quinta-feira, 9 de junho de 2022

Com impacto da inflação e da guerra, produtos juninos ficam até 41% mais caros

 ECONOMIA

A variação média da cesta de itens juninos foi de 15,29%, no acumulado dos últimos 12 meses, segundo o IPC-Fipe


Festa junina. Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Com base na pesquisa do IPC (Índice de Preços ao Consumidor), de maio de 2021 a abril deste ano em São Paulo, a variação média da cesta de produtos juninos foi de 15,29%. Entre os dez alimentos analisados pela pesquisa, sete registraram aumento de mais de 10%.

Além do milho, o fubá e a abóbora lideram os aumentos, com 41,58% e 34,77% de reajuste, respectivamente. “Todos os produtos alimentícios subiram, principalmente os industrializados que têm mais estapas de processamento e frete. Por isso, não seria diferente com os itens de festas juninas”, avalia o economista Guilherme Moreira, coordenador do IPC-Fipe.

Mas o principal destaque é o milho, insumo que faz parte de várias receitas juninas. “O produto faz parte das commodities (matérias-primas com cotação internacional) agrícolas que, após a guerra da Ucrânia, dispararam o preço no mercado internacional. Isso acabou impactando nesses itens aqui”, explica Moreira.

Todos produtos com soja, milho e trigo, que são commodities, acabaram subindo mais pelo efeito da guerra, que disparou a cotação, o que se espalhou por outros itens. “Combinado a isso, a alta do preço do diesel impactou muito o frete que, no caso dos alimentos industrializados, é um componente importante”, acrescenta o coordenador do IPC-Fipe.

Nos supermercados, a lata de 285 gramas do milho verde chega a custar R$ 19,29. Já o pacote de um quilo da farinha de trigo varia de R$ 4,26 a R$ 6,99.

A prévia da inflação oficial desacelerou em maio ao avançar 0,59%. O IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15) acumula alta de 4,93% em 2022. Nos últimos 12 meses, o salto dos preços é de 12,2%, patamar mais de três vezes superior à meta estabelecida pelo governo para este ano. O índice da inflação oficial de maio será divulgado nesta quinta-feira (9).

Veja os preços de alguns produtos juninos da Ceagesp

Valor do quilo no atacado cotado no dia 6 de junho

Abóbora seca – R$ 2,97
Abóbora moranga – R$ 2,85
Abóbora paulista – R$ 3,42
Batata doce amarela – R$ 4,33
Batata doce rosada – R$ 2,26
Canjica – R$ 7,68
Amendoim com casca – R$ 7,56
Amendoim sem casca – R$ 8,21
Milho de pipoca – R$ 6,7
Pinhão – R$ 6,17

Kajuru anuncia voto favorável ao projeto que limita ICMS sobre combustíveis Fonte: Agência Senado

 POLÍTICA

  • Plenário do Senado Federal durante sessão deliberativa extraordinária semipresencial.   Na ordem do dia, o PLP 18/2022, que fixa um teto de 17% para o Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) dos combustíveis com o objetivo de tentar conter o aumento dos preços desses itens.   Em discurso, à tribuna,  senador Jorge Kajuru (Podemos-GO).  Foto: Roque de Sá/Agência Senado

Roque de Sá/Agência Senado

O senador Jorge Kajuru (Podemos-GO) afirmou, em pronunciamento nesta quinta-feira (9), que vai votar favoravelmente ao projeto que estabelece um teto de 17% na alíquota de ICMS que incide sobre combustíveis, energia e telecomunicações. O objetivo do PLP 18/2022 é baratear o preço dos combustíveis e do gás de cozinha cobrado dos consumidores.

Apesar de considerar que a proposta é "eleitoreira", pois foi apresentada a poucos meses do pleito de outubro, Kajuru afirmou que é preciso pensar, por exemplo, nas famílias que sofrem com o elevado preço do gás de cozinha e nos motoristas de aplicativo que precisam abastecer seus veículos para trabalhar e sobreviver.

O senador disse que o presidente Jair Bolsonaro teve todo o mandato para resolver o problema de forma concreta, mas não se empenhou numa reforma tributária, preferindo usar seu tempo em "motociatas, carreatas, ameaças contra as instituições e poucas reuniões de trabalho".

— Estamos votando projeto relevante a toque de caixa, porque o governo Bolsonaro ignorou a problemática dos combustíveis por exatos três anos, apesar de ter em sua equipe um "posto Ipiranga".

Kajuru advertiu que é preciso ficar atento para que o alívio tributário chegue ao bolso do consumidor e não beneficie apenas as empresas vinculadas aos setores envolvidos pelo texto do projeto.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Senadores reagem à proposta do governo de reduzir carga sobre combustíveis

ECONOMIA

A proposta de acordo do presidente Jair Bolsonaro com os governos estaduais para tentar reduzir a carga tributária sobre os combustíveis repercutiu entre os senadores. Nesta terça-feira (7), já há uma reunião de líderes prevista para tratar do assunto. 

O governo pretende zerar o Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre diesel e gás de cozinha; reduzir o ICMS e zerar tributos federais sobre gasolina e etanol e compensar, ao menos em parte, os estados pela perda de arrecadação.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, lembrou que, como Casa da Federação, o Senado terá papel decisivo na discussão das propostas. Por meio das redes sociais, logo após o governo anunciar suas intenções, ele afirmou que está disposto ao diálogo e que o  Senado “está comprometido com a redução dos preços”. Também  defendeu a busca de um consenso para que tal objetivo seja alcançado. 

Os governistas Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e Vanderlan Cardoso (PSD-GO) retuitaram mensagens do presidente da República, Jair Bolsonaro, em defesa de um possível acordo, que, segundo o governo, vai garantir o alívio no bolso da população.

Entre os oposicionistas, no entanto, o clima é de desconfiança. O senador Humberto Costa (PT-PE) lembrou que, quando Jair Bolsonaro assumiu a Presidência da República, a gasolina custava R$ 4 e agora está mais de R$ 8 em algumas cidades. 

“O presidente passou mais de três anos sem se incomodar com a alta do combustível. Agora, resolveu fazer um jogo de cena e prometeu baixar os preços, mas só por seis meses, no período eleitoral”, afirmou. 

O senador Jean Paul Prates (PT-RN), por sua vez, apresentou números. Segundo ele, se for zerado o ICMS sobre o diesel, o preço na bomba vai cair R$ 1 por litro. Já se forem zerados o PIS, a Cofins e a Cide na gasolina, a redução na bomba deve ser de R$ 0,69 por litro. 

Para ele, no entanto, a proposta é insuficiente, o  governo "está perdido" e não tem plano estratégico ou estruturante real para o setor. 

“Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes são teimosos pois não querem de fato mexer no preço dos combustíveis, mas somente disfarçar com desoneração de cunho eleitoreiro. Reduzir impostos indiretos é positivo mas insuficiente. Solucionar estruturalmente exige trabalho e inteligência”.

Já o senador Fabiano Contarato (PT-ES) mostrou-se preocupado com a perda de arrecadação dos estados. "A reforma da cobrança de ICMS não pode prejudicar os entes federativos. Estou em constante diálogo com o governo capixaba e lideranças do Espírito Santo para evitarmos retrocessos. É pauta de interesse público que não pode admitir distorções de arrecadação", avaliou no Twitter. 

O que está em jogo na negociação sobre combustíveis

A proposta anunciada pelo Executivo nesta segunda-feira (6) ataca em duas frentes conforme o tipo de combustível. 

  • Gasolina e etanol: a intenção é que estados e DF apoiem o Projeto de Lei Complementar (PLP) 18/2022, que propõe um teto de 17% para o ICMS. O governo federal fará a parte dele derrubando a zero PIS/Cofins e Cide-Combustíveis. 
  • Diesel e gás de cozinha: os tributos federais já estão zerados, e o governo quer que os estados façam o mesmo em relação ao ICMS. Caso os governadores concordem, o valor que seria arrecadado em ICMS com as alíquotas a 17% será repassado aos governos locais pela União. 
A ideia inicial dos técnicos da área econômica do governo é manter as regras em vigor até 31 de dezembro deste ano, e limitar o ressarcimento aos estados em um valor entre R$ 25 bilhões e R$ 50 bilhões. Para ressarcir os entes federados, no entanto, será necessária a aprovação de uma proposta de emenda à Constituição

O que diz o PLP 18/2022
Define que combustíveis, assim como energia, transportes coletivos, gás natural e comunicações são bens essenciais e indispensáveis. Com isso, estados não podem  cobrar alíquotas de ICMS acima 17%. 
O relator no senado é Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), que tem negociado mas enfrentado resistência dos governadores. A intenção do presidente Rodrigo Pacheco é levar a proposição diretamente ao Plenário sem passar pelas comissões.

Os tributos em jogo 

Cide-Combustíveis: A Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide-combustíveis) foi instituída pela Lei 10.336, de 2001 com o objetivo de garantir  um mínimo de recursos para investimento em infraestrutura de transporte; ao pagamento de subsídios a preços ou transporte de álcool combustível, de gás natural  e de derivados de petróleo; e ao financiamento de projetos ambientais relacionados com a indústria do petróleo e do gás.

Cofins: contribuição para o Financiamento da Seguridade Social. De competência da União, cuja arrecadação não é compartilhada com os demais entes federados. Como o próprio nome diz, tem como finalidade o financiamento da seguridade social, ou seja, previdência social, assistência social e a saúde pública

PIS/Pasep: Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público. Assim como a Cofins e a Cide também não têm caráter de imposto. São contribuições sociais exclusivas de competência da União, que recolhe das empresas para serem transformadas em benefícios a trabalhadores do setor público e da iniciativa privada. Parte da arrecadação financia o pagamento do seguro-desemprego e do abono anual ao qual têm direito os trabalhadores que ganham até dois salários mínimos por mês. O PIS é de funcionários da área privada e operado pela Caixa Econômica Federal; o Pasep é destinado a servidores públicos, operado pelo Banco do Brasil.  

ICMS: Imposto incidente sobre a circulação de mercadorias e sobre a prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação. Constitui a mais importante fonte de arrecadação dos estados, que são obrigados a repassar 25% da arrecadação aos municípios. Por ser estadual, sua alíquota é definida localmente e o valor do imposto pode variar de acordo com a mercadoria ou serviço e com a movimentação, se é interna ou interestadual.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Saiba 9 passos para um estilo de vida saudável

ESTILO DE VIDA


FOTO: REPRODUÇÃO


Com a rotina diária cada vez mais corrida, a desculpa da falta de tempo passa sempre a atividade física para segundo plano. O stress do dia a dia nos leva a cada vez mais buscar saídas rápidas e erradas, no que se relaciona a alimentação, com isso, alimentos gordurosos e escolhas cada vez menos saudáveis acabam se incorporando no nosso dia a dia. Uma vida saudável se torna um dos maiores desafios da vida moderna. Doenças decorrentes de uma má alimentação e de uma falta de rotina, acabam se tornando cada vez mais frequentes, e viver bem se tornou uma necessidade vital. Montamos uma lista com 9 passos para ajudar você, que acredita que apesar de difícil, pode sim ser possível, e indispensável melhorar sua qualidade de vida. 


Que tal começarmos hoje?


 1. Dormir bem Assim como se alimentar e praticar exercícios são essenciais para uma vida saudável, dormir não é diferente. O sono é o momento de repouso do organismo, em que o cérebro se livra de resíduos para poder revigorar suas energias. E a privação dele contribui para o aumento do nível de stress, falta de memória, de atenção e de concentração. São necessárias de 6 a 8 horas de sono ao dia para que, a pessoa ao acordar, esteja descansada e recobre a energia para mais um dia. 

2. Beber água Aproximadamente dois terços do nosso corpo são compostos por água. 
Ela transporta os nutrientes, o oxigênio e auxilia na produção de energia. Consumir água faz uma enorme diferença no nosso organismo, especialmente às pessoas que abusam do sódio na alimentação. Lembrando que equilíbrio fundamental e tudo que é em excesso faz mal, inclusive a água. Portanto a média de consumo ideal para uma pessoa saudável fica entre 1,5 a 2 litros de água por dia. 

3. Praticar exercícios físicos A atividade física regular não ajuda somente a manter corpo saudável e bonito esteticamente, mas é fundamental na prevenção de várias patologias. 

De nada adianta uma alimentação regrada, se o corpo permanece parado. Hoje em dia, existem diversos tipos de exercícios físicos, são muitas opções, é só escolher o que mais agradar!
 4. Dedicar tempo para fazer o que gosta Fazer amigos, sair, rir, namorar, ter relações sexuais, são coisas que fazem bem. Liberam a ocitocina, que reduz a tensão arterial e o stress. Ela é a chave para a felicidade das pessoas, está diretamente relacionada à criação de laços sociais. 

5. Ter uma dieta equilibrada Grande parte dos nossos problemas de saúde estão diretamente ligados à nossa má alimentação. Para que você viva mais e com qualidade, é fundamental uma alimentação equilibrada. A consulta a uma nutricionista sempre é o melhor caminho. Ela pode avaliar seu organismo com precisão, e montar um plano exatamente de acordo com seus objetivos, incluindo na sua rotina, uma boa alimentação e atividade física. Portanto se você não pode consultar uma nutricionista agora, opte por coisas mais saudáveis na sua rotina, como evitar produtos industrializados, frituras, farinhas refinadas, beber bastante líquidos (água e chás). Dê sempre preferências a alimentos frescos e pratos coloridos, eles são fundamentais para repor as vitaminas que tanto perdemos e precisamos. 

6. Fazer exames periódicos A saúde é consequência das nossas escolhas e dos nossos hábitos de vida. 
O acompanhamento preventivo da saúde ainda é a melhor opção para quem busca um envelhecimento com qualidade e a longevidade. Lembrando que após os 40 anos de idade, é fundamental que se realize um check up clínico e cardiológico anual, o que pode prevenir e tratar muitas patologias assintomáticas ou com leves sintomas, que muitas vezes são ignorados no nosso dia a dia. 

7. Manter o peso Aproximadamente um terço da população se encontra no sobrepeso. Esse fato os insere em um grupo de alto risco, seja na sua qualidade de vida, seja no prazo final dela. A preocupação com o peso corporal saudável reduz o risco de problemas sérios de saúde, aumenta sua autoestima e melhora o seu emocional. Não opte por uma determinada dieta, escolha um estilo de vida permanente pra você. A consulta com um médico ou um nutricionista pode ser o ponta pé inicial para essa mudança que você procura. Ser saudável é apenas uma opção!

 8. Trabalhar com o que gosta A possibilidade de unir o prazer de fazer o que gosta ao trabalho diário pode proporcionar muita felicidade e muito dinheiro. O dinheiro é somente uma consequência de um trabalho bem feito. Trabalhar com satisfação proporciona alegria, qualidade de vida e longevidade.


 9. Se conscientizar dos motivos pelos quais você quer ter um estilo de vida saudável Entender por quê você busca uma mudança é fundamental para definir, traçar os seus objetivos e saber aonde você deseja chegar. As vezes é difícil, mas é fundamental saber exatamente aquilo que se pretende mudar. Trace seus objetivos de forma específica e positiva, de modo que seu sucesso só dependa de você mesmo. Mudanças nunca são fáceis, mas com certeza, se tornam com o passar do tempo, extremamente necessárias.

FONTE: HOSPITAL VIVER

Quanto comer carne custa ao mundo e como a agricultura 4.0 pretende reduzir esse dano

AGRICULTURA
FOTO: REPRODUÇÃO


A produção de carne é uma das atividades mais intensas e que mais demandam recursos na economia global. Dados da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura estimam que quase 30% de toda área mundial é utilizada para a produção de gado, pastagens e ração. Em comparação, a área utilizada por outros plantios é de 7%, enquanto a ocupada por centros urbanos, cidades e outras formas de infraestrutura é de apenas 1%.

Esse número já demonstra o desafio que é alimentar o planeta com proteína animal, seja carne de vaca, frango, peixe, carneiro e ovos. Nos últimos anos, no entanto, com a ascensão da classe média em países da África e da Ásia, especialmente a China, aumentou ainda mais a demanda do setor agropecuário mundial, que se vê com um número de consumidores que aumenta mais e mais com o passar dos dias.

Por outro lado, ambientalistas, políticos e membros da sociedade civil pedem pela redução imediata de impactos no meio ambiente. Só no Brasil, um dos maiores produtores de carne do mundo, temos visto um aumento cada vez maior das taxas de desmatamento das matas nativas. Em 2021, segundo dados do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia, foram perdidos o equivalente a 13 mil km² de mata virgem, o equivalente a 216 campos de futebol por hora.

De acordo com Marc Dourojeanni, ao contrário do que se pensa, a maior parte desse desmatamento não é feito por grandes conglomerados alimentícios, mas sim por pequenos agentes que agem a partir da informalidade. De acordo com o pesquisador, um estudo recente demonstrou que 75% do desmatamento anual no Peru é realizado em propriedades pequenas, com menos de meio hectare.

Ou seja, não é uma atividade que explicite envolvimento de grandes empresas, ainda mais quando se contabiliza o fato de que esses biomas, Amazônico no caso do Peru e do Brasil, ou Cerrado no caso somente do Brasil, possuem um solo pobre, intemperizados e que não aguentam o desmatamento para servir de pastagem.

Custos da produção animal

Apesar de grandes empresas não estarem diretamente conectadas a danos ambientais criminosos, a produção agropecuária ainda é uma atividade danosa ao meio ambiente. Dados apontam que não só o setor é responsável por 14,5% da emissão de gases de efeito estufa, mas a utilização de agrotóxicos e antibióticos causam também grandes danos à saúde humana, seja à exposição direta ou indiretamente pelo consumo.

A criação de gado também utiliza cerca de 23% de toda água disponível para consumo no planeta e 30% da energia gerada mundialmente. Todo esse gasto, no entanto, representa apenas 15% das calorias do prato do brasileiro, e 13% do prato do americano.

Como forma de aliviar todos esses impactos à natureza, grandes empresas vem se utilizando cada vez mais de desenvolvimentos tecnológicos em suas linhas de produção, desde o produtor até o consumidor final.

Agricultura 4.0

Não é de se surpreender que as mesmas tecnologias que permitem facilidades digitais em nossas vidas, seja através do acompanhamento de nossa saúde em um smartwatch ou ao pedir um carro por aplicativo, também deem a fazendeiros e pecuaristas maiores recursos e benefícios na hora de manejar suas plantações e gados.

Chamada de Agricultura 4.0, essa revolução tecnológica permite aos agropecuaristas uma maior agilidade e autonomia para resolver problemas, maior conectividade com sistemas e ferramentas digitais, como chips e drones, e melhor controle quanto aos processos produtivos. O resultado disso é uma redução do desperdício de insumos e a possibilidade de criar ações voltadas à sustentabilidade de suas empreitadas.

Esse conjunto de técnicas difere de inovações passadas. Pode-se dizer que a Agricultura 1.0 é aquela feita à mão, sem dispor de muitos recursos tecnológicos e geralmente voltada à subsistência.

Já a 2.0 se deu com o final do feudalismo na Europa e a reorganização da estrutura dos campos. Isto é, com a perda dos campos comuns e o cercamento das terras. A agricultura 3.0, por sua vez, se deu com a chegada da revolução verde e com a introdução de insumos industrializados e do maquinário agrícola. Ela ficou marcada tanto por processos como automação e o início da coleta de dados, com a agricultura de precisão, quanto por sistemas de irrigação e maquinários como tratores e colhedoras.

"De certa forma, a segunda e a terceira revoluções continuam em andamento com maior ou menor intensidade em diferentes partes do globo" afirma Davi Bungenstab, especialista em sustentabilidade da Embrapa Gado de Corte.

Agora, com a agricultura 4.0, esses processos iniciados da agricultura 3.0 ficaram ainda mais disponíveis para os agropecuaristas. Se antes era preciso um investimento alto para poder contar tanto com a ajuda de agrônomos, quanto com a tecnologia de precisão, agora com um smartphone na palma da mão tem-se acesso a quase todos os mesmos processos e ainda outros, como ferramentas de gestão, drones e computação em nuvem. Outro marco dessa nova etapa é a chegada da inteligência artificial e do aprendizado de máquina para o mundo agrícola.

"A agricultura 4.0 base-se essencialmente em três pilares: uso de sensores com forte ênfase em IoT (Internet das Coisas),inteligência ar%'cial (IA) e “big data” que é a exploração de grandes bases de dados", disse Bugenstab.

Ela permitirá que os produtores possam reduzir ainda mais os custos de produção, aproveitando os insumos e evitando desperdícios, elevem a produtividade do solo graças à coleta de dados e possam agir rapidamente a problemas, como pragas ou falta de nutrição no solo graças a conectividade entre um celular e um maquinário.

Drones, chips e satélites

É justamente através dessas novas tecnologias trazidas pela agricultura 4.0 que grandes empresas e instituições de pesquisa estão buscando métodos para reduzir os impactos ambientais da produção agropecuária. A ideia é desde o repasse desses avanços tecnológicos ao produtor, até a implementação de melhorias no produto final para o consumidor.

A Cargill, líder mundial no setor, traz iniciativas digitais tanto para suas linhas de produção de grãos quanto de gado. Uma das mais interessantes é o Cargill CattleView, que se encontra em fase de testes em três fazendas brasileiras nesse momento, com cerca voos diários em 220 currais diferentes.

O CattleView utiliza drones, computação em nuvem, visão computacional e inteligência artificial para fornecer uma série de informações ao pecuarista que o ajudam a tomar decisões que visam o melhor manejo e bem-estar do gado.

"Essa tecnologia apresenta caráter disruptivo para o setor, uma vez que o método atualmente utilizado para monitorar e tomada de decisão é realizado de forma subjetiva e depende da experiência do tratador e sua disciplina em visitar toda a extensão dos currais regularmente, deixando uma margem muito grande para erros e consequente ineficiência", afirmou a empresa.

A Marfrig é outra empresa que aposta no repasse de tecnologia ao produtor para melhorar a qualidade e reduzir impactos da produção. Através da plataforma de rastreabilidade Conecta, que realiza o monitoramento via satélite dos produtores em Mato Grosso e em Rondônia, a empresa consegue cruzar informações sobre os produtores e dados públicos para verificar a presença de desmatamento em suas linhas de produção.

Um dos grandes diferenciais da tecnologia é que ela é descentralizada, sendo baseada em blockchain, podendo ser utilizada também pelos produtores de carne da Marfrig para verificarem seus fornecedores de insumos e ver se estão de acordo com as práticas de combate a irregularidades da empresa.

A Embrapa, uma das maiores desenvolvedoras de tecnologia para o setor agropecuário brasileiro, também tem iniciativas nesse setor. O AgroTag, por exemplo, desenvolvido pela Embrapa Meio Ambiente e pelo Instituto Eldorado, é um ecossistema digital colaborativo onde empresas, instituições e sociedade podem realizar o acesso e troca de dados geoespaciais.

"Temos exemplos práticos da utilização do AgroTag no campo em locais remotos, envolvendo, por exemplo, demandas do Governo do Pará no interior daquele estado, o AgroTag Pará, bem como na Amazônia Legal, AgroTag Manejo Florestal e Extrativismo (MFE)", afirmou Luiz Vicente, pesquisador do Embrapa Meio Ambiente.

YAHOO FINANÇAS

Grêmio volta a vencer, bate o Novorizontino e encosta no G4 da Série B

 ESPORTES

Equipe gaúcha estava em uma sequência de cinco jogos sem vencer; Diego Souza e Janderson balançaram as redes e colocaram fim nesse jejum gremista

Diego Souza abriu o placar para o Grêmio na Arena
foto: LUCAS UEBEL/GREMIO FBPA

Diego Souza abriu o placar para o Grêmio na Arena


Nesta quarta-feira (7), o Grêmio venceu o Novorizontino por 2 a 0 e voltou a marcar na Série B após três partidas empatando sem gols. O placar também colocou fim à sequência de cinco jogos sem vencer - nas últimas cinco partidas, foram quatro empates e uma derrota. Na Arena, Diego Souza e Janderson marcaram os tentos que garantiram a vitória pela 11ª rodada da competição.
om esse resultado, a equipe de Roger Machado fica com 17 pontos e ocupa a quinta posição, encostando no G4. Já o Novorizontino tem 14 pontos e está em sétimo lugar.

Pela próxima rodada da Série B, o Grêmio enfrenta o Sport, fora de casa, às 20 horas (de Brasília) de segunda-feira. A equipe paulista, por outro lado, entra em campo no domingo, quando recebe o Guarani, às 11 horas.

Primeiro tempo


Em casa, o Grêmio começou melhor e incomodou logo aos seis minutos. Diego Souza cabeceou na área e após desvio da defesa, a boal foi pelo lado de fora. Pouco depois, Rodrigues também tentou de cabeça, assustando o goleiro Giovanni.
Já aos 23, Bitello arriscou e o arqueiro da equipe paulista defendeu. O Novorizontino, por sua vez, criou boa oportunidade aos 38, com Ronaldo, que viu o goleiro gremista defender. O gol da equipe gremista veio já nos acréscimos, aos 53. Após revisão do VAR, o árbitro marcou pênalti devido a um toque de mão de Filemon. Na cobrança, Diego Souza colocou o Tricolor na frente.

Segundo tempo


O Grêmio ampliou o marcador aos 12 minutos, com Janderson. Logo depois, o atacante criou mais uma chance, porém, Giovanni levou a melhor e defendeu. Passando os 30 minutos de segundo tempo, Janderson cruzou na área para Elias, mas Giovanni chegou antes e fez a defesa. O tricolor soube administrar e levou os três pontos.

FICHA TÉCNICA

GRÊMIO-RS 2 X 0 NOVORIZONTINO-SP

Local: Arena do Grêmio, em Porto Alegre (RS)
Data: 07 de junho de 2022, terça-feira
Horário: 21h30 (Brasília)
Árbitro: Sávio Pereira Sampaio (DF-Fifa)
Assistentes: Daniel Henrique da Silva Andrade (DF) e José Reinaldo Nascimento Júnior (RS)
VAR: Rodrigo Nunes de Sá (RJ-Fifa)
Cartões amarelos: Rodolfo Filemon, Ligger, Ronald e Gustavo Bochecha (Novorizontino); Janderson, Elias, Rodrigues e Lucas Silva (Grêmio)
GOLS:
GRÊMIO: Diego Souza (aos 53 do 1°T) e Janderson (aos 12 do 2°T)


GRÊMIO: Gabriel Grando, Rodrigues, Geromel, Kanneman, Edilson, Thiago Santos (Lucas Silva), Bitello (Mateus Sarará), Nicolas; Janderson (Gabriel Silva), Gabriel Teixeira (Elias) e Diego Souza (Elkeson)
Técnico: Roger Machado

NOVORIZONTINO: Giovanni, Felipe Rodrigues (Willean Lepo), Rodolfo Filemon (Jhony Douglas), Ligger e Romário; Joílson, Léo Baiano, Gustavo Bochecha e Diego Torres (Rômulo); Danielzinho (Ronald), Ronaldo (Quirino)
Técnico: Allan Aal
GP
Gazeta Press

quarta-feira, 8 de junho de 2022

Damares e mais três: a disputa acirrada pela vaga do Senado no DF

ELEIÇÕES 2022

Duelo de ex-ministras de Bolsonaro, deputada petista e atual senador está aberto, segundo pesquisa do Real Time Big Data

As ex-ministras Damares Alves (Republicanos) e Flávia Arruda (PL), candidatas ao Senado pelo DF Clarice Castro/MMFDH/Marcos Corrêa/PR/Divulgação

A ex-ministra dos Direitos Humanos do governo Jair Bolsonaro, Damares Alves (Republicanos-DF), está embolada com outros três pré-candidatos na disputa por uma vaga no Senado pelo Distrito Federal: o senador Reguffe (União Brasil), atual detentor do posto; a ex-ministra-chefe da Secretaria de Governo, Flávia Arruda  (PL); e a deputada federal Erika Kokay (PT)Segundo pesquisa feita entre os dias 6 e 7 de junho pelo instituto Real Time Big Data e divulgada nesta quarta-feira, 8, Reguffe tem 17% das intenções de voto, enquanto os outros três tem 16%. É um empate quadruplo na liderança, dentro da margem de erro, que é de três pontos percentuais para mais ou para menos.

Abaixo deles estão Paulo Octavio (PSD), com 7%; e Paulo Roque (Novo), com 2%, além de 12% de brancos e nulos e 14% de eleitores que não sabem ou não responderam.

A pesquisa não testou um cenário sem Arruda ou Damares, uma vez que as duas garantem suas candidaturas apesar de disputarem o voto bolsonarista no DF. Aliados das campanhas das ex-ministras, tanto do Republicanos quanto do PL, no entanto admitem que a divisão de voto é prejudicial para ambas, e que o ideal seria desatar esse nó até o começo de agosto.

A pesquisa ouviu 1.500 pessoas e foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número DF-00040/2022.


FONTE: VEJA


Detran-DF não pode descontar adicional de insalubridade

 BRASÍLIA

O Tribunal entendeu que a responsabilidade pelo pagamento indevido foi do órgão e que, não é cabível a devolução do benefício

Foto: André Borges / Agência Brasília

O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) determinou, nesta quarta-feira (08), que o Detran-DF não pode descontar o adicional de insalubridade pago aos servidores que estiveram em teletrabalho durante a pandemia de covid-19.

O Tribunal entendeu que a responsabilidade pelo pagamento indevido foi do órgão e que, portanto, não é cabível a devolução do benefício recebido de boa fé.

“A decisão é acertada, pois exigir a devolução dos valores recebidos pelos servidores a título de adicional de insalubridade é descabido, principalmente se levado em consideração a natureza alimentar dos aludidos valores e a boa-fé objetiva quando do recebimento”, explica.Para a advogada da Advocacia Riedel que acompanhou o processo pelo Sindicato dos Servidores do Detran-DF, Juliana Barroso, a decisão é acertada, visto que esses valores têm natureza alimentar.

A advogada lembra, ainda, que os servidores não foram responsáveis pelo afastamento do trabalho presencial. “Os servidores não deram causa ao afastamento, nem tampouco ao erro na manutenção do pagamento, que se deu em função de imperativo legal diante do momento de pandemia vivenciado, obrigando os servidores a laborarem na modalidade de teletrabalho”, conclui.

FONTE: JORNAL DE BRASÍLIA

doadores de sangue

Copa do Brasil terá quatro clássicos estaduais nas oitavas de final

 ESPORTES

Jogos de ida estão programados para os dias 22 e 23 deste mês


© Lucas Figueiredo/CBF/Direitos Reservados Esportes


Metade dos confrontos das oitavas de final da Copa do Brasil será de clássicos estaduais. Uma das vagas às quartas de final será definida no Clássico Alvinegro, entre Santos e Corinthians. Outra sairá de quem avançar no Choque-Rei, como é conhecido o embate de São Paulo e Palmeiras. O Clássico-Rei, que opõe Ceará e Fortaleza, também decidirá um dos classificados, assim como o Clássico do Equilíbrio, onde Atlético-GO e Goiás medem forças. Os jogos foram definidos por sorteio na tarde desta terça-feira (7), na sede Confederação Brasileira de Futebol (CBF), no Rio de Janeiro. 

Nos demais confrontos, destaque para Flamengo e Atlético-MG, duelo de rivalidade histórica, que reeditará a decisão da última Supercopa do Brasil, vencida pelo Galo. As partidas entre Fluminense e Cruzeiro e Athletico-PR e Bahia colocarão campeões brasileiros frente a frente. Por fim, o América-MG foi sorteado como adversário do Botafogo.

A CBF ainda definirá as datas e horários das partidas. A previsão é que os jogos de ida ocorram entre os dias 22 e 23 deste mês e os de volta em 13 e 14 de julho. Santos, Palmeiras, Ceará, Goiás, Flamengo, Cruzeiro, Athletico-PR e Botafogo decidirão os confrontos em casa. Nos clássicos paulistas, é autorizada somente a presença da torcida mandante nas arquibancadas.

A classificação às quartas de final assegura às equipes uma premiação de R$ 3,9 milhões. Quem passar às semifinais terá direito a R$ 8 milhões. O vice-campeão receberá R$ 25 milhões, enquanto o ganhador da Copa do Brasil levará R$ 60 milhões de prêmio.

Edição: Cláudia Soares Rodrigues


Decisão do TRE impede Sergio Moro de se candidatar por São Paulo

 POLÍTICA

Sergio Moro — Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) anulou a transferência do domicílio eleitoral do ex-juiz Sergio Moro (União Brasil), impedindo o ex-juiz da Lava-Jato de se candidatar a cargo eletivo por São Paulo. A decisão foi tomada durante julgamento realizado pela Corte nesta terça-feira. Cabe recurso ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).Thank you for watchingPor quatro votos a dois, o TRE-SP decidiu que Moro não comprovou vínculo com a capital paulista -- ele mudou o domicílio eleitoral inicialmente para concorrer a presidente pelo Podemos e, após migrar para o União Brasil, estava cotado para disputar uma vaga para a Câmara ou para o Senado.

O tribunal paulista julgou recurso do diretório municipal do PT que solicitou o cancelamento da transferência do título eleitoral do ex-juiz e ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro.Na ocasião em que requereu a mudança de domicílio eleitoral, Moro justificou que São Paulo havia se tornado seu "hub" para viagens de avião pelo país. Disse também que um hotel na zona Sul da capital paulista, na região da Avenida Paulista, passou a ser sua residência e base política. O local é usado pelo ex-juiz desde dezembro.

FONTE: VALOR ECONÔMICO/ POLÍTICA



Peste suína africana tem primeira vacina desenvolvida no mundo

 MUNDO

Imunizante foi criado no Vietnã, em parceria com pesquisadores americanos, e necessita ser reaplicada a cada seis meses


O Vietnã anunciou neste mês que desenvolveu a primeira vacina do mundo contra a peste suína africana (PSA). O imunizante teria sido criado em parceria com pesquisadores dos Estados Unidos, e deverá estar disponível inicialmente apenas no mercado vietnamita.

O objetivo é também produzir a vacina para mercados onde a doença tem causado grandes transtornos, como em países da Ásia. De acordo com agências de notícias internacionais, a vacina fornece imunidade aos suínos por seis meses.


A doença é mortal para os suínos e tem devastado criações em diversos pontos do planeta. Trata-se de uma infecção viral grave que vem sendo observada desde o começo do século passado em áreas da África. No século 21, ela se disseminou pela Eurásia, alcançando a Europa em 2014 e a China, em 2018. No país asiático, a PSA praticamente dizimou o rebanho de suínos. Em 2021, após o primeiro foco já registrado nas Américas – mais precisamente, na República Dominicana -, todo o continente entrou em alerta e reforçou procedimentos de biossegurança.

A peste suína africana afeta porcos selvagens e domésticos e, geralmente, é fatal para os animais, mas inofensiva para os seres humanos. Além disso, o consumo da carne possivelmente contaminada tampouco apresenta riscos à saúde humana.

Nos últimos dois anos, foram notificados em todo o planeta mais de 1 milhão de casos de peste suína africana, de acordo com a Organização Mundial de Saúde Animal.

suíno, peste suína
FOTO: REPRODUÇÃO
FONTE: CANAL RURAL