GDF Presente está na cidade e coloca fresado nas vias que ainda não receberam asfalto
ROSI ARAÚJO, DA AGÊNCIA BRASÍLIA | EDIÇÃO: ISABEL DE AGOSTINI
As principais ruas dos trechos 1,2 e 3 do Sol Nascente/Pôr do Sol que ainda não foram pavimentadas, receberam mais de 2 mil toneladas de fresado, material derivado da reutilização do asfalto que auxilia na compactação do solo. As máquinas do GDF Presente – Polo Oeste, cedidas pela Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), trabalham desde o dia 17 nas vias da cidade. Devem permanecer até o final desta semana ou conclusão da obra e vai melhorar a trafegabilidade e amenizar a poeira neste período de seca.
GDF Presente faz melhorias nas vias do Sol Nascente/Pôr do Sol. Fotos:Divulgação
De acordo com informações da Diretoria de Obras da administração, serão utilizados 42 mil metros quadrados de fresado, concedido pela Novacap. “É uma ação muito significativa, porque dá conforto e acessibilidade às ruas que não estão pavimentadas e são movimentadas em razão dos comércios”, afirmou o coordenador do Polo Oeste do GDF Presente, Elton Walcacer.
A medida visa melhorar a qualidade de vida dos moradores, facilitar os deslocamentos e acessos aos serviços de viaturas pesadas, como ambulância. A moradora da região há mais de 10 anos, Cristina Maria Leite, relatou que a atual condição da rua é deplorável. “Na chuva fica intransitável, na seca é só a poeira. A gente sofre bastante, e com certeza vai melhorar muito com essa fresagem” completou Cristina.
O administrador da RA, José Goudim, afirmou que a intenção é oferecer as melhores condições de trabalho aos comerciantes da região enquanto as obras definitivas de infraestrutura não se consolidam. “A população sente a presença do estado quando a gente faz esse serviço. Precisamos nos manter presentes e mostrar que apesar do momento estamos trabalhando, o que resulta em benefícios para todos”, finalizou José Goudim.
Penúltima matéria especial sobre o Brasília Tour Virtual apresenta 10 locais para todos poderem contemplar de casa as belezas da orla brasiliense
AGÊNCIA BRASÍLIA * | EDIÇÃO: FÁBIO GÓIS
| Foto: Setur-DF / Divulgação
Com mais de 110 quilômetros de extensão, o Lago Paranoá é responsável pela capital ser um dos maiores polos náuticos do país.Por suas águas é possível navegar e praticar diversas atividades. Em sua orla é possível desfrutar de uma ampla gama de bares e restaurantes com vista para o espelho-d’água.
O céu é o mar de Brasília, e o Lago Paranoá é o melhor lugar para desfrutar seu vasto horizonte e se refrescar. E por meio do Brasília Tour Virtual, os brasiliense e turistas podem admirar um pouco da beleza do lago por meio da Rota Náutica.
Começando pela Ermida Dom Bosco. O lugar é querido pela população e quem visita não se arrepende. Possui uma vista privilegiada da cidade e do mais belo pôr do sol de Brasília. O parque conta com extensa área de cerrado nativo e espaços para o descanso e lazer, tais como anfiteatro, ciclovias, trilhas para caminhada e um deck considerado por muitos o melhor local para banho no Lago Paranoá. Além das belezas naturais do cerrado, o local possui uma arquitetura única, razão pela qual já foi palco de diversas competições esportivas e shows. Sua atmosfera sagrada e sua paisagem espetacular fazem da Ermida Dom Bosco um passeio para encher os olhos e a alma.
| Foto: Setur-DF / Divulgação
“O Turismo Náutico tem sido uma das principais bandeiras da Setur. O nosso Lago Paranoá é uma das mais belas atrações que temos em Brasília e um dos nossos principais pontos turísticos. Poder explorar o lago e a orla virtualmente, pelo Tour Virtual, é um privilégio e, quando o isolamento acabar, vamos poder vivenciar a cidade e todas as suas belezas”, reforça Vanessa Mendonça, secretária de Turismo do DF.
O Pontão do Lago Sul é outro espaço localizado às margens do Lago Paranoá e chega a receber 380 mil visitantes por mês. É um centro de lazer e entretenimento que se destaca pelo paisagismo de seu calçadão à beira lago, sua gastronomia variada e programação diversa, repleta de atrações durante o ano inteiro. O Pontão também é cenário de grandes competições de esportes náuticos, tais como wakeboard, wakesurf e triathlon, e se destaca por ser um local que combina tanto com dias de sol quanto noites enluaradas, perfeito para um brinde à vida e às belezas naturais de Brasília.
“A natureza com toda a sua beleza e biodiversidade em contraste com a imponência do concreto das obras arquitetônicas de Oscar Niemeyer. O Lago Paranoá é também generoso. Amaina a seca do Planalto Central e dá para Brasília oportunidades de negócios em atividades culturais, esportivas, de lazer e de gastronomia”, diz Sandra Campos, diretora-executiva do Pontão do Lago Sul.
Quando o assunto é a prática de diversos esportes aquáticos como natação, canoagem e kitesurf, o Parque Ecológico Península Sul é um dos points. Localizado no Lago Sul, um dos mais tradicionais bairros de Brasília, o Parque possui entre seus atrativos pista para caminhadas, patins, bicicleta, quadras de tênis e também um belo gramado, onde é possível tomar banho de sol e até fazer piqueniques. Para quem curte esportes de aventura, tem a trilha de aproximadamente 6,5 km, que faz conexão com o Pontão do Lago Sul e com o Parque do Anfiteatro.
O Parque Morro da Asa-Delta também é um dos pontos favoritos dos praticantes de esportes radicais. Seu nome vem do morro construído na década de 1980 para a prática de voo-livre, esporte com tradição na Capital. O local oferece prática de remo, pesca esportiva, jet-ski e passeios de lancha. Para quem optar por ir de bicicleta, também é possível acessá-lo pela ciclovia que faz conexão com o Pontão do Lago Sul e com o Parque da Península.
| Foto: Setur-DF / Divulgação
Já a Prainha dos Orixás e um importante espaço de reverência à cultura afro-brasileira em Brasília. Nela se encontra a famosa Praça dos Orixás, patrimônio imaterial do Distrito Federal, com suas 16 esculturas de divindades africanas – os Orixás – assinadas por Tatti Moreno. Localizada ao lado da Ponte Costa e Silva, a Prainha recebe em fevereiro centenas de visitantes para a tradicional Festa de Iemanjá, e em dezembro é um dos locais mais disputados da cidade para celebrar a virada do ano, com direito a grandes shows e queima de fogos.
Conheça outros pontos da Rota Náutica:
Ponte Juscelino Kubitschek
A icônica Ponte JK é um audacioso projeto do arquiteto Alexandre Chan. Sua arquitetura monumental, formada por três arcos, foi inspirada no movimento de uma pedra quicando sobre o Lago Paranoá, um deleite visual para seus visitantes. O monumento foi literalmente um divisor de águas, tanto na arquitetura quanto no tráfego da cidade. Seja de barco, de bicicleta ou a pé, a Ponte JK é um ponto turístico imperdível.
Orla JK
Localizado aos pés da monumental Ponte JK, um sinuoso calçadão margeia a orla do Lago Paranoá com diversas atrações: ciclovia, parque infantil e mirantes com vista para o espelho-d’água. O destaque da Orla fica por conta do seu complexo gastronômico renomado, com bares e restaurantes que oferecem pratos típicos da cozinha regional e internacional. O local também é muito procurado para práticas de stand-up paddle, caiaque e pedalinho. Um ponto bastante frequentado por quem ama fotografar e desfrutar de paisagens inspiradoras.
Calçadão da Asa Norte
O Calçadão da Asa Norte é um extenso e charmoso cais de madeira suspenso sobre o Lago Paranoá, localizado ao lado da Ponte do Bragueto. Por sua proximidade com o Plano Piloto, é uma das mais movimentadas opções de lazer e contemplação da cidade. Possui fácil acesso, inclusive a pé ou de bicicleta, razão pela qual é bastante frequentado pelo público brasiliense, e um ponto turístico mais do que indicado para quem quer praticar esportes ao ar livre ou apenas relaxar ao som das águas do Lago Paranoá.
Parque das Garças
O Parque das Garças é um parque ecológico localizado na ponta da península do Lago Norte, característica única que dá ao local uma atmosfera praiana. No Parque de beleza exuberante é fácil encontrar várias espécies de aves como corujas, patos e as famosas garças que dão nome ao local. Nele também é possível praticar stand-up paddle, caiaque e kitesurf. Seu vasto gramado é ideal para piqueniques ao ar livre, atividades familiares, além de ser palco de inúmeros eventos culturais da cidade.
Prainha do Lago Norte e Mirante do Casal
Localizada no Setor de Mansões do Lago Norte, a Prainha é um excelente ponto de acesso ao Lago Paranoá e dispõe de diversas opções de lazer. Além de sua vista privilegiada para o espelho-d’água, um deck disponível para prática de esportes náuticos como a natação, stand-up paddle, pedalinho e caiaque. O local também oferece quiosques com serviços variados, ciclovias, quadra poliesportiva, pista para caminhadas e espaço para piqueniques.
Parque Deck Sul
O Parque dos Pioneiros Cláudio Sant’Anna, nome oficial do Parque Deck Sul, é um local que conta com uma ampla estrutura para a prática de esportes ao ar livre, lazer e contemplação. Sua área de 80 mil metros quadrados dispõe de um extenso calçadão de madeira suspenso sobre as águas do Lago Paranoá, ciclovia, pista para caminhada, quadras de esportes, parques infantis, pista de skate, mesas de xadrez, circuito inteligente para malhação, pergolados com estruturas de madeira para descanso e uma grande área gramada, ideal para piqueniques.
O Deck Sul está localizado na Avenida L4 Sul, próximo à Ponte das Garças. Um passeio imperdível dentro do perímetro urbano de Brasília.
* Com informações da Secretaria de Turismo agência brasília
Mesmo com estiagem na capital, sistema de alta pressão carregou umidade do oceano para interior do país. Inmet descarta chuva nos próximos dias.
Parque no DF nesta quinta-feira (18) — Foto: Tv Globo/Reprodução
O Distrito Federal amanheceu encoberto pela neblina nesta quinta-feira (18). Uma garoa leve também caiu sobre a capital. O fenômeno é consequência da umidade que gerou gotículas de água suspensas no ar. A temperatura mínima chegou a 12ºC.
Segundo o meteorologista Olívio Bahia, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o tempo maios frio é resultado de um sistema de alta pressão vindo do oceano.
"A garoa foi favorecida pela atuação desse sistema que acabou trazendo umidade para o interior do continente."
Apesar do chão molhado em algumas regiões, por volta das 6h, as estações do Inmet não contabilizaram chuva nesta quinta (18). "As gotículas são tão pequenas que não conseguem criar uma lâmina de um milímetro, que é a unidade mínima de medição", explicou Olívio.
Com isso, o DF completa 24 dias de estiagem. O último registro de chuva ocorreu no dia 25 de maio.
Vento e frio
Neblina sobre DF, nesta quinta (18) — Foto: TV Globo/Reprodução
Nesta quinta (18), a previsão é que a temperatura varie de 12º C a 24º C. No Gama, no início da manhã, os termômetros registraram a menor temperatura. No Plano Piloto fez 14,5º C.
"A expectativa é que a neblina diminua com o passar das horas, ao decorrer do dia, e surja o sol", explica o meteorologista.
Já a umidade, deve variar de 40% a 97%, mesmo em meio à estiagem no DF. O vento também contribui para reduzir a sensação térmica. Nesta quinta foram registrados ventos de até 32,7 km/h em Brazlândia. Na quarta (17), a média foi de 46 km/h.
Mesmo com o 2º lugar nos rankings de mortes e casos, retorno de campeonato de futebol e plano de reabertura da capital são mantidos
CARL DE SOUZA / AFP Além das mortes, o estado registra 86.963 casos da Covid-19
Nesta quarta feira (17), o estado do Rio de Janeiro ultrapassou a marca de 8 mil óbitos causados pela Covid-19, doença transmitida pelo novo coronavírus. Foram 171 mortes nas últimas 24 horas, elevando o número total para 8.138.
Os dados da Secretaria de Saúde do Rio apontam, ainda, que o estado registrou 3.620 novos casos, totalizando 86.963.
Com esses números, o Rio se mantém em segundo lugar nos ranking de mortes e de óbitos causados pelo novo coronavírus, perdendo apenas para o estado de São Paulo.Mesmo com a alta no número de óbitos, o estado estabeleceu ontem uma data de retorno do Campeonato Carioca de futebol . Ainda hoje, a capital afirmou que avançará com Fase 2 do plano de retomada econômica .A secretaria também afirma que o estado tem 1.147 óbitos sob investigação e 69.559 pessoas recuperadas.
COVID-19 Órgão solicita que GDF tome medidas para diminuir número de pessoas nas ruas. Além disso, quer que Executivo não libere novas atividades até haver provas de que doença está desacelerando.
Foto: Marcos de Paula/ Prefeitura do Rio
O Ministério Público Federal no Distrito Federal (MPF-DF) apresentou pedido à Justiça para que o governo do DF tome medidas com o objetivo de garantir isolamento social de pelo menos 60% na capital. O motivo é o aumento de casos do novo coronavírus no DF.
Além disso, o MPF pede que o governo local não libere novas atividades não essenciais até que haja evidências científicas de que a pandemia está desacelerando. Acionado pela reportagem, o GDF não havia se manifestado até a última atualização desta reportagem.
No documento, o MPF critica as medidas de flexibilização do isolamento decretadas pelo governador Ibaneis Rocha (MDB). Nas últimas semanas, ele permitiu a reabertura do comércio de rua, de shoppings centers, igrejas, parques, feiras, entre outros.
Segundo o Ministério Público, "as diversas medidas de retomada de atividades não essenciais certamente agravaram a situação no Distrito Federal." No documento, o órgão cita o crescimento rápido da Covid-19 na capital, que registrou 365 mortes e mais de 27,1 mil infectados.
"A partir de 2 de junho o cenário é absolutamente alarmante, pois passaram a ser registrados, aproximadamente, 1000 novos casos por dia", diz o MPF.
O órgão afirma ainda que o GDF não tem sido transparente na divulgação dos dados sobre a ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) a cita o adoecimento de profissionais que trabalham na linha de frente contra a Covid-19.
"À luz dos dados e parâmetros ora apresentados, e considerando que o isolamento social no Distrito Federal está atualmente no baixíssimo patamar de 39,35%, impõe-se ao ente distrital, à míngua de outro critério técnico viável, que adote providências para que atinja o nível de distanciamento mínimo de 60% recomendado pelo CNS [Conselho Nacional de Saúde]."
Decisão anterior
As investidas do MPF para tentar barrar a retomada do comércio no DF tiveram início no fim de abril. À ocasião, o órgão pediu à Justiça que proibisse o governo local de permitir a reabertura de mais setores até demonstrar os dados científicos que teria utilizado para tomar as decisões. O Ministério Público queria ainda a revogação de decretos que flexibilizavam o isolamento.
Em 15 de maio, a juíza permitiu a reabertura do comércio de forma escalonada, com intervalos de 15 dias entre os diferentes setores. Quatro dias depois, porém, a segunda instância da Justiça Federal atendeu a um pedido do GDF e derrubou a decisão da magistrada, dando ao governo local liberdade para definir o processo de retomada das atividades.
À ocasião, o juiz relator do caso entendeu que o processo deveria ser analisado pela Justiça do DF, já que trata de questões locais. No último dia 9 de junho, porém, mais uma reviravolta. O Tribunal Regional da 1ª Região (TRF-1) atendeu a um recurso do MPF e voltou a restabelecer a competência da Justiça Federal para tratar do caso.
Assim, os pedidos voltaram a ser analisados pela juíza Kátia Balbino de Carvalho.
Cuiabá/MT - A Polícia Federal, em trabalho conjunto com o Ministério Público Federal (MPF) e a Controladoria-Geral da União (CGU), deflagrou nesta quarta-feira (17/6) a 3ª Fase da Operação Tapiraguaia. A ação visa reprimir associação criminosa voltada à prática de crimes de fraude licitatória, desvio de recursos públicos (peculato) e corrupção ativa/passiva.
Nove medidas cautelares expedidas pela Justiça Federal estão sendo cumpridas em Cuiabá, São Félix do Araguaia e Serra Nova Dourada, municípios de Mato Grosso.
As investigações conduzidas pela Polícia Federal mostram que em 2014 o município de Serra Nova Dourada firmou convênio com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). A iniciativa, estimada em cerca de R$ 1,4 milhão, visava à construção de estradas e pontes que beneficiariam o Projeto de Assentamento Bordolândia.
Entretanto, até março de 2017 os serviços não haviam sido executados em sua integralidade pela empresa contratada e os que haviam sido realizados não atendiam às especificações do projeto básico.
Tais fatos resultaram em enormes prejuízos ao erário em razão do pagamento de quantidades maiores que as efetivamente executadas. Além disso, novos pagamentos eram feitos à outra empresa contratada, tendo em vista a anterior ter abandonado a obra sem ressarcir os cofres públicos.
A PF dará sequência às investigações a partir das medidas cautelares hoje cumpridas.
Os bens dos investigados foram sequestrados e permanecerão à disposição da Justiça. Além disso, os suspeitos estão proibidos de contratar com o poder público, sendo afastados das funções que exercem.
Comunicação Social da PF em Mato Grosso www.pf.gov.br – cs.srmt@dpf.gov.br Contato: (65) 99284-8987
Florianópolis/SC – A Polícia Federal, em conjunto com a CGU, deflagrou nesta quarta-feira, 17/6, a Operação Torre de Marfim II, que investiga desvios de recursos públicos mediante utilização da UFSC e de suas fundações de apoio, com o cumprimento de mandados de busca e apreensão em dois locais distintos. A ação é um desdobramento da Operação Torre de Marfim, deflagrada em 07/12/2017.
Com base no resultado das buscas realizadas na primeira fase da operação e nos dados obtidos a partir da decretação de quebra de sigilos bancário e fiscal dos investigados, foi possível identificar fortes indícios de pagamento de propina da ordem de R$ 2,4 milhões para ex-funcionário do Ministério da Saúde, com o objetivo de que direcionasse verbas federais para a UFSC, no montante de R$ 40 milhões, para o projeto E-SUS ATENÇÃO BÁSICA, que visava desenvolver ferramenta de informática para gestão de dados da atenção básica no sistema SUS.
No âmbito da UFSC, parte do projeto foi destinado à Fundação de Amparo à Pesquisa e Extensão Universitária - FAPEU, que, por sua vez, contratou, sem processo licitatório, pelo montante de R$ 20 milhões, empresa de um ex-funcionário da UFSC. Este teria sido o responsável por fazer o pagamento da propina ao então funcionário do Ministério da Saúde, por intermédio de empresa de fachada que teria sido criada única e exclusivamente para mascarar o pagamento da vantagem indevida.
A prisão preventivado ex-funcionário do Ministério da Saúde foi decretada, com base em indícios de que teria deixado o país após ter conhecimento da deflagração da primeira fase da operação, resultando na expedição de alerta internacional (alerta vermelho) junto à INTERPOL, para sua captura e posterior extradição. A Justiça Federal também determinou o sequestro de bem imóvel do investigado, com indícios de ocultação em nome de terceiro, bem como o sequestro de aplicações financeiras no montante de R$ 732.456,00.
Em relação ao empresário, foram determinadas várias medidas cautelares diversas da prisão, previstas nos artigos 319 e 320 do Código de Processo Penal, incluída a proibição de deixar o país e o pagamento de fiança no montante de R$ 500 mil. O investigado também teve um veículo de luxo sequestrado e 20 bens imóveis arrestados pelo Juízo, totalizando uma constrição patrimonial no montante de R$ 20.033.603,00, que servirá de garantia para ressarcimento ao erário em caso de futura condenação.
Os dois investigados foram indiciados pela prática de crimes licitatórios (artigos 89 e 90 da Lei nº 8.666/93), de corrupção ativa (artigo 333 do Código Penal), de corrupção passiva(artigo 317 do Código Penal), de peculato (artigo 312 do Código Penal) e de lavagem de dinheiro (artigo 1º, caput, da Lei nº 9.613/98).
Comunicação Social da Polícia Federal em Santa Catarina
Corumbá/MS - A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (17/06), nas cidades de Corumbá/MS e Imperatriz/MA, a Operação Hipócrates, com a finalidade de desarticular organização criminosa voltada à lavagem de capitais e evasão de divisas. Foram empregados 30 policiais federais para o cumprimento de cinco mandados de prisão preventiva e cinco de busca e apreensão. Simultaneamente, foram realizados o sequestro de bens móveis e imóveis, o bloqueio de contas e a suspensão da atividade econômica das empresas constituídas pelos investigados. As ordens judiciais foram expedidas pelo Juízo da 3ª Vara Federal de Campo Grande/MS.
Durante as investigações, a Polícia Federal, com apoio da Receita Federal, identificou um grupo de pessoas que realizava diversos saques em agências bancárias da cidade fronteiriça de Corumbá/MS e que, em seguida, dirigiam-se com as quantias em espécie até a Bolívia. No país vizinho, os investigados depositavam os valores em casas de câmbio das cidades vizinhas de Puerto Quijarro e Puerto Suarez. O esquema criminoso movimentou, em quatro anos, mais de R$ 90 milhões.
A operação descobriu, ainda, que os investigados constituíram diversas empresas de fachada, com a finalidade de movimentar recursos provenientes de crimes diversos, como tráfico de drogas e peculato.
Os investigados poderão responder pelos crimes de evasão de divisas (art. 22, parágrafo único, da Lei nº 7.492/86), lavagem de capitais (art. 1º, caput, da Lei nº 9.613/98) e organização criminosa (art. 2º, caput, da Lei nº 12.850/13), cujas penas somadas podem ultrapassar 20 anos de prisão.
A operação foi denominada Hipócrates em referência ao filósofo grego pai da medicina, uma vez que o envio de dinheiro para estudantes brasileiros de medicina na Bolívia era utilizado como justificativa para a remessa ilegal dos valores ao país vizinho.
A deflagração de hoje reitera que a atual pandemia não afetou as investigações e ações da instituição, principalmente na repressão aos crimes de lavagem de dinheiro e tráfico de drogas nas regiões de fronteira.
Comunicação Social da Polícia Federal no Mato Grosso do Sul