terça-feira, 18 de agosto de 2020

Neve em São Paulo: como fica o vírus com mais frio na capital

 BRASIL

Segundo previsão da meteorologia, há possibilidade de cair neve na cidade de São Paulo neste mês de agosto; temperatura muda precaução para higienizar?

Já pensou se cai neve em São Paulo neste mês? Se nevar, muda algo na nossa precaução? Veja abaixo — Foto: Divulgação

A previsão chega a surpreender. Segundo informações divulgadas pelo instituto de meteorologia MetSul, há probabilidade de cair neve em São Paulo neste mês de agosto. Já imaginou? Neve em São Paulo? Destacamos a seguir essa curiosidade e também mostramos como fica nossa precaução contra vírus e bactérias em um ambiente mais frio. Falando sobre Como Higienizar, será que muda alguma coisa esse friozão todo? Sobre a previsão do tempo, destacamos a nota divulgada pela MetSul: "Uma baixa polar em níveis médio da atmosfera vai atuar sobre o Sul do Brasil. Isso vai fazer com que haja nebulosidade e instabilidade com ar muito gelado em altitude. E traz uma alta probabilidade de ocorrência de neve na região", diz a nota.

Vale observar que outros institutos negam a probabilidade de neve especificamente em São Paulo. No "ClimaTempo", por exemplo, a previsão para São Paulo é a seguinte: risco de geada para RS, SC, PR, MS e extremo oeste de SP. Sobre neve, o "ClimaTempo" informa: risco de neve e outras precipitações de inverno: RS, SC e PR. A máxima nesta quarta-feira, 19/08, em São Paulo é de 24 graus. E a mínima é de 15.

Como fica o vírus

Aqui em Como Higienizar, levantamos dicas para precaução contra vírus e bactérias. Você conhece os produtos da linha SanUV. Com fórmula científica, eles higienizam compras de supermercado, caixas de delivery, encomendas de condomínio, alimentos, objetos, entre outras coisas.

O empresário Eduardo Gadotti explica que em temperaturas mais frias, inclusive com essa possibilidade de neve, o vírus em superfícies e objetos segue normalmente. Precisa higienizar produtos e objetos congelados? Sem problema. SanBOX, SanFOOD e SanMART são produtos específicos também para esses casos.

"Sabemos que para as pessoas temos a questão da imunidade com as mudanças de temperatura, por exemplo. Mas com objetos e coisas, nada muda. Segue a preocupação de higienizar um prato no restaurante, as compras do supermercado, entre tantas outras coisas. Faça chuva ou faça sol, vírus e bactérias sempre estarão aí. No tal do novo normal que tanto estão falando", comentou o empresário.

Você tem dúvidas sobre frio, neve e vírus? Dúvidas sobre precauções contra coronavírus? Clique aqui e envie o seu comentário. A sua pergunta pode aparecer respondida em reportagem do G1 em "Como Higienizar". As dúvidas serão analisadas pelo infectologista consultor da linha SanUV, o Dr. Prof. Otávio Augusto Guglielmi.

SanUV


Com 6º dia mais mortal, Brasil se aproxima de 110 mil óbitos

 

PANDEMIA

Foram 1.352 óbitos pela doença nas últimas 24 horas

Quantos podem morrer pelo coronavírus no Brasil? Cientistas respondem! -  TecMundo
FOTO: REPRODUÇÃO TECMUNDO

O Brasil registrou 1.352 vítimas do novo coronavírus (Sars-CoV-2) nas últimas 24 horas, elevando o total de óbitos desde o início da pandemia para 109.888, informou o Conselho Nacional de Secretários da Saúde (Conass) nesta terça-feira (18).

A taxa de letalidade da doença continua em 3,2% e a de mortalidade subiu para 52,3 pessoas a cada 100 mil habitantes. A média móvel dos falecimentos, que considera os dados dos últimos sete dias, voltou a subir chegando a 980 mortes - era de 969 nesta segunda-feira (17).

Movimentação no cemitério da Vila Formosa, em São Paulo
Movimentação no cemitério da Vila Formosa, em São Paulo
Foto: Amanda Perobelli / Reuters

Com os 1.352 novos óbitos registrados, o Brasil supera a sua 6ª maior marca desde o início da pandemia. Os dias mais mortais registrados no País, segundo os dados do Ministério da Saúde, foram 29 de julho (1.595 mortes), 4 de junho (1.473 mortes), 5 de agosto (1.437 mortes), 23 de junho (1.374 mortes) e 21 de julho (1.367 mortes).

No mesmo período, foram ainda 47.784 infecções pela Covid-19, elevando o total de contaminados para 3.407.354 desde março.

A taxa de incidência do novo coronavírus subiu para 1.621,4 para cada 100 mil habitantes. Diferentemente dos óbitos, a quantidade de casos na média móvel continua caindo e está em 42.532 por dia.

O estado de São Paulo continua a ser o que mais tem mortes e casos por dia em números absolutos, com 711.530 e 27.315, respectivamente. Já a Bahia é a segunda na quantidade de infecções (221.041) e a quinta na quantidade de óbitos (4.542) e o Rio de Janeiro é o terceiro no número de contaminados (199.480) e o segundo nas mortes (14.728) - sendo o estado brasileiro com a maior taxa de letalidade do país (7,4%).


FONTE: TERRA

Zoom Phone: serviço de telefone em nuvem chega ao Brasil

 TECNOLOGIA

Planos disponíveis no Brasil têm preços entre US$ 8 e US$ 20 e são voltados para perfis corporativos

TechTudo

Zoom Phone funciona nas versões móvel e desktop da plataforma  — Foto: Divulgação/Zoom


Zoom Phone funciona nas versões móvel e desktop da plataforma — Foto: Divulgação/Zoo


O Zoom Phone é o novo serviço de telefone em nuvem do Zoom que está disponível no Brasil. A novidade foi anunciada na última segunda-feira (18) também chegou a outros 24 países. Com foco no mercado corporativo, o recurso dá à plataforma de videoconferências suporte a números locais para chamadas domésticas. Assim, empresas que atuam em diferentes lugares do mundo podem dispensar as diversas operadoras de telefonia locais e usar apenas o Zoom para comunicações telefônicas.

O planos têm preços de US$ 8 a US$ 20 por mês por usuário (aproximadamente de R$ 43 e R$ 108, respectivamente, em conversão direta) e dão direito a ligações ilimitadas para mais de 40 países. A funcionalidade foi desenvolvida devido à popularização do serviço de videochamadas, alcançada principalmente em virtude da quarentena do coronavírus. Quer comprar celular, TV e outros produtos com desconto?

O pacote mais simples é o Zoom Phone Pro, que começa em US$ 8 mensais. Ele é destinado a empresas que não precisam de números de telefones distintos para cada funcionário. Já o Global Select, que sai por US$ 20 ao mês, permite ao usuário escolher o número local para as chamadas.

Além de contratar o plano, o cliente precisa ter a última versão do aplicativo para desktop instalada (versão 5.2.1), disponível para Windows macOS. As ligações usando PSTN - do inglês Public Switched Telephone Network, ou Rede Pública de Telefonia Comutada, a rede de telefonia tradicional - também podem ser feitas a partir dos aplicativos para celulares Android e iPhone (iOS).“Nossos clientes nos dizem que querem descomplicar seus gastos com telefonia internacional e consolidar, de forma semelhante à sua migração para a nuvem. Em resposta, desenvolvemos o plano 'Global Select' e nossa expansão em todo o mundo”, explica Graeme Geddes, Head do Zoom Phone.

Via Zoom


Funcionários dos Correios aprovam greve no DF; demais Estados decidem hoje

 BRASIL

O Distrito Federal é a primeira unidade da federação a deflagrar a greve, mas empregados dos Correios de outros Estados também realizam assembleias nesta noite



Funcionários dos Correios no Distrito Federal vão entrar em greve nesta segunda-feira, 17, a partir das 22 horas. A decisão foi tomada em assembleia realizada na noite desta segunda, informou o Sindicato dos Trabalhadores dos Correios e Telégrafos do Distrito Federal e Região do Entorno (Sintect-DF). A greve foi deflagrada por tempo indeterminado.

O Distrito Federal é a primeira unidade da federação a deflagrar a greve, mas empregados dos Correios de outros Estados também realizam assembleias nesta noite. A expectativa é de aprovação de um movimento grevista de alcance nacional.

Em nota, o sindicato afirma que a greve se deve aos “ataques da direção dos Correios e da negligência durante à pandemia com a saúde e vida dos trabalhadores”. Os trabalhadores mencionam falta de equipamentos de proteção adequados, álcool em gel e de testes.

Os trabalhadores querem ainda o restabelecimento do atual acordo coletivo, que teria vigência até 2021. Segundo o sindicato, desde o dia 1º de agosto, a direção da empresa excluiu 70 cláusulas trabalhistas, como licença maternidade de 180 dias, pagamento de adicional noturno, horas extras, indenização por morte, auxílio creche, entre outros.


FONTE: JORNAL DE BRASÍLIA

DER pretende revitalizar 25 passarelas do DF até o fim do ano

 OBRAS DF

Até o momento, 22 passagens receberam manutenção. Até o fim do ano, o serviço deve ser iniciado em outras seis


O Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal (DER/DF) pretende revitalizar 25 passarelas até o fim do ano. O serviço é feito por 25 funcionários e está orçado em, aproximadamente, R$ 4,9 milhões. O trabalho começou em fevereiro de 2019 e deve contemplar os 56 pontos de travessias localizados nas rodovias distritais. 

De acordo com informações do DER, 22 passarelas foram totalmente restauradas. Outras três estruturas recebem a manutenção atualmente e mais seis terão os reparos iniciados até o fim deste ano.

As passarelas que passaram por revitalização são: as 14 passarelas da Estrada Parque Taguatinga (DF-085); três da Estrada Parque Ceilândia (DF- 095); duas na Estrada Parque Indústria e Abastecimento (DF-003), em frente à Candangolândia; uma na Estrada Parque Núcleo Bandeirante (DF-075); outra na Estrada Parque Indústrias Gráficas (Epig), em frente à Concessionária Fiat, próxima à Octogonal e mais uma na Estrada Parque Contorno (DF-001), em frente à Universidade Católica de Brasília (UCB).

O trabalho nas passarelas compreende o reforço na estrutura, a recuperação da base de pular metálico e a troca das barras de apoio danificadas e de tela metálica do fechamento dos chamados “guarda-corpos”. 


Regularização de Arniqueira vai beneficiar 1,4 mil moradores

DF

Processo comandado pela Seduh e Terracap prevê investimentos de R$ 160 milhões em infraestrutura. Lotes serão vendidos diretamente aos ocupantes

AGÊNCIA BRASÍLIA * | EDIÇÃO: RENATO FERRAZ
Foto: Agência Brasília/Arquivo

A Terracap e a Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Seduh) se uniram para que o registro cartorial da regularização fundiária do Setor Habitacional Arniqueira comece ainda este ano. A proposta é que 1,4 mil moradores já possam legalizar os lotes que ocupam – por meio de venda direta. A estimativa de investimentos da Terracap para a região é R$ 160 milhões em infraestrutura – o que resolveria problemas antigos que comprometem a qualidade de vida da população da RA.

A regularização fundiária de assentamentos irregulares não é simples. Compreende diversas etapas e demanda o trabalho de inúmeros órgãos públicos, envolvendo aspectos técnicos e urbanísticos, ambientais e sociais e, é claro, a população. O Setor Habitacional Arniqueira, com área total de 1.189,60 hectares, foi dividido em 9 áreas para fins de urbanização (URBs). Os projetos levaram em conta delimitadores naturais, como córregos – há três na região, bem como as circunscrições cartoriais. 

“O processo de regularização de Arniqueira encontra-se avançado”, explica o diretor técnico da Terracap Hamilton Lourenço Filho. 

A primeira área está sendo regularizada “a quatro mãos”, com a Secretaria e a Terracap trabalhando juntas. Mateus Oliveira, titular da titular da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh), destaca que “há ajustes de projeto a serem feitos, mas estamos alinhados”. 

Uma vez aprovado, o projeto segue para emissão de decreto governamental. Assim, a Terracap encaminhará a registro cartorial. Criadas as matrículas dos imóveis, começa processo de regularização por meio da venda direta, modalidade em que o ocupante pode exercer o direito de compra do terreno.

Essa área (a 005/17) tem 1.457 lotes, com áreas que variam entre 77 m² a 2,5 mil m². O projeto é constituído majoritariamente por lotes de uso residencial unifamiliar.

Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília

O cálculo dos terrenos a ser pago pelos ocupantes leva em consideração o preço de mercado, com a dedução da infraestrutura feita pelos moradores ao longo dos anos – bem como a valorização decorrente desta implantação. Os valores de cada lote só serão conhecidos no ato da publicação do edital. 

O presidente da Terracap, Izidio Santos, corrobora com a fala do secretário. “O intuito do governo é regularizar o mais rápido possível, para que as pessoas possam ter finalmente o documento em mãos. Porém, não é um processo simples e necessita de muito estudo e planejamento. Esperamos que ainda em 2020 possamos entregar as primeiras escrituras aos moradores da área”. 

Licitação
Neste mês, a Terracap lançou licitação pública para contratação de empresa para elaborar atualização do projeto de drenagem pluvial da região, elaboração de Plano de Controle Ambiental (PCA), Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD) e estudo de capacidade de suporte do córrego Vicente Pires e afluentes que cortam o Setor Habitacional (Vereda da Cruz, Vereda Grande e Arniqueira). 

Finalizado o projeto, será possível licitar as obras de drenagem da RA, extremamente necessárias para toda a população. Isso porque a ocupação irregular no local, que inviabilizou o devido planejamento urbanístico e infraestrutura básica necessárias ao correto parcelamento do solo, provocou nas últimas décadas sérios impactos ao meio ambiente, em especial às áreas que margeiam os córregos que cortam Arniqueira. 

Uma das consequências foi a formação de diversas erosões na RA. Para especialistas, a equação é simples: o lançamento de águas pluviais de diversos condomínios diretamente nos córregos e até mesmo na vegetação ciliar, sem quaisquer cuidados técnicos e atenção às normas, levaram a erosões e ao escorregamento de taludes das margens dos córregos – um processo natural e com consequências danosas ao meio ambiente e aos corpos hídricos da região.


Confira o passo a passo resumido da regularização

Pra quem tiver interesse em saber mais como é o processo, é só recorrer ao Portal de Regularização lançado pela Seduh no ano
passado 
 e conferir o passo a passo do processo: são 10, ao todo. A Terracap, que promove a venda direta do imóvel,
ainda acrescenta mais duas fases ao somatório final. 

Foto: Agência Brasília/Arquivo
  1. Documentação de titularidade e caracterização da área de regularização conforme PDOT;
  2. Elaboração do levantamento topográfico planialtimétrico cadastral, que é o levantamento com coordenadas de todos os seus elementos naturais e construídos, que demonstrará as unidades, as construções, o sistema viário, as áreas públicas, os acidentes geográficos e os demais elementos caracterizadores do núcleo a ser regularizado;
  3. Consultas às concessionárias de serviços públicos, que indicarão redes existentes, projetadas, e capacidade de atendimento da população a ser regularizada, caso ainda não haja cobertura dos serviços;
  4. Estudo Preliminar do Projeto Urbanístico, ou Plano de Ocupação, que visa aprovação urbanística para fins de licenciamento ambiental, e que deverá conter a concepção urbanística geral com o sistema viário, os lotes ou projeções, equipamentos públicos, espaços livres, endereçamento, zoneamento de usos e parâmetros, ocupação do solo e memorial descritivo do projeto de regularização;
  5. Licença de Instalação Corretiva, que consiste na abertura do processo de licenciamento ambiental junto ao órgão competente, no caso o Brasília Ambiental, solicitando a emissão de Termo de Referência que definirá o conteúdo do estudo ambiental de acordo com o tipo de ocupação existente;
  6. Contratação de estudo ambiental e aprovação do mesmo junto ao Brasília Ambiental, para emissão da LI Corretiva;
  7. Aprovação pelo Conselho de Planejamento Territorial e Urbano do Distrito Federal (Conplan);
  8. Elaboração do projeto urbanístico de regularização, que deverá ser analisado pela Seduh até concluírem por sua aprovação; Hoje, Terracap e Seduh estão neste passo.

Com informações da Terracap 

Desmatamento e impunidade atiçam incêndios na Amazônia

MEIO AMBIENTE

As ONGs consideram que o aumento do desmatamento está vinculado ao desmonte dos órgãos de controle, como IBAMA e ICMBIO



 



Amazônia - Foto: Lula Sampaio/AFP


Várias colunas de fumaça são avistadas nos arredores da cidade paraense de Novo Progresso, provocadas pelo desmatamento de terras invadidas e por queimadas para limpar a área em um dos municípios mais afetados pelos incêndios na Amazônia brasileira.

Em um assentamento rural, situado a 70 km desta cidade, as chamas devoram em pouco mais de meia hora as terras de Pedro Gomes, um dos pequenos agricultores que há anos as receberam do governo, e se estendem alguns metros por uma coluna de vegetação densa e árvores altas.

Com chapéu de vaqueiro e pele curtida pelo sol, Gomes (o nome é fictício), de 48 anos, é um dos milhares de agricultores e criadores instalados na maior floresta tropical do planeta que recorrem às queimadas na temporada da seca para preparar a terra. eliminar as pragas e cultivar milho e soja ou plantar pasto para o gado. 

"Para os satélite do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) isso é um foco de incêndio. Você acredita nisso?", afirma sorrindo em entrevista à AFP, encostado no portão de sua propriedade de 48 hectares, um espaço considerado pequeno para os parâmetros brasileiros.  "Isso é uma queimada, não um incêndio. E se sair a floresta apaga", defende, antes de perguntar: "Como querem que a gente faça sem queimar?", indaga.

A fumaça e os poucos troncos que permanecem de pé apenas deixam ver sua precária casa de madeira.  Em julho deste ano, as queimadas foram proibidas por 120 dias pelo governo de Jair Bolsonaro, após a crise internacional ocorrida no ano passado por seu aumento nessa floresta essencial para o equilíbrio do clima no mundo.

Os meses de agosto e setembro serão decisivos para saber se a ordem foi seguida e se a tendência foi revertida, como afirma o governo.  Em julho, o desmatamento caiu 36% em relação ao nível recorde de julho de 2019, mas no período de agosto de 2019 a julho de 2020 (ano de referência no calendário do desmatamento), a derrubada da floresta atingiu 9.205 km2, 34,5% a mais que nos doze meses anteriores. 

No último ano, o município de Novo Progresso foi o epicentro do trágico "Dia do Fogo", em 10 de agosto, quando a floresta foi incendiada em um suposto esquema criado para mostrar que as promessas eleitorais de Bolsonaro foram levadas a sério pelos proprietários rurais do Pará. A fumaça chegou a escurecer o céu de São Paulo, a 2.500 km de distância.

Agamenon Menezes, presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Novo Progresso, garante que o "dia do fogo" foi "uma informação falsa da mídia", e pede ao governo que legalize as fazendas existentes, para que seus proprietários tenham que "cumprir a legislação ambiental".

"Plantar bois" 
Os ambientalistas ressaltam que na floresta praticamente não existe a combustão espontânea, e que os incêndios estão relacionados ao aumento do desmatamento. 

Um fenômeno que atinge principalmente terras públicas, assentamentos rurais e propriedades privadas e que, segundo as ONGs, é estimulado pelo apoio de Bolsonaro à abertura da Amazônia para as atividades extrativistas e agropecuárias. Dos mais de 9.000 km2 desmatados nos últimos doze meses, cerca de 11% ocorreram em unidades de conservação ambiental e reservas indígenas. 

"O grileiro marca o território com o desmatamento e como o boi, um sinal de que a terra esta ocupada. Usa o boi como vigia, invade, vende a madeira, (...) ocupa e espera vender a fazenda lá para frente para outro agente econômico, que vai ser usada para plantar soja ou gado", explica Beto Veríssimo, fundador do Instituto do Homem e do Meio Ambiente da Amazônia (Imazon). 

Em agosto, uma equipe da AFP percorreu milhares de quilômetros de estradas de terra entre o norte do Mato Grosso e o sul do Pará, repletas de grandes fazendas com gado e com restos de árvores ainda queimadas. Também verificou áreas enormes recentemente desmatadas, prontas para ser queimadas. Trata-se de uma situação preocupante que agrava os impactos à saúde em meio à pandemia do novo coronavírus, que no Brasil já deixou mais de 107 mil mortos. 

As ONGs consideram que o aumento do desmatamento está vinculado ao desmonte dos órgãos de controle, como IBAMA e ICMBIO. 

Em entrevista à AFP neste mês, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, afirmou que as instituições ambientais têm um déficit de 50% de funcionários há dez anos, e ressaltou que por isso Bolsonaro mobilizou as Forças Armadas para combater o desmatamento.


FONTE: AFP

Descarte incorreto de máscaras pode causar desastre ambiental

 MEIO AMBIENTE

Descarte incorreto de máscaras pode causar problemas para o meio ambiente (Patcharanan Worrapatchareeroj/Getty Images)

O uso de máscaras para evitar a disseminação do coronavírus é altamente recomendado por autoridades de saúde do mundo inteiro. É até mesmo crime não usar o acessório em alguns países. O problema é que o descarte desses itens não está sendo feito da maneira correta para preservar o meio ambiente. E enquanto isso não é feito, há a preocupação de um desastre ambiental.

Somente em fevereiro deste ano e durante um dia de limpeza, autoridades sanitárias de Hong Kong encontraram pelo menos 70 máscaras descartáveis flutuando há 100 metros da faixa de areia em uma praia do país, conforme reportado pelo iNews. Outras 30 máscaras foram encontradas no local dias depois. Em junho, o The Guardian reportou que dezenas de máscaras, luvas e garrafas de álcool em gel foram encontradas no Mediterrâneo.

A produção de máscaras descartáveis aumentou exponencialmente por causa da pandemia do novo coronavírus. A fabricante americana 3M, por exemplo, dobrou sua capacidade de produção para 100 milhões de máscaras por mês a partir de abril. Já a Fitesa, a segunda maior empresa do mundo na fabricação de não tecidos, se programou para produzir até 40 milhões de máscaras por mês.

Segundo o The Conversation, a preocupação ambiental se dá porque a maior parte das máscaras descartáveis é feita com material plástico que demora para se decompor. Este processo pode levar até 400 anos e, durante este tempo, afeta a vida marinha — além de até mesmo transmitir coronavírus para outras pessoas já que é possível que o vírus sobreviva no objeto durante até uma semana, conforme apontam pesquisadores.

Ecologistas se preocupam de que o descarte incorreto possa ameaçar a vida animal. De acordo com reportagem do The Huffington Post, alguns animais não conseguem perceber que o objeto não é comestível e, ao ingeri-lo, podem acabar morrendo asfixiados pelo material. Em 2019, biólogos encontraram uma baleia morta com mais de 100 quilos de plástico dentro de seu estômago.

Além do risco de engasgo, os animais que ingerem esse tipo de “alimento” acabam não consumindo nutrientes necessários para que permaneçam vivos, o que pode fazer com que desenvolvam doenças. Outro risco é quando os animais acabam se enroscando com esse tipo de item e, por isso, ficam com seus movimentos limitados impedindo a caça ou a fuga de predadores.

O problema já é reconhecido por líderes políticos. Zac Goldsmith, que é membro do Parlamento britânico, declarou durante um webinar do Fórum Econômico Mundial que “as nações marítimas sabem muito melhor do que ninguém como nossas economias oceânicas dependem da saúde dos oceanos.” Goldsmith atua como ministro do Departamento de Meio Ambiente, Alimentação e Assuntos Rurais do Reino Unido.

De acordo com um estudo da organização Ocean Conservancy, mais de 8 milhões de toneladas de plástico são descartadas em oceanos a cada ano. A estimativa é de que existam mais de 150 milhões de toneladas de material plástico nas profundezas marítimas.

Como descartar as máscaras corretamente

Autoridades governamentais têm tentado impedir que as pessoas descartem as máscaras (e outros acessórios) incorretamente. De acordo com o setor de controle de infecções da Vigilância Sanitária, do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), as máscaras devem ser embaladas em um saco plástico e não devem ser misturadas com outros materiais recicláveis após serem jogadas no lixo.

O Cevs informa que as máscaras podem ser descartadas em um lixo comum, como o utilizado em banheiros, junto com papel higiênico e outros itens já usados. Outra recomendação é não jogar as máscaras fora em lixeiras públicas. Neste caso, o acessório pode estar contaminado e acabar infectando outras pessoas. Se estiver na rua, a orientação é pelo descarte em lixeiras de banheiros públicos.

Vale ainda a recomendação pelo uso de máscaras reutilizáveis, feitas com materiais que podem ser higienizados após o uso. Recentemente, o Grupo Reserva lançou uma máscara de proteção feita com tecido que possui uma tecnologia antiviral capaz de inativar o coronavírus em até 2 minutos, de acordo com os testes realizados.


FONTE: EXAME