes. Já a secretária de Esporte e Lazer forneceu o túnel, suporte e incentivo para a realização do evento. A Secretaria de Mulher levou o Ônibus da Mulher, onde realizou atendimentos, de 8h às 17h, voltados para a saúde das mulheres.

Agência Brasília