A reforma vai facilitar o acesso dos moradores e produtores rurais
A área rural da Fercal, onde duas pontes de importante acesso estão sendo revitalizadas, foi transformada em um verdadeiro canteiro de obras à céu aberto. Dezenas de trabalhadores estão envolvidos para atender uma demanda antiga da comunidade.
Uma das ligações passa sob o Rio Maranhão e outra pelo Córrego Ribeirão. Ao todo, dez homens trabalham desde semana passada para trocar todo o tablado antigo (apodrecido) por madeira nova. Também serão feitos os reforços da base e a novidade serão os guardas-corpos, aquelas pequenas muretas laterais de proteção, que não existiam.
As duas obras são realizadas pela equipe do Departamento de Estrada de Rodagem (DER) e acontecem a mais de 40 km do Plano Piloto, quase na divisa com o Estado de Goiás. Numa região que é vital para a cidade já que, é dali, que sai boa parte dos produtos agrícolas que abastecem a capital, parte goiana de Planaltina, e claro, toda a Fercal. São alimentos como queijo, mel, carne bovina e de frango, além de verduras, legumes e frutas de todo tipo.
“Elas não suportam muito peso, os caminhões dos frigoríficos não viam mais por aqui, às vezes só dava para trazer apenas uma vaca na caminhonete e olha lá”, conta o produtor, referindo-se à ponte do Rio Maranhão, que vai beneficiar cerca de 80 propriedades rurais, atendo mais de 2 mil pessoas.
Além do DER, a reforma contou com ajuda dos moradores e da Administração da Fercal. “No ano passado, por conta da chuva, a estrada estava intransitável, teve gente que perdeu toda a produção porque não tinha como levar os produtos para fora”, lembra o administrador da Fercal, Fernando Gustavo. “É um ganho muito importante para a comunidade, o governador teve a sensibilidade de dar acessibilidade para que esses produtos cheguem na mesa da população”, destaca.
Ponte interditada
O produtor rural Varsonil Firmes Soares, 65 anos, há 28 anos dono de uma “fazendinha” na região. diz viu muito caminhão pesado dar meia volta com medo de a ponte desabar. “É um sofrimento danado, faz muita gente perder tempo, atrapalha o serviço”, lamenta. “Às vezes, temos que trazer ração para o gado ou outra coisa para roça e não dá porque a ponte não é segura”, detalha.
“Quando as obras de recuperação dessa ponte ficarem prontas, a passagem vai suportar um peso de 30 toneladas”, afirma o analista de gestão e fiscalização do DER, Paulo Izidoro.
Na manhã dessa quinta-feira (16), a equipe do DER interditou a via por cinco dias. A previsão é de que, em um mês, as obras estarão finalizadas. Depois que todo a madeira for retirada e trocada por enormes barras de ferro, a base de cimento será reforçada. Assim como na ponte do Rio Maranhão, a ponte do Córrego Riachão também vai ganhar guarda-corpos. Um benefício que irá ajudar os moradores e dar mais segurança para os alunos da Escola Classe Córrego d’Ouro.
“Vai ficar bom para todo mundo, porque a ponte é de todos e a gente precisa dela”, sintetiza, dona Coraci de Oliveira Silva, 74 anos, que tem uma propriedade rural bem próximo à ponte, desde 1969.
AGÊNCIA BRASÍLIA
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