terça-feira, 19 de maio de 2020

Por que o Canal do Panamá está ficando sem água

MUNDO
Falta de chuvas em 2019 obrigou autoridades do canal a reduzir quantidade e calado máximo de navios que atravessam todos os dias a faixa de 77 km entre o Atlântico e o Pacífico.
Quase 6% do comércio mundial trafegam pelo canal do Panamá — Foto: AFP
Uma ponte entre dois oceanos, uma brecha de água que divide a América em dois, um cinturão de concreto no ponto mais estreito do continente.
Por mais de um século, o Canal do Panamá, uma das maiores obras de engenharia latino-americana do século 20, tem sido a rota mais curta entre os dois maiores oceanos do mundo.
Por ele passam quase 6% do comércio mundial: a cada ano, mais de 12 mil embarcações cruzam de um lado ao outro suas mercadorias e passageiros envolvendo mais de 140 rotas e 160 países.
Mas a via artificial aberta entre os oceanos Pacífico e Atlântico em 1914 sofre desde o ano passado uma de suas piores crises naturais e não tem ver a ver com os esforços para manter seu funcionamento em tempos de coronavírus: está falando água.
Segundo comunicado em janeiro da Autoridade do Canal, órgão público que o administra, uma queda de 20% das chuvas em 2019 colocou em xeque o complicado mecanismo de eclusas que move navios de um oceano para o outro. Foi o quinto ano mais seco em sete décadas.
"Tivemos um ano extremamente seco e isso nos levou a implementar várias medidas para garantir a conservação dos recursos hídricos", explica Carlos A. Vargas, vice-presidente de água e meio ambiente do Canal do Panamá, à BBC Mundo (serviço da BBC em espanhol).

Desde o ano passado, as autoridades do canal reduziram a quantidade de embarcações que atravessam todos os dias como medida para economizar água, além de reduzir o calado máximo dos navios que poderiam atravessá-lo.
A partir de fevereiro, as embarcações que passam por ali também devem pagar pela água doce que consome: uma tarifa fixa de até US$ 10 mil (depende do tamanho do barco) e uma variável em relação ao nível do lago ligado ao canal no dia da travessia.
Lago artificial Gatún tem sofrido com a queda no volume de chuvas — Foto: AFP
Lago artificial Gatún tem sofrido com a queda no volume de chuvas — Foto: AFP
Segundo afirmou a Autoridade do Canal à BBC Mundo, no início de maio, a estratégia dava sinais positivos e o nível de água do lago que permite o funcionamento do canal havia dado margem a um aumento dos calados dos navios que transitam ali.
No entanto, às vésperas da estação das chuvas, os meteorologistas panamenhos ainda não conseguem chegar a um acordo sobre o que esperar para este ano: se as chuvas facilitarão a tarefa ou se a seca predominará novamente.
Mas como um canal entre dois oceanos pode ficar sem água?

Como se abastece o canal

Conforme explica o geógrafo e hidrólogo panamenho Gustavo Cárdenas Castillero, um dos diversos problemas técnicos enfrentados pelos engenheiros que construíram o canal é o desnível entre os dois oceanos que o trajeto conecta.
"Para resolver isso, foi criado um sistema de eclusas que usa água doce oriunda de um lago artificial, o Gatún, projetado para lidar com esse desnível", afirma Castillero.
Foi necessário inundar cidades e enterrar montanhas para a construção da barragem, que abrange uma área de mais de 430 km² e que também contribui para o suprimento de água potável em grande parte do país.
"Gatun é a principal porção artificial de água que os navios usam para se mover através do canal, e é o que alimenta as eclusas de água doce", diz Castillero.
No entanto, a passagem de cada navio tem um gasto extraordinário de água doce.
"Gasta-se uma média de 50 milhões de galões de água a cada trajeto completo do Atlântico para o Pacífico através das antigas eclusas", explica Vargas.
Esse volume de água serviria para encher 75 piscinas olímpicas.
Órgão que administra canal afirma que até agora tráfego foi pouco atingido pela recessão em torno da pandemia — Foto: AFP
Órgão que administra canal afirma que até agora tráfego foi pouco atingido pela recessão em torno da pandemia — Foto: AFP
Em dias normais, passam cerca de 35 embarcações por ali, o que totaliza o equivalente a mais de 2,6 mil piscinas olímpicas diariamente.
Segundo Vargas, esse foi um dos problemas que se buscou resolver com o projeto de novas eclusas para o canal, elaborado no início deste século e concluído há quatro anos.
"Nas novas eclusas, há três pontos que permitem otimizar o uso da água. O canal de navegação ficou mais profundo, a fim de garantir um maior calado, o nível de operação do lago Gatún foi elevado e um sistema de reúso de água, que reduz o consumo em até 60%", explica.
No entanto, mesmo com as novas estruturas, o Panamá gasta quase 30 piscinas olímpicas de água doce por barco.

O lago artificial

Os responsáveis pelo canal estão em alerta desde meados do ano passado por causa dos baixos níveis de chuvas em 2019.
"Neste ano, um dos mais secos que o Panamá já teve, tivemos um El Niño forte e um aumento das temperaturas e da variabilidade das chuvas", comentou Castillero.
Segundo ele, há um outro fator importante: uma "maior transpiração dos corpos de água" que alimenta a vida aquática.
De acordo com um estudo da Autoridade do Canal do Panamá, o nível de temperatura na área da bacia do Canal aumentou entre 0,5º e 1,5ºC, a evaporação dos lagos Gatún e Alhajuela (outra represa do sistem) subiu 10%.
Segundo Vargas, da Autoridade do Canal do Panamá, o déficit de chuvas levou à suspensão da geração de energia hidrelétrica e de auxílios hidráulicos para os navios trafegarem.

Canal em tempos de coronavírus

Segundo a administração do canal, as taxas de consumo de água continuarão sendo cobradas mesmo se os níveis de Gatún se recuperem.
Se o movimento ficar estável em relação aos anos anteriores, os lucros em torno do canal devem subir. Segundo dados oficiais do ano fiscal de 2019, o volume de carga transportada foi recorde (450 milhões de toneladas) e a receita atingiu US$ 3,4 bilhões, a maior desde 1914.
No entanto, há incertezas sobre o impacto da pandemia de coronavírus no tráfego marítimo mundial. Um dos grandes desafios recentes no canal foi sanitário, tentando-se evitar que o contágio da doença se espalhasse entre os funcionários.
Até agora, o único indicador de impacto foi a leve redução do número médio de navios por dia, de 35 para 34.
Resta saber com será daqui pra frente.
"A equipe do Canal do Panamá acompanhará de perto como as cadeias de suprimento se reestruturarão nos próximos meses", afirmou o administrador do canal, Ricaurte Vásquez.
"Quando a pandemia se atenuar, estaremos de olho na consistência com que os governos regulam sua indústria de transporte".
    FONTE: BBC

segunda-feira, 18 de maio de 2020

EUA dizem que OMS fracassou ao não evitar mortes no mundo por Covid-19

MUNDO
EUA: OMS fracassou ao não evitar mortes no mundo | Mundo | Pleno.News
FONTE: REPRODUÇÃO PLENO NEWS
Genebra (Suíça), 18 mai (EFE).- O secretário de Saúde dos Estados Unidos, Alex Azar, afirmou nesta segunda-feira, durante a assembleia da Organização Mundial de Saúde (OMS), garantiu que a entidade "fracassou" na gestão internacional da pandemia da Covid-19, a doença provocada pelo novo coronavírus.


"A OMS não conseguiu a informação suficiente para atender o mundo, e muitas pessoas morreram", disse o representante americano no encontro, que está sendo realizado de maneira virtual."Isso não pode acontecer. 


A OMS precisa ser muito mais transparente e prestar contas", completou Azar.Em abril, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez anúncio do bloqueio do repasse que o governo faz à Organização Mundial de Saúde, sob a alegação de não concordar com a forma como foi gerida a crise provocada pela Covid-19.

Azar garantiu que os EUA, país com mais casos e mortes em decorrência da infecção pelo novo coronavírus, estão sendo bem-sucedidos no desenvolvimento de vacinas, algumas já em fase de testes com humanos."A forma transparente com que dividimos os resultados beneficiará a todo o mundo", disse o secretário de Saúde.

Segundo o representante, o governo americano destinou US$ 9 bilhões (R$ 51,6 bilhões) para financiar a resposta contra a pandemia.Além disso, Azar disparou contra a China, sem citar o nome do país, mas garantindo que não houve transparência no país. O secretário também criticou a OMS por não aceitar que Taiwan participasse a assembleia como observador.

Mais cedo, o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, assinou comunicado em que condena a exclusão do território chinês, que foi o primeiro a lançar alerta sobre a propagação do novo coronavírus."Democracias transparentes, vibrantes e inovadoras, como Taiwan, sempre respondem de forma mais rápida e efetiva às pandemias do que os regimes autoritários", garantiu o integrante do governo.

FONTE: EFE

Filhos de Trump insinuam que Biden é pedófilo e que coronavírus é farsa política

MUNDO

Em ano de eleições nos EUA, Eric e Trump Jr. atacam adversários do pai em redes sociais

Eric Trump é o terceiro filho de Donald TrumpImagem: Noam Galai/WireImage




Enquanto o número de mortos se aproxima de 90.000 nos Estados Unidos, Eric Trump - filho do presidente dos EUA, Donald Trump - sugeriu que a pandemia do novo coronavírus seria uma farsa e que os democratas a usam para prejudicar a campanha de reeleição de seu pai.Em entrevista para a Fox News, ele defendeu a reabertura dos negócios no país e afirmou que após o dia das eleições o vírus desapareceria "magicamente".
"Eles acham que estão tirando a maior ferramenta de Donald Trump, que é entrar em uma arena e preenchê-la com 50.000 pessoas todas as vezes", disse.E completou: "E adivinhem, depois de 3 de novembro, o coronavírus magicamente desaparecerá de repente e desaparecerá e todos poderão reabrir".
Até o momento, os números de contagiados e mortos nos Estados Unidos são os mais altos do mundo. Segundo a última contagem feita pela Universidade Johns Hopkins, divulgada hoje, já somam 1.486.376 casos.


FONTE: Do UOL, em São Paulo

Trump celebra resultados positivos de vacina contra Covid-19: ‘Grande dia’

MUNDO
Chris Kleponis/EFEO presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acena para fotógrafos
O presidente dos Estados UnidosDonald Trump, disse que esta segunda-feira (18) foi “um grande dia” em relação aos avanços nas pesquisas clínicas para desenvolvimento de vacinas e medicamentos contra a Covid-19.
“Alguns grandes anúncios estão por vir”, afirmou, durante reunião com representantes de restaurantes americanos.
A companhia de biotecnologia, localizada em Massachusetts, nos EUA, afirmou que, nesta primeira etapa do estudo, todas as pessoas submetidas a duas doses tiveram resultado satisfatório, com presença de anticorpos contra o coronavírus.
É importante ressaltar que, neste momento, os testes clínicos estavam focados na segurança do composto, e ainda não é possível cravar que ele será capaz de prevenir que pessoas sejam infectadas pelo vírus. Mesmo assim, a notícia é boa.
A Moderna começará uma segunda fase de estudo imediatamente para, em julho, passar para a última etapa. A empresa mira a possibilidade de ter a vacina disponível já no outono do hemisfério norte, algo que jamais aconteceu na história de desenvolvimento de vacinas.
*Com informações do Estadão Conteúdo
FONTE: JOVEM PANFONTE

Basílica de São Pedro reabre no Vaticano; Itália 'acende as luzes'

MUNDO
País volta, aos poucos, a uma relativa normalidade após ser um dos mais afetados pela pandemia do novo coronavírus

Foto: AFP
A Basílica de São Pedro, em Roma, abriu suas portas ao público nesta segunda-feira (18) de manhã, símbolo do retorno a uma relativa normalidade à Itália, onde o desconfinamento se acelera, com a retomada das missas e reabertura tímida de lojas e cafés.
Na presença de vários policiais usando luvas e máscaras cirúrgicas, um punhado de visitantes, seguindo as marcações no chão para respeitar uma distância mínima de 1,5 m, entrou na Basílica, fechada desde 10 de março, depois de medir a temperatura e desinfetar as mãos com álcool em gel.
Sob a enorme cúpula com mármore esculpido e policromado, os fiéis podiam ser contados com os dedos de uma mão, alguns recolhidos em oração de joelhos diante do túmulo do falecido papa João Paulo II. 
"Máscara no nariz!", ordena um membro da gendarmeria do Vaticano aos fiéis tentados a abaixar um pouco a máscara obrigatória para respirar melhor. 
Primeiro país a confinar há mais de dois meses toda a sua população para conter a pandemia de coronavírus, a península lamenta a morte de aproximadamente 32.000 pessoas. No entanto, o país experimenta desde 4 de maio um pouco de liberdade, graças ao primeiro levantamento parcial das restrições.
No domingo, os romanos pareciam se reapropriar da cidade eterna, sem nenhum turista estrangeiro e com poucos carros, mas atravessada por um número crescente de corredores, caminhantes e ciclistas, a maioria com máscaras.
Em Veneza, as gôndolas compareceram para oferecer seus serviços aos habitantes da cidade na ausência de turistas. Em Milão, as luxuosas lojas de moda abriram novamente suas portas, embora com poucos clientes. 
Vários pequenos e grandes comércios, salões de beleza, bares e restaurantes, foram autorizados a reabrir. "A Itália acende as luzes após 69 dias de fechamento", resumiu o jornal La Repubblica.
"Sinal de esperança" para o papa Francisco, as missas e as celebrações religiosas foram retomadas nas igrejas de Roma e no resto do país, com medidas adequadas de distanciamento social. 
Algumas lojas penduraram cartazes de protesto pelo fechamento prolongado e o atraso na atribuição de ajuda econômica: "Sem a ajuda do governo, não podemos abrir", dizia a porta de uma conhecida loja de eletrodomésticos da capital.

"AINDA É UM POUCO CEDO" 

"Não podemos nos dar ao luxo" de esperar pela descoberta de uma vacina para reabrir o país, justificou no sábado à noite o presidente do Conselho Italiano, Giuseppe Conte. "Nossos princípios permanecem os mesmos: proteger a vida, a saúde dos cidadãos. Mas devemos fazê-lo de maneira diferente", argumentou ele, enquanto a epidemia parece estar sob controle.
A propagação da pandemia parece estar sob controle e o saldo de mortos voltou a cair nesta segunda-feira para menos de 100 nas últimas 24 horas, pela primeira vez em dois meses.
Em Roma, pizzarias, confeitarias e outros comércios se prepararam para a reabertura nos últimos dias. Nesta segunda, algumas fachadas estavam abertas, mesas reapareceram nos terraços, mas a retomada parece limitada. "Ainda é um pouco cedo, vai ficar agitado esta tarde", quer acreditar Elena, que veio tomar seu café da manhã perto da praça Campo dei Fiori. 
Essa etapa do desconfinamento deixa a cada uma das 20 regiões uma ampla margem de manobra, às vezes alimentando "confusão" segundo certas vozes críticas.
Como em toda a Europa, à medida que o levantamento das restrições avança, a imprensa italiana se debruçou sobre as medidas planejadas, decifrando o que é autorizado e "o que permanece proibido". 
Família, amigos, colegas, agora os italianos poderão ver quem quiserem, em casa ou fora. No entanto, grandes reuniões seguem proibidas, como festas particulares. A máscara é obrigatória em espaços fechados com público. 
A próxima etapa está prevista para 25 de maio, com a reabertura de academias, piscinas e centros esportivos. Em 3 de junho, o país reabrirá suas fronteiras aos visitantes do espaço Schengen e, portanto, aos turistas europeus, a fim de relançar o setor do turismo o mais rápido possível.
 
artearte

FONTE: AFP

Apple vai chegar em breve a 100 lojas reabertas no mundo

TECNOLOGIA

Em nosso último apanhado de notícias sobre Apple relacionadas ao novo Coronavírus (COVID-19), cobrimos os planos de reabertura de algumas lojas na Itália. Com mais umas 25 localidades que reabrirão esta semana nos Estados Unidos e 12 no Canadá, a Apple terá de volta funcionando quase 100 lojas espalhadas pelo mundo.
Diante do cenário atual, a vice-presidente sênior de varejo + pessoas Deirdre O’Brien publicou uma carta aberta no site da Apple falando sobre as mudanças que foram e estão sendo feitas em suas lojas para conter a disseminação do Coronavírus.
Eis um resumo geral das medidas:
  • Todos os visitantes a Apple Stores serão obrigados a usar máscaras ou protetores faciais, e a Apple pretende prover isso a consumidores que não tiverem.
  • Todos os visitantes terão sua temperatura medida na entrada às lojas, e caso apresentem algum sintoma suspeito (como tosse ou febre) ou tenham tido contato recente com alguém contaminado (graças ao framework desenvolvido pela Apple e pelo Google) passarão por um questionário com orientações sobre o que fazer.
  • Haverá um limite de pessoas permitidas ao mesmo tempo dentro das lojas, de maneira a dar espaço/distanciamento para os clientes que lá estiverem.
  • A Apple implementou medidas extras de limpeza/desinfecção de todas as áreas e produtos expostos nas lojas, feitas algumas vezes ao dia.
  • Consumidores que forem buscar produtos comprados online ou deixar produtos para reparo poderão fazê-lo sem ter que entrar na loja de fato, em algumas localidades.
De acordo com O’Brien, a Apple não está com pressa para reabrir nenhuma loja:
Nosso compromisso é apenas avançar com a reabertura quando estivermos confiantes de que podemos retornar com segurança ao atendimento aos clientes de nossas lojas. Analisamos todos os dados disponíveis — incluindo casos locais, tendências de curto e longo prazo, e orientações de autoridades nacionais e locais de saúde. Essas não são decisões em que nos apressamos — e a abertura de uma loja de maneira alguma significa que não daremos o passo preventivo de fechá-la novamente, se as condições locais o justificarem.
Por ora, não há nenhuma previsão de quando as duas lojas brasileiras — a Apple Morumbi, em São Paulo; e a Apple VillageMall, no Rio de Janeiro — reabrirão, até porque isso só poderá acontecer quando os shoppings forem liberados a funcionar.
A Apple tem hoje 510 lojas em todo o mundo, ou seja, cerca de 80% ainda permanecem fechadas.

FONTE: MAC MAGAZINE

China pede que empresas de alimentos elevem estoques, com medo de nova onda Covid-19

MUNDO
139064094_15897041932791n.jpg
Os residentes recebem teste de ácido nucleico em um posto instalado em uma escola primária no distrito de Dongxihu, em Wuhan, Província de Hubei, no centro da China, em 15 de maio de 2020. (Xinhua/Xiao Yijiu).
CINGAPURA/PEQUIM (Reuters) - A China pediu que empresas de comércio e processadoras de alimentos aumentem os estoques de grãos e oleaginosas diante de uma possível segunda onda do coronavírus e o agravamento das taxas de infecção em outros lugares levantam preocupações sobre as linhas de suprimento globais.
Negociadores estatais e privados de grãos, assim como produtores de alimentos, foram orientados a adquirir maiores volumes de soja, óleo de soja e milho durante conversas com o Ministério do Comércio da China nos últimos dias, disseram três fontes comerciais à Reuters.
-- "Existe possibilidade de um colapso no fornecimento devido às infecções por coronavírus. Por exemplo, um porto de origem ou destino pode fechar", disse um trader sênior de um dos maiores processadores de alimentos da China, que conversou na semana passada com autoridades para discutir compras.
 -- "Eles nos aconselharam a aumentar os estoques, manter os suprimentos mais altos do que normalmente temos. As coisas não parecem bem no Brasil", acrescentou, referindo-se ao principal fornecedor de soja da China e importante exportador de carne, cujo número de casos da Covid-19 superou os de Espanha e Itália.
Uma segunda fonte na China informada por uma pessoa que participou de uma das reuniões disse que o Ministério do Comércio da China se reuniu com algumas estatais na terça-feira para discutir como garantir suprimentos durante a pandemia.
 -- "Uma das principais preocupações é como a epidemia na América do Sul pode impactar o fornecimento (de soja) para a China", afirmou a fonte.
 O Ministério do Comércio da China não respondeu a um pedido de comentário sobre planos para aumentar estoques de alimentos. Mas negociadores estatais e privados de grãos, assim como produtores de alimentos, foram orientados a adquirir maiores volumes de soja, óleo de soja e milho durante conversas com o Ministério do Comércio da China nos últimos dias, disseram três fontes comerciais.
Os embarques brasileiros de soja foram reduzidos ​​em março e abril devido à uma combinação de fortes chuvas e mão de obra reduzida, à medida que entraram em vigor regras de contenção por causa do coronavírus, levando a uma queda nos estoques chineses de soja para baixas recordes.
As chegadas do Brasil desde então se recuperaram, mas autoridades continuam cautelosas com novas interrupções.
Nas últimas semanas, o conglomerado agrícola estatal chinês COFCO e o distribuidor de grãos Sinograin aumentaram as compras de soja e milho nos EUA.
Pequim também aumentou suas alocações de cotas de importação para os principais compradores de grãos, abrindo caminho para novas compras em potencial.

Economia da China está se recuperando apesar dos desafios, diz Xinhua

Beijing, 15 mai (Xinhua) -- As atividades econômicas da China continuaram se normalizando, uma vez que os dados mais recentes sobre produção industrial, vendas no varejo e investimento indicaram melhorias no geral, embora a recuperação ainda enfrente incertezas e desafios devido à disseminação global do novo coronavírus.
O setor industrial foi um dos mais rápidos a se recuperar do impacto do vírus, com a produção industrial de valor agregado retornando a crescer no mês passado, a primeira expansão desde o surto da COVID-19, ao passo que as atividades de manufatura se recuperaram após o abrandamento das medidas de controle.
Em abril, a produção industrial de valor agregado aumentou 3,9% em termos anuais, recuperando-se da queda de 1,1% em março e da queda de 13,5% no primeiro bimestre do ano, mostraram os dados do Departamento Nacional de Estatísticas (DNE) divulgados nesta sexta-feira.
Sendo outros sinais de recuperação, o índice para a produção de serviços caiu 4,5% no mês passado, menor que a queda de 9,1% em março, enquanto as vendas no varejo de bens de consumo baixaram 7,5%, recuperando-se de uma queda de 15,8% no mês anterior.
O investimento em ativos fixos caiu 10,3% nos primeiros quatro meses, 5,8 pontos percentuais menor que a queda no primeiro trimestre.
Com os esforços consolidados de controle epidêmico e a restauração das atividades econômicas, os principais índices têm sustentado uma tendência de melhora desde março, informou o DNE em um comunicado.
"Mas ainda é um desafio para a economia anular o grave impacto causado pela epidemia", disse a porta-voz do DNE, Liu Aihua, em uma entrevista coletiva, ao responder sobre quando a economia chinesa poderia voltar a crescer.
A economia chinesa recuou 6,8% ao ano no primeiro trimestre, quando o surto do coronavírus causou um grande golpe na atividade econômica. Embora a epidemia tenha sido basicamente controlada dentro do país, a disseminação global do vírus e o colapso da demanda externa complicarão a futura recuperação da segunda maior economia do mundo.
Apesar das incertezas, Liu enfatizou a confiança na economia, uma vez que os fundamentos e a tendência de crescimento a longo prazo não mudaram, citando a escala econômica, a forte resiliência, os novos motores de crescimento e as macropolíticas flexíveis do país como os principais fatores que sustentam o crescimento.
À medida que o vírus continua a se espalhar pelo exterior, a China ajustará oportunamente suas políticas de resposta para buscar a normalização total de sua economia, assinalou Liu.
Diante dos choques econômicos da epidemia, a China aumentou o apoio político às frentes monetária e fiscal para retomar a economia e ajudar as empresas, especialmente as de pequeno porte, a superar as dificuldades.
Sobre os dados, Wen Bin, analista-chefe do China Minsheng Bank, comentou que o gargalo na recuperação econômica da China mudou da retomada dos negócios e da produção ao longo da cadeia da indústria para a demanda ainda não totalmente recuperada.
Macropolíticas mais fortes devem ser adotadas para estimular a recuperação da demanda, incluindo novos cortes de depósitos compulsórios para os bancos comerciais e o aumento da escala dos títulos de governos locais, destacou Wen.
Em uma nota de pesquisa divulgada antes da sessão anual da Assembleia Popular Nacional (APN) agendada para 22 de maio, o China International Capital Corporation Limited (CICC), um banco de investimento, disse esperar metas mais flexíveis para o crescimento econômico e uma política macroeconômica anticíclica mais forte.
O CICC prevê que a proporção do deficit aumentará de 3 a 4 pontos percentuais e a estabilização do emprego provavelmente será a máxima prioridade do governo em 2020.
Os dados de sexta-feira também mostraram que o mercado de trabalho da China permaneceu em geral estável no mês de abril, com a taxa de desemprego pesquisado nas áreas urbanas em 6%, 0,1 ponto percentual a mais do que em março.

China realiza diariamente 1,5 milhão de testes COVID-19

Beijing, 16 mai (Xinhua) -- A China é capaz de realizar 1,5 milhão de testes de ácido nucleico para COVID-19 todos os dias. Essa capacidade precisa ser melhorada à medida que o trabalho e a produção estão sendo retomados, declarou no sábado Guo Yanhong, funcionária da Comissão Nacional de Saúde, em uma coletiva de imprensa em Beijing.
A Comissão pediu que todas as instituições médicas qualificadas e registradas no país realizassem testes de ácido nucleico desde o final de janeiro, para lidar com o rápido crescimento dos casos de COVID-19, disse Guo Yanhong.
O próximo passo será intensificar a construção e a gestão dos laboratórios, a gestão da biossegurança e a formação de pessoal médico, revelou Guo.
Tags:
 
Fonte:
 Reuters/Xinhua

Carne brasileira está entre as mais baratas no mundo com US$ 33,00/@ e país é o único com volume para atender grandes demandas

MUNDO
Embrapa lança guia de melhoramento genético em gado de corte ...
FOTO: REPRODUÇÃO
O Consultor de Agronegócio do Itaú BBA, César de Castro Alves, destacou que está surpreendido com a firmeza os preços da arroba. “As carnes de frango e suínas estão se recuperando, porém a carne bovina não sentiu o efeito desde o início da quarentena no Brasil e isso mostra como o mercado está organizado”, ressaltou.
Na semana passada, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontou que no primeiro trimestre houve uma redução de 9,2% nos abates de animais que foi motivada por uma oferta restrita de animais e pelo fato dos pecuaristas terem segurado os animais nos pastos.
 “Eu acredito que tem um pouco de gado represado à espera de preços melhores para o segundo semestre, mas essa resistência do produtor vai diminuindo à medida que inicia a comercialização. Se a indústria tentar pressionar o mercado, os pecuaristas não vão negociar”, relata Alves.
Do lado da demanda interna, o consultor explica que não deve quedas de preços ofertados pela a arroba e que não deve estimular o consumo. "O mercado interno está muito enigmático de se entender e todos os setores de proteínas foram afetados", diz. 
Por:
 Aleksander Horta
Fonte:
 Notícias Agrícolas

OMS registra 100 mil casos de coronavírus no mundo em um dia pela primeira vez

COVID-19

Número ocorre na véspera da assembleia geral da entidade, com reuniões virtuais por causa da pandemia 

Por Leandro Lessa



Assembleia geral da Organização Mundial de Saúde
Assembleia geral da Organização Mundial de Saúde
(Foto: )

Pela primeira vez, o número de casos registrados do novo coronavírus em um único dia superou o número de 100 mil em todo o planeta. O fato ocorreu neste domingo (17), segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), que realiza a sua 73ª Assembleia Geral com os países membros da entidade, reduzida em dois dias e com reuniões de forma virtual devido à pandemia.

FONTE:NSC


Covid-19: EUA fará estudo extenso para comprovar eficácia da hidroxicloroquina

  • MUNDO
  • Hidroxicloroquina é um dos medicamentos promissores contra a Covid-19 CADU ROLIM/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO














O Instituto Nacional da Saúde (NIH), órgão do Ministério da Saúde dos Estados Unidos, lançou um teste clínico extenso para avaliar a eficácia da combinação entre a hidroxicloroquina e o antibiótico azitromicina para evitar a hospitalização e mortes por Covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus.
Estudos menores da China – e do Brasil, como no Piauí – sugerem que o tratamento alivia a infecção respiratória, diminuindo a letalidade da doença. No entanto, ao mesmo tempo, há pesquisas que apontam para nenhuma melhora após o uso da hidroxicloroquina e, até mesmo, que seu uso pode causar efeitos colaterais como parada cardíaca.
Hoje, a aplicação da hidroxicloroquina só pode ser feita em pacientes hospitalizados, para que haja acompanhamento médico de perto para efeitos colaterais.
Muitos testes clínicos estão sendo realizados ao redor do mundo, mas este novo é o maior até então: randômico, com 2 mil participantes em 30 locais diferentes dos Estados Unidos.

FONTE: JOVEM PAN

Cidade da França celebra primeira missa drive-thru do mundo

MUNDO

As medidas de distanciamento social em vigor na França preveem que as reuniões religiosas não possam ser celebradas presencialmente até o dia 2 de julho
No primeiro final de semana após suspender as medidas da quarentena, os parisienses saíram as ruas e aproveitaram o domingo (17) de sol em nos canais da cidade.
Cerca de 500 fiéis celebraram, neste domingo, a primeira missa acompanhada de dentro dos carros — no esquema drive-thru. O feito inédito no mundo aconteceu em Champagne, cidade que fica a 528 km de Paris.
Mais de 200 veículos se juntaram à Eucaristia convocada pelo bispo local, François Touvet, no estacionamento do Capitólio da cidade. A iniciativa será repetida pelo menos nos próximos dois domingos, conforme relatado no site da Diocese de Châlons.
As medidas de distanciamento social em vigor na França preveem que as reuniões religiosas não possam ser celebradas presencialmente até o dia 2 de julho.
Assim, os líderes da diocese disponibilizaram aos seus fiéis um protocolo de saúde e segurança para a celebração da missa, como permitir até 4 pessoas por carro e proibir a saída do veiculo. Quem quisesse se comunicar, tinha de acender as luzes de emergência para avisar os padres encarregados de dar a comunhão.
Os organizadores publicaram em no site as músicas planejadas para a Eucaristia e os fiéis levaram as letras impressas de casa. Eles também exigiram que os participantes desinfetassem as mãos antes de comungar, o que foi feito sem sair do carro.
A França permite que as pessoas viajem até 100 quilômetros ao redor de suas casas, algo que a diocese de Châlons não quis desperdiçar para “mostrar criatividade, em conformidade com as normas de saúde, e reunir os fiéis de uma maneira que lhes permita ser estritamente separados”.
*Com informações do repórter Victor Moraes

FONTE: JOVEM PAN



Adicionar legenda