quinta-feira, 16 de julho de 2020

Perus: veja como prevenir doenças exclusivas e também comuns aos frangos


Perus: veja como prevenir doenças exclusivas e também comuns aos ...Peru Borbão Vermelho ou Canela | Portal dos Animais

Muitas das infecções não são registradas no Brasil há décadas. Controle sanitário nas granjas deve ser constante
Por Ligados & Integrados

Todo produtor de animais sabe que se os problemas de saúde aparecem, as perdas econômicas são significativas. Mas nem todas as doenças observadas nas galinhas são observadas nos perus, e viceversa. Cada manejo tem as suas particularidades. No Brasil, o manejo de perus vem sendo aperfeiçoado e, hoje, algumas doenças sérias que comprometiam a saúde das aves décadas atrás já não são mais registradas. Porém, não dá para descuidar. O controle sanitário deve ser constante. 

Salmonella Arizonae

Algumas doenças são exclusivas ou acometem mais os perus. A arizonose é uma enfermidade bacteriana causada pela Salmonella Arizonae cuja infecção já foi descrita em répteis, mamíferos (incluindo o homem) e em aves de várias espécies, mas a mais sensível é o peru. Em galinhas a doença é rara e os sinais são bem mais leves. 

Dos machos para as fêmeas, das mães para os filhotes

De acordo com um estudo publicado na Revista Brasileira de Reprodução Animala arizonose se manifesta de forma mais severa nos peruzinhos, mas é observada em aves de todas as idades e, principalmente, em perus mais jovens. A bactéria pode ser encontrada no sêmen dos machos e no aparelho reprodutor das fêmeas e é transmitida aos filhotes. Além disso, a bactéria se multiplica no intestino dos animais e é eliminada em grande parte pelas fezes, contaminando o solo, a água, o alimento e o ambiente.  A arizonose pode causar desconfortos intestinais geralmente acompanhados de outros problemas como cegueira, ocasionalmente pneumonia e até mortalidade. 

Medidas de prevenção

O uso de antibióticos reduz significativamente a mortalidade e os sinais clínicos, mas, aves sobreviventes à arizonose permanecem portadoras da bactéria. Lotes de matrizes doentes devem ser rapidamente identificados pelos sinais clínicos, isolados dos demais lotes e até mesmo eliminados. Já o tratamento adequado dedicado aos perus de um dia nascidos de matrizes contaminadas é eficiente no controle da doença. As medidas de prevenção estão relacionadas às normas de biosseguridade, que devem ser rigorosas nas granjas de perus de corte, de matrizes e nos incubatórios. No Brasil, há décadas não há relatos de casos. 

Pasteurelose

De acordo com o médico veterinário André Vieira, alguns sorotipos da Salmonella acometem mais os perus, como é o caso da Arizonae, no entanto, as demais são comuns entre frangos e perus. A pasteurelose é outra doença comum entre as espécies, mas mais comum em perus, e que, antigamente, era trazida das granjas familiares de suínos para as granjas de aves. “A doença causa um quadro de complicações respiratórios bastante sério. Hoje, os relatos são bem raros, mas a pasteurelose  ainda nos preocupa. Os tratamentos,  cuidados e protocolos de higiene nas granjas de frangos e perus também são iguais. O produtor deve dedicar atenção especial à prevenção de doenças e investir em ambiência, qualidade da água e qualidade da ração”, explica. 

Mycoplasma meleagridis 

As micoplasmoses em perus são tão importantes como as micoplasmoses em galinhas. O Mycoplasma meleagridis é um micoplasma que infecta exclusivamente perus e, apesar de amplamente distribuído no mundo, está controlado na produção comercial. A doença causa problemas como redução do desempenho e diminuição de eclosão. A infecção do trato reprodutivo das fêmeas ocorre principalmente devido à introdução de sêmen de machos infectados, mas a transmissão também acontece por meio da presença da bactéria em equipamentos, veículos e transferência de aves contaminadas. 

Programa de erradicação

Os sinais clínicos se manifestam principalmente em aves jovens infectadas via ovo e, portanto, o processo de inseminação deve ser rigorosamente controlado. Os peruzinhos nascidos são de qualidade inferior e pode haver aumento da mortalidade na primeira semana de vida. A gravidade da infecção pode ser reduzida pelo uso de antibióticos e, como não existe vacina, biosseguridade é a palavra de ordem. Graças ao programa de erradicação, há quase vinte anos não há registro da doença nas linhagens comerciais no Brasil. Assim como em relação à salmonella, existe uma normativa para micoplasmas em conformidade com o Programa Nacional de Sanidade Avícola.
canal rural 

HRL faz primeira cirurgia endoscópica de coluna da rede pública do DF


Procedimento inovador é minimamente invasivo e mais seguro para o paciente. Secretaria de Saúde quer estruturar o serviço

Foto: Divulgação / Agência Saúde
A equipe do centro cirúrgico do Hospital da Região Leste (HRL), no Paranoá, realizou, nesta quinta-feira (16), a primeira cirurgia endoscópica de coluna vertebral da rede pública de saúde do DF. A técnica, trazida da Coreia do Sul, utiliza monitores de alta resolução para visualizar o local exato onde deverá ser feito o procedimento. No caso da paciente, era uma cirurgia de urgência para retirar uma hérnia de disco. Ela se recupera bem e já terá alta nesta semana.
Responsável pelo procedimento piloto bem-sucedido, o médico ortopedista Breno Frota precisou fazer uma especialização de um ano na capital sul-coreana, Seul. Os estudos abrangeram a área de cirurgia minimamente invasiva, com foco em endoscopia de coluna. Ao voltar do país asiático, ele mostrou os benefícios que essa prática poderia trazer aos pacientes do HRL.
“Em comparação com o procedimento tradicional, essa técnica consegue ser mais rápida, com menos sangramento, menos chance de dano tecidual e menos infecção, reduzindo os riscos para o paciente”, conta. “É uma cirurgia com mínima invasão e mínima agressividade.”
De acordo com o especialista, o procedimento tradicional exige um corte de 3 a 5 centímetros na pele do paciente. Contudo, a técnica trazida por ele requer uma incisão de apenas 0,8 centímetros, reduzindo as lesões na pele. Conforme sua análise, tão logo termine o repouso, a paciente poderá ser encaminhada à fisioterapia e, seguindo todas as recomendações médicas, estará curada.
“Pela abertura da incisão, usamos um sistema de dilatadores para colocar uma cânula [tubo] de trabalho”, explica. “Através dela é colocado o aparelho de endoscopia, específico para conectar a câmera e a fonte de luz. Com isso, foi possível tirar o fragmento de disco que causava a dor lombar na paciente e afetava seu quadro físico.”
Saúde investe na técnica
Por ser um procedimento piloto, o ortopedista utilizou os próprios materiais, que compõem seu kit de endoscopia. O objetivo da Secretaria de Saúde (SES), porém, é estruturar o serviço de forma a tornar rotineira, no HRL, a cirurgia endoscópica de coluna vertebral.
“A Secretaria de Saúde vem trabalhando nos processos de compra de todo o material necessário”, informa a superintendente da Região de Saúde Leste, Raquel Bevilaqua. “Além disso, a região vem atuando para fortalecer o serviço de maneira que funcione todos os dias da semana.”
Segundo o diretor do hospital, João Meneses, o primeiro passo para isso será o treinamento dos profissionais do centro cirúrgico do HRL com o médico que se especializou na Coreia do Sul, até que os materiais sejam adquiridos pela pasta.
“O HRL já é uma referência em coluna para o DF inteiro”, lembra Meneses. “Queremos garantir mais esse atendimento de ponta, por isso fizemos o procedimento piloto, mas a ideia é que ele continue, para trazer mais conforto e segurança ao paciente.”
Com informações da SES
AGÊNCIA BRASÍLIA 

Cooperativa “Sonho de Liberdade” recicla material e vidas


Recolhendo madeira inutilizada por todo o DF, os cooperados fazem, entre outras coisas, móveis e vendem a serragem para a indústria de cimento

Uma cooperativa pode atuar em vários ramos. Os mais comuns são agricultura, transporte público e catadores de papel. Diferentemente da maioria, a principal atividade de um grupo de cooperados da Estrutural não é econômica, mas social. Em vez de visar só o lucro, o foco é a reciclagem de pessoas afastadas da vida em sociedade.
Para tornar isso realidade, a Sonho de Liberdade conta com uma ajuda diária. Caminhões do SLU fretados pelas secretarias de Desenvolvimento Social (Sedes) e de Economia descarregam na sede da cooperativa, no Setor de Chácaras Santa Luzia, cerca de 50 toneladas de objetos inservíveis.
A maioria móveis velhos que seriam despejados no lixo, mas que lá ganham outro destino. Quando ainda dá para reciclá-los, viram móveis de novo. Caso contrário, são triturados e vão para as indústrias de cimento, que utilizam a serragem para fortalecer a massa.
Diariamente, a cooperativa vende para essas indústrias cerca de 30 toneladas de serragem. Parte do dinheiro arrecadado é distribuída entre os 20 cooperados, que recebem R$ 50 por dia. A outra é empregada nas despesas da cooperativa, que serve alimentação e oferece até moradia. “Começamos com um grupo de cinco pessoas em situação de rua, dobramos e agora temos 20 aqui”, recorda o idealizador, Fernando de Figueiredo.
Os novos cooperados são capacitados dentro da própria Sonho de Liberdade. Em 15 dias, aprendem a fazer máscara, bola de futebol e separar a madeira que chega da rua. Para realizar este último trabalho, são divididas as tarefas em grupos. Uma equipe tira os pregos das madeiras, outra seleciona as tábuas que servirão para fazer móveis e uma terceira junta o material que não serve mais para ser triturado. Ou seja, nada se perde, tudo se aproveita.
“Começamos com um grupo de cinco pessoas em situação de rua, dobramos e agora temos 20 aqui”, recorda o idealizador, Fernando de Figueiredo. Foto: Acácio Pinheiro / Agência Brasília
A história da Sonho de Liberdade começa em 2007, mais precisamente no Presídio da Papuda, quando dois detentos dispostos a mudar a vida decidiram unir as habilidades e montar um projeto para recuperar pessoas envolvidas com a criminalidade e ganhar o próprio sustento.
Um desses detentos é Fernando de Figueiredo. Condenado a uma pena de 19 anos, cumpriu seis e assim que foi solto começou a pensar na cooperativa. Foi na Papuda, confeccionando bola, que Fernando conheceu Isolino Pereira, 64 anos, que veio de Minas Gerais a convite do Ministério dos Esportes ensinar a atividade para os presos daqui.
“Um dia, o Fernando virou para mim e perguntou o que eu achava de a gente montar uma cooperativa. Eu disse: ‘tudo bem. Quando você sair, a gente conversa’. Estamos aqui, fazendo e vendendo nossas próprias bolas”, recorda Isolino, que também é ex-detento.
Na Sonho de Liberdade a mão-de-obra é basicamente composta por detidos. O problema, neste momento, é que com a pandemia do novo coronavírus, ficou cada vez mais difícil achar presos saudáveis que possam trabalhar.
Foi aí que Fernando foi ao GDF buscar apoio. Esteve no abrigo provisório para pessoas em situação de rua, em Ceilândia, e recrutou novos funcionários. “O Governo do Distrito Federal está de parabéns, porque ele não está depositando dinheiro na conta da cooperativa, mas o mais importante: a matéria-prima, que são as madeiras e a mão de obra”, reconhece Fernando.
Um dos selecionados é Wiverson da Silva Luz, 34 anos. Natural de Minas, ele veio procurar emprego e acabou morando nas ruas porque não conseguia se sustentar. Até que foi encontrado por servidores da Sedes que o encaminharam para um abrigo em Ceilândia. Lá, acabou sendo escolhido para integrar a cooperativa de Fernando. “Estou muito feliz em ganhar meu dinheirinho aqui. Está muito bom. Voltei a ter convívio com pessoas de bem. Hoje eu olho para elas sem baixar os olhos. Eu só tenho a agradecer a cooperativa”, agradece.
Wiverson ainda vive no abrigo provisório de Ceilândia desde junho, mas já pensa em alugar uma casa, com o dinheiro que recebe. Ele está consciente de que o abrigo  é para pessoas que não tem de onde tirar o sustento, o que não é mais o seu caso. “O projeto dos abrigos é diferente de todos os albergues por onde passei no país. Aqui é muito organizado. Não se permite criminalidade nas redondezas”, aponta.
Integrado há mais tempo, Joabe Santos de Jesus, 44 anos, hoje já ensina os novatos. Ele dá “aulas” de como confeccionar máscara facial, objeto essencial no controle da propagação do vírus. Ele chegou à cooperativa exatamente há um ano e, nesse tempo, conheceu a atual mulher com quem adquiriu a casa própria na Estrutural, fruto do seu trabalho. “Graças a Deus, aprendi uma profissão aqui e hoje tenho o meu sustento”, disse ele, que, de morador de rua, agora alimenta o sonho de um dia ser pai de família.
AGÊNCIA BRASÍLIA 

GDF prepara entrega de UBS no Recanto das Emas


Novacap e Administração Regional acertam últimos detalhes para a inauguração

O trabalho agora é a busca de parcerias para a implantação  do sistema de energia elétrica, abastecimento de água, aquisição de mobiliário e contratação de funcionários. Foto: Divulgação\Novacap
Diante de um cenário de pandemia, a construção  de novos espaços públicos de saúde torna-se fundamental. Nessa quarta-feira (15), uma reunião envolvendo a Administração Regional do Recanto das Emas e a Companhia Urbanizadora da Capital (Novacap) teve como objetivo ajustar os últimos detalhes para a inauguração da Unidade Básica de Saúde (UBS) 5 construída pela companhia na Quadra 804 da cidade.
A entrega do prédio onde funcionará a UBS foi concluída pela Novacap no final de junho e, desde então, a Administração Regional trabalha junto a empresas e secretarias para a implantação  do sistema de energia elétrica, abastecimento de água,  aquisição de mobiliário e contratação de funcionários  para que a unidade comece a funcionar. A expectativa é que a inauguração ocorra no final da próxima semana.
“Consideramos esse um presente do GDF e da Administração Regional do Recanto das Emas à toda a comunidade que, no próximo dia 28 de julho completa 27 anos de fundação. Saúde, educação e infraestrutura devem ser prioridade de qualquer gestor, e é exatamente esse o nosso foco”, disse o administrador regional, Carlos Dalvan.
A companhia também pavimentou um trecho de 400m²  ao lado da nova UBS. A medida, segundo o administrador,  visa reduzir a poeira e facilitar o acesso à unidade, mas, para que a ação atenda toda à população da região, existe a necessidade de asfaltamento de 1,2 km entre o Monjolo e o acesso a DF–001, cujo projeto  foi entregue ao presidente da Novacap, Fernando Leite. A expectativa é que, após o pavimento, a via ganhe uma linha de ônibus.
Com início em outubro de 2018 e investimento de R$ 2,5 milhões, a unidade de saúde irá oferecer atendimento odontológico e consultas médicas, a cerca de 14 mil pessoas. A UBS conta com quatro equipes de Saúde da Família, quatro salas de atendimentos odontológicos, oito consultórios médicos, sala de prontuários, sala de inalação, banheiros, sala de acolhimento, farmácia, além de, espaços dedicados à parte administrativa. Uma novidade no projeto é a implantação de playgrounds infantis.
Moradora há mais de 25 anos do Recanto das Emas, a diarista Aldenora Araújo, 59 anos, fala sobre a importância da obra para a comunidade. “Saúde é o nosso bem maior, e, diante desse cenário de vírus e morte, entramos em absoluto desespero, e até ficamos com medo de pegar condução para receber atendimento médico. Ter uma unidade próxima de casa deixa a mim e a minha família mais seguros. É a certeza de que poderemos receber atendimento com menos riscos, menos contato”, afirmou.
*Com informações da Novacap
AGÊNCIA BRASÍLIA 

Centros olímpicos e paralímpicos preparam retomada


Reinício dos trabalhos será norteado por protocolo de segurança contra o coronavírus

Cerca de 200 profissionais já passam por treinamento para a retomada | Foto: Secretaria de Esporte e Lazer
As atividades dos centros olímpicos e paralímpicos (COPs) devem retomar as atividades em breve. Mesmo sem uma previsão de início das aulas, os locais podem reabrir as portas de maneira gradual nas próximas semanas. Isso é o que estabelece o protocolo de segurança contra o coronavírus e elaborado pela Fundação Assis Chateaubriand (FAC) e entregue à Secretaria de Esporte e Lazer. As duas instituições são parceiras na gestão pedagógica de sete unidades esportivas.
A proposta da FAC para o protocolo dos centros olímpicos e paralímpicos é de que a retomada seja gradativa: inicialmente com atividades para alunos de 12 a 59 anos, com exceção daqueles com comorbidades, grupos de risco e pessoas com deficiência. A sugestão é de que as modalidades esportivas coletivas fiquem temporariamente suspensas, até que a situação de saúde pública esteja mais controlada, de maneira que as aulas sejam adaptadas à nova realidade.
Cerca de 200 profissionais, entre professores e demais membros da equipe pedagógica da FAC, já passam por treinamento para que a retomada do trabalho seja feita de forma segura. A preparação teve início nesta semana por meio de aulas virtuais, com abordagem de conteúdos que envolvem informações gerais sobre Covid-19, formas de contágio, sintomas, uso correto de máscaras protetivas, cuidados preventivos, exercícios de reflexão e questões emocionais, entre outros temas.
“Esses espaços [COPs] são um instrumento de saúde, principalmente neste momento de pandemia. Encaminhamos essa sugestão de protocolo para o Governo do Distrito Federal, para que a gente possa retomar com segurança, como todas as outras atividades que a gente tem retomado aqui no DF. Acreditamos que até a próxima semana o governo dê a possibilidade de a gente reabrir os COPs”, avalia a secretária de Esporte e Lazer, Celina Leão.
* Com informações da Secretaria de Esporte e Lazer
AGÊNCIA BRASÍLIA 

Duas pontes da Fercal são revitalizadas


A reforma vai facilitar o acesso dos moradores e produtores rurais

Fotos: Lúcio Bernardo Jr. / Agência Brasília
A área rural da Fercal, onde duas pontes de importante acesso estão sendo revitalizadas, foi transformada em um verdadeiro canteiro de obras à céu aberto. Dezenas de trabalhadores estão envolvidos para atender uma demanda antiga da comunidade.
Uma das ligações passa sob o Rio Maranhão e outra pelo Córrego Ribeirão. Ao todo, dez homens trabalham desde semana passada para trocar todo o tablado antigo (apodrecido) por madeira nova. Também serão feitos os reforços da base e a novidade serão os guardas-corpos, aquelas pequenas muretas laterais de proteção, que não existiam.
As duas obras são realizadas pela equipe do Departamento de Estrada de Rodagem (DER) e acontecem a mais de 40 km do Plano Piloto, quase na divisa com o Estado de Goiás. Numa região que é vital para a cidade já que, é dali, que sai boa parte dos produtos agrícolas que abastecem a capital, parte goiana de Planaltina, e claro, toda a Fercal. São alimentos como queijo, mel, carne bovina e de frango, além de verduras, legumes e frutas de todo tipo.
“Essa ponte foi construída pelo DER nos anos 60 que caiu e foi reconstruída em 1973. Ao longo dos anos a empresa vem fazendo a manutenção nessas pontes, mas nunca fomos atendidos como agora nessa gestão”, elogia o pequeno agricultor, Mário Mancini, que faz parte da quinta geração de uma família do Rio de Janeiro que chegou no DF em 1963.
“Elas não suportam muito peso, os caminhões dos frigoríficos não viam mais por aqui, às vezes só dava para trazer apenas uma vaca na caminhonete e olha lá”, conta o produtor, referindo-se à ponte do Rio Maranhão, que vai beneficiar cerca de 80 propriedades rurais, atendo mais de 2 mil pessoas.
Além do DER, a reforma contou com ajuda dos moradores e da Administração da Fercal. “No ano passado, por conta da chuva, a estrada estava intransitável, teve gente que perdeu toda a produção porque não tinha como levar os produtos para fora”, lembra o administrador da Fercal, Fernando Gustavo. “É um ganho muito importante para a comunidade, o governador teve a sensibilidade de dar acessibilidade para que esses produtos cheguem na mesa da população”, destaca.
Ponte interditada
Na outra ponte, a do Córrego do Ribeirão, localizada na VC 201, a situação é ainda mais urgente. Com capacidade para suportar apenas seis toneladas, a falta de infraestrutura ocasiona, não raro, retenção no trânsito prejudicando a vida dos moradores e dos pequenos fazendeiros.
O produtor rural Varsonil Firmes Soares, 65 anos, há 28 anos dono de uma “fazendinha” na região. diz viu muito caminhão pesado dar meia volta com medo de a ponte desabar. “É um sofrimento danado, faz muita gente perder tempo, atrapalha o serviço”, lamenta. “Às vezes, temos que trazer ração para o gado ou outra coisa para roça e não dá porque a ponte não é segura”, detalha.
“Quando as obras de recuperação dessa ponte ficarem prontas, a passagem vai suportar um peso de 30 toneladas”, afirma o analista de gestão e fiscalização do DER, Paulo Izidoro.
Na manhã dessa quinta-feira (16), a equipe do DER interditou a via por cinco dias. A previsão é de que, em um mês, as obras estarão finalizadas. Depois que todo a madeira for retirada e trocada por enormes barras de ferro, a base de cimento será reforçada. Assim como na ponte do Rio Maranhão, a ponte do Córrego Riachão também vai ganhar guarda-corpos. Um benefício que irá ajudar os moradores e dar mais segurança para os alunos da Escola Classe Córrego d’Ouro.
“Vai ficar bom para todo mundo, porque a ponte é de todos e a gente precisa dela”, sintetiza, dona Coraci de Oliveira Silva, 74 anos, que tem uma propriedade rural bem próximo à ponte, desde 1969.
AGÊNCIA BRASÍLIA

Música traz conforto para pacientes internados no HRSam


Servidoras levam alegria e humanizam o atendimento no hospital

Foto: Divulgação\Secretaria de Saúde
A unidade implementou a ação duas vezes na semana e a equipe ajusta o projeto para dispor de mais dias e receber colaboradores que possam passar nos leitos com mais frequência. Foto: Divulgação\Secretaria de Saúde
Nas cordas de um violão e um violino. Assim, as técnicas de enfermagem Dilza Holland e Zélia Martins levam alegria para os pacientes internados em todos os andares, nas enfermarias, pronto-socorro e nas UTIs do Hospital Regional de Samambaia (HRSam). Embalados pelas melodias tocadas nos dois instrumentos, os pacientes internados acometidos pelo novo coronavírus encontram um alento em meio à luta contra a Covid-19.
Isolados sem receber visitas de seus entes queridos, os internados contam com um atendimento humanizado e feito especialmente para eles. Por conta da pandemia, o apoio dos voluntários está suspenso e a iniciativa dos profissionais do HRSam faz a diferença na vida daqueles que convivem com a saudade e a ansiedade da volta para casa.
Confira o vídeo com uma das apresentações da servidoras:

Tocador de vídeo
00:00
01:17
A unidade já conseguiu implementar a ação duas vezes na semana e a equipe está ajustando o projeto para dispor de mais dias e receber outros colaboradores que possam passar nos leitos com mais frequência. 
Além da humanização, estudos apontam os benefícios da musicoterapia, entre eles o estímulo ao bom humor e aumento da disposição, redução da ansiedade, combate do estresse. Além disso, o ato de ouvir música estimula a capacidade respiratória e cardíaca do paciente. De acordo com Bruno Santos, gerente de enfermagem, o momento tem sido um escape para a mente de todos.
“A equipe tem observado que no momento em que passamos pelos corredores à beira leito dos pacientes, tocando os instrumentos, esse momento se torna uma válvula de escape para todo mundo, profissionais de saúde e pacientes que estão vivendo um momento de muita tensão no enfrentamento da pandemia”, declarou Bruno.
Luciano Gomes, diretor da unidade hospitalar, comemora mais essa iniciativa destacando que o maior bem que a instituição tem é o servidor engajado e preocupado com outras questões que não apenas a técnica. Com as servidoras que iniciaram o projeto, a gestão quer aumentar o time para implementar a ação mais vezes na semana.
“A crise nos traz oportunidades de sermos melhores em tudo. Estou vendo isso acontecer e o quanto a nossa equipe é engajada não só com as questões técnicas, mas estão preocupados com o lado humano do atendimento. Essa preocupação não fica com eles, se transforma em ação e atitude como esse projeto de música. O melhor ainda é vê-los usar isso em benefício dos pacientes e dos colegas”, elogiou Luciano.
*Com informações da Secretaria de Saúde
AGÊNCIA BRASÍLIA