quarta-feira, 8 de julho de 2020

Lei do DF prevê pagamento de aluguel social a mulheres vítimas de violência doméstica

VIOLÊNCIA DOMÉSTICA
Norma foi publicada no Diário Oficial nesta quarta-feira (8). Auxílio depende de regulamentação do governo; texto também garante inscrição em programas de moradia.

Entrega de unidades do programa Habita Brasíla em São Sebastião — Foto: Acacio Pinheiro/Agência Brasília
Uma lei publicada nesta quarta-feira (8) no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) prevê o pagamento de aluguel social para mulheres vítimas de violência doméstica. Atualmente, o benefício é concedido a famílias desabrigadas e em situação de vulnerabilidade, para ajudar a pagar aluguel de moradia.
De acordo com o texto, o valor do benefício e critérios de participação ainda devem ser definidos pelo governo do DF. O G1 questionou o Executivo local sobre a previsão para regulamentação da lei, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.
A norma também estabelece que as vítimas sejam inscritas no Habita Brasília, programa de moradia do governo que inclui o Morar Bem, e em projetos de requalificação habitacional.
O texto da lei considera como beneficiadas as "mulheres sujeitas a qualquer forma de violência praticada no lar que coloque em risco a sua integridade física e moral".

Justificativa

A lei é de autoria do presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), Rafael Prudente (MDB). A proposta começou a tramitar em fevereiro deste ano e foi aprovada em março.No projeto de lei, o parlamentar justificou que "o objetivo é dar condições financeiras para que essas mulheres possam se afastar de seus agressores e se restabelecerem em outro local, proporcionando condições que garantam sua dignidade e segurança".
No ano passado, o DF bateu recorde no registro de feminicídios. Foram 33 casos ao logo de 2019. Dados da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF) apontam que, em 60% dos registros, os autores eram conhecidos das vítimas.
Neste ano, foram contabilizados cinco feminicídios no primeiro trimestre, sendo que três deles ocorreram dentro da casa das vítimas. Em todos, os assassinos estavam em um relacionamento afetivo com as mulheres ou eram ex-cônjuges ou namorados.
Nos três primeiros meses de 2020, a SSP-DF recebeu 3.856 denúncias de violência doméstica.
FONTE: G1 

Governo e prefeitura discutem protocolos para os 14 dias de flexibilização



Ronaldo Caiado e Iris Rezende definiram elaboração colaborativa do protocolo para funcionamento do comércio na cidade
 
 
Na próxima terça-feira, dia 14, Goiânia e as demais cidades goianas iniciam a reabertura do comércio por 14 dias, período alternado com 14 dias de fechamento, conforme definido no Decreto 9.685, publicado no dia 30/06 no Diário Oficial do Estado. O governador Ronaldo Caiado esteve reunido com o prefeito de Goiânia, Iris Rezende, nesta quarta-feira (8/7), para definir protocolos para a flexibilização na capital. Segundo Caiado, o encontro foi extremamente produtivo.
O protocolo para a cidade está sendo elaborado de modo colaborativo entre o Governo do Estado e a administração municipal. O objetivo é abrir o comércio e, ao mesmo tempo, continuar a diminuir o número de contaminação de pessoas pelo novo coronavírus.
“É contando com a participação de toda a população, de todos nós, para enfrentarmos a pandemia, que a partir da próxima terça-feira estaremos voltando às atividades, mas sempre com muita responsabilidade”, disse Caiado.
Na busca constante pelo diálogo e aliando a preservação da vida e da economia, Caiado esteve de forma virtual com o setor produtivo goiano nesta terça-feira (07/07). Os representantes do comércio e das indústrias manifestaram apoio ao isolamento intermitente 14 x 14. O grupo disse que vai contribuir com a medida, ao mesmo tempo em que se aprofunda no planejamento para uma reabertura segura das atividades econômicas na próxima semana.
Para assegurar a saúde de profissionais, colaboradores e clientes, os comerciantes vão cumprir uma série de protocolos sanitários. Durante esses 14 dias, o governador explica que o reflexo das atividades funcionando na saúde dos goianos será constantemente monitorado e, se for preciso, o protocolo poderá ser revisto.
O Governo de Goiás vai seguir em encontros periódicos com autoridades e setores da sociedade civil para ajustar as medidas adotadas.
Secretaria de Comunicação - Governo de Goiás

Justiça suspende reabrir bares, escolas e restaurantes no DF



DF

Pela decisão, o governador tem 24 horas para editar novo decreto

O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha
Foto: José Cruz/Agência Brasil / Estadão Conteúdo

O juiz Daniel Branco Carnacchioni, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios, decidiu nesta quarta-feira, 8, que o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), deve suspender a reabertura de escolas, bares, restaurantes, salões de beleza, entre outras atividades.
Pela decisão, Ibaneis tem 24 horas para editar novo decreto e rever regra que permitia a reabertura, sob pena de multa de diária de R$ 500 mil. A medida vale até o governo local apresentar estudos de "profissionais de saúde pública, médicos, sanitaristas ou cientistas" que respaldam a flexibilização do distanciamento social, afirma o juiz.
A regra contestada na Justiça foi assinada no dia 2 de julho por Ibaneis. O governador autorizou a retomada, até agosto, de toda a atividade comercial e industrial no DF, exceto eventos e locais como cinemas, teatros, boates e casas noturnas. O governo determinou medidas como distanciamento social e uso de álcool em gel nos locais de trabalho.
Ibaneis antecipou a reabertura, em entrevista ao Estadão no último 30, quando minimizou o risco de sobrecarregar hospitais. "Vai lotar nada. Vai ser tratado como uma gripe, como isso deveria ter sido tratado desde o início", disse. Na mesma data, o governador havia decretado estado de calamidade pública. Segundo o juiz Carnacchioni, o DF encontra-se no "ápice da crise sanitária e de lotação máxima dos leitos de UTI, na rede pública e privada".
A assessoria de comunicação de Ibaneis afirmou ao Estadão que o governo não foi notificado sobre a decisão, mas que tentará recorrer para derrubá-la. A decisão judicial atendeu à ação popular popular apresentada pelo advogado e candidato derrotado ao Senado pelo Psol do DF Marivaldo Pereira; o jornalista Hélio Doyle; o cientista político Leandro Couto e o integrante do Conselho de Saúde do DF Rubens Bias Pinto.
Aulas. Cobrado em reunião com o Sindicato dos Professores no Distrito Federal (Sinpro), o governador do DF afirmou que o retorno às salas de aula na rede pública ocorrerá em 3 de agosto, como autoriza o decerto, mas de forma gradual. "Não está previsto especificamente para esta data o retorno dos estudantes de forma presencial", diz nota do governo local

Cultivo de feijão 3ª safra é destaque na produção de grãos em Goiás



O Estado deve produzir 167,6 mil toneladas de feijão 3ª safra, graças ao incremento da tecnologia, sobretudo com uso da irrigação
 
 
A produção de feijão em Goiás tem surpreendido positivamente os produtores do grão no Estado, na safra 2019/2020. Segundo os dados apresentados nesta quarta-feira, 8 de julho, no 10º Levantamento da Safra de Grãos, realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a estimativa é de que o Estado aumente a atual produção de feijão 3ª safra, mantendo sua posição como o segundo maior produtor do tipo, atrás apenas de Minas Gerais.
Goiás deve contribuir com 21% da produção total brasileira de feijão 3ª safra. No Estado, a produção está estimada em 167,6 mil toneladas e representa um aumento de 6,9% em relação à produção de feijão 3ª safra no Estado na safra 2018/2019.

Considerando a produção total de feijão (1ª, 2ª e 3ª safras), no Estado, na safra 2019/2020, Goiás deve colher 329,6 mil toneladas do grão, totalizando um aumento de 8,3% em relação à safra passada. O número representa 10,4% da produção nacional e coloca o Estado em quarto lugar no ranking da produção total de feijão. A produtividade do feijão goiano também é destaque e obteve aumento de 3,4% em comparação à última safra, chegando a um nível de 2.397 quilos por hectare, em uma área de 137,5 mil hectares.

De acordo com o secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Antônio Carlos de Souza Lima Neto, a produção de feijão no Estado tem crescido graças ao aumento do uso de tecnologias, sobretudo na região de Cristalina que ocupa o posto de maior produtor de feijão do Estado. "Em Cristalina temos nosso maior expoente da produção de feijão, sobretudo por causa do uso da irrigação por meio de pivôs e do incremento da tecnologia, que têm permitido não só o desenvolvimento dessa 3ª safra substancial, como o aumento da produtividade desses plantios", salienta.

Segundo Antônio Carlos, o Governo de Goiás tem atuado na busca por investimentos que fortaleçam o desenvolvimento das diferentes cadeias do setor agropecuário, como aqueles direcionados ao incremento da tecnologia no campo. "Conforme tem sido orientado pelo nosso governador Ronaldo Caiado, o Governo de Goiás busca desenvolver as diferentes regiões do Estado. E esse desenvolvimento no campo, como ele mesmo tem destacado, passa pelo uso da tecnologia", ressalta.
"Hoje, os produtores do nosso Estado têm à sua disposição créditos para investimento, como as linhas voltadas ao uso da tecnologia, disponibilizadas no novo Plano Safra, que são fruto de negociações e da articulação do Estado, da bancada federal e do Governo Federal, de modo com que o nosso produtor esteja amparado para produzir o alimento. Isso retorna na movimentação da economia dos produtores, dos municípios e na geração de emprego e renda", destaca.

Outras culturas
O 10º Levantamento da Safra de Grãos da Conab também traz outros destaques na produção do Estado. Conforme a atualização dos dados, a produção de grãos em Goiás deve alcançar os 26,7 milhões de toneladas (aumento de 8,4% em relação à safra 2018/2019) e manter o Estado como terceiro maior produtor de grãos nacional.

Além do feijão, também registraram crescimento, segundo a Conab, a produção de soja, cuja colheita já foi finalizada no Estado, e deve alcançar 12,4 milhões de toneladas (aumento de 9% em relação à safra anterior); de milho, com produção de 12,2 milhões de toneladas (aumento de 6,8%); e de arroz, com produção de 120,4 mil toneladas (aumento de 6,9%).

Também foi divulgado nesta quarta-feira, 8 de julho, o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (LSPA/IBGE). Um dos pontos positivos apontados pelo estudo é o aumento da produção de cana-de-açúcar, que deve ser de 76,8 milhões de toneladas (aumento de 1,6%), e que coloca Goiás como segundo maior produtor de cana-de-açúcar do País, atrás apenas de São Paulo.

Comunicação Setorial da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa).
GOVERNO DE GOIÁS 

Governo implementa ações para enfrentar crise hídrica no Meia Ponte



Na última medição realizada na vazão do rio o resultado apontava estágio de atenção
 
 
O  Governo de Goiás implementa ações para o enfrentamento da crise hídrica na Bacia do Rio Meia Ponte. Estão previstas campanhas de uso racional na imprensa, reuniões com os usuários da bacia para esclarecimentos a respeito das outorgas, divulgação periódica da situação da bacia e fiscalização orientativa dos usuários.
As medidas integram o Nível de Atenção estabelecido pela Deliberação nº 015/2020, aprovada pelo Comitê da Bacia Hidrográfica (CBH) do Rio Meia Ponte no dia 1º de julho. A partir das diretrizes do CBH, a Secretária de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) realizou a medição da vazão do rio à montante da captação feita na Região Metropolitana de Goiânia.
Na última medição realizada com equipamento da Semad/Cimehgo, no dia 25 de junho, a vazão do Rio Meia Ponte estava em 11.600 litros por segundo (l/s). O resultado aponta que o atual estágio é o “Nível de atenção” (veja os demais abaixo), aquele em que a vazão de escoamento é menor ou igual a 12.000 l/s.
A técnica utilizada foi a batimetria, uma análise aprofundada do perfil do fundo do rio, que permite uma medição mais precisa e em tempo real, com apoio do novo sistema acústico doppler e de duas estações hidrológicas, em Goiânia e Inhumas. A instalação dos novos equipamentos é uma parceria do Governo de Goiás com a Agência Nacional de Águas (ANA).
Segundo a secretária Andréa Vulcanis, as medidas tomadas no ano passado e aperfeiçoadas no planejamento de 2020 vêm surtindo efeito. “Entramos no período de estiagem em uma situação melhor do que nos anos anteriores, muito pelo que fizemos em 2019 e que temos feito desde o início do ano em Goiás”, afirma.
O “fôlego”, segundo a titular da pasta, não quer dizer irresponsabilidade no uso da água. “Temos as ações de prevenção e de combate”, esclarece. “Na prevenção, conseguimos, por meio da Saneago, diminuir o desperdício, além do novo monitoramento telemétrico, novas diretrizes de outorga e ações de conscientização na cidade e no campo, que refletiram em um cenário menos dramático”, explica Andréa Vulcanis.

Níveis de atuação

A deliberação da CBH do Meia Ponte estabeleceu os níveis de segurança da vazão do rio e as ações a serem tomadas pelo Governo de Goiás, por meio da Semad, que já decretou, no dia 03 de junho, situação de risco de emergência hídrica por 210 dias nas bacias hidrográficas do Alto Rio Meia Ponte e do Ribeirão Piancó e definiu as ações para garantir o uso prioritário da água. O principal objetivo é evitar qualquer tipo de racionamento no abastecimento da região metropolitana de Goiânia e Anápolis.

Níveis de segurança e as ações previstas:

I. Nível de Atenção – Vazão de escoamento menor ou igual a 12.000 L/s
a) Iniciar a articulação para a campanha sobre uso racional (TV, Rádio, jornal e Mídias Sociais);
b) Divulgar a situação da Bacia à sociedade e usuários (TV, Rádio, Jornal e Mídias Sociais);
c) Iniciar as reuniões com os usuários da Bacia (Articular junto as prefeituras e associações locais de produtores rurais e outros usuários que atuam dentro da bacia hidrográfica);
d) Iniciar campanhas de fiscalização orientativa dos usuários.
II - Nível de Alerta – Vazão de escoamento menor ou igual a 9.000 L/s
a) Ampliar a articulação para a campanha sobre uso racional (TV, Rádio, jornal e Mídias Sociais);
b) Continuar divulgando a situação da Bacia à sociedade e usuários (TV, Rádio, Jornal e Mídias Sociais);
c) Dar sequência as reuniões com os usuários da Bacia (Articular junto as prefeituras e associações locais de produtores rurais e outros usuários que atuam dentro da bacia hidrográfica);
d) Dar continuidade as campanhas de orientação e fiscalização dos usuários.
III - Nível Crítico 1 – Vazão de escoamento menor ou igual a 5.500 L/s
a) Manter a vazão de 2.000 L/s para o abastecimento público da Região Metropolitana de Goiânia – RMG;
b) Reduzir gradativamente a vazão remanescente até o mínimo de 2.000 L/s;
c) Manter a articulação para a continuidade da campanha sobre uso racional (TV, Rádio, jornal e Mídias Sociais);
d) Manter a divulgação da situação da Bacia à sociedade e usuários (TV, Rádio, Jornal e Mídias Sociais)
e) Dar continuidade as reuniões com os usuários da Bacia (Articular junto as prefeituras e associações locais de produtores rurais e outros usuários que atuam dentro da bacia hidrográfica);
f) Intensificar campanhas de orientação e fiscalização dos usuários.
IV - Nível Crítico 2 – Vazão de escoamento menor ou igual a 4.000 L/s
a) Redução de 25% dos volumes diários outorgados que realizam captação direta do corpo d´água (instituídos por portaria) ou dispensados de outorga (instituídos por declaração de uso insignificante) para todas as finalidades de usos, das águas superficiais e subterrâneas, exceto Abastecimento Público e Dessedentação Animal;
b) Manter a vazão de 2.000 L/s para o abastecimento público da Região Metropolitana de Goiânia – RMG;
c) Reduzir gradativamente a vazão remanescente até o mínimo de 1.000 L/s;
d) Manter a articulação para a continuidade da campanha sobre uso racional (TV, Rádio, jornal e Mídias Sociais);
e) Manter a divulgação da situação da Bacia à sociedade e usuários (TV, Rádio, Jornal e Mídias Sociais);
f) Dar continuidade as reuniões com os usuários da Bacia (Articular junto as prefeituras e associações locais de produtores rurais e outros usuários que atuam dentro da bacia hidrográfica);
g) Intensificar campanhas de orientação e fiscalização dos usuários;
h) Apresentar Plano de Racionamento de uso da água aos órgãos reguladores AGR/ARG, conforme Resoluções nº 110/2017 AGR e 001/2019 ARG, em função da redução dos volumes captados pela Saneamento de Goiás S/A – SANEAGO.
V - Nível Crítico 3 – Vazão de escoamento menor ou igual a 3.000 L/s
a) Redução de 50% dos volumes diários outorgados que realizam captação direta do corpo d´água (instituídos por portaria) ou dispensados de outorga (instituídos por declaração de uso insignificante) para todas as finalidades de usos, das águas superficiais e subterrâneas, exceto Abastecimento Público e Dessedentação Animal;
b) Reduzir gradativamente a vazão para o abastecimento público da Região Metropolitana de Goiânia – RMG até 1.000 L/s;
c) Manter a vazão remanescente de 1.000 L/s;
d) Implementar Plano de Racionamento de uso da água em função da redução dos volumes captados pela Saneamento de Goiás S/A – SANEAGO, com ampla divulgação;
e) Intensificar campanhas de orientação e fiscalização dos usuários.
VI – Nível Crítico 4 - vazão de escoamento menor ou igual a 2.000 L/s
a) Manter a redução de 50% dos volumes diários outorgados que realizam captação direta do corpo d´água (instituídos por portaria) ou dispensados de outorga (instituídos por declaração de uso insignificante) para todas as finalidades de usos, das águas superficiais e subterrâneas, exceto Abastecimento Público e Dessedentação Animal;
b) Manter a vazão de 1.000 L/s para o abastecimento público da Região Metropolitana de Goiânia – RMG; com consequente redução progressiva da vazão remanescente tendendo a zero.
Comunicação Semad
GOVERNO DE GOIÁS

Provas do Exame Nacional do Ensino Médio serão realizadas em janeiro


ENEM


Por causa do coronavírus, governo vai investir R$ 70 milhões para medidas de segurança como a oferta de álcool gel e distanciamento entre candidatos
Publicado em 08/07/2020 19h44 Atualizado em 08/07/2020 19h45
Provas do Exame Nacional do Ensino Médio serão realizadas em janeiro
No total, 5,8 milhões de pessoas estão inscritas no Enem 2020 - Foto: EBC
As provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2020, na versão impressa, serão aplicadas nos dias 17 e 24 de janeiro de 2021. A prova digital ocorrerá nos dias 31 de janeiro e 7 de fevereiro. As novas datas foram divulgadas nesta quarta-feira (8) pelo Ministério da Educação.
O resultado será divulgado no dia 29 de março. As datas foram definidas após diálogo do Ministério da Educação com as secretarias estaduais de educação e representantes de instituições de ensino superior públicas e privadas.
O secretário-executivo do Ministério da Educação, Antônio Paulo Vogel, explicou que a decisão foi técnica e baseada na necessidade de adequar o calendário das provas com o ingresso dos estudantes nas universidades no primeiro semestre de 2021. “Buscamos uma solução técnica e tentamos ver a data que melhor se adequa apara todos”, disse.
Vogel lembrou que existe uma “reação em cadeia” quando é definida a data do Enem, já que nota é usada em programas de ingresso na universidade pública, com o Sistema de Seleção Unificada (Sisu), e para obter bolsas de estudos e financiamento por quem ingressa nas instituições privadas, com o Programa Universidade para Todos (Prouni) e o Financiamento Estudantil (Fies).
“E para tudo isso precisa da nota do Enem, se gente deixasse para maio do ano que vem os ingressos seriam só no segundo semestre. Perderíamos o semestre inteiro”, disse o secretário-executivo.
No total, 5,8 milhões de pessoas estão inscritas no Enem 2020. Para fazer o exame digital, 96.086 inscritos estão confirmados para fazer a prova no novo modelo. As provas estavam marcadas para novembro. Mas com a suspensão das aulas presenciais nas escolas em função da pandemia do novo coronavírus, o Ministério da Educação decidiu adiar o exame.
Em junho, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) fez uma enquete para ouvir os estudantes sobre qual a melhor data para o exame. Dos candidatos, 1.113.350 votaram o que representa 19,3% dos alunos. As opções eram: dezembro de 2020, janeiro de 2021 e março de 2021. Para 49,7% dos estudantes, a prova deveria ser aplicada no mês de maio de 2021. Outros 35,3% optaram por janeiro e 15% escolheram dezembro.
Saiba mais sobre o Enem aqui.

Aplicação das provas

Em função da pandemia do novo coronavírus, o Enem 2020 terá um custo adicional de R$ 70 milhões, de acordo com o Inep. O reforço no orçamento será para a adoção dos protocolos de segurança como a compra de máscaras, oferta de álcool gel e custos com mais salas para permitir o distanciamento entre os candidatos.

Simulado

Para ajudar os estudantes a se preparar, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) lançou nova versão do aplicativo do Enem com funcionalidades inéditas, entre elas um simulado, que ajudará os participantes a estudar para as provas.
GOVERNO FEDERAL

Com Covid-19, padre do DF está internado em São Paulo. Estado é gravíssimo

COVID-19


Outros religiosos, familiares e amigos pedem corrente de orações pela recuperação do sacerdote João da Silva


ARQUIVO PESSOAL
O padre João da Silva, de 52 anos, que atuou como pároco na igreja São Miguel Arcanjo, no Riacho Fundo I, foi diagnosticado com o novo coronavírus em Campos do Jordão (SP), na última quarta-feira (1/7). Ele está internado em estado gravíssimo em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital de São José dos Campos (SP).
Padre Willames acompanha o amigo em São Paulo. Conforme conta, na quarta-feira passada, padre João teria passado mal e, ao ser levado ao hospital com uma deficiência de respiração, precisou ser transferido para São José dos Campos, no interior paulista, onde teria mais recursos para o tratamento da Covid-19.
“A questão respiratória é grave. Ele se encontra na UTI, sedado, inconsciente e entubado. Com complicações em órgãos vitais como o pulmão e os rins. Nessa madrugada, os médicos decidiram que ele seria submetido também ao tratamento de hemodiálise”, resumiu Willames.
Os esforços dos parentes e amigos do padre João é para que todos possam se unir em uma corrente de fé para pedir por sua recuperação. “Estamos rezando e botando diante de Deus. Ele é um padre muito atuante, tem muitos amigos. Queremos motivar as pessoas para estarmos juntos nesse momento de luta contra a doença”, completou padre Willames.
Trajetória no DF
Atualmente, João da Silva desenvolvia seu trabalho pastoral em São Paulo. Ele atuava como capelão na Casa das Freiras. Em Brasília, o religioso também atuou na Paróquia São Pedro e São Paulo, em Taguatinga Norte; além de ter sido vigário nas igrejas Nossa Senhora da Assunção, em Águas Claras, e Nossa Senhora da Esperança, na Asa Norte.
De acordo com o padre Roberto Crispim, pároco da igreja Nossa Senhora da Paz, no Gama, eles se formaram na mesma turma, chegando a Brasília em 1992. “Ele está grave. Estamos rezando muito para ele se recuperar. Já passou por muitas situações difíceis, luta contra outras doenças, como a diabetes, e torcemos pelo seu retorno”, concluiu padre Crispim.

FONTE: METRÓPOLES


Boi: má gestão e falta de tecnologia tirarão metade dos pecuaristas do campo


ATÉ 2040


De acordo com pesquisador da Embrapa, produtores que não se adaptarem às exigências cada vez mais rigorosas do mercado darão lugar às corporações altamente tecnificadas

boiada, boi gordo

Êxodo rural também deve impactar número de pecuaristas. Foto: Ministério da Agricultura
Metade dos bovinocultores de corte que estão em atividade hoje podem deixar o campo até 2040. A conclusão, que aparece em um estudo da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Gado de Corte, revela, entre outras coisas, que muitos negócios aparentemente estáveis podem não perdurar ante os desafios das próximas duas décadas.
Um dos motivos para a projeção é o êxodo rural. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que, entre 2006 e 2017, aproximadamente 1,5 milhão de produtores abandonaram a atividade, entre eles muitos pecuaristas. Estruturas de produção antiquadas afastam os jovens, impedindo a sucessão no comando da fazenda.
Mas muitos pecuaristas podem ser excluídos por problemas financeiros. “Muitas vezes, o produtor não faz as contas direito e acha que o negócio está prosperando, mas está se descapitalizando. Talvez a fazenda não esteja bem nem atualmente”, afirma o pesquisador Guilherme Malafaia, que coordena o Centro de Inteligência da Carne Bovina (Cicarne), responsável pelo estudo.
Segundo o especialista, a pecuária de corte ainda é muito carente em termos de gestão. “As anotações são precárias e não refletem o que está acontecendo no processo de produção, mascarando a situação. Às vezes ele só anota ‘gastei tanto e vendi a boiada por tanto’. Porém, a infraestrutura usada está se corroendo e precisa ser levada em consideração”, diz.
Além disso, segundo Malafaia, o futuro também vai exigir dos produtores aumento de produtividade e qualidade, rastreabilidade do negócio e bem-estar animal.
O desafio só será cumprido com a adoção de tecnologias de ponta. E está aí outro problema: o especialista afirma que há uma lacuna entre as tecnologias existentes e aquelas aplicadas na fazenda. “Muitos usam técnicas um pouco ultrapassadas de manejo e não adotam pacotes avançados. Ele precisa estar preparado para ter condições de dar resposta a essa demanda”, afirma.
Nesse ponto, pesa sobre o setor a falta de assistência técnica no Brasil capaz de abarcar mais produtores. “O Senar [Serviço Nacional de Aprendizagem Rural] é quem está puxando essa parte da educação e da transferência de tecnologia para o pecuarista e para a agropecuária como um todo”, comenta Malafaia.
Para muitos, no entanto, não falta só oportunidade, mas vontade de se melhorar. Segundo o pesquisador, o produtor ainda tem um padrão cultural muito extensivo. “Eles ficam um pouco arredios, desconfiados das novas tecnologias. É algo que passa de geração para geração. Pensam: ‘na época do meu avô era desta forma, meu pai fazia desta forma, por que vou mudar agora?’”
Os pecuaristas menores, que não têm capital para acessar tecnologias e insumos mais em conta com a mesma rapidez dos grandes, podem recorrer ao associativismo, organizando-se em redes e cooperativas. Além disso, essa pode ser uma forma de acessar canais de comercialização mais restritos. “Existem soluções, mas elas precisam ser perseguidas”, diz.
Quem for incapaz de se adaptar às mudanças está fadado a ficar para trás, pontua Malafaia. “A tendência é que a saída desses produtores dê lugar à pecuária corporativista, como chamamos. Grandes corporações produzindo com alta eficiência e padrão tecnológico”, finaliza.
Por José Florentino, de São Paulo
CANAL RURAL 

GDF Presente recupera erosão em estrada na Fercal



Desmoronamento ocupa meia pista e compromete acesso de ônibus, carros e chacareiros de comunidades rurais

O GDF Presente chegou à Fercal para dar agilidade às demandas da administração regional. Nesta quarta-feira (8), primeiro dia de ações do Polo Norte na região, as equipes passaram a integrar uma força-tarefa para recupera uma erosão que prejudica 50% de uma estrada rural que é usada pelos mil habitantes do local. Além disso, o programa ainda fez a obra de pavimentação em bloquetes na Rua do Mato – uma demanda de 40 anos. 
O desmoronamento na estrada vicinal 201 da DF-205 ocorreu em período chuvoso e foi preciso esperar até a estiagem para ter uma solução definitiva. A recuperação é liderada pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER) desde terça-feira (7), mas, a partir de agora, conta com reforço de pessoal e maquinário essencial descentralizado pelo GDF Presente. 
Assessor da direção-geral do DER e coordenador da obra, Paulo Izidoro conta que o problema foi um bueiro que, com excesso de água, desbarrancou. “Nós alargamos a estrutura e estamos refazendo o aterro. Hoje o GDF Presente chegou com o rolo compactador, um maquinário que não tínhamos e era necessário para a ação”, diz. 
A pista é importante. Ela é usada para dar acesso às comunidades rurais de Sonhém de Cima, Sonhém de Baixo e Programa de Assentamento Contagem. O local é rota de transporte escolar, ônibus rurais e de escoamento de produção de chacareiros.
Moradora da região de Contagem, a produtora Maria das Dores, 42 anos, diz que ela e toda a comunidade estão satisfeitos com o conserto. “É o principal acesso que temos para levar as produções. Vários carros passam por ali, é bem movimentado, mas estava praticamente impossível transitar. Alguns acidentes chegaram a acontecer”, lembra. Para a obra, o fluxo é desviado e ela garante que isso não é problema: “Entendemos que é necessário para resolver a situação”. 
De acordo com o administrador regional da Fercal,  Fernando Gustavo Lima da Silva, o órgão fez um trabalho paliativo até agora, já que não era possível atuar efetivamente com solo úmido porque dependia de máquinas pesadas. “É importante o reforço do GDF Presente para alavancar e agilizar essa e outras ações”, diz o gestor. 
Outra ação que ganha força com as equipes do programa é a instalação de bloquetes na Rua do Mato, área urbana da cidade. A obra é da administração local, beneficiando cerca de 2,5 mil pessoas. A demanda, de mais de 40 anos, agora é atendida para dar mais conforto e qualidade de vida à comunidade. 
Combate aos buracos
Uma pequenas ação que causou grande impacto para a população do Núcleo Bandeirante foi a tapa-buraco. Nesta terça-feira (8), a Novacap disponibilizou 3,6 toneladas de massa asfáltica para ser utilizada na região. As equipes se concentraram na 2ª Avenida, reparando o asfalto esburacado na área residencial, no Bloco 1.600, e na comercial, próximo ao Divinéia.
Morador da região, Fabiano Ribeiro contou que fez algumas solicitações anteriormente, mas foi via Ouvidoria do GDF recentemente que teve o atendimento atendido. “Precisávamos da obra, os buracos atrapalhavam, ficava muita sujeira, acumulava água e ainda tinha o risco de proliferação do mosquito da dengue”, apontou. 
Do outro lado da cidade, na Asa Sul, o Polo Adjacente 1 fez a manutenção na via W3 Sul, na altura das quadras 705 e 711, e também na 312. As equipes levaram melhorias para a mobilidade de comerciantes, moradores e frequentadores da região. Além disso, o cronograma de tapa-buracos no Gama prossegue, com cobertura de buracos na quadra 25 do Setor Leste. 
Também não param os reparos no asfalto do Guará. Desta vez, as equipes cobriram buracos em seis conjuntos nas quadras QE 38, 44, 28 e QI 11. Também foi dia de limpeza geral na cidade. Ao todo, dez pontos tiveram recolhimento de lixo, entulhos, inservíveis e galhos. 
Avança recuperação de estrada
Em Brazlândia, as máquinas do GDF Presente fazem a recuperação da estrada rural DF-435. Nesta quarta, foram mais seis quilômetros reparados pelo Polo Oeste do programa, com retirada de material, corte, espalhamento e compactação de terra ao longo da estrada. 
Segundo o administrador regional, Jesiel Costa, esse tipo de serviço leva tranquilidade ao governo, produtores e estudantes, que deixam de sofrer por problemas de mobilidade e excesso de buracos. “Temos mais de mil quilômetros de estradas rurais, que são trabalhadas e melhoradas com parceria entre órgãos e o programa”, diz. 
AGÊNCIA BRASÍLIA