quinta-feira, 20 de agosto de 2020

TSE rejeita instituir abuso de poder religioso em ações que podem levar a cassações

 


Tribunal decidiu reverter cassação de vereadora de Luziânia (GO) por abuso de poder religioso

TSE sessão plenária Respe 8285

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu, por maioria de votos, nesta terça-feira (18), rejeitar a possibilidade de a apuração de abuso do poder por parte de autoridade religiosa ocorrer no âmbito das Ações de Investigação Judicial Eleitoral (Aijes) a partir das Eleições Municipais de 2020.

A tese foi proposta pelo ministro Edson Fachin, ao relatar recurso da vereadora de Luziânia (GO) Valdirene Tavares dos Santos contra cassação de mandato por suposto abuso de poder religioso nas Eleições de 2016. O TSE acolheu, por unanimidade, o recurso da vereadora, que teve o mandato cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO).

O Plenário considerou que o Ministério Público Eleitoral (MPE), autor da ação contra Valdirene, não apresentou provas robustas no caso para levar à cassação. O MPE acusou Valdirene de pedir votos durante um evento na catedral da Assembleia de Deus em Luziânia. A reunião com pastores de outras filiais foi convocada pelo pai da candidata, Sebastião Tavares, pastor e dirigente da igreja no município.

Após o juiz eleitoral condenar pai e filha, o TRE de Goiás absolveu Sebastião Tavares, mas manteve a punição contra a vereadora. A Corte Regional considerou ilícito eleitoral o discurso de cerca de três minutos feito por ela para cerca de 40 jovens no local religioso. Segundo o MPE, a candidata teria usado sua autoridade religiosa para influenciar os ouvintes, interferindo no direito constitucional da liberdade de voto.

Conclusão do julgamento

Nesta terça-feira, o TSE retomou o julgamento do recurso a partir do voto do ministro Og Fernandes, após o exame do processo ser suspenso na sessão da última quinta-feira (13).

Ao se pronunciar, o corregedor-geral da JE acompanhou a divergência aberta pelo ministro Alexandre de Moraes, e seguida pelo ministro Tarcisio Vieira de Carvalho Neto, contrária à tese proposta pelo ministro Edson Fachin.

Segundo Og Fernandes, a legislação já dispõe de normas para punir excessos de entidade religiosa na seara política, sem precisar apurar eventual abuso de poder religioso de forma autônoma. Também se opuseram à tese de Fachin os ministros Luis Felipe Salomão e Sérgio Banhos, formando a maioria.

Por sua vez ao votar, o presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, disse que a legislação eleitoral já prevê, de forma expressa, o abuso de poder religioso, ao vedar doações a candidatos e partidos por instituições religiosas e propaganda política em templos, de acordo com os artigos 24 e 37 da Lei das Eleições (Lei nº 9.504/1997). Porém, o ministro afirmou que não poderia discutir a tese sugerida, nem aspectos jurídicos mais profundos a ela ligados, já que os fatos apresentados no recurso não estavam vinculados a essas proibições.

Outros votos

O relator do recurso, ministro Edson Fachin, propôs a tese de investigação do abuso por parte de autoridade religiosa na sessão que iniciou o julgamento do processo, ocorrida em 25 de junho.

Ao votar, Fachin destacou a necessidade de separação entre Estado e religião para garantir ao cidadão autonomia para eleger seus representantes políticos. O ministro salientou que a Justiça Eleitoral deve proteger a legitimidade do voto e impedir que qualquer força política possa coagir moral ou espiritualmente a plena liberdade de consciência dos eleitores.

O ministro Alexandre de Moraes foi o primeiro a divergir da tese de Fachin, ainda na sessão plenária de 25 de junho. O ministro Tarcisio Vieira acompanhou o voto divergente na sessão de 13 de agosto. Para Alexandre de Moraes, não se deve fiscalizar mais nem menos. “Essa tensão existente entre Estado laico e liberdade religiosa, a meu ver, não se coloca na presente hipótese”, disse ele.

Confira o voto do ministro Edson Fachin relator do processo.

Confira a complementação do voto do ministro Edson Fachin.

Confira o voto do ministro Og Fernandes.

Confira o voto do ministro Luis Felipe Salomão.

Confira o voto do ministro Tarcisio Vieira de Carvalho.

EM/MO

Processo relacionado: Respe 8285

STE

Secec define como será aplicação da Lei Aldir Blanc

 


Em live, gestores da pasta informaram que será publicada nova portaria para estabelecer as regras de liberação de recursos 

A Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) informou nesta quarta-feira (19), em live Aldir Blanc, transmitida pelo seu canal oficial no YouTube, que prepara nova portaria para estabelecer métricas e regras sobre liberação de recursos da Lei Aldir Blanc nos pagamentos das linhas 2 (subsídios para manutenção de espaços culturais, coletivos e entidades culturais sem fins lucrativos) e 3 (editais). 

A medida segue orientação do Decreto 10.464, que regulamenta a legislação federal.  A pasta aproveitou também para lançar a campanha de cadastramento dos beneficiários das linhas 1 (pessoa física) e 2. Participaram da live o secretário da pasta, Bartolomeu Rodrigues (foto), e o secretário-executivo, Carlos Alberto Jr.

Foto: Secretaria de Cultura/Divulgação

O secretário Bartolomeu Rodrigues voltou a manifestar a sua solidariedade aos agentes culturais. Ele reafirmou a importância de fazer da Aldir Blanc uma alavanca para conhecer melhor o segmento da economia criativa, subsidiando o governo com dados para formular políticas públicas. “São essas as políticas que beneficiam quem mais precisa”, afirmou.

Carlos Alberto Jr. informou que haverá uma reunião nesta sexta-feira (21) com o Conselho Consultivo Aldir Blanc, formado pelo governo e representantes da sociedade civil, para definir as linhas 2 e 3. “O jogo está na mesa, e as regras do jogo também foram definidas, mas ainda há algumas normativas a serem realizadas”, adiantou Carlos Alberto.

A boa notícia é de que os coletivos não precisam ter CNPJ para se inscrever na Linha 2. Nos dois casos, linhas 1 e 2, os formulários são simples e resumem as questões sobre os dados e funcionamento de pessoas físicas e de espaços, coletivos e entidades culturais antes da pandemia. 

Agentes mais vulneráveis, ciganos, quilombolas, povos originários e outros que não têm como comprovar sua atividade com documentos formais podem recorrer a autodeclaração, documento que pode ser reforçado com o testemunho por escrito de terceiros.


Inscreva-se aqui

Cadastro 1  – Pessoa Física

Inscreva-se aqui

Cadastro 2 – Empresas, coletivo, espaços.


Mutirão Aldir Blanc
O titular da Secec convocou o público de 300 internautas a ajudar a pasta a localizar e cadastrar agentes culturais vulneráveis – o que será feito, ao longo do tempo de 120 dias de ação, pelo Mutirão Aldir Blanc, de busca ativa. Esse processo em que o poder público vai atrás dos potenciais beneficiários de um serviço tem a participação de agentes de cultura.

Bartolomeu Rodrigues lembrou que a Secec está pondo todos os seus recursos humanos e materiais para dar celeridade sem perder de vista as questões legais e de transparência. “Estamos na reta final do ano e vamos tentar dar um pouco de alento ao setor que mais tem sofrido com a grave questão sanitária”, disse em referência à pandemia da Covid-19.

Leia mais sobre o cadastramento

Saiba mais sobre a Lei Aldir Blanc acessando hotsite da Secec 

Assista à Live completa Aldir Blanc #02

Com informações da Secretaria de Cultura (Secec/DF)

AGÊNCIA BRASÍLIA 

Grupo de trabalho vai projetar o terminal do Sol Nascente

 


Equipe vai elaborar o projeto para a licitação da obra

Com a publicação da Ordem de Serviço (OS) no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) desta terça-feira (19), a Secretaria de Transporte e Mobilidade (Semob) deu o primeiro passo para a construção do Terminal Rodoviário de Sol Nascente. A OS constituiu o Grupo de Trabalho que vai elaborar o projeto referencial para a implantação do terminal.

O terminal rodoviário é uma antiga reivindicação dos moradores do Sol Nascente, que se intensificou após a criação da Região Administrativa, em 2019. A RA tem cerca de 88 mil habitantes e a demanda por transporte público aumenta a cada ano. Em 2019, a Semob criou a linha 0.159, que passa pela Cidade Estrutural, Taguatinga e Sol Nascente Trecho II (Condomínio Pinheiros), com viagens a cada 14 minutos, totalizando 140 por dia e 70 em cada sentido.

O Transporte público na RA de Sol Nascente é dividido da seguinte forma: no Trecho 1, são três linhas de ônibus com frota de 22 veículos que realizam 229 viagens diariamente; no Trecho 2, 26 ônibus operam em seis linhas e fazem 232 viagens por dia; e no Trecho 3 são 259 viagens diárias, em 7 linhas atendidas por 259 veículos.

A construção do terminal será na Quadra 105, Cojunto M – AE1 – Trecho 2 de Sol Nascente. O terreno destinado ao terminal tem 24.264,90 m² e faz parte do projeto de criação da Região Administrativa. Ainda não há prazos para o início da construção do terminal.

O Grupo de Trabalho é formado por três servidores da Semob. Eles terão prazo de 30 dias, prorrogáveis, para apresentar os resultados dos estudos que vão subsidiar o processo de licitação da obra.

* Com informações da Secretaria de Transporte e Mobilidade

AGÊNCIA BRASÍLIA 

Manutenção na rede elétrica de Planaltina e do Lago Norte

 


Por segurança, a energia será desligada durante a realização dos serviços no Lago Norte

Lago Norte e Planaltina receberão, nesta quinta-feira (20), equipes da Companhia Energética de Brasília (CEB) para manutenção preventiva em componentes elétricos e poda de árvores. Para execução do serviço com segurança, será necessário interromper, temporariamente, o fornecimento de energia.

Entre 8h e 13h, ficarão sem energia os sítios Araras, Bem te Vi, Sabiá, do Céu e João de Barro, do Núcleo Rural Boa Esperança II, no Lago Norte.

O serviço também afetará moradores das chácaras Cajueiro, Mangabeiras, Cabral II, Jatobá, Cotia, Lar dos Freitas, Oliveira, Recanto do Uirapuru, Brasil, dos Ipês, Recanto das Flores, Liberdade II, Rosa do Deserto, Santa Luzia, Três Lagos, PH, Jerusalém, Portal do Sol, Flora, Alice, Mico Estrela, Figueiredo, Guimarães, Colina e Girassol.

A lista de propriedades que ficarão um período sem energia inclui as chácaras 3, 3-A, 4 a 6, 6-A, 6-B, 8, 18, 33, 135, 1100-B, 1100-C, 1113, 1130,1130-A, 1250 e 1390.

Em Planaltina, das 8h40 e 16h, terão o fornecimento de energia interrompido as chácaras Sinhá Cristina, Hebe, Renascer, além da Gleba 3, chácaras 26/27, 27, 27/28, 32, 35 e Fazendas Mestre D’armas, todas localizadas no Núcleo Rural Santos Dumont.

AGÊNCIA BRASÍLIA 

Reaberto o período de inscrição no PDV da Novacap

 


A expectativa da direção da companhia é que, no mínimo, 600 empregados aproveitem a oportunidade de desligamento

O período de requerimento de adesão ao Programa de Desligamento Voluntário (PDV) da Novacap foi reaberto. Os empregados interessados em aderir podem buscar os canais de atendimento para informações ou enviar o requerimento via SEI, até o dia 15 de setembro.

No período inicial, 368 empregados fizeram a inscrição e irão formalizar a adesão ao longo dos próximos meses. A expectativa da direção da companhia é que, no mínimo, 600 empregados aproveitem a oportunidade de desligamento. “Esse número engloba empregados em sua maioria já aposentados, que dedicaram a maior parte de sua vida à prestação do serviço público e que agora podem aproveitar a vida com seus familiares”, comentou o diretor-financeiro da Novacap, Rubens de Oliveira.

O programa foi muito aguardado por diversos empregados da Novacap e possibilitará o desligamento com os seguintes incentivos financeiros:

– Recebimento de um percentual da Remuneração Mensal Base (RMB) por 60 meses consecutivos, variável de 50% a 60% da RMB;
– Manutenção do ressarcimento do auxílio-saúde até dezembro de 2021;
– Continuidade do pagamento da cesta alimentação de R$ 600,00 também até dezembro de 2021;
– E valor equivalente a 20% da multa contratual sobre os depósitos realizados pela Novacap no FGTS pagos juntamente ao incentivo financeiro em 60 meses, complementando os outros 20% de multa que serão pagos nas verbas rescisórias.

Segundo o Departamento de Gestão de Pessoas, 1.330 empregados da Novacap apresentam as condições necessárias para adesão ao programa, conforme os seguintes critérios:

– São servidores do quadro permanente da empresa;
– Possuem idade superior a 49 anos;
– E têm, no mínimo, 18 anos de efetivo exercício na Novacap.

A direção da Novacap liberou um balcão para atendimento presencial dos interessados. No local são realizadas simulações e sanadas todas as dúvidas. Quem preferir, pode enviar questionamentos para o e- mail pdv2020@novacap.df.gov.br ou, por meio dos ramais 7421 e 2704.

*Com informações da Novacap

AGÊNCIA BRASÍLIA 

DF é autorizado a isentar ICMS de remédio para atrofia muscular espinhal

 


Convênio do Confaz precisa de homologação da CLDF para entrar em vigor

O Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) autorizou o Distrito Federal a isentar o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e Comunicação (ICMS) do medicamento Zolgensma, utilizado no tratamento da doença Atrofia Muscular Espinhal (AME). A autorização estava condicionada ao registro do medicamento pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que foi aprovado nesta segunda-feira (17/8).

O Confaz aprovou o Convênio ICMS 52/20 proposto pelo estado de São Paulo na reunião do dia 30 de julho. Para entrar em vigor no DF, ele precisará da homologação da Câmara Legislativa. A Secretaria de Economia está concluindo os estudos e a fundamentação, inclusive com a previsão no orçamento, para encaminhamento do pedido ao Legislativo.

O Zolgensma é um produto de terapia gênica usado para o tratamento da AME, uma doença grave, causada pela alteração do gene que codifica a proteína SMN (survival motor neuron), molécula necessária para a sobrevivência do neurônio motor, responsável pelo controle do movimento muscular. É produzido fora do Brasil pela empresa Novartis Biociências S.A e tem custo de cerca de R$ 12 milhões, considerando-se o ICMS de 17%. O imposto de importação já havia sido isento pelo Governo Federal.

Existem cinco tipos da AME: 0, 1, 2, 3 e 4. Atualmente a rede pública do DF oferece tratamento apenas para o tipo 1 da doença que, segundo o Ministério da Saúde, é a forma mais frequente e o tipo mais grave.

O registro do Zolgensma na Anvisa é para o tratamento de pacientes pediátricos diagnosticados com AME do tipo 1, com até 2 anos de idade, com mutações bialélicas no gene de SMN1 ou até três cópias de outro gene conhecido como SMN2.

O DF havia pedido autorização para isentar o ICMS do medicamento Spinranza, também utilizado para tratar a doença AME, mas não foi aprovada. O remédio é de uso contínuo e cada dose custa R$ 145 mil. Esse medicamento é fornecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e, segundo o Ministério da Saúde, chegou ao Brasil em 30 de outubro de 2019.

A solicitação de isenção do ICMS para os medicamentos Zolgensma e Spiranza partiu de um pedido da primeira-dama e secretária de Desenvolvimento Social, Mayara Noronha Rocha, à Secretaria de Economia, por meio da Subchefia de Políticas Sociais e Primeira Infância.

Saiba mais

A Atrofia muscular espinhal é uma doença rara, genética, autossômica recessiva, prevalente e neurodegenerativa, secundária ao comprometimento do gene SMN1, responsável pela produção da proteína SMN1. Na falta dessa proteína, há fraqueza muscular progressiva, afetando membros inferiores, superiores e musculatura respiratória.

As formas mais precoces estão relacionadas à maior mortalidade. O objetivo dos medicamentos é interromper a progressão da doença e, em alguns casos, garantir ganhos motores. A doença evolui fatalmente para a insuficiência respiratória. Com o uso do medicamento, pode haver interrupção do processo quando se institui tratamento precoce.

* Com informações da Secretaria de Economia

AGÊNCIA BRASÍLIA 

Mais de 59 mil famílias recebem o DF Sem Miséria em agosto

 


Pagamento do benefício de transferência de renda segue até o dia 31, de acordo com o calendário nacional do Bolsa Família

Matéria atualizada em 20h17

No total, 59.832 mil famílias serão contempladas neste mês de agosto pelo programa DF Sem Miséria, do Governo do Distrito Federal. O pagamento segue até o dia 31 deste mês, de acordo com o calendário nacional do Bolsa Família. A folha do benefício ficou em R$ 8.225.780,00.

Atualmente, o DF conta com 168.788 cidadãos no Cadastro Único. Desse total, 84.019 recebem o Bolsa Família e 59.832 também têm direito ao DF Sem Miséria.

A continuidade do programa DF Sem Miséria, mesmo durante o período de enfrentamento da pandemia do coronavírus, está garantida pelo Decreto Nº 10.316, de 7 de abril de 2020.

O DF Sem Miséria funciona como suplemento da Bolsa Família, que tem o objetivo de adequar os valores recebidos ao custo de vida da realidade da capital federal.

“Os programas de transferência de renda constroem oportunidades para incluir socialmente as pessoas que vivem na extrema pobreza, principalmente neste momento de pandemia em razão do coronavírus, em que as dificuldades econômicas aumentaram muito”, reforça a secretária Mayara Noronha Rocha.

DF Sem Miséria

O auxílio do GDF é um adicional ao programa Bolsa Família, do governo federal, que tem como objetivo adequar os valores recebidos ao custo de vida na capital federal. Têm direito as famílias residentes no DF que, após o receber os benefícios de transferência de renda, apresentarem renda per capita inferior a R$ 140. É preciso ainda estarem inscritas no Cadastro Único.

Os valores suplementados podem variar de R$ 20 a R$ 960, conforme composição e renda de cada família, até que a renda familiar, somada aos valores recebidos pelo Bolsa Família, alcance os R$ 140 per capita.

O benefício distrital é pago mensalmente, seguindo o calendário nacional do Bolsa Família, que neste mês de agosto iniciou nesta terça-feira (18). O pagamento é realizado de acordo com o último número do NIS (Número de Identificação Social) impresso no Cartão Bolsa Família.

* Com informações da Secretaria de Seguridade Social 

AGÊNCIA BRASÍLIA 

No DF, 1,45% dos casos de Covid terminam em morte

 


Estudo da Codeplan mostra que a proliferação da doença se mantem estável. No comparativo nacional, o DF está entre os três estados em melhor situação

A 18ª edição semanal do Boletim Codeplan Covid divulgado nesta semana aponta que a taxa de letalidade da doença no DF é a 25ª mais baixa entre as 27 unidades da federação.

Desde o começo da pandemia, o DF ocupa as três últimas posições do país na taxa que compara o percentual de óbitos causados por Covid-19 em relação ao número de casos confirmados.

A Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan) analisou os dados sobre a infecção pelo coronavírus até o último dia 16. De acordo com o boletim, o DF tinha 136.467 casos e 1.976 óbitos. Só perde para Roraima, com taxa de 1,43, e Tocantins (1,38%).

A média do Brasil é de 3,2%, mas o índice chega a 7,5% no Rio de Janeiro e a 6,36% em Pernambuco. “Desde que começamos o Boletim Covid-19 em abril, a taxa de letalidade do DF sempre manteve-se entre as melhores do país, sendo a antepenúltima na análise da semana passada.” afirma Jean Lima, presidente da Codeplan.

A taxa de letalidade do DF tem variado entre 1,2 e 1,5 desde o começo da pandemia. “Os outros estados têm variado muito. A nossa se mantém estável. Ontem excepcionalmente chegou 1,6 porque a gente consolida esses dados às 18h e alguns laboratórios privados mandaram dados de casos confirmados depois desse horário”, explica o subsecretário de Vigilância à Saúde, Eduardo Haje.

Para ele, a taxa de letalidade é o melhor indicador para se avaliar a eficiência da rede de saúde pública e privada nas ações de enfrentamento ao coronavírus. “A taxa de letalidade daqui é uma das menores do país graças ao atendimento dado aos pacientes. Tem estudos que mostram que 90% das pessoas que chegam a precisar de leitos de UTI, morrem se não tiverem acesso a um tratamento adequado”, diz.

“Se fosse esse desastre como às vezes se supõe, nós não teríamos uma taxa de letalidade tão baixa”, ressalta. De acordo com o secretário de Saúde, Francisco Araújo, o GDF, no início da pandemia, fez três projeções de abertura de leitos de UTI. No último dos cenários, seria preciso ofertar mil leitos de UTI na rede pública e privada.

“Hoje, somando os 730 leitos UTI Covid com 240 no privado, nós chegamos próximos a mil leitos”, afirma. “Enquanto durar a pandemia a Secretaria de Saúde vai abrir leitos, não em grande número como antes”, completa.

Reestruturação da rede

Em seis meses de pandemia, a Secretaria de Saúde estruturou no Distrito Federal uma rede totalmente preparada para receber e atender os casos relacionados ao coronavírus.

Hoje, são 739 leitos com suporte de ventilação mecânica aos pacientes mais graves da Covid-19, com dificuldade respiratória. Entre eles, os de Unidade de Terapia Intensiva (535), de Cuidado Intermediário (196) e Cuidado Intermediário Neonatal (8).

Isso foi possível depois de um esforço de gestão para entregar em poucos meses estruturas adaptadas e preparadas para receber esses pacientes. A mais recente foi a do Hospital de Campanha do Centro Médico da Polícia Militar. A nova unidade disponibiliza, desde o início de agosto, 80 novos leitos de UTI à população e 20 de enfermaria. Com isso, contribuiu para reduzir a taxa de ocupação total de leitos no DF para 69%, até o momento.

Além disso, a pasta tem 533 leitos de enfermaria para os casos menos graves, disponíveis em cinco unidades hospitalares. A maior quantidade está no Hospital Regional da Asa Norte (Hran), uma das referências no DF para tratamento da Covid-19, com 233 leitos. Também estão nessa lista os hospitais de campanha do Mané Garrincha e da Polícia Militar, com 177 e 20 leitos de enfermaria, respectivamente, além dos hospitais de Ceilândia (95) e do Guará (8).

AGÊNCIA BRASÍLIA 

Entenda os números de novos casos e óbitos da Covid-19

 


Em coletiva, secretários de governo esclarecem e analisam a evolução e os impactos da pandemia

O Governo do Distrito Federal vai tornar ainda mais clara a divulgação dos dados relacionados à Covid-19, separando todos os óbitos diários conforme registros em cartório. A medida permitirá melhor análise da evolução da pandemia no território distrital, que tem um dos menores índices de letalidade pela doença do Brasil. Segundo a Secretaria de Saúde, não faltam leitos para tratamento e adequações ocorrem sempre que necessário.

“A letalidade do DF é uma das menores do país e isto precisa ficar claro”, garantiu o secretário de Saúde, Francisco Araújo, durante entrevista coletiva concedida nesta quarta-feira (19), no Palácio do Buriti. Conforme os dados da pasta, o maior número de óbitos em um mesmo dia ocorreu em 9 de julho, no pico da pandemia, quando 41 vidas foram perdidas por causa da doença.

Na segunda-feira passada (17), no entanto, apenas uma morte em virtude da doença ocorreu na capital. A partir de agora, o governo vai divulgar o número diário de óbitos, além de contabilizar os registros realizados nos cartórios.

O Subsecretário de Vigilância à Saúde, Eduardo Hage ressaltou que o problema de sub-notificação de óbitos é muito menor no DF que em outros estados: somente 3,9% dos óbitos não são testados com exame PCR para detecção do vírus causador da Covid-19. Nesses casos, são usadas alternativas como tomografias computadorizadas compatíveis.

Confirmação de casos

Os casos confirmados só entram na estatística após investigação epidemiológica. As notificações partem de todas as unidades de saúde do DF, públicas e privadas, e são enviadas para o Centro Integrado de Operações de Brasília (Ciob), que verifica e consolida as informações para evitar erros e duplicações.

São fontes os dados enviados pelos laboratórios que realizam o teste RT-PCR e os exames realizados nas unidades básicas de saúde (UBS), unidades de pronto atendimento (UPA), hospitais e demais locais que realizam os testes. Com base em tudo isso são produzidos boletins diários.

Leitos de UTI

No início da pandemia, a Secretaria de Saúde fez três projeções de aberturas de leitos, que variaram de 700 a mil pontos públicos e privados. Com isso, trabalhou-se em ampliação e, segundo os gestores da pasta, as estimativas se confirmaram. Hoje, são 730 leitos de UTI Covid na rede pública, além de 230 no setor privado, com 68% de ocupação.

Recentemente também entregues 84 leitos no hospital da Polícia Militar e novos serão inaugurados. No hospital no Complexo Penitenciário da Papuda, serão mais 40 leitos. No Hospital de Campanha de Ceilândia, outros 20 com suporte respiratório. “Enquanto durar a pandemia a secretaria estará abrindo leitos fazendo adequações nas unidades”, avisou o secretário.

Francisco Araújo esclareceu que só o médico pode direcionar um paciente dentro da rede. “Muitas vezes, na maioria delas, o paciente não é direcionado para um leito de UTI porque não tem condições clínicas disso. Não faltam leitos”, cravou.

Ainda assim, os cuidados devem continuar. “A população tem que ter cuidado com o maior bem, a vida. O pior momento da pandemia é quando o cidadão acha que está tudo bem”, aconselhou o secretário de Saúde.

*Com informações da Secretaria de Saúde

AGÊNCIA BRASÍLIA