sexta-feira, 15 de janeiro de 2021

Manaus vai transferir 235 pacientes com covid-19 para 7 estados e DF

 


Primeiro grupo foi transferido na manhã de hoje para Teresina

Publicado em 15/01/2021 - 14:48 Por Heloisa Cristaldo - Repórter da Agência Brasil - Brasília

O governo do Amazonas informou nesta sexta-feira (15) que 235 pacientes com covid-19 serão transferidos da rede pública hospitalar de Manaus para sete estados e para o Distrito Federal. Um primeiro grupo que estava na internado na rede estadual foi removido na manhã de hoje para continuar o tratamento na capital piauiense, Teresina.


Segundo o Ministério da Saúde, as transferências ocorrerão por via aérea e estão garantidos - de imediato - 149 leitos: 40 em São Luís (MA); 30 em Teresina (PI); 15 em João Pessoa (PB); 10 em Natal (RN); 20 em Goiânia (GO); 04 em Fortaleza (CE); 10 em Recife (PE) e 20 no Distrito Federal.

A pasta informou ainda que os pacientes que serão trasladados atendem a critérios clínicos definidos pela equipe médica. O transporte será feito em parceria com o Ministério da Defesa por duas aeronaves da Força Aérea Brasileira com capacidade de 25 pacientes deitados em macas.

Situação nos estados

Teresina é a primeira capital que receberá pacientes de covid-19 oriundos de Manaus. O estado do Piauí tem atualmente 52,1% de ocupação em leitos de UTI (146) e conta com 134 leitos disponíveis. Até o momento, o estado já registrou 2.930 mortes provocadas pelo novo coronavírus.

Segundo o governo do Piauí, o estado tem 801 leitos ativos (entre UTI e enfermaria). Atualmente, os leitos de covid-19 estão 44% ocupados. O sistema informa que há 153 leitos de UTIs ocupados e outros 152 disponíveis. 

De acordo com o Painel Covid-19 atualizado pelo governo do Maranhão, o estado tem 62,22% dos leitos exclusivos para o novo coronavírus ocupados. Atualmente, há 84 leitos livres, o correspondente a 37,78%. O estado registra 245 pacientes internados por coronavírus em leitos de UTI na rede pública hospitalar.

Dados da Secretaria de Saúde da Paraíba apontam que o estado tem 801 leitos ativos (entre UTI e enfermaria). Atualmente, os leitos para covid-19 estão 44% ocupados. O sistema informa que há 153 leitos de UTIs ocupados e outros 152 disponíveis. O município com maior número de leitos é João Pessoa, com 139 leitos de enfermaria e 59 leitos de UTI.

O Rio Grande do Norte tem atualmente 64,29% dos leitos de UTI para tratamento de covid-19 na rede pública hospitalar ocupados. Segundo o governo do estado, 11 leitos de UTI e 9 leitos clínicos estão bloqueados para atendimento de pacientes. Esse bloqueio pode ser realizado por fatores como manutenção, rede de gases em manutenção, vazamentos ou falta de pessoal.

secretaria de Saúde do estado de Goiás informou que a taxa de ocupação de leitos de UTI para tratamento de covid-19 estão com taxa de ocupação de 59,29%. A capital goiana tem 295 leitos, dos quais 197 estão ocupados (66,78%). O município deve receber cerca de 20 pacientes de Manaus. 

Segundo o governo do Ceará, no estado os leitos de UTI registram uma ocupação de 64,8% e estão com tendência de alta. Os dados disponíveis no sistema, contudo, ainda são referentes à dezembro de 2020.

Os dados sobre internação em Pernambuco englobam informações sobre pacientes com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e indicam que há uma ocupação de 83% dos leitos de UTI na rede hospitalar do estado, com 973 pessoas em tratamento. Outros 892 pacientes ocupam leitos de enfermaria nos hospitais para tratamento de covid-19.

A capital federal deve receber cerca de 20 pacientes de Manaus. Atualmente, o Painel Covid-19 no Distrito Federal registra 68,12% de ocupação em leitos públicos com suporte de ventilação mecânica. A rede inclui leitos em hospitais particulares do DF. Segundo o sistema, quase 80% dos pacientes permanecem até 15 dias em internação.

Edição: Aline Leal



Por Heloisa Cristaldo - Repórter da Agência Brasil - Brasília

Em hospital de Manaus, ala inteira de pacientes morre por falta de oxigênio

 COVID-19

Procurador Igor Spindola, do MPF no Amazonas, afirma que suprimento do insumo ainda não foi normalizado, mas que o governo começou a se movimentar para regularizar a situação


Extra Online

Enquanto o governo, a empresa White Martins, que fornece oxigênio para hospitais de Manaus, e artistas se movimentam para suprir a demanda pelo gás na cidade de 2 milhões de habitantes, as equipes médicas continuam registrando a morte de pacientes em diversas unidades de saúde. Ao Correio, o procurador Igor Spindola, integrante da equipe do Ministério Público Federal (MPF) que atua no combate à pandemia na região, afirmou que, ontem, faltava oxigênio em 200 leitos de UTI.

A situação mais grave foi registrada no Hospital Universitário, onde pacientes de uma ala inteira teriam morrido asfixiados. "A nossa preocupação, no momento, é buscar oxigênio. A morte de pacientes de toda uma ala ocorreu no Hospital Universitário. Até ontem à noite, foi confirmado o óbito de seis pacientes desta ala. Mas, no meio do dia, e até o final do dia, é possível que tenham ocorrido outras. Eu ainda não consegui falar com o doutor Júlio, responsável pela unidade de saúde, que estava transtornado, pois ainda falta oxigênio e a vida dos pacientes está em risco", disse.

De acordo com Igor Spindola, depois de serem apresentadas ações na Justiça contra a omissão do Estado, o governo federal começou a se movimentar para amenizar a situação. "Eu acabei de ser informado de que seis aviões da FAB vão fazer esse transporte todos os dias, para trazer 30 mil metros cúbicos. Ontem à noite chegaram alguns aviões, e hoje devem chegar mais. Se isso acontecer, conseguimos normalizar o suprimento até que a White Martins consiga expandir a produção do oxigênio aqui", afirmou.

Até o momento, o Amazonas registra 5,9 mil mortes e 223 mil infectados pelo coronavírus, causador da covid-19. Na quinta-feira (14), auge da crise por falta de oxigênio, foram registradas 3.816 novos infectados, o maior número em 24 horas desde o começo da pandemia. Também foram contabilizadas 51 novas mortes.

Cerca de 20 mil metros cúbicos/dia de oxigênio estão sendo enviados de balsa de Belém. No entanto, a embarcação demora três dias para chegar a Manaus. A previsão é de que domingo chegue a primeira carga. Nesta sexta-feira (15), devem ser transferidos 130 pacientes para outras unidades da Federação, e até 700 no fim do processo.

Em nota, o Hospital Universitário Getúlio Vargas informou que "durante o período em que a unidade ficou sem oxigênio na manhã dessa quinta-feira (14), 4 pacientes vieram a óbito, sendo três do Centro de Terapia Intensiva (CTI) e um da enfermaria". Ainda de acordo com a unidade de saúde, "o CTI, por exemplo, contava com 29 pacientes na manhã dessa quinta (14)".

FONTE: CORREIO BRAZILIENSE

Brasil é 7º país mais caro do mundo para se comprar roupas

 MUNDO

Dado foi aferido pelo índice Zara, do BTG Pactual

Roupas — Foto: Unsplash


O Banco BTG Pactual divulgou há pouco uma nova edição do Índice Zara, que compara os preços das roupas comercializadas pela rede varejista em diferentes partes do mundo. Ao comparar uma cesta de 12 produtos em 50 países, o banco de investimento concluiu que o país é o 7º mais caro. Só fica atrás da África do Sul, Rússia, Índia, Turquia, Tailândia e Vietnã.

Além disso, ao levar em conta a paridade do poder de compra (PPP na sigla em inglês), os preços praticados por aqui foram 132% mais caros do que nos EUA em 2020.

Os analistas Luiz Guanais e Gabriel Savi reiteraram que o real foi a moeda que mais perdeu valor em relação ao dólar em 2020, se comparado a outras 50 nações. Desde que o índice foi iniciado, em janeiro de 2020, a moeda depreciou 24% devido à “turbulência resultante da covid-19 e da aversão ao risco global”.

“Poucos setores foram mais afetados pela covid-19 do que o varejo. Redes de grandes marcas, como J Crew, Brooks Brothers e Lord & Taylor, entraram com pedido de falência. Na era do trabalho em casa, as pessoas ainda compram coisas — computadores e equipamentos para home office — mas as roupas simplesmente não são mais as prioridades”, afirmaram Guanais e Savi.

Segundo os analistas, a consultoria McKinsey avalia que os lucros da indústria da moda global caíram 93% em 2020.

Os especialistas lembraram ainda, que embora a mudança digital seja um legado que permanecerá após o fim da pandemia, a tendência é que os compradores mais jovens cobrem ações mais sustentáveis das marcas.

“O caminho para a recuperação envolverá cada vez mais esforços coletivos por critérios ambientais, sociais e de governança (ESG, na sigla em inglês). Isso terá implicações importantes para a alocação de capital em ESG por players de vestuário e calçados em todo o mundo (uma das indústrias de maior impacto ambiental), e no Brasil as empresas não estão imunes.”


FONTE: VALOR 











Primeiro banco de criptomoedas do mundo é aprovado nos EUA

 MUNDO

A Anchorage, até então uma startup criada em 2018 que armazenava criptomoedas, tornou-se o primeiro banco institucional do mundo para o efeito. Um dos seus fundadores é português.

A agência que regula a atividade bancária e das instituições financeiras nos Estados Unidos, a OCC ("Office of the Comptroller of the Currency"), deu "luz verde" à Anchorage Trust Company para se tornar o primeiro banco de criptomoedas em todo o mundo, de acordo com o comunicado divulgado.

Por trás da criação desta "startup", que se assume como "a porta de entrada institucional para as criptomoedas", está um português. Diogo Mónica, de 33 anos, doutorado em ciência computacional pelo Instituto Superior Técnico, em Lisboa, foi um dos fundadores da Anchorage, em 2018. 

Em 2020, a revista de negócios norte-americana Fortune nomeou-o como um dos melhores talentos com menos de 40 anos a nível mundial, devido, precisamente, à Anchorage. Depois de uma passagem por empresas como a Square ou a Docker, enquanto designer de segurança, decidiu fundar uma startup dedicada às criptomoedas.  

O agora banco norte-americano conta com o apoio da Visa, bem como de vários fundos de investimento como o Andresseen Horowitz, o Blockchain Capital, o Paradigm e o BlockTower.

A Fortune antecipava já que este ano poderia ser "brilhante" para Diogo Mónica e a sua empresa, dada a crescente procura e entusiasmo em torno das criptomoedas. "Como a criptomoeda ressurgiu em 2020, Diogo Mónica é um nome que se ouve com frequência", pode ler-se na revista norte-americana. 

"[Diogo] Mónica está preparado para um 2021 brilhante graças às novas regras federais que permitem que os bancos mantenham ativos como Bitcoin - regras que poderiam trazer um aumento de negócios para Anchorage", acrescenta. 

Agora, a OCC confirma que a Anchorage cumpre "o
s requisitos de capital e liquidez e as expectativas de gestão de risco".


FONTE: CONFINA



Legalização do aborto entra em vigor na Argentina

 MUNDO

Entre 2012 e o fim de 2020, foram abertos pelo menos 1.532 processos criminais por aborto. Esses casos deverão ser revistos agora.

Por France Presse



Ativistas a favor do aborto agitam lenços verdes durante manifestação em Santiago, no Chile, na quarta-feira (13) — Foto: Claudio Reyes/AFP

Ativistas a favor do aborto agitam lenços verdes durante manifestação em Santiago, no Chile, na quarta-feira (13) — Foto: Claudio Reyes/AFP

O presidente da ArgentinaAlberto Fernández, promulgou na quinta-feira (14) a lei que permite o aborto até a 14ª semana de gestação, aprovada em 30 de dezembro pelo Congresso do país.

"Hoje temos uma sociedade melhor e mais igualitária", comemorou o líder ao assinar o decreto que promulga a norma que ele mesmo enviou para o legislativo, em uma cerimônia no Museu do Bicentenário de Buenos Aires.

O país sul-americano se torna, assim, o maior da América Latina onde o aborto é legal, depois de Cuba, Uruguai e Guiana. No México, é permitido no estado de Oaxaca e na Cidade do México. E no Chile, o Congresso começou a debater na quarta-feira uma lei semelhante à argentina.

"Este é um grande passo em direção à igualdade de direitos, dando às mulheres a possibilidade de decidir, e é o ponto culminante de um tempo de luta para muitas que durante anos lutaram para impedir o aborto de ser um crime que força a clandestinidade e exposição aos riscos envolvidos", disse Fernández.

A mobilização de milhares de jovens e coletivos de mulheres da chamada "maré verde" (cor símbolo da campanha pela legalização do aborto) foi crucial para que a lei fosse aprovada no Senado, depois de a Casa ter rejeitado um projeto similar em 2018.

Em 2010, a Argentina aprovou o casamento igualitário e, em 2012, uma lei sobre identidade de gênero.

Mudanças na lei

Até a promulgação da nova regra, a lei vigente na Argentina era de 1921 e permitia apenas em casos de estupro ou de perigo para a vida da mulher.

O governo estima que, desde 1983, mais de 3.000 mulheres morreram, e que a cada ano, um número entre 370 mil e 520 mil abortos eram executados. O país tem 45 milhões de habitantes.

A lei contempla a possibilidade de um médico se recusar a executar o procedimento, mas obriga o serviço público a garantir a interrupção voluntária da gravidez de modo gratuito e no prazo máximo de 10 dias após a manifestação dessa vontade.

Junto com a lei do aborto eletivo, também foi promulgada nesta quinta-feira o "programa de mil dias", que garante atendimento e assistência à gestante e depois ao recém-nascido até os três anos de vida.

Ações criminais

Segundo relatório do Centro de Estudos Legais e Sociais (CELS), entre 2012 e o final de 2020, foram abertos pelo menos 1.532 processos criminais por aborto e 37 por eventos obstétricos (quando a morte de um recém-nascido é atribuída à conduta da grávida).

"A maioria das mulheres criminalizadas pertence a setores sociais vulneráveis: não têm trabalho remunerado, têm baixa escolaridade e vivem em condições precárias de moradia. Elas têm menos de 30 anos e muitas têm um ou mais filhos", revela o relatório.

Com a nova lei, que altera um artigo do código penal, as acusadas devem ser absolvidas.

"Os processos criminais em andamento e as condenações por aborto ou eventos obstétricos relacionados devem ser revisados. Deve ser aplicado retroativamente (a nova norma), como uma lei penal mais benigna. De forma imediata e automática, juízes e promotores devem revisar as acusações e condenações", frisou o CELS.

O hotel mais exclusivo do mundo

 MUNDO

A Blair House, onde Joe Biden irá se hospedar antes da cerimônia de posse na Casa Branca, tem em seu livro hóspedes nomes como Winston Churchill, Elizabeth II, Nelson Mandela e Angela Merkel.

Crédito: Divulgação