MUNDO
Mais de 110 gráficos, mapas e tabelas com dados de vários países revelam impacto da pandemia

RUXELASAbril foi o mais cruel dos meses em 2020, mostram 114 gráficos, mapas e tabelas recém-publicados pelo CCSA (comitê de coordenação de atividades estatísticas), 10 deles reproduzidos nesta reportagem.Enquanto no Brasil o governo do presidente Jair Bolsonaro restringe as informações sobre o coronavírus, 36 entidades internacionais se mobilizaram para consolidar um retrato de como a pandemia afetou o mundo não só na saúde, mas na economia, na educação, na violência, na mobilidade e até no próprio trabalho de recolher e relacionar dados para transformá-los em informações.O resultado é “um mundo virado de cabeça para baixo”, afirmam os coordenadores da publicação, Angela Me, da UNODC (Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime), e Heishan Fu, do Banco Mundial.Ativista mostra máscaras descartadas recolhidas em uma praia na área residencial de Discovery Bay, em Hong Kong
Foi em abril, no dia 17, que o coronavírus matou 17 pessoas por minuto no mundo, na maior taxa diária registrada desde o começo da pandemia.Em 24 horas, 12.532 foram as vítimas. De 20 países em janeiro, a Covid-19 se alastrou para 212 nações e territórios em todos os continentes, com exceção da Antártida (e de menos de 30 ilhas no Pacífico).O Estados Unidos assumiram a liderança no número de casos diários, e só no final de abril países europeus que viveram um colapso hospitalar, como Itália, Espanha e França, começaram a dobrar suas curvas para baixo.Em 164 nações, foram impostas 33.712 restrições diferentes à entrada ou saída de pessoas, o que derrubou o setor de aviação: a procura por passagens despencou 98,4% em relação ao mesmo mês do ano anterior, um desastre inédito para as companhias aéreas.
Os bloqueios, que tentavam frear o contágio enquanto os países reforçavam suas estruturas de vigilância e tratamento, se estenderam a quarentenas e confinamentos, nos quais os governos obrigaram (ou, em menor número, recomendaram) que as pessoas não saíssem de casa. A paralisação nas atividades colocou 60 milhões de pessoas na rota da pobreza extrema, segundo o Banco Mundial.As previsões da entidade, que antes apontavam para redução na porcentagem de pessoas que vivem com menos de US$ 1,90 por dia, de 8,1% para 7,8% .
A paralisação nas atividades colocou 60 milhões de pessoas na rota da pobreza extrema, segundo o Banco Mundial.As previsões da entidade, que antes apontavam para redução na porcentagem de pessoas que vivem com menos de US$ 1,90 por dia, de 8,1% para 7,8% neste ano, agora preveem alta para 8,6% (o primeiro retrocesso desde que os dados começaram a ser registrados, em 1981).A emergência será maior na África, onde o impacto sanitário se soma ao econômico —ao sul do deserto de Saara, 56% da população mora em favelas, segundo a ONU Habitat—, mas a pobreza ameaça também alguns dos países mais ricos do mundo.Números da OCDE (o clube de países ricos) mostram que, na média de seus membros, 36% das famílias ficariam sem recursos para se manter após três meses sem renda.Na Lituânia, a parcela excede 60%; na Alemanha, no Reino Unido e na França, os maiores PIBs do continente, passam de 30%.1 8 Países ricos passam fome na pandemia do novo cornavírus
FONTE: FOLHA DE S. PAULO
Mais de 110 gráficos, mapas e tabelas com dados de vários países revelam impacto da pandemia

RUXELASAbril foi o mais cruel dos meses em 2020, mostram 114 gráficos, mapas e tabelas recém-publicados pelo CCSA (comitê de coordenação de atividades estatísticas), 10 deles reproduzidos nesta reportagem.Enquanto no Brasil o governo do presidente Jair Bolsonaro restringe as informações sobre o coronavírus, 36 entidades internacionais se mobilizaram para consolidar um retrato de como a pandemia afetou o mundo não só na saúde, mas na economia, na educação, na violência, na mobilidade e até no próprio trabalho de recolher e relacionar dados para transformá-los em informações.O resultado é “um mundo virado de cabeça para baixo”, afirmam os coordenadores da publicação, Angela Me, da UNODC (Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime), e Heishan Fu, do Banco Mundial.Ativista mostra máscaras descartadas recolhidas em uma praia na área residencial de Discovery Bay, em Hong Kong
Foi em abril, no dia 17, que o coronavírus matou 17 pessoas por minuto no mundo, na maior taxa diária registrada desde o começo da pandemia.Em 24 horas, 12.532 foram as vítimas. De 20 países em janeiro, a Covid-19 se alastrou para 212 nações e territórios em todos os continentes, com exceção da Antártida (e de menos de 30 ilhas no Pacífico).O Estados Unidos assumiram a liderança no número de casos diários, e só no final de abril países europeus que viveram um colapso hospitalar, como Itália, Espanha e França, começaram a dobrar suas curvas para baixo.Em 164 nações, foram impostas 33.712 restrições diferentes à entrada ou saída de pessoas, o que derrubou o setor de aviação: a procura por passagens despencou 98,4% em relação ao mesmo mês do ano anterior, um desastre inédito para as companhias aéreas.
Os bloqueios, que tentavam frear o contágio enquanto os países reforçavam suas estruturas de vigilância e tratamento, se estenderam a quarentenas e confinamentos, nos quais os governos obrigaram (ou, em menor número, recomendaram) que as pessoas não saíssem de casa. A paralisação nas atividades colocou 60 milhões de pessoas na rota da pobreza extrema, segundo o Banco Mundial.As previsões da entidade, que antes apontavam para redução na porcentagem de pessoas que vivem com menos de US$ 1,90 por dia, de 8,1% para 7,8% .
A paralisação nas atividades colocou 60 milhões de pessoas na rota da pobreza extrema, segundo o Banco Mundial.As previsões da entidade, que antes apontavam para redução na porcentagem de pessoas que vivem com menos de US$ 1,90 por dia, de 8,1% para 7,8% neste ano, agora preveem alta para 8,6% (o primeiro retrocesso desde que os dados começaram a ser registrados, em 1981).A emergência será maior na África, onde o impacto sanitário se soma ao econômico —ao sul do deserto de Saara, 56% da população mora em favelas, segundo a ONU Habitat—, mas a pobreza ameaça também alguns dos países mais ricos do mundo.Números da OCDE (o clube de países ricos) mostram que, na média de seus membros, 36% das famílias ficariam sem recursos para se manter após três meses sem renda.Na Lituânia, a parcela excede 60%; na Alemanha, no Reino Unido e na França, os maiores PIBs do continente, passam de 30%.1 8 Países ricos passam fome na pandemia do novo cornavírus
FONTE: FOLHA DE S. PAULO
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