terça-feira, 9 de junho de 2020

Irã vai executar 'espião' que deu informações para assassinato do general Soleimani

MUNDO
Qassem Soleimani foi morto em um ataque executado americano em Bagdá, em janeiro.

Em foto de 2016, Qassem Soleimani, chefe da Guarda Revolucionária Iraniana, participa de um reunião em Terrã, no Irã — Foto: Office of the Iranian Supreme Leader via AP, Arquivo
O Irã vai executar um iraniano que forneceu informações aos Estados Unidos e a Israel sobre os deslocamentos do general Qassem Soleimani, morto em um ataque executado por Washington em janeiro em Bagdá, anunciaram nesta terça-feira (9) fontes oficiais em Teerã.
Mahmud Mussavi Majd foi declarado culpado de espionar as Forças Armadas do Irã, "concretamente a força Al Quds", a unidade de elite responsável pelas operações no exterior da Guarda Revolucionária (o exército ideológico iraniano), que era comandada pelo general Soleimani.
De acordo com o porta-voz da Autoridade Judicial do Irã, Gholamhossein Esmaili, o condenado repassou à CIA e ao Mossad, os serviços de inteligência dos Estados e de Israel, respectivamente, informações "sobre as viagens e os locais onde esteve o general mártir Qassem Soleimani".
A condenação de Majd foi confirmada pelo Tribunal Supremo e será "aplicada em breve", afirmou um porta-voz judicial, sem revelar detalhes, de acordo com a France Presse.

Ataque americano

O bombardeiro que matou Soleimani aconteceu poucos dias após manifestantes invadirem a embaixada dos Estados Unidos em Bagdá, entrando em confronto com as forças americanas do local. Na época, o presidente americano, Donald Trump, acusou o Irã de estar por trás dos ataques.
Washington utilizou um drone para atingiu Soleimani, que era apontado como o cérebro por trás da estratégia militar e geopolítica do Irã.
Qassem Soleimani era considerado o segundo homem mais poderoso do Irã

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Qassem Soleimani era considerado o segundo homem mais poderoso do Irã
Pentágono culpou Soleimani por mortes de americanos no Oriente Médio e afirmou que o objetivo do ataque foi deter planos de futuras ações dos iranianos.
O Irã prometeu retaliação e a tensão entre os dois países provocou medo de que houvesse uma guerra.
O Irã atacou com 22 mísseis duas bases militares que abrigam forçar norte-americanas e iraquianas. O Irã ameaçou realizar ataques dentro dos Estados Unidos se os americanos revidassem a ofensiva.
No mesmo dia, um avião ucraniano caiu poucos minutos após decolar do aeroporto de Teerã, matando as 176 pessoas que estavam a bordo. Três dias depois, o Irã admitiu que derrubou a aeronave, sem intenção, com um de seus mísseis.
FONTE: G1

Piloto sumiu: falta pouco para os EUA terem caças controlados por IA

MUNDO
XQ-58A Valkyrie fez seu voo inaugural em março de 2019, no Arizona (EUA)
Imagem: Joshua Hoskins/Força Aérea dos EUA
A Força Aérea norte-americana pretende colocar caças pilotados por humanos contra aviões autônomos usando inteligência artificial em um desafio a ser realizado em julho do ano que vem.

As declarações do tenente-general Jack Shanahan, responsável pela adoção de inteligência artificial nas forças armadas, não deixaram claro se a nave seria 100% autônoma, podendo ser um trabalho conjunto de homem e inteligência artificial.

A Força Aérea norte-americana já desenvolve alguns projetos usando inteligência artificial. É o caso do XQ-58A Valkyrie, um projeto de baixo custo para acompanhar caças tripulados por humanos.


Aeronaves sem um humano a bordo poderiam realizar manobras que seriam impossíveis para um piloto, sem contar que sua aerodinâmica e peso poderiam ser melhor trabalhadas por não precisar de equipamentos de suporte a vida, como, por exemplo, o banco ejetor.Por sua ousadia, a revista Air Force Magazine chamou o projeto de grande "moonshot", uma hipérbole que faz referência ao projeto Apollo, que levou o homem à Lua. 


A palavra virou sinônimo de grandes desafios tecnológicos de alta complexidade.Em sua entrevista à revista, Shanahan comentou que uma das possibilidades seria usar não um grande caça, mas algo menor, com capacidade de enxame, ou seja, vários drones menores que trabalham em conjunto conversando entre si.Shanahan acredita que a máquina ainda deve demorar para substituir totalmente os humanos nos próximos anos.


O tenente-general lembra que, apesar de companhias privadas terem investido dezenas de bilhões na última década, nenhuma delas ainda havia conseguido entregar um carro autônomo nível 4, quando um motorista humano não é mais necessário.

Porém, existe uma grande diferença entre dirigir em uma cidade e realizar um combate aéreo de caças. Pode parecer estranho, mas a segunda opção é muito mais simples. 

No ar não existem semáforos, crianças jogando bola na rua e milhões de outras situações ou sinalizações que um carro precisa compreender.


Em um simpósio militar que aconteceu na Flórida, Elon Musk —CEO da Tesla e da Space X— defendeu que mesmo o F-35 Lightning II, considerado o auge da tecnologia militar, deveria ter um projeto concorrente que usasse inteligência artificial.Mais tarde, quando alguém citou sua declaração, ele foi ainda mais incisivo no Twitter, dizendo que o projeto concorrente deveria ser um drone controlado remotamente por um humano, mas com manobras autônomas. Segundo ele, o F-35 não teria nenhuma chance contra isso.




Informações e privacidade no Twitter Ads837 pessoas estão falando sobre issoVale lembrar que o F-35 é o projeto bélico mais caro dos EUA, com custo avaliado em US$ 406 bilhões. Um assunto delicado, principalmente se lembrarmos que a China se tornou o país líder em investimento em inteligência artificial.


 Apesar dos especialistas apontarem que o foco da China não está em projetos de defesa, a falta de transparência nunca deixaria claro a possibilidade de estarem trabalhando em um projeto concorrente.

Aeronaves controladas por inteligência artificial não são exatamente uma novidade, dezenas de países possuem armamentos com capacidade ampliada ou com algum tipo de autonomia. Um exemplo disso é o projeto israelense Harpy, um drone que vasculha uma extensa área para detectar radares inimigos. Ao localizar o alvo, o equipamento voa em direção ao equipamento como um kamikaze, destruindo ambos na colisão.


Imagem do armamento autônomo 
Imagem: Divulgação
A evolução de armamentos letais autônomos pode fortalecer a discussão sobre uma possível regulamentação mundial.Em 2012, Jody Williams, Nobel da Paz (1997) criou uma campanha que busca banir a criação de armas 100% autônomas.Segundo a campanha, robôs letais 100% autônomos podem trazer problemas enormes como ultrapassar limites morais necessários a escolhas complexas, criar uma corrida bélica desestabilizada, incentivar guerras (pela ausência de risco às tropas do atacante), causar novas guerras por riscos cometidos pela decisão da máquina, provocar ataques desproporcionais e ainda serem usados por governos autoritários para controlar a população.Com o sugestivo nome de Stop Killer Robots, o projeto conta com o apoio de, entre outros, 26 vencedores do prêmio Nobel, o secretário geral das Nações Unidas, membros do parlamento europeu e mais de 4.500 cientistas de inteligência artificial.A discussão não é nova, mas está apenas começando. E a campanha não será fácil, pois alguns países são contra, entre eles, imagine só, EUA, China e Rússia.*


* Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

Abertas inscrições para contratação de brigadistas florestais

OPORTUNIDADES DF

Edital foi publicado na edição desta terça (9) do Diário Oficial. Salários vão de R$ 2.090 a R$ 3.444

Foto: Divulgação / Ibram
Atenção, profissionais interessados em atuar pelo meio ambiente: o Instituto Brasília Ambiental (Ibram) abriu inscrições do processo seletivo simplificado para a contratação temporária de 120 brigadistas florestais combatentes, 24 chefes de brigada e quatro supervisores de brigada. O edital foi publicado na edição desta terça-feira (9) do Diário Oficial do Distrito Federal (DODF).
Esse é o maior número de brigadistas florestais a serem contratos pelo Ibram. As inscrições, gratuitas, podem ser feitas até as 16h do próximo dia 16 (terça-feira) pelo sistema on-line; e, no modo presencial, até as 18h da mesma data.
A contratação faz parte do Plano de Prevenção de Combate aos Incêndios Florestais (Ppcif), da Secretaria do Meio Ambiente (Sema), que abrange as unidades de conservação espalhadas pelo DF, entre elas 72 parques. Os brigadistas também atuam em parceria com o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) na prevenção e no combate a incêndios em outras áreas.
Salários e documentação
O salário para brigadistas florestais é de R$ 2.090. Chefes de brigada terão remuneração de R$ 2.612,50, sendo de R$ 3.344 os vencimentos destinados aos supervisores de brigada. Em todos os casos, os candidatos precisam ter Carteira de Nacional de Habilitação (CNH) no mínimo da categoria B.
Para os cargos de chefe de brigada e supervisores, além do diploma ou declaração de participação em curso de formação de brigada de combate a incêndio florestal – exigido para todos os brigadistas –, é necessário certificado ou diploma de conclusão do ensino médio ou equivalente experiência na área. Para os brigadistas, a exigência é a de ser alfabetizado.
O edital prevê ainda a seleção de mais 60 brigadistas florestais combatentes, 12 chefes de brigada e dois supervisores de brigada, que ficarão no quadro de reserva.
Inscrições
O candidato poderá escolher em fazer sua inscrição de três maneiras. Nas duas primeiras, o processo ocorrerá de forma virtual: basta preencher o formulário de inscrição, enviando os documentos para o link “Inscrição on-line e currículo profissional”. O candidato também poderá utilizar o link “Inscrição on-line” para o preenchimento do formulário de inscrição. Os links podem ser acessados no site do Ibram. Os  documentos deverão ser enviados para o e-mail brigada.ibram@ibram.df.gov.br.
Já na terceira opção, repete-se a forma de preenchimento do formulário, mas a entrega dos documentos será presencial, por meio de um envelope com documentos inseridos, juntamente com o Anexo – I. O material poderá ser levado à sede do Ibram: SEPN 511, Bloco C, Edifício Bittar. Mais informações podem ser encontradas por meio dos telefones (61) 3214.5666 ou (61) 3214.5667, das 9h às 12h e das 14h às 17h, de segunda a sexta-feira.
Com informações do Ibram

segunda-feira, 8 de junho de 2020

Índices mostram como mundo virou de cabeça para baixo por causa do coronavírus

MUNDO
Mais de 110 gráficos, mapas e tabelas com dados de vários países revelam impacto da pandemia



RUXELASAbril foi o mais cruel dos meses em 2020, mostram 114 gráficos, mapas e tabelas recém-publicados pelo CCSA (comitê de coordenação de atividades estatísticas), 10 deles reproduzidos nesta reportagem.Enquanto no Brasil o governo do presidente Jair Bolsonaro restringe as informações sobre o coronavírus, 36 entidades internacionais se mobilizaram para consolidar um retrato de como a pandemia afetou o mundo não só na saúde, mas na economia, na educação, na violência, na mobilidade e até no próprio trabalho de recolher e relacionar dados para transformá-los em informações.O resultado é “um mundo virado de cabeça para baixo”, afirmam os coordenadores da publicação, Angela Me, da UNODC (Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime), e Heishan Fu, do Banco Mundial.Ativista mostra máscaras descartadas recolhidas em uma praia na área residencial de Discovery Bay, em Hong Kong 



Foi em abril, no dia 17, que o coronavírus matou 17 pessoas por minuto no mundo, na maior taxa diária registrada desde o começo da pandemia.Em 24 horas, 12.532 foram as vítimas. De 20 países em janeiro, a Covid-19 se alastrou para 212 nações e territórios em todos os continentes, com exceção da Antártida (e de menos de 30 ilhas no Pacífico).O Estados Unidos assumiram a liderança no número de casos diários, e só no final de abril países europeus que viveram um colapso hospitalar, como Itália, Espanha e França, começaram a dobrar suas curvas para baixo.Em 164 nações, foram impostas 33.712 restrições diferentes à entrada ou saída de pessoas, o que derrubou o setor de aviação: a procura por passagens despencou 98,4% em relação ao mesmo mês do ano anterior, um desastre inédito para as companhias aéreas.


Os bloqueios, que tentavam frear o contágio enquanto os países reforçavam suas estruturas de vigilância e tratamento, se estenderam a quarentenas e confinamentos, nos quais os governos obrigaram (ou, em menor número, recomendaram) que as pessoas não saíssem de casa.  A paralisação nas atividades colocou 60 milhões de pessoas na rota da pobreza extrema, segundo o Banco Mundial.As previsões da entidade, que antes apontavam para redução na porcentagem de pessoas que vivem com menos de US$ 1,90 por dia, de 8,1% para 7,8% .

A paralisação nas atividades colocou 60 milhões de pessoas na rota da pobreza extrema, segundo o Banco Mundial.As previsões da entidade, que antes apontavam para redução na porcentagem de pessoas que vivem com menos de US$ 1,90 por dia, de 8,1% para 7,8% neste ano, agora preveem alta para 8,6% (o primeiro retrocesso desde que os dados começaram a ser registrados, em 1981).A emergência será maior na África, onde o impacto sanitário se soma ao econômico —ao sul do deserto de Saara, 56% da população mora em favelas, segundo a ONU Habitat—, mas a pobreza ameaça também alguns dos países mais ricos do mundo.Números da OCDE (o clube de países ricos) mostram que, na média de seus membros, 36% das famílias ficariam sem recursos para se manter após três meses sem renda.Na Lituânia, a parcela excede 60%; na Alemanha, no Reino Unido e na França, os maiores PIBs do continente, passam de 30%.1 8 Países ricos passam fome na pandemia do novo cornavírus


FONTE: FOLHA DE S. PAULO

7 milhões de pessoas no mundo já se infectaram com o novo coronavírus

COVID-19
Número de mortos passou de 402 mil; Brasil é o terceiro país com mais óbitos e o segundo com mais casos
O novo coronavírus já infectou mais de 7 milhões de pessoas pelo mundo, segundo painel atualizado em tempo real pela Universidade Johns Hopkins. No total, mais de 402.000 pessoas morreram em decorrência da Covid-19.
Os Estados Unidos são o país com maior número de mortos (110.513) e casos (1.941.978). O Brasil é o terceiro em total de óbitos (36.455) e o segundo em diagnósticos positivos (691.758). O Reino Unido é o segundo em mortes (40.625) e o quarto em casos (287.621). A Rússia é o terceiro em número de infectados, com 467.073.
Bastante castigada pela pandemia, a Europa já passou pelo pior momento da crise e continua nesta semana seu processo de reabertura. Neste fim de semana, o Palácio de Versalhes, na França, e os grandes museus de Madri voltaram a receber o público.

FONTE: VEJA

EUA oferecem ajuda à Rússia contra desastre ecológico

MUNDO
Numa das piores catástrofes ambientais da Sibéria, durante uma semana mais de 21 mil toneladas de diesel vazaram de instalação pertencente ao homem mais rico da Rússia. Região levará anos para se recuperar.

Especialistas trabalham na região russa onde houve o acidente — Foto: MMC Norilsk Nickel's Public Relations Department/Via Reuters

Os Estados Unidos ofereceram ajuda a Moscou neste sábado (6) para combater a despoluição de um rio no Círculo Polar Ártico, após vazamento de mais de 21 mil toneladas de hidrocarbonetos que começou em 29 de maio.
Dizendo-se "entristecido de saber da fuga de combustível em Norilsk, Rússia", o secretário de Estado Mike Pompeo declarou no Twitter: "Apesar de nossas divergências, os EUA estão prontos a ajudar a Rússia a mitigar esse desastre ambiental e a fornecer sua experiência técnica."
Em 29 de maio, um reservatório de diesel de uma central térmica pertencente à gigante da mineração Nornickel ruiu perto da cidade de Norilsk, em meio à tundra da Sibéria, provocando o vazamento de cerca de 15 mil toneladas de hidrocarbonetos nos cursos de água e 6 mil toneladas nos terrenos circundantes, numa área total de mais de 14 mil metros quadrados.
A Nornickel é propriedade do homem mais rico da Rússia, Vladimir Potanin, cuja fortuna é estimada em 25 bilhões de dólares. Ele se comprometeu a arcar com os trabalhos de despoluição. Segundo a revista alemã Der Spiegel, a operação deverá custar pelo menos 130 milhões de dólares.
O óleo deixou o rio Ambarnaia vermelho, o que é visível do espaço. Trata-se de um dos piores vazamentos de combustível da história do país e um dos piores desastres ecológicos da Sibéria. Segundo especialistas, serão necessários anos até a região se recuperar.
Uma semana após a ocorrência, as autoridades russas garantem ter contido o alastramento do combustível, sobretudo no Ambarnaia. As equipes de resgate trabalham para limitar os danos num contexto complicado devido às dificuldades de acesso, devido à pouca profundidade do rio, que impede as operações de barco, e pelos terrenos pantanosos que se formam durante a primavera.
O presidente russo, Vladimir Putin, declarou estado de emergência na região. Alegando só ter sido informado do desastre no último domingo, ele criticou a forma de proceder das autoridades locais: "Por que as agências do governo só souberam disso dois dias depois do ocorrido. Vamos ser informados sobre situações de emergência pelas redes sociais?"
    Deutsche Welle