domingo, 28 de março de 2021

130 anos de história: Plenário do STF foi cenário de grandes julgamentos

 


A partir da Constituição de 1988, a Corte se abriu para a sociedade e para a diversidade.

26/03/2021 17h44 - Atualizado há

Ao longo de seus 130 anos, o Supremo Tribunal Federal (STF) acolheu as mais diversas representações sociais em suas dependências e seus julgados. Mas foi a partir da promulgação da atual Constituição Federal de 1988, também chamada de Constituição Cidadã, que o Tribunal se aproximou mais da sociedade. Iniciativas como as audiências públicas para debater com diversos setores sociais temas em julgamento na Corte e a participação dos terceiros interessados em processos de grande repercussão, na condição de amici curiae, contribuíram para esse processo.

Diversidade

Nessa evolução democrática, o Plenário do STF foi cenário de julgamentos memoráveis que levaram a Corte a flexibilizar protocolos em respeito à diversidade cultural e à defesa das minorias. Assim foi no julgamento da demarcação da Reserva Raposa Serra do Sol (Pet 3388), quando dezenas de indígenas, em trajes típicos e descalços, tiveram assento no Plenário.

Os representantes das comunidades remanescentes dos quilombos também marcaram presença no julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 3239, ajuizada em defesa da garantia da titularidade de suas terras. Outro julgamento que também representou toda a diversidade cultural e religiosa do Brasil foi o que discutiu a constitucionalidade do sacrifício de animais em ritos religiosos, muito comuns em religiões de matriz africana. No julgamento do Recurso Extraordinário (RE) 494601, o Plenário validou a Lei estadual 12.131/2004 do Rio Grande do Sul, que permite a prática religiosa.

Também encontraram espaço na Corte os transsexuais e os transgêneros, que comemoraram a decisão do STF no julgamento do Recurso Extraordinário (RE) 670422, que lhes garantiu o direito de alterar o registro civil sem a necessidade de cirurgia para mudança de sexo. Outro julgamento bastante aguardado foi o que permitiu a equiparação da transfobia e da homofobia ao crime de racismo, até que o Congresso Nacional edite lei que criminalize esses atos. Os processos, julgados em junho de 2019,  foram a Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão (ADO 26) e o Mandado de Injunção (MI 4733).

O STF abriu espaço, em 2008, para discutir a liberação de pesquisas com células-tronco embrionárias, no julgamento da ADI 3510, contra a Lei de Biossegurança . Pesquisadores, comunidade médica e representantes de pessoas com deficiência ou que sofreram paralisia cerebral comemoraram, no Plenário, a validação da lei que permite as pesquisas. Em 2012, a análise foi sobre o direito de a gestante de feto anencéfalo (sem cérebro) poder interromper a gravidez, caso seja de sua vontade. A Corte julgou procedente a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 54 e dispensou a autorização judicial para o procedimento.

Algumas crianças acompanhadas de seus pais também estiveram no plenário do STF para acompanhar o julgamento do RE 888815, em que se discutia o direito de os pais poderem educar seus filhos em casa, o chamado homeschooling ou ensino domiciliar. O colegiado entendeu, por maioria, que não há lei que ampare esse direito.

Julgamentos históricos

Em seu livro “A Judicialização da Vida e o Papel do Supremo Tribunal Federal”, o ministro Luís Roberto Barroso elencou 12 julgamentos do STF que considera históricos nos últimos 15 anos. Entre eles estão a proibição do nepotismo nos Três Poderes, em 2006 (ADC 12) e 2008 (RE 579951); a constitucionalidade da lei que autorizou pesquisas com células-tronco embrionárias (ADI 3510); a incompatibilidade entre a Lei de Imprensa do regime militar e a Constituição de 1988 (ADPF 130); a equiparação das uniões homoafetivas às uniões estáveis heteroafetivas (ADPF 132 e ADI 4277); o rito do procedimento de impeachment de presidente (ADPF 378); o afastamento de parlamentar do mandato de deputado federal e da Presidência da Câmara dos Deputados (AC 4070); e a possibilidade de execução da condenação penal após o julgamento em segundo grau (HC 126292, ADCs 43 e 44 e ARE 964246).

Maior julgamento

O maior julgamento da história do STF, até hoje, foi o da Ação Penal 470, em 2012, que apurou denúncia de corrupção envolvendo compra de votos e pagamento de propina, no escândalo conhecido como “Mensalão”, com 38 réus e mais de 72 mil páginas. Foram 53 sessões plenárias para o julgamento da ação, relatada pelo ministro Joaquim Barbosa (aposentado). Somente o acórdão tinha mais de oito mil páginas. Barbosa observou que, nos 11 anos em que compôs o STF, a Corte “tomou para si” a liderança nas transformações sociais que define como uma "revolução silenciosa”, por meio de decisões “corajosas, progressistas e, muitas vezes, contramajoritárias".

Muito antes do mensalão, porém, o Supremo teve muitos julgamentos notórios. No Habeas Corpus (HC) 3536, impetrado em 1914, o jurista e senador Ruy Barbosa questionou a censura policial à publicação de um discurso no jornal O Imparcial em que criticava a decisão do governo Hermes da Fonseca de prorrogar o estado de sítio por mais seis meses. A extradição para a Alemanha da ativista Olga Benário, mulher de Luís Carlos Prestes, durante o regime de Getúlio Vargas também consta na lista de julgamentos históricos.

Pandemia

No presente, um dos pontos mais relevantes da atuação do STF é o julgamento de causas referentes à pandemia da Covid-19. Em pronunciamento ao Plenário, quando completou-se um ano do estado de pandemia reconhecido pela Organização Mundial de Saúde (OMS), o presidente do STF, ministro Luiz Fux, lembrou o esforço da Corte na manutenção de suas atividades jurisdicionais.

A Corte priorizou os julgamentos individuais e colegiados de mais de 7 mil processos relacionados ao tema, como os referentes a medidas sanitárias, federalismo, questões econômicas e impactos sociais. Um dos julgamentos mais destacados é o que reforçou a competência da União, dos estados e dos municípios para a adoção de medidas sanitárias e de contenção à Covid-19, de forma a minimizar os impactos econômicos e sociais da doença.

O Tribunal discutiu, também, a obrigatoriedade da vacinação contra o coronavírus. O tema vacinação não é novidade na Suprema Corte. Em 1905, julgou processo relacionado à chamada Revolta da Vacina, contra a vacinação compulsória da população para o combate à epidemia de varíola. No julgamento do HC 2244, o Tribunal, por maioria, impediu que as autoridades entrassem na residência de um cidadão para vaciná-lo compulsoriamente, ressaltando a inviolabilidade do domicílio, nos termos da Constituição Federal de 1891.

Em relação à Covid-19, o STF decidiu  que os estados podem estabelecer a compulsoriedade da vacinação e impor medidas restritivas ao cidadão que se recusar a se imunizar. Nesse caso, o entendimento foi que, em situações excepcionais, o direito à saúde coletiva deve prevalecer sobre os direitos individuais. Entretanto, o Tribunal ressaltou que nenhum cidadão poderá ser levado à força para vacinação (ADIs 6586 e 6587 e ARE 1267879). Na ADPF 770, o STF autorizou os estados e o Distrito Federal a importarem vacinas e adotarem seus planos de imunização.

Outros julgamentos históricos do STF também podem ser encontrados no site comemorativo dos 130 anos do STF na República, em julgados relevantes. 

Interesse internacional

Ao longo de sua história, a Suprema Corte brasileira também julgou milhares de casos envolvendo estrangeiros, na maioria deles pedidos de habeas corpus e extradições. Muitos casos tiveram destaque internacional.

Em 1967, o STF julgou em conjunto pedido de extradição e habeas corpus envolvendo Franz Paul Stangl (Ext 274 e HC 44074), servidor da Polícia Judiciária alemã e integrante do Partido Nazista, acusado pelo extermínio de milhares de pessoas em campos de concentração, durante a Segunda Guerra Mundial.

Ao governo italiano, o STF concedeu, em 1984, a extradição a Tommaso Buscetta, que havia denunciado a máfia siciliana em colaboração com a Justiça de seu país (Ext 415). No entanto, negou o pedido quanto a Luciano Pessina (Ext 694), condenado na Itália por supostos atos de terrorismo. O ex-militante foi considerado perseguido político, e sua extradição foi rejeitada por unanimidade, pois a Constituição brasileira impede a extradição por motivação política. Em novembro de 1997, o Plenário negou seguimento ao pedido da Grã-Bretanha para a extradição de Ronald Biggs (Ext 721), que participou do assalto ao trem pagador em Londres, em 1963.

Outro caso emblemático e notório envolvendo Brasil e Itália em pedido de extradição é o de Cesare Battisti (Ext 1085). Julgado em 2009, o pedido do governo italiano para a entrega do ex-ativista, condenado em seu país por quatro homicídios no final da década de 1970, foi deferido pelo STF, sendo a entrega ato discricionário do presidente da República.

América Latina

No início dos anos 2000, o Plenário do STF julgou outra extradição de grande repercussão na América Latina: a do ex-chefe das Forças Armadas paraguaias Lino Oviedo (Ext 794). Ele era acusado em seu país de envolvimento no assassinado Luiz Maria Argaña, vice-presidente do Paraguai à época. Nesse caso, o Plenário negou o pedido, por avaliar que se trataria de uma “extradição política disfarçada”.

Em maio de 2011 foi concedida a extradição do major do exército argentino Norberto Raul Tozzo, acusado em seu país por suposta participação na morte de 22 manifestantes contra o governo militar na Argentina, no episódio conhecido como “Massacre de Margarita Belén”. A decisão, tomada na Extradição 1150, foi por maioria de votos. E, há 13 anos, o Plenário autorizou, por unanimidade, a entrega, ao governo dos Estados Unidos (Ext 1103), do colombiano Juan Carlos Ramirez Abadia, considerado pela Polícia Federal um dos maiores traficantes de drogas do mundo

Brasileira naturalizada

Outro caso que envolveu a Justiça do Brasil e a dos EUA foi o pedido de extradição da brasileira naturalizada americana Cláudia Cristina Sobral. Ela foi acusada de ter assassinado o marido norte-americano no estado de Ohio, em 2007. Embora a Constituição brasileira impeça a extradição de cidadão nacional para outro país, a Primeira Turma do STF, ao julgar a Ext 1462, em março de 2017, concluiu que, ao se naturalizar norte-americana, ela renunciou à nacionalidade brasileira, afastando o impedimento à extradição.

Alguns dos julgamentos históricos mais antigos do Tribunal podem ser encontrados aqui.

AR/CR//CF

Esta matéria faz parte da celebração dos 130 anos de instalação do Supremo Tribunal Federal no período republicano do Brasil, completados no dia 28 de fevereiro. Ao longo do ano, serão publicadas entrevistas com ex-presidentes sobre a gestão da Corte, bem como matérias especiais sobre a história da instituição e seu papel crucial na democracia brasileira. Clique aqui para ter acesso ao site comemorativo dedicado aos momentos mais marcantes do órgão máximo do Judiciário do País.

STF

STF recebe mais duas ações contra a Lei de Segurança Nacional

 


Para PSDB, PT, PSOL e PCdoB, a lei é fruto de um regime autoritário e tem servido para a intimidação de críticos do Poder Executivo.

26/03/2021 18h02 - Atualizado há

Mais duas Arguições de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPFs 815 e 816) foram ajuizadas no Supremo Tribunal Federal (STF) por partidos políticos para pedir à Corte que declare que a Lei de Segurança Nacional (LSN - Lei 7.170/1983), integral ou parcialmente, é incompatível com a ordem constitucional vigente e viola o Estado Democrático de Direito e a liberdade de expressão e de pensamento. A lei já é objeto de ações semelhantes, apresentadas pelo PTB e pelo PSB, distribuídas ao ministro Gilmar Mendes.

Perseguição a críticos

O Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), autor da ADPF 815, sustenta que os dispositivos da LSN que podem ser “aproveitados” já são tutelados por outras normas, como o Código Penal. Por isso, nenhum direito ficará desprotegido em decorrência de sua invalidação integral. Para o partido, a lei – “fruto de um regime autocrático” – apresenta tipos penais extremamente vagos, elaborados com o propósito de garantir que o Poder Executivo possa proteger aqueles que estão em cargos de relevância e, de outro lado, perseguir críticos.

Subsidiariamente à concessão da liminar para suspender a eficácia da norma, o PSB requer que o Supremo determine ao Congresso Nacional, em caráter liminar, que edite lei de defesa do Estado Democrático de Direito em prazo a ser fixado, sob pena de suspensão da eficácia da Lei de Segurança Nacional.

Detenções autoritárias

A ADPF 816 foi ajuizada pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), pelo Partido dos Trabalhadores (PT) e pelo Partido Comunista do Brasil (PCdoB). Diferentemente do PSDB, as legendas impugnam apenas alguns dispositivos da LSN, com o argumento de que a lei, oriunda do período ditatorial no Brasil, tem sido utilizada recorrentemente por autoridades de segurança pública como fundamento para detenções autoritárias e instauração de inquéritos policiais ilegais.

Para os partidos, a manutenção da tipificação penal de atos como, por exemplo, fazer propaganda, em público, da luta pela violência entre as classes sociais (artigo 22, inciso II) e caluniar ou difamar as autoridades elencadas na lei (artigo 26) tem como objetivo – inclusive em razão da vagueza de seus termos – silenciar os que pensam de modo diverso daqueles que ocupam o Poder. Segundo sua argumentação, a Constituição da República de 1988 garante a existência de um espaço plural, onde é admissível a realização de críticas e de apresentação de modelos diversos de sociedade, sem que se possa imputar ao cidadão o cometimento de crimes.

VP, SP/AD//CF

STF

Sessão virtual do Plenário que se inicia nesta sexta (26) analisa processos sobre Covid-19

 


Estão em pauta oito processos sobre o tema, com destaque para o referendo de decisões que obrigaram a União a restabelecer leitos de UTI em diversos estados.

26/03/2021 17h03 - Atualizado há

A sessão virtual de julgamentos do Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) que se inicia nesta sexta-feira (26) analisará oito processos relacionados à Covid-19. Desde o início da pandemia, a pauta de julgamento do Supremo vem sendo organizada de forma a priorizar casos relacionados à doença.

Leitos

Estão na pauta cinco Ações Cíveis Originárias (ACOs 3473, 3474, 3475, 3478 e 3483) ajuizadas, respectivamente, pelos Estados do Maranhão, de São Paulo, da Bahia, do Piauí e do Rio Grande do Sul, em que a ministra Rosa Weber concedeu medida cautelar para determinar ao Ministério da Saúde a reativação, com a retomada do custeio, de leitos de UTI exclusivos para o tratamento da Covid-19 que foram desativados após dezembro de 2020. Os pedidos foram feitos diante do agravamento da pandemia. A decisão da ministra será levada, agora, ao Plenário.

Planos de saúde e corte de energia elétrica

Também estão em pauta três Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADIs) ajuizadas contra leis estaduais editadas para regulamentar situações relacionadas à pandemia.

A ADI 6493, de relatoria do ministro Gilmar Mendes, questiona a Lei 11.716/2020 do Estado da Paraíba, que proíbe que as operadoras de planos de saúde no estado se recusem a prestar serviços a pessoas suspeitas ou contaminadas pela Covid-19 em razão de prazo de carência contratual. A ação é da União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde (Unidas), que representa as operadoras de planos de saúde do Brasil. O relator já apresentou voto no sentido de declarar a inconstitucionalidade da lei, com o fundamento de que a matéria é de competência privativa da União e está disciplinada por lei federal.

Na ADI 6432, de relatoria da ministra Cármen Lúcia, ajuizada pela Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), o objeto é a Lei 1.389/2020 do Estado de Roraima, que proíbe o corte de energia elétrica em residências por inadimplência enquanto perdurar o estado de emergência no estado. Em seu voto, já lançado no sistema, a relatora julga improcedente a ação, declarando as normas constitucionais. Para Cármen Lúcia, os dispositivos tratam de relação de consumo, matéria de competência concorrente da União, dos estados e do Distrito Federal.

Gastos com pessoal

Também deverá ser analisado, na sessão virtual, o agravo regimental na ADI 6526, ajuizada pela Associação Nacional dos Procuradores dos Estados e do Distrito Federal (Anape) contra os artigos 7º e 8º da Lei Complementar 173/2020, que instituiu o Programa Federativo de Enfrentamento ao Coronavírus. Os dispositivos alteraram a Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar 101/2000) para estabelecer limites de gastos das unidades da federação com pessoal.

O ministro Alexandre de Moraes, relator do processo, extinguiu a ação por falta de legitimidade ativa da Anape, por entender que a norma não tem relação direta com interesses típicos da classe profissional representada. Contra essa decisão, a associação interpôs o agravo regimental. O relator apresentou voto pelo desprovimento do recurso.

Empenho

Até o momento, o STF proferiu mais de 9.500 decisões e despachos em cerca de quase 8 mil processos relacionados à Covid-19, números que demonstram o empenho do Tribunal na rápida resolução dos conflitos gerados pela pandemia, sempre com foco na saúde da população, na economia do país e na coordenação entre as unidades federativas para o enfrentamento da crise.

RR/AD//CF

Leia mais:

11/3/2021 - STF analisou cerca de 40 pautas econômicas relacionadas à pandemia de Covid-19 no último ano 

1/3/2021 - Ministra determina o restabelecimento imediato de leitos de UTI destinados ao tratamento de Covid-19 no MA, SP e BA 

04/03/2021 - Ministra determina restabelecimento de leitos de UTI custeados pela União no Piauí 

11/03/2021 - Ministra determina que União restabeleça custeio de leitos de UTI para Covid-19 no RS 

25/05/2020 - Mais uma ação contesta lei estadual que proíbe corte de energia durante pandemia 

STF

Governo do Pará inicia nesta segunda (29) o cadastro de estabelecimentos para auxilio de R$ 2 mil

 


A ajuda financeira integra o pacote econômico e tributário, no valor de R$ 500 milhões, criado pelo Executivo Estadual com o objetivo de minimizar os impactos da pandemia de Covid-19

28/03/2021 11h06 - Atualizada hoje 12h34
Por Fabiana Otero (SEDEME)

Proprietários de bares, restaurantes, academias de ginástica, lanchonetes, arenas, casas de shows, boates, além de agências de viagens, poderão garantir, a partir da próxima segunda-feira (29), o cadastramento para receber o benefício emergencial no valor de R$ 2 mil. A ajuda financeira, oferecida pelo Governo do Pará, integra o pacote econômico e tributário, no valor de R$ 500 milhões, criado pelo Executivo estadual com o objetivo de minimizar os impactos da pandemia de Covid-19. 

Os microempreendedores individuais (MEIs), microempresas (ME) e empresas de pequeno porte (EPP), cuja atividade econômica principal se enquadre no 'Incentiva + Pará',  poderão acessar o site do programa, que entrará no ar a partir de segunda (29), para cadastrar seus dados pessoais e bancários. Serão contemplados os estabelecimentos que estiverem ativos no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) e na Junta Comercial do Pará (Jucepa).

Foto: Bruno Cecim / Ag.ParaCom o cadastro ativo atualmente, 31 mil estabelecimentos no Estado do Pará deverão ser beneficiados neste primeiro momento. "O Governo do Pará não mede esforços para ajudar com o benefício emergencial, neste momento difícil, os estabelecimentos, categoria afetada de forma direta com os impactos financeiros causados pela pandemia", ressaltou a titular da Secretaria de Estado de Planejamento e Administração, Hana Ghassan.

De acordo com o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia, Carlos Ledo, o programa é uma iniciativa fundamental para garantir a sobrevivência dos negócios mais afetados pela crise econômica provocada pela pandemia. “Essa iniciativa é mais uma ação importante que faz parte do pacote econômico anunciado pelo governo estadual para mitigar os impactos econômicos causados pela pandemia da Covid-19 no Estado. Reforça o compromisso com os setores estratégicos para a economia paraense”, ressaltou o titular da Sedeme.

Cadastro – Ao acessarem o site do Programa, os beneficiários devem informar os dados bancários do CNPJ cadastrado. No caso de microempresas (ME) e empresas de pequeno porte (EPP), é obrigatório que a conta seja em nome do estabelecimento (pessoa jurídica). Já para os microempreendedores informais (MEIs), estes poderão também cadastrar a conta bancária de pessoa física para receber o auxílio.

O cronograma de pagamento será divulgado nos canais oficiais do Governo do Pará e nos sites da Sedeme e Banpará.

Serviço:

Mais informações:

- Site da Sedeme: https://www.sedeme.pa.gov.br/incentiva-para
- Site para cadastro, a partir desta segunda-feira (29): www.incentivamaispara.pa.gov.br

AGÊNCIA PARÁ 

Mais 3 mil agentes de segurança pública se vacinam neste final de semana em Belém e Ananindeua contra a Covid-19

 


27/03/2021 17h35 - Atualizada em 27/03/2021 19h15
Por Aline Saavedra (SEGUP)

Foto: DivulgaçãoComeçou neste sábado, 27, e segue até amanhã a segunda fase da vacinação dos agentes de segurança pública do estado, municípios e federais que estão atuando na linha de frente nas cinco cidades que se encontram em lockdown (bandeiramento preto). Na Capital, os postos estão localizados no *Comando Geral da Polícia Militar* e no Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças da Polícia Militar, que funcionará no sábado de 13 às 18h para a imunização de policiais militares e no domingo os demais agentes de segurança pública, de 9 às 16h. Também no domingo  haverá um posto de vacinação em Marituba, no Instituto de Ensino de Segurança Pública (Iesp).

São esperados para vacinação neste final de semana 3 mil agentes entre policiais militares e civis, bombeiros militares, guardas municipais de Belém, agentes da Superintendência de Mobilidade Urbana de Belém,  policiais federais, servidores do Centro de Perícias Renato Chaves, Secretaria de Administração Penitenciária, Polícia Rodoviária Federal, da Fundação de Atendimento Socioeducativo do Pará (Fasepa) e da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social. 

Foto: DivulgaçãoO  Pará é o primeiro Estado do Brasil a vacinar os agentes de segurança pública que, assim como os profissionais da saúde, estão na linha de frente no combate ao Coronavírus. A vacinação teve início no último  sábado, 20, em cinco polos de vacinação localizados em Belém, Ananindeua e Marituba. Com a aplicação das doses do último final de semana e deste, a expectativa é vacinar 8 mil agentes. A vacinação foi possível por meio da parceria com a Secretária de Estado de Segurança Pública (Sespa) com anuência do Ministério Público do Estado. 

Para o policial militar que atua no Comando de Policiamento Ambiental (BPA), soldado Alan Tavares, que está desenvolvendo o trabalho de fiscalização nas ruas, a chegada deste dia é especial e representa um alívio. “Para nós policiais que trabalhamos nas ruas, diretamente com pessoas em geral, a gente se sentiu de certa forma com bastante risco de contrair a covid e também está transmitindo para nossos familiares e entes queridos. Então é uma satisfação muito grande aguardada com muita ansiedade para que chegasse logo a hora da vacina e finalmente chegou. Isso de fato é uma sensação muito boa porque a partir daí nós já sabemos que vamos ser imunizadas totalmente com a segunda dose”, afirmou o soldado.  

Foto: Divulgação

Os agentes de segurança pública que atuam nos cinco municípios pertencentes a RMB, que se encontra no lockdown, com o bandeiramento preto, sendo permitidas somente as atividades essenciais, estão, diariamente, atuando na linha de frente, trabalhando nas fiscalizações em estabelecimentos comerciais, pontos de bloqueios para evitar a saída de casa sem a necessidade comprovada e, desta forma, reduzir a proliferação do vírus da Covid-19. 

“De fato nós reconhecemos o trabalho que está sendo feito pelos agentes de segurança pública que de forma integrada trabalham diuturnamente na prevenção e repressão à criminalidade, o que deu ao Pará o título de Estado que mais reduziu as mortes violentas no ano passado, então, nada mais justo do que reconhecer e valorizar esse trabalho que agora também é ampliado para ações de prevenção à Covid-19”, ressaltou o secretário de segurança pública do Pará, Ualame Machado. 

AGÊNCIA PARÁ 

Parceria entre Segup e Motorola contribuirá para a construção do Centro Integrado em Salinas

 


27/03/2021 13h03 - Atualizada em 27/03/2021 16h04
Por Aline Saavedra (SEGUP)

Por meio da parceria público-privada, entre a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Pará (Segup) e a empresa Motorola Solutions LTDA, será dado início a construção do Centro Integrado de Comando e Controle (CICC) que ficará instalado permanentemente na praia do Atalaia, em Salinópolis, nordeste do Estado. Atualmente, o Centro funciona durante operações realizadas no período de férias escolares e feriados prolongados, como as festas de final de ano, em uma barraca montada na praia. 

Projeção de como ficará o espaçoFoto: DivulgaçãoA parceria se deu por meio da realização do chamamento público nº 01/2021, publicada no Diário Oficial nº 34.478 de 02/02/2021. O objetivo foi de selecionar pessoas jurídicas que manifestassem interesse em colaborar e fomentar a segurança pública, por meio da apresentação de proposta para uma das cotas de participação, denominada patrocínio para construção do CICC e confecções de bandeiras de sinalização que são fixadas na praia para o ordenamento do fluxo de veículos. O valor da cota corresponde ao valor de R$ 100 mil.

“A segurança pública é dever do Estado, mas também responsabilidade de todos. Em razão disso, nós estamos trabalhando desde o início da gestão com parcerias, não somente com a iniciativa pública, mas também com parcerias de empresas privadas que procuram também nos ajudar na segurança pública. Já fizemos isso com vários chamamentos com a questão das bandeirolas utilizadas na praia do Atalaia, em Salinas, em parceria com empresas que forneciam o material para que pudessem ser utilizados fazendo a demarcação do fluxo de veículos”, afirmou o secretário de segurança pública e defesa social do Pará, Ualame Machado. 

Para o presidente da Motorola Solutions Brasil, Elton Borgonovo, a parceria é motivo de orgulho e irão colaborar com as ações que trarão mais segurança aos frequentadores do local. “Estamos muito orgulhosos por fazer parte de um projeto tão relevante para ampliar o nível de segurança dos trabalhadores, da população e das atividades turísticas em Salinópolis. Esta parceria com a Segup nos permite mostrar na prática a importância da integração dos serviços para impulsionar a inovação na Segurança Pública e destacar os esforços do Pará em intensificar suas iniciativas de defesa com base em uma instalação moderna”.

Com um espaço fixo, servidores da área de segurança pública terão instalações apropriadas para o planejamento e execução das ações. O projeto da sede, em forma de pentágono, valoriza um modelo arquitetônico moderno e 100% sustentável. O Centro será construído com madeira doada de apreensões ambientais, terá energia solar e eólica, captação de água da chuva, fossa ecológica com biodigestor e utilização de materiais reaproveitados.

O espaço será construído próximo ao local onde o Centro funciona atualmente, na Praia do Atalaia, perto do “atalho da Sofia”. A sede terá no térreo uma área de 745,05 m² e no pavimento superior, 1.044,26 m². A estrutura contará com recepção, salas para cada órgão do sistema de segurança pública, sala de monitoramento, almoxarifado, auditório, alojamentos, copa e espaço de convivência.

“Por várias vezes, articulamos acordos e termos de cooperação com empresas privadas a exemplo da Vale para a melhoria das condições de trabalho, em especial nas regiões Sul e sudeste do Estado. Nós lançamos um chamamento público convocando empresas para que pudessem nos ajudar a construir o nosso Centro Integrado de Comando e Controle, em Salinópolis, na praia do Atalaia. Em razão disso, algumas empresas demonstraram interesse e vão nos ajudar. O restante do valor que falta o Estado irá arcar. Então já é uma iniciativa muito louvável tendo em vista a parceria do privado com o público que vem dando certo e será utilizado em ocasiões futuras”, destacou o titular da Segup, Ualame Machado. 

AGÊNCIA PARÁ 

Mais de 90 mil doses de vacinas são transportadas neste final de semana pelo meio aéreo

 


27/03/2021 11h33 - Atualizada em 27/03/2021 11h36
Por Aline Saavedra (SEGUP)

Seja pelos rios, estradas ou ar, os agentes de segurança pública estão empenhados, desde a chegada da primeira remessa das vacinas contra a Covid-19, na distribuição dos imunizantes. Neste sábado e domingo, 27 e 28 de março, o Grupamento Aéreo de Segurança Pública (Graesp), vinculado à Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), dará continuidade ao planejamento de voo que levará a vacina e a esperança para o interior do Estado. 

Foto: Ricardo Amanajas / Ag.ParaA operação para a distribuição de vacinas nesta etapa envolve cinco aeronaves, sendo três aviões e dois helicópteros. A primeira aeronave decolou do hangar do grupamento às 8h. 

Os municípios que receberão as doses neste sábado são: Breves, Gurupá, Santarém, Altamira e Cametá. Duas aeronaves sairão de Santarém, após serem abastecidas com as vacinas para as cidades que integram a Calha Norte (Prainha, Monte Alegre, Alenquer, Curuá, Óbidos, Oriximiná, Terra Santa, Faro e Juruti). Ainda no sábado, os municípios de Marabá e Conceição do Araguaia receberão as doses do imunizantes, além do arquipélago do Marajó, mais especificamente nos municípios de Anajás, Chaves e Afuá.  

Em Santarém serão desembarcados também os suprimentos de saúde dos municípios de Aveiro, Belterra, Mojuí dos Campos, Novo Progresso, Placas e Trairão. O Grupamento Fluvial de Segurança Pública (GFLu) receberá as doses em Breves e levará para Portel, Melgaço e Bagre em uma lancha.

Foto: Ricardo Amanajas / Ag.ParaNo domingo (28), as embalagens com os imunizantes chegarão às cidades de Soure, Salvarera, Santa Cruz do Arari, Cachoeira do Arari, Ponta de Pedras, Curralinho, São Sebastião da Boa Vista e Muaná. Com essa nova etapa de distribuição serão contemplados sete Centros Regionais de Saúde (7°,8°,9°,10°,11°,12° e 13°) vinculados à Secretaria de Saúde Pública do Estado (Sespa). 

Para o diretor do Graesp, Coronel Armando Gonçalves, é gratificante estar na linha de frente e ajudando a salvar vidas de muitas pessoas. "Estamos trabalhando de forma muito atuante na distribuição das vacinas desde o primeiro momento em que os imunizantes chegaram ao Pará. Todos os esforços estão sendo feitos para que as vacinas cheguem o quanto antes aos seus locais de destino", afirmou o diretor. 

AGÊNCIA PARÁ 


Dia Roxo informa e conscientiza sobre a epilepsia

 


27/03/2021 11h11 - Atualizada em 27/03/2021 11h21
Por Governo do Pará (SECOM)

O Purple Day ou “Dia Roxo”, celebrado em 26 de março, é um esforço internacional dedicado a aumentar a conscientização sobre a epilepsia. Essa doença neurológica crônica é caracterizada por descargas elétricas anormais e excessivas no cérebro, que podem causar convulsões, espasmos musculares e perda de consciência. A Organização Mundial de Saúde estima que cerca 50 milhões de pessoas em todo o mundo tenham a disfunção, que pode surgir em qualquer faixa etária, porém é mais incidente na infância e na terceira idade.

Foi com pequenos apagões, dores de cabeça e vista turva que a epilepsia começou a dar os primeiros sinais para Marcelino Soares, 37 anos, diagnosticado com o distúrbio desde 2008. “Eu tinha crises todos os dias e ‘apagava’ durante alguns minutos. A situação já estava virando rotineira, então procuramos um médico. Hoje em dia, as crises estão controladas com as medicações e consigo levar uma vida mais tranquila”, declarou. 

Em Belém, o Hospital Ophir Loyola, referência estadual em neurologia, mantém um ambulatório exclusivo para o atendimento, orientações e acompanhamento dos pacientes com epilepsia. Desde 2018, é o único hospital na região Norte que realiza a cirurgia para epilepsia refratária no Sistema Único de Saúde. Em 2021, o hospital já atendeu 199 pacientes com esse tipo de disfunção neurológica.

A neurologista Marina Tuma explica que a maioria das crises convulsivas são autolimitadas e de curta duração (de dois a três minutos) e, após um breve período de tempo, o paciente acorda aos poucos e fica bem. “As sequelas geralmente são ocasionadas pelas causas que levam à epilepsia, como Acidente Vascular Cerebral ou traumatismos crânio encefálico”, afirmou.  No caso de Marcelino, aos poucos ele foi perdendo a visão do lado esquerdo e a audição do ouvido direito. 

O diagnóstico é baseado na história do paciente com a descrição detalhada do ocorrido suspeito. Durante uma consulta com o neurologista, algumas perguntas são realizadas para obter informações sobre doenças prévias do paciente, as características da crise convulsiva, o número de crises que o paciente já teve, assim como a solicitação de exames complementares como ressonância de crânio e eletroencefalograma.

Cerca de 70% dos pacientes têm crises controladas com medicamentos antiepilépticos; porém, para aqueles que não obtêm um bom resultado com os fármacos, são consideradas outras opções, como o uso da dieta cetogênica (rica em gorduras e com baixo teor de carboidratos), especialmente em crianças, e a cirurgia. 

Segundo Marina Tuma, casos selecionados podem ser submetidos ao procedimento cirúrgico. “A cirurgia é indicada para um pequeno número de pacientes que devem ser acompanhados por um especialista para conduzir a investigação. A maioria dos procedimentos são realizados devido às malformações no cérebro”, explicou a especialista. 

Há algumas restrições para os pacientes com o distúrbio, é proibido o consumo de bebidas alcoólicas, devem evitar piscinas ou praias desacompanhados, dirigir veículos e trabalhar em atividades que envolvam altura. E devem fugir de situações que desencadeiam convulsões, como não dormir bem e ficar em ambientes com luzes estroboscópicas, aquelas usadas em festas. 

Ainda existe um estigma em relação à epilepsia, muitos acreditam que pode ser transmitida via saliva, urina ou suor do paciente, contudo não é contagiosa. Caso alguém presencie uma crise convulsiva, deve chamar o serviço de emergência (192) e prestar socorro.

Inicialmente, leve a pessoa para um lugar seguro e retire objetos cortantes de perto, mantenha o paciente deitado  com a cabeça em posição lateral para que não sufoque com a própria saliva. E jamais coloque objetos ou o dedo na boca dela, pode morder e quebrar a mandíbula ou machucar o dedo de alguém por estar inconsciente.

“O preconceito traz graves consequências para os pacientes, como depressão, ansiedade e problemas de relacionamento. Por isso, campanhas como o Purple Day são importantes para levar conhecimento sobre a doença e romper com esses mitos que distorcem a realidade”, ressalta a neurologista.

Texto: Viviane Nogueira - Ascom/ HOL

agência pará 

Governo estadual já realizou a transferência de 355 pacientes da região Oeste do Pará

 


27/03/2021 11h07 - Atualizada em 27/03/2021 11h54
Por Caroliny Pinho (SESPA)

Foto: Marco Santos / Ag.ParaA Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) já transferiu 355 pacientes com Covid-19 entre os dias 18 de janeiro e 26 de março, para conter o avanço da doença em 14 municípios da região Oeste, a mais afetada nesta segunda onda da pandemia. Desse total de remoções, 341 ocorreram por via aérea e 14 por via fluvial. Todas as transferências foram realizadas exclusivamente pela Central de Regulação da Sespa.

As remoções partiram de municípios do extremo Oeste, como Faro, Terra Santa, Oriximiná e Aveiro para o Hospital 9 de Abril na Providência de Deus, em Juruti, e para os hospitais públicos regionais do Baixo Amazonas, em Santarém, e do Tapajós, em Itaituba. Além das transferências, o Estado providenciou insumos, como 542 cilindros de oxigênio e 287.751 equipamentos de proteção individual (EPIs).

De forma simultânea às remoções, a Sespa mantém a articulação constante com as secretarias municipais de Saúde, orientando e auxiliando sobre como continuar agindo para conter a crise provocada pela segunda onda de contágio pelo novo coronavírus. As medidas tomadas e as transferências realizadas pelo governo estadual são estratégias para evitar um colapso no sistema de saúde dos municípios mais próximos ao estado do Amazonas.

“O governo do Estado, por meio da Sespa, continua fazendo o monitoramento diário da região, levando suporte aos municípios e atendendo à necessidade de insumos e de remoções, até que a situação se estabilize”, informa o secretário estadual de Saúde, Rômulo Rodovalho, reforçando que vem sendo garantida rápida assistência a pacientes mais graves, que são removidos de acordo com as possibilidades climáticas da região.

Na região, destacam-se os atendimentos realizados pelo barco Papa Francisco, que no dia 17 de março encerrou mais uma etapa em quatro municípios do Oeste paraense - Almeirim, Prainha, Monte Alegre e Alenquer, contabilizando 766 consultas médicas, 1.173 exames laboratoriais e 327 exames de imagens. Durante oito dias, o total de procedimentos chegou a 23.157, incluindo ainda teste rápido, oferta de medicação, verificação de sinais vitais e atendimento em enfermagem.

Também no formato itinerante, a Policlínica está atendendo municípios da região. No roteiro que começou por Altamira, ainda na região do Xingu, já esteve em Placas e Rurópolis e Trairão e seguirá para Itaituba e Uruará, com dois dias de atendimento em cada um, com 200 senhas diárias para consultas médicas.

Hospital de Campanha

A Sespa informa que o Hospital de Campanha de Santarém está atendendo, neste momento, 42 pacientes, sendo três em leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). No total, 201 pacientes já foram atendidos, dos quais 19 foram transferidos para outras unidades e 133 receberam alta. 

O governo entregou no dia 18 de fevereiro o Hospital de Campanha de Santarém (HCS). A unidade, montada na Escola Estadual Maria Uchoa Martins, localizada no bairro Floresta, a 800 metros do Hospital Regional do Baixo Amazonas, tem 60 leitos clínicos, sete enfermarias - cada uma com sete leitos -; uma enfermaria com 16 leitos; uma sala de estabilização, com quatro leitos; posto de enfermagem; farmácia; almoxarifado; estar médico e de enfermagem; uma sala do Núcleo Interno de Regulação; necrotério; sala de paramentação; refeitório; cozinha; administrativo; vestiários femininos e masculinos; descanso equipe; faturamento; departamento pessoal; expurgo; psicossocial e resíduos.

A medida está desafogando a procura por leitos clínicos nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e no Hospital Regional do Baixo Amazonas, contribuindo para estabilizar o sistema de saúde da região. O Hospital de Campanha de Santarém (HCS) informa que, entre os 196 pacientes já atendidos desde a reabertura da unidade, o Hospital transferiu 19 para outras unidades e 131 receberam alta médica. 

agência pará 

Mangal das Garças recebe pássaros resgatados em Barcarena

 


Até espécie não originária da região foi encontrada em gaiola em uma residência por policiais civis e equipe da secretaria ambiental do município

26/03/2021 19h09 - Atualizada em 27/03/2021 01h55
Por Beatriz Pastana (Pará 2000)

O Parque Zoobotânico Mangal das Garças, um dos espaços ambientais e turísticos mantidos pelo Governo do Pará, recebeu nesta semana várias espécies de pássaros (da ordem Passeriformes), resgatados por profissionais da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico de Barcarena (Semade), na região do Baixo Tocantins. Dentre as espécies apreendidas em operação da Polícia Civil estão coleirinho (Sporophila caerulescens), curió (Oryzoborus angolensis), trinca-ferro verdadeiro (Saltator similis), graúna (Gnorimopsar chopi), japim-soldado (Cacicus chrysopterus), além de uma espécie atípica da região, o canário (Serinus canaria), natural do Arquipélago dos Açores e nas ilhas da Madeira e Canárias.Os pássaros resgatados em Barcarena estão recebendo cuidados no Mangal das GarçasFoto: Marcelo Seabra / Ag.Para

Policias civis lotados em Barcarena encontraram diversas gaiolas em uma residência. “Cerca de 20 pássaros foram resgatados, alguns machucados, incluindo uma ave não típica da região, a qual infelizmente, por critérios técnicos, não poderá ser solta na natureza”, contou Keise Pinheiro, diretora de Proteção Ambiental da Semade. 

Gestores da Secretaria Municipal entraram em contato com a direção do Mangal das Garças para avaliar a possibilidade de deixar as aves temporariamente no espaço. “Os pássaros estão em quarentena em suas respectivas gaiolas, por uma questão de adaptação. Realizamos exames clínicos e vermifugação. Somente após 30 dias, e passados alguns procedimentos de laboratório, é que poderemos, de fato, incluir as aves no espaço”, explicou Camilo González, veterinário do Mangal.

Educação ambiental - A inserção desses pássaros no Parque Zoobotânico é uma oportunidade de incentivo à educação ambiental, uma vez que as espécies costumam ser traficadas para domesticação.

Basílio Guerreiro, biólogo do Mangal das Garças, disse que, dependendo do grau de domesticação dos animais - do nível de adaptação aos cuidados humanos -, há possibilidade de liberá-los na natureza, de acordo com critérios estabelecidos pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas).

“É importante deixar claro que o Mangal das Garças não tem autonomia para receber animais de pessoas físicas. Porém, com a autorização da Semas, nós podemos recebê-los para que o espaço seja um lar temporário”, acrescentou Basílio Guerreiro. 

Após o devido período de observação e exames, os pássaros que precisarem ficar no Mangal das Garças serão inseridos no Viveiro das Aningas e na Reserva José Márcio Ayres, o borboletário. (Texto: Gabriel Nascimento).

Serviço: Parque Zoobotânico Mangal das Garças, administrado pela Organização Social Pará 2000, está com o funcionamento suspenso para o público externo até o término do lockdown, previsto para o próximo dia 29 de março.

agência pará 

Coritiba bate Cascavel CR em "jogo de dois dias" pelo Paranaense

 


Duelo começou sábado e precisou continuar no domingo devido à chuva

Publicado em 28/03/2021 - 12:13 Por Lincoln Chaves - Repórter da TV Brasil e da Rádio Nacional - São Paulo

O Coritiba derrotou o Cascavel CR por 2 a 1 no estádio dos Pássaros, em Arapongas (PR), em partida atrasada da primeira rodada do Campeonato Paranaense. O primeiro tempo foi disputado no sábado (27), mas o temporal que caiu na cidade deixou o gramado impossibilitado de receber a continuidade do duelo no mesmo dia. A segunda etapa foi realizada neste domingo (28) de manhã.

No sábado, o atacante Igor Paixão, após um bate-rebate na área, abriu o placar para o Coritiba, aos 25 minutos da primeira etapa. O Cascavel CR voltou melhor no domingo e empatou aos 16 minutos do segundo tempo, com o atacante Gabriel Oliveira. Mas aos 39, o zagueiro Luciano Castan, de cabeça, recolocou o Coxa à frente e garantiu a vitória alviverde.

O resultado levou o Coritiba aos seis pontos, mantendo-se na terceira posição do Paranaense, com uma partida a menos que o líder FC Cascavel (nove pontos) e o segundo colocado Cianorte (sete pontos). O Cascavel CR, por sua vez, é o lanterna, ainda sem pontos ganhos.

Devido à pandemia do novo coronavírus (covid-19), nem todas as cidades do Paraná estão autorizando jogos de futebol. É o caso da capital, Curitiba. Por isso, o Coxa teve de atuar em Arapongas diante do Cascavel CR. Com isso, as partidas que dão sequência ao Estadual ainda serão marcadas pela Federação Paranaense da modalidade. 

Edição: Marcio Parente



Por Lincoln Chaves - Repórter da TV Brasil e da Rádio Nacional - São Paulo