domingo, 3 de maio de 2020

Governo do Estado pulveriza ruas de Belém no combate à Covid-19, com apoio de empresas e entidades




Vias de vários bairros receberam hipoclorito de sódio, que desinfeta sem prejudicar a saúde de pessoas e animais

03/05/2020 12h36 - Atualizada hoje 14h42
Por Bruno Magno (CPH)
A desinfecção no Ver-O-Peso, passando pela feira e os mercados de Peixe e CarneFoto: Marcelo Seabra / Ag. ParáComo medida de prevenção ao novo Coronavírus, o governo do Estado, em parceria com diversos órgãos e entidades, promoveu a pulverização das principais vias de Belém na manhã deste domingo (3). Com ajuda de 10 tratores e 10 pulverizadores, as ruas receberam hipoclorito de sódio, produto utilizado como desinfetante, mas que não oferece perigos à saúde humana e de animais.
"Vamos higienizar muitos locais, como corrimões, escadas e ruas, onde as pessoas costumam ter muito contato. Gostaria de ressaltar que isso só foi possível devido à união de um conjunto de órgãos do Estado e empresas que viabilizaram a pulverização. Aliado a isso, lembramos que a recomendação é ficar em casa para evitar novos contágios pelo vírus", disse o ouvidor-geral do Estado, Arthur Houat, um dos organizadores da ação.O trabalho de prevenção ao vírus mobilizou 10 tratores e 10 pulverizadoresFoto: Kleberson Santos /Ag. PArá
O trabalho começou por volta das 8 h na Avenida Visconde de Souza Franco (Doca). Em seguida, as equipes passaram pelo Ver-O-Peso, ruas do Comércio e Avenida Presidente Vargas até o bairro de São Brás. No percurso, também houve desinfecção na Avenida Governador José Malcher, Rua Doutor Assis, travessas Boaventura da Silva e 14 de Março, seguindo pela Rua Djalma Dutra. Os pulverizadores passaram ainda pela Rua Curuçá até a Avenida Generalíssimo Deodoro, seguindo pela Avenida Conselheiro Furtado, Travessa Padre Eutíquio, ruas dos Apinagés e dos Tamoios, Avenida Serzedelo Correa, ruas dos Timbiras e Gama Abreu, e novamente a Avenida Presidente Vargas.Avenida Presidente Vargas, uma das mais importantes vias da capital paraense, também esteve no trajeto da desinfecçãoFoto: Marcelo Seabra / Ag. Pará
Parcerias - Os 10 pulverizadores usados têm capacidade para 4 mil litros do produto, que foram doados pelas empresas Raimundo da Fonte e Vale. A empresa Hydro custeou o traslado dos equipamentos até Belém, que foram enviados dos municípios de Paragominas e Capitão Poço, no nordeste paraense. “O Sistema Faepa/Senar/Sindicatos e a Citropar Zampa acreditam que nesse momento todos os segmentos da sociedade precisam dar sua colaboração para combater a pandemia. E o agro apoia as iniciativas de combate ao Coronavírus”, disse o vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Pará, Claudio Aparecido Zamperline Júnior.
Ruas do centro histórico de Belém receberam a solução de hipoclorito de sódioFoto: Marcelo Seabra / Ag. Pará
Realizando outras ações de combate ao novo Coronavírus, como a colocação de torneiras públicas para higienização em vários pontos de Belém, a Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa) também integra os trabalhos. "A Consanpa participa da ação oferecendo água e produtos químicos que foram misturados à água sanitária, após avaliação técnica. É uma ação importante, porque vai desinfetar ruas e fachadas da cidade com a passagem dos tratores e pulverizadores. É importante ressaltar que nos já fizemos essa ação em outras cidades, e agora estamos fazendo em Belém", destacou o presidente da Cosanpa, José Antônio De Angelis.Militares da PM e do Corpo de Bombeiros também participam da ação nas vias da capitalFoto: Marcelo Seabra / Ag. Pará
Além da Cosanpa, participam da força-tarefa tarefa o Corpo de Bombeiros Militar, a Polícia Militar, Ouvidoria-Geral do Estado, Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme), além das empresas Hydro, Vale, Citropar Zampa e Raimundo da Fonte, com apoio do Sistema Faepa.
O trabalho de pulverização em ruas e feiras de Belém prossegue até 13 de maio. Bairros da periferia também estão na programação.
agência pará 

No sábado, índice de isolamento social no Pará atinge 64%




Com mais pessoas em casa para evitar propagação do novo Coronavírus, o Estado fica em 5º lugar no ranking nacional

03/05/2020 13h14 - Atualizada hoje 17h06
Por Aline Saavedra (SEGUP)
Com 64,34% das pessoas em casa no sábado (2), o Pará ficou em 5º lugar no ranking de isolamento social, atrás de Goiás (69,06%), Amapá (66,36%), Maranhão (66,22%) e Piauí (64,97%). O número é considerado bom, uma vez que as organizações de saúde apontam a necessidade de 70% das pessoas em casa para que seja possível frear a proliferação do novo Coronavírus. 
Os dados foram divulgados na manhã deste domingo (3) pela Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), por meio da Secretaria Adjunta de Inteligência e Análise Criminal (Siac). Esse foi o segundo melhor índice de isolamento alcançado pelo Pará. O primeiro foi no dia 5 de abril, quando 64,60% das pessoas ficaram em suas residências.Menos pessoas nas ruas e uso de máscara são essenciais no combate à propagação do novo CoronavírusFoto: Bruno Cecim / Ag.Pará
Segundo o titular da Segup, Ualame Machado, melhor que a posição no ranking nacional é a taxa de isolamento alcançada. “O Pará, no último sábado, permaneceu entre os 10 melhores lugares da Federação em isolamento social, na quinta posição, que apesar de ser bom, o melhor é o fato de termos alcançado o percentual de 64,34%, que ainda não é o ideal. Porém, é a nossa segunda melhor taxa de isolamento social da linha histórica, não ficando muito diferente do melhor índice, o que demonstra que a população vem tendo consciência, apesar de alguns só depois da crise vivida na crise de saúde. A gente espera que no domingo, que é um dia que as pessoas usufruem para o descanso, e ao longo da semana a gente possa alcançar 70% de isolamento social, e que possamos vencer a propagação do novo Coronavírus. Contamos com todos para alcançar os 70% de isolamento social”, ressaltou o secretário.
Municípios – De acordo com o levantamento, ao analisar as cidades paraenses, os três melhores índices de isolamento, com as pessoas passando mais tempo em casa, estão nos municípios de Santa Luzia do Pará (89,0%) e Viseu (88,6%) – ambos no nordeste - e Anajás (88,3%), no Marajó. Os piores índices são em Mãe do Rio (50,2%) e Rondon do Pará (54,5%) - no nordeste -, e Santarém (54,9%), no oeste.
Nos municípios de Marabá (sudeste) e Santarém, que já contam com Hospitais de Campanha para pacientes de Covid-19, e Breves (no Marajó), que espera apenas equipamentos para a unidade, as taxas de isolamento registradas no sábado foram, respectivamente, 63,6%, 54,9% e 68,8%.
Belém e Ananindeua – Em Belém, incluindo os distritos, os bairros com as maiores taxas de concentração em casa no sábado foram: Tapanã (86%), Paracuri (81,5%) e Benguí (80,7%). Já os bairros onde as pessoas desobedeceram à recomendação de ficar em casa, registrando um baixo índice de isolamento, foram: Campina (39,3%), Reduto (46,8%) e Sacramenta (47,1%). 
Em Ananindeua, os melhores índices foram registrados nos bairros Jaderlândia (89%), Águas Brancas (81,9%) e Águas Lindas (76,6%). Já os piores índices foram observados nos bairros Icuí (51,5%), Cidade Nova VI (52,9%) e 40 Horas (54%). No sábado, a capital paraense registrou índice de 63,6% e Ananindeua, 66,7%.
Serviço: A porcentagem de isolamento dos 144 municípios paraenses e o monitoramento completo estão disponíveis em um espaço exclusivo sobre os índices no site da Segup - http://www.segup.pa.gov.br/
Índices de isolamento por bairro em Belém no sábado (2):
Melhores: Tapanã (86%), Paracuri (81,5%) e Benguí (80,7%)
Piores: Campina (39,3%), Reduto (46,8%) e Sacramenta (47,1%).
Índices de isolamento por bairro em Ananindeua no sábado (2):
Melhores: Jaderlândia (89%), Águas Brancas (81,9%) Águas Lindas (76,6%)
Piores: Icuí (51,5%), Cidade Nova VI (52,9%) e 40 Horas (54%).
agência pará 

Centro de Perícias dobra capacidade de verificação de óbito e acaba com fila de carros funerários




O reforço agiliza a análise de mortes por causas naturais e doenças, nas quais se incluem as provocadas pelo novo Coronavírus

03/05/2020 15h27 - Atualizada hoje 19h45
Por Bruno Magno (CPH)
O Centro de Perícias Científicas Renato Chaves (CPC), em Belém, eliminou a fila de carros funerários em frente ao órgão, informou na tarde deste domingo (3) o diretor-geral do CPC, Celso da Silva Mascarenhas. O órgão dobrou a capacidade técnica para atender a crescente demanda da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) ao Serviço de Verificação de Óbito (SVO), responsável pela análise das mortes por causa natural ou doenças diversas. O atendimento é diferente do serviço realizado pelo Instituto Médico Legal (IML), que investiga mortes violentas ou acidentais.
O Centro de Perícias amplia capacidade para agilizar a liberação de corposFoto: Bruno Cecim / Ag.Pará"O IML dobrou sua capacidade técnica funcional para atender a essa crescente demanda de óbitos naturais. Nos já tiramos o contêiner antigo das dependências e trocamos por um novo contêiner, no sentido de atender a uma quantidade maior de corpos, principalmente para dar suporte à demanda reprimida de ontem (sábado)", informou Celso da Silva Mascarenhas, diretor-geral do CPC Renato Chaves. "O CPC já havia adquirido um contêiner com capacidade para 35 corpos desde domingo passado. A Sespa já nos forneceu outro com capacidade para 15 corpos, e hoje vamos instalar mais um com capacidade para 25 corpos", completou. 
Liberações – Segundo o diretor, o Centro de Perícias já incrementou o quadro administrativo para reforçar o SVO. A fim de oferecer mais conforto aos familiares que aguardam as liberações, também serão montadas mais cinco tendas no CPC neste domingo. Até o final da manhã foram liberados 26 corpos, entre eles oitos suspeitos de mortes por Covid-19. O tempo médio de liberação é de 20 a 40 minutos em relação ao último sábado (2). O SVO concentrou esforços para liberar cerca de 50 corpos ainda hoje para as famílias.
Pessoas que morrem de causa natural em domicílio, por exemplo, a solicitação para remoção do corpo não poderá ser feita diretamente por um familiar. Nesses casos, o familiar deve ir a uma Delegacia e registrar o boletim de ocorrência, para que a autoridade policial acione a equipe de remoção do SVO.
Em relação às mortes naturais em hospitais e outras unidades de saúde, a solicitação de remoção ao SVO será feita pelo médico, isto quando o paciente tem menos de 24 horas de internação e a equipe médica não tenha condições clínicas de atestar a causa da morte.
O mesmo ocorre nos casos em que o paciente esteja com mais de 24 horas de internação em uma unidade hospitalar e os médicos não tenham condições de atestar a causa do óbito. Nessa situação, o caso é considerado como de interesse epidemiológico ou científico e, por isso, a equipe médica solicita a remoção do corpo.
agência pará 

Governo do Pará prevê 'lockdown' se índice de isolamento não alcançar 70%




Em entrevista à Globo News, governador Helder Barbalho também anunciou a chegada hoje à noite de equipamentos comprados na China

03/05/2020 15h48 - Atualizada hoje 16h44
Por Carol Menezes (SECOM)
O Governo do Pará deve ampliar as restrições à circulação de pessoas a partir da próxima terça-feira (06), se o índice de isolamento social não alcançar o percentual de 70%, determinado pelo Ministério da Saúde e pela Organização Mundial de Saúde (OMS), para o combate à disseminação do novo Coronavírus. Em entrevista à Globo News, concedida na manhã deste domingo (3), o governador Helder Barbalho confirmou que medidas mais rigorosas, como bloqueio de ruas, devem fazer parte de decreto estadual nesta semana.Governador Helder Barbalho na entrevista à Globo News, em que anunciou a possibilidade de adotar medidas mais rigorosas para conter a Covid-19Foto: Divulgação / GloboNews
O reforço nas restrições, em um primeiro momento, não deve atingir todo o Pará, e sim os 18 municípios que concentram 95% dos casos de Covid-19 - incluindo os da Região Metropolitana de Belém (RMB). A justificativa para o possível lockdown está no aumento do número de mortes pela doença, que triplicou em uma semana, registrando um aumento de 222%, muito acima da média nacional, de 68%, no mesmo período.
"O momento é de muita dor, e nos exige união e ação do Poder Público no sentido de garantir atendimento e direito ao acesso aos serviços de saúde. Temos feito todos os esforços naquilo que cabe ao Governo, e este também é um momento de reflexão para a necessidade do isolamento social. Números mostram um avanço muito rápido e acentuado dos casos da Covid-19; número de óbitos alarmante. Trezentos e seis irmãos e irmãs já perderam a vida, e temos feito apelo para que a população possa nos ajudar a diminuir este pico de crescimento, para que o sistema de saúde possa suportar a quantidade excessiva de procura", ressaltou o governador.
Mais equipamentos - Segundo Helder Barbalho, o índice de ocupação dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no Estado é de 80%, mas aumenta para 96% quando se trata somente da RMB. Entre sexta-feira (1º) e hoje, foram criadas 68 novos vagas de tratamento intensivo, e ainda neste domingo é aguardado o voo que vem da China com o primeiro lote do total de 400 respiradores comprados com recursos do Tesouro estadual. A expectativa é receber entre 150 e 200 aparelhos neste domingo, e o restante em um novo voo programado para 09 de maio (próximo sábado). A carga inclui ainda 1,6 mil bombas de infusão e 500 monitores paramétricos. A logística depende dos trâmites alfandegários na China.Helder Barbalho confirmou a chegada de mais equipamentos para ampliar o volume de atendimentoFoto: Divulgação / GloboNews
"Com esses equipamentos, ampliaremos leitos de UTI na Região Metropolitana e também para cidades do interior que precisam do reforço correto", informou Helder Barbalho, confirmando a instalação de mais Hospitais de Campanha em Belém e outros municípios. No início da semana, adiantou Helder Barbalho, será apresentado um plano logístico relacionado à criação dessas estruturas hospitalares nas microrregiões do Estado, que servirão de retaguarda aos 14 hospitais referenciados em todo o Pará para o tratamento da Covid-19.
O governador voltou a lamentar a queda no percentual de pessoas em casa nas últimas semanas, e afirmou ter feito na sexta-feira um último apelo antes de "ser obrigado" a tomar medidas mais drásticas. "Média de 45% a 50% de isolamento é muito baixo. Sei o quanto é sofrido estar em casa por tanto tempo, e agradeço a quem já faz o esforço, mas precisamos ir adiante. Estamos na fase de conclusão de um projeto com bastante restrição, no caminho do lockdown, e até terça, se não houver uma resposta efetiva de ampliação do convencimento por parte dos que não entenderam a realidade, eu serei obrigado a ampliar as medidas", reiterou.
Serviço funerário - Questionado sobre a situação do sistema funerário, principalmente na capital, Helder Barbalho admitiu que "não há justificativa para que as coisas não sejam mais rápidas". Porém, explicou que a média era de cinco mortes em casa por dia, e agora são 50. "Estamos tentando desburocratizar o processo de despedida, dialogando com a Prefeitura de Belém, com os médicos, com a equipe legista, para que isso possa ser mais rápido. Orientei o fortalecimento das ações de assistência social e psicologia, para que possa haver um mínimo de conforto para os que perdem seus familiares", frisou o governador.
Em nota, a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) informou que, em função do aumento do número de mortes por Covid-19, houve dificuldade em contratar caminhões frigoríficos para auxiliar o Instituto Médico Legal (IML), mas esse serviço já foi regularizado.
agência pará 

Seduc distribui sopa a pessoas que esperam atendimento no hall do 'Abelardo Santos'




A ação visa ajudar pessoas que, muitas vezes, saem de casa em busca de atendimento sem a devida alimentação

03/05/2020 21h06 - Atualizada hoje 22h17
Por Leidemar Oliveira (SEDUC)
Em época de pandemia, receber um gesto de solidariedade nunca é demais para quem está precisando de todo tipo de ajuda. Pensando nisso, a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) resolveu mobilizar equipes de voluntários para auxiliar pessoas que buscam atendimento no Hospital Regional Dr. Abelardo Santos, no distrito de Icoaraci, em Belém.
Desde a última quinta-feira (30), a Secretaria distribui alimentos aos pacientes que aguardam para ser atendidos no hall do hospital. A equipe é formada por oito merendeiras de empresas terceirizadas, que se prontificaram a ajudar nesse momento em que as aulas da rede estadual estão suspensas. A equipe distribui diariamente cerca de 850 copos de sopa pela manhã e canja, à tarde.
Sofrimento amenizado - A secretária de Estado de Educação, Elieth de Fátima Braga, explicou que a ideia surgiu quando o governo do Estado decidiu transformar o Hospital Abelardo Santos em unidade de atendimento imediato a pacientes com sintomas respiratórios agudos. “Quando vimos a quantidade de pessoas, pensamos numa forma de ajudar e amenizar o sofrimento desses pacientes que, muitas vezes, saem de casa sem ao menos se alimentar”, informou.
Os voluntários são coordenados pela equipe de servidores da Secretaria Adjunta de Logística Escolar da Seduc. Os alimentos são comprados com recursos dos próprios servidores e órgãos envolvidos na ação.
Além da distribuição de sopa e canja no "Abelardo Santos", outra equipe de 20 profissionais de limpeza ajuda na higienização do Estádio Olímpico do Pará (Mangueirão), onde o governo abriga moradores em situação de rua como prevenção ao novo Coronavírus. Os agentes higienizam os espaços de vivência com produtos de limpeza, incluindo álcool em gel. A Seduc informou que a ação de solidariedade vai continuar enquanto durar a pandemia de Covid-19.
agência pará 

Área externa do Centro de Perícias Científicas passa por higienização




A iniciativa, que será constante, visa reduzir os riscos de contaminação de servidores e usuários

03/05/2020 18h43 - Atualizada hoje 19h47
Por Alexandre Cunha (CPC)
A direção do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves (CPC) promoveu, na manhã deste domingo (3), a limpeza da área externa da sede do órgão, em Belém, principalmente no galpão onde está estacionado o caminhão frigorífico que armazena corpos de suspeitos de Covid-19, que ainda serão analisados pelo Serviço de Verificação de Óbito (SVO), da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa).Toda a área externa em frente ao Centro de Perícias passou por limpezaFoto: Divulgação
O trabalho envolveu lavagem, capinação e maior vedação do espaço de acesso ao galpão, com o objetivo de garantir a segurança e saúde dos servidores que trabalham no local. “Temos que garantir a saúde de nossos servidores, tanto do CPC quanto dos servidores das equipes do SVO, para que continuem garantindo os serviços à população”, afirmou Celso Mascarenhas, diretor-geral do Centro de Perícias.
A limpeza nas áreas interna e externa na sede do CPC, de unidades regionais e núcleos avançados é uma ação constante do órgão. Há uma semana, internos custodiados da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) realizaram a higienização e desinfecção na sede, assim como no Núcleo de Crimes Contra a Vida (NCCV), que funciona nas instalações da Divisão de Homicídios (DH), no bairro de São Brás, em Belém.
Proteção - A direção também determinou a lavagem dos carros de remoção e colocou à disposição, como medida de prevenção aos servidores, vários itens de proteção, incluindo máscaras e álcool em gel, além da orientação de distanciamento aos usuários que buscam os serviços do CPC e aos atendentes do órgão que atuam na recepção.
De acordo com a direção-geral do Centro de Perícias, a programação de higienização e desinfecção, além de outras medidas de limpeza, continuarão, sobretudo em Belém, devido ao fluxo de corpos de suspeitos de Covid-19, que são analisados pelo SVO. “Já estamos com a higienização e desinfecção do CPC pelos internos da Seac marcadas para essa semana. Além disso, estamos em contato constante com o secretário Jarbas Vasconcelos (da Seap), para que eles venham fazer esse serviço constantemente. É a forma de garantir a saúde dos nossos servidores e dos usuários”, ressaltou Celso Mascarenhas.
agência pará 

Brasil ultrapassa 101 mil casos e 7 mil mortes por coronavírus




Segundo o governo, foram 275 novas mortes confirmadas nas últimas 24 horas, além de 4.588 novos casos. A mortalidade é de 6,9%

Brasil ultrapassa 101 mil casos e 7 mil mortes por coronavírus
Notícias ao Minuto Brasil
03/05/20 18:25 ‧ HÁ 3 HORAS POR NOTÍCIAS AO MINUTO
BRASIL COVID-19
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Sessenta e sete dias após o primeiro caso confirmado, o Brasil chegou a 101.147 contaminações por coronavírus e 7.025 mortes pelo novo coronavírus, segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde na tarde deste sábado (2).
 
Segundo o governo, foram 275 novas mortes confirmadas nas últimas 24 horas, além de 4.588 novos casos. A mortalidade é de 6,9%.
Epicentro da crise, São Paulo teve 2.627 mortes e 31.772 casos confirmados.
O índice de isolamento social vem caindo no estado, o que preocupa autoridades.
Neste domingo (3), o isolamento foi de apenas 53%, o pior domingo da quarentena. Na quinta-feira (30), essa taxa chegou a 46%, menor marca das últimas semanas.
Logo atrás, o Rio de Janeiro tem 11.139 casos e 1.019 mortes. O estado é seguido no ranking por Pernambuco (8.643 casos e 652 mortes) e Ceará (8.370 casos e 663 óbitos).
O epicentro mundial, hoje, são os Estados Unidos. Até a tarde deste domingo, o país confirmava cerca de 1,14 milhão de contaminações, de acordo monitoramento da universidade americana Johns Hopkins. Já morreram até agora 65,6 mil pessoas no país.
Na sequência, vem a Espanha, com mais que dobro de casos do Brasil, cerca de 214 mil contaminações. Lá, no entanto, o pico já passou, isto é, o número de novos casos vem diminuindo.
Isso permitiu ao país começar a afrouxar o lockdown (quarentena severa, com proibição de sair à rua sem justificativa). Depois de mais de dois meses, os espanhóis puderam sair para praticar atividades físicas ao ar livre pela primeira vez neste sábado.
Itália, Reino Unido e França aparecem na sequência, com as situações mais severas da Europa e do mundo.
BRASIL AO MINUTO 

Covid-19: Praias na Foz, Matosinhos e Caparica as mais procuradas



As zonas da Foz e Matosinhos, no Porto, e Costa de Caparica, em Setúbal, foram as que registaram maior afluência à praia no dia de hoje, disse fonte da Autoridade Marítima Nacional (AMN), que destacou também as praias isoladas.

Covid-19: Praias na Foz, Matosinhos e Caparica as mais procuradas
Notícias ao Minuto
03/05/20 20:47 ‧ HÁ 5 HORAS POR LUSA
"Na sexta-feira e no sábado registámos muito poucas pessoas nas praias, a nível geral. Tentámos sensibilizar as pessoas e acabaram por acatar as orientações. Hoje, houve mais pessoas nas praias, em especial no Norte, na zona de Matosinhos e Foz, e também na Costa de Caparica", explicou o comandante Fernando Fonseca, porta-voz da AMN, estrutura que integra a Polícia Marítima e o Instituto de Socorros a Náufragos (ISN).
Segundo a mesma fonte, houve zonas em que as pessoas saltaram as barreiras de proteção para aceder às praias.
"Encontrámos muitas famílias, com crianças, que procuraram a praia. Alguns casos, depois da intervenção da Polícia Marítima, acabaram por aceder às orientações, mas depois reincidiam", salientou, explicando que foi um dia de muito trabalho para as patrulhas.
O porta-voz da AMN referiu ainda que na zona do Algarve, muitas pessoas optaram por procurar praias de difícil acesso.
"Nós tínhamos um reforço de meios na água e detetámos pessoas em praias de difícil acesso, que procuraram contornar a intervenção das autoridades", explicou.
Fernando Fonseca defendeu que o este fim de semana prolongado foi alvo de um reforço dos meios da AMN e que as ações passaram, em geral, por sensibilizar e aconselhar as pessoas ao confinamento social.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 243 mil mortos e infetou mais de 3,4 milhões de pessoas em 195 países e territórios.
Mais de um milhão de doentes foram considerados curados.
Em Portugal, morreram 1.043 pessoas das 25.282 confirmadas como infetadas, e há 1.689 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.
Pais ao minuto 

MPF e DPU voltam a pedir à Justiça decisão urgente para obrigar isolamento social mais rigoroso no Pará




Apesar do colapso no sistema de saúde, pedido havia sido negado
Arte retangular sobre foto de uma pessoa mostrando um frasco de exame laboratorial com sangue. Está escrito novo coronavírus na cor branca.
Arte: Secom/PGR
O Ministério Público Federal (MPF) e a Defensoria Pública da União (DPU) recorreram contra decisão judicial que negou pedido de suspensão das atividades não essenciais no Pará, onde o sistema de saúde e o sistema funerário estão em colapso devido à pandemia da covid-19. “Os leitos da rede de saúde já chegaram à exaustão no Pará, um dos poucos estados que ainda permitem o comércio. O que mais será preciso para uma providência?”, questionam os autores do recurso.

O documento foi enviado ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), em Brasília (DF), nessa sexta-feira (1º). O desembargador federal plantonista do TRF negou o pedido de decisão liminar do recurso, que segue agora o trâmite normal de julgamento. Os pedidos urgentes do MPF e da DPU haviam sido negados pela Justiça Federal no Pará (JFPA) em decisão publicada na quinta-feira (30).

Segundo a JFPA, decisões sobre questão do isolamento social cabem ao Poder Executivo, a suspensão de mais atividades pode gerar desastre econômico e o estado do Pará apresentou critérios técnicos para justificar as regras atuais.

O MPF e a DPU contestaram esses argumentos afirmando que o poder de estados e municípios decidirem sobre o tema não é absoluto – sob risco de se transformar em arbitrariedade –, que foi pedido distanciamento social ampliado, e não bloqueio total (lockdown), e que as regras atuais do isolamento não têm nenhum respaldo técnico, enquanto a indicação da necessidade de medidas mais restritivas é amplamente amparada por cientistas.

Caos só piora – O MPF e a DPU alertam ao TRF1 que a suspensão urgente das atividades não essenciais é uma questão de vida ou morte de cidadãos. O sistema de saúde em Belém atingiu lotação máxima na semana passada e entrou em situação caótica, assim como o sistema funerário, e a calamidade pode se repetir no interior, onde a infraestrutura de saúde é ainda mais precária.

Segundo a mais destacada instituição de ciência e tecnologia em saúde da América Latina, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), vinculada ao Ministério da Saúde, o Pará está em terceiro lugar entre os estados com maior tendência de crescimento no número de casos de covid-19.

Além disso, estudo elaborado por cientistas de várias instituições de pesquisa brasileiras indica que o número real de casos no estado pode ser cerca de oito vezes maior que os números oficialmente divulgados – na tarde deste sábado (2) as estatísticas oficiais registravam 3.460 casos e 273 mortes.

Regras sem respaldo – No recurso ao Tribunal, o MPF e a DPU apontam que não foi dada nenhuma justificativa científica para manter abertas lojas de vestuário, decoração, móveis, calçados, bolsas, instrumentos musicais, vinhos etc, atraindo funcionários e clientes todos os dias, os quais inevitavelmente utilizarão meios coletivos de transporte e terão proximidade física com pessoas.

Até hoje não foi divulgada qualquer manifestação expressa do Comitê Técnico Assessor previsto no Plano de Contingência do Estado do Pará, e "nota técnica" apresentada pelo estado do Pará à Justiça apenas reproduz orientações genéricas e resumidas contidas nos Boletins Epidemiológicos divulgados semanalmente pelo Ministério da Saúde, destinadas ao país inteiro. “Em nenhum momento a nota justifica a decisão específica e concreta de manter o comércio aberto no Pará”, criticam MPF e DPU.

“Por que fechar apenas bares, restaurantes, padarias e casas noturnas se os boletins falam expressamente que, em casos mais graves, a indicação é de distanciamento social ampliado, que envolve fechamento geral do comércio, exceto atividades essenciais? Ora, o estado do Pará ignora esses pontos dos boletins e cita apenas os que lhe interessam”, constata o recurso.

Restrições brandas – A mera “recomendação” de horários de funcionamento dos estabelecimentos, estabelecida na versão mais recente do decreto estadual sobre o enfrentamento da covid-19, é absolutamente ineficaz diante do cenário caótico que já se tem em Belém, mesmo porque os horários são muito largos e não previnem a locomoção e reunião de funcionários e clientes, registra o recurso.

Do mesmo modo, as normas sobre higiene nos estabelecimentos, previstas desde as primeiras edições do decreto, têm se revelado insuficientes para evitar sobrecarga ao sistema de saúde, reforçando as constatações científicas de que essas regras são medidas secundárias que deveriam vigorar apenas para as atividades essenciais, complementam o MPF e a DPU.

“Somente o distanciamento social é política eficaz para situações como a atual, conforme os estudos apresentados na ação inicial e ainda não considerados. E não há distanciamento eficaz quando se constata a permissão geral de atividades, com pouquíssimas exceções”, frisam os órgãos autores do recurso.

“Na verdade, ao adotar medidas emergenciais (e pertinentes, registre-se) para resposta à pandemia, porém mantendo simultaneamente restrições brandas quanto ao funcionamento do comércio e serviços, o Estado do Pará afunda-se em contradição inexplicável. Com uma mão, tenta apagar o incêndio que a outra mão ajuda a intensificar”, salientam procuradores da República e defensores públicos federais.

Alerta de cientistas – O MPF e a DPU destacam, no recurso, conclusões da pesquisa “Covid-19: Um novo modelo Seir [Suscetível, Exposto, Infeccioso, Recuperado] para países em desenvolvimento – estudo de caso para a Região Metropolitana de Belém”, elaborado por cientistas da Universidade Federal do Pará (UFPA), Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra), Universidade de São Paulo (USP), Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

O estudo simula diferentes cenários de isolamento, desde o mais restritivo até o mais permissivo, e aponta situações catastróficas caso a redução da taxa de contaminação fique apenas em 50% da população: nesse cenário, a região metropolitana de Belém precisaria de 8.906 leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) e registraria 37.594 mortes – sendo que atualmente o Pará todo tem apenas 986 leitos de UTI, segundo o Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde (Cnes), do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (Datasus).

Avaliações da própria Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Estado do Pará (Segup), com base em dados de rastreamento de telefones móveis, revelam que o índice de isolamento social no Pará tem ficado muito distante do mínimo necessário, que seria de 70%. Segundo o último levantamento ao qual o MPF teve acesso, o índice no Pará estava em apenas 45,26% na última quinta-feira (30).

“Decisões como a vedação [proibição] em larga escala das atividades não essenciais podem sim aumentar a eficácia do isolamento social e consequente redução da taxa de contágio”, enfatizaram os pesquisadores ao responder consulta feita pelo MPF.

Outras falhas do decreto – No recurso ao TRF1, o MPF e a DPU também citaram respostas dos pesquisadores sobre se os limites de aglomerações permitidos no decreto estadual – até nove pessoas, em geral, e até dez pessoas em cultos e eventos religiosos – podem contribuir para o aumento descontrolado da taxa de contágio.

De acordo com os cientistas, é possível provar matematicamente que contágios em diferentes pequenos grupos de convívio podem sim contribuir para acelerar exponencialmente a curva de contaminação. Por isso, os pesquisadores deixaram claro que a única garantia existente para a diminuição da taxa de contaminação é não haver aglomeração de natureza alguma.

Os cientistas criticaram a falta, no decreto estadual, de alguma estratégia de testes em massa ou de rastreamento de contatos. Eles observaram que, ao lado do isolamento social, a realização de testes em massa é uma das premissas elementares para o enfrentamento da pandemia, porque permite a obtenção de métricas extremamente realistas dos casos confirmados, possibilitando o isolamento efetivo de pessoas infectadas.

Números reais podem ser bem maiores – Ao tratar da subnotificação da doença no Pará, questão também feita pelo MPF na consulta, os pesquisadores estimaram números muito mais preocupantes que os oficiais. A partir de análise que tomou como base apenas dados divulgados pela Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) de Belém sobre o número de leitos de UTI ocupados na capital paraense no último dia 20 – naquela data, a Sesma divulgou que 100 leitos estavam ocupados naquele dia por pacientes com sintomas da covid-19 –, os cientistas estimaram que os casos ativos da doença, naquele dia, poderiam ser de 7.575, muito acima dos 902 casos registrados pela Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) até aquela data. “Esse número pode ser ainda maior, já que não consideramos aqui os demais dados de hospitalização do estado”, ressaltam os pesquisadores consultados.

Distanciamento ampliado, não lockdown – Os procuradores da República e os defensores públicos federais signatários do recurso frisam no documento que a decisão da JFPA confundiu os conceitos dos diferentes tipos de medidas de isolamento social. A ação pede o distanciamento social ampliado – em que as atividades não essenciais são suspensas –, e não o bloqueio total (também conhecido como lockdown), que restringe totalmente a circulação de pessoas e gera custo econômico ainda maior.

Demais pedidos reiterados – Além do pedido para que o estado do Pará seja obrigado a suspender expressamente as atividades não essenciais durante a pandemia de covid-19, no recurso o MPF reforçou os demais requerimentos da ação, também negados pela JFPA. Veja detalhes sobre os outros pedidos.
Processo 1012127-84.2020.4.01.0000 – Tribunal Regional Federal da 1ª Região, em Brasília (DF)
Ministério Público Federal no Pará
Assessoria de Comunicação

No Pará, órgãos requisitam que Caixa instrua equipe sobre como auxiliar refugiados a sacar auxílio emergencial



Objetivo é evitar que exigências desnecessárias impeçam acesso ao direito
Arte retangular com a imagem do vírus corona
Arte: domínio público / Centers for Disease Control and Prevention (CDC)
O Ministério Público Federal (MPF), o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), a Defensoria Pública da União (DPU) e a Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos do Pará (Sejudh/PA) enviaram requisição à Caixa Econômica Federal no Pará para que atenda da forma menos burocrática possível os refugiados e migrantes que solicitarem o saque do auxílio emergencial pago pelo governo federal durante a pandemia provocada pelo novo coronavírus.

O objetivo é evitar que refugiados e migrantes não tenham acesso ao benefício por causa de eventual exigência de documentos desnecessários, informa a requisição expedida na última quarta-feira (29). Assim que receber o ofício, a superintendência regional do banco terá 48 horas para responder se vai acatar o requerimento e – se a resposta for positiva – quais providências serão adotadas para o cumprimento da requisição.

Se as orientações não forem acatadas, os órgãos autores do ofício poderão tomar medidas extrajudiciais ou judiciais que considerarem cabíveis. No documento foi destacado que o não pagamento do auxílio emergencial caracteriza violação ao direito dos refugiados e migrantes à assistência social, o que pode sujeitar a instituição responsável e seus agentes à responsabilização civil e administrativa, tendo em vista que o benefício busca suprir a necessidade de alimentação e que os beneficiários vivem em situação de extrema vulnerabilidade social.

Documentos aceitáveis – Acnur, DPU, MPF e Sejudh/PA requisitaram à superintendência regional da Caixa que todas as equipes das agências bancárias e dos postos de atendimento subordinados ao banco sejam orientadas a fazer o pagamento das parcelas do auxílio emergencial a refugiados e migrantes mediante a apresentação de documentos de identificação emitidos no país, ainda que com prazo de validade expirado, ou documentos de seus países de origem – passaporte, cédula de identidade e/ou cédula/cartão consular – sem a necessidade de apresentação de documentos brasileiros com foto ou que comprovem sua regularização migratória.

A requisição foi feita porque, segundo denúncias recebidas pelos órgãos de defesa de  direitos, para o pagamento do auxílio emergencial, as agências e  postos da Caixa vêm exigindo que refugiados e migrantes apresentem documento com foto emitido no Brasil e/ou comprovante de regularidade migratória com prazo de validade não vencido.

Após elencar quais são os documentos emitidos pelo Brasil que servem como comprovantes de regularidade migratória tanto de refugiados e migrantes que possuem autorização de residência quanto de solicitantes de refúgio, as instituições autoras da requisição à Caixa destacam no ofício que, devido a Polícia Federal ter suspendido atendimentos por causa da pandemia, todos os prazos de validade de documentos de migrantes e refugiados foram prorrogados por tempo indeterminado.

As instituições também ressaltam que os documentos de identificação dos países de origem – como passaporte, cédula/cartão consular e cédula de identidade –, especialmente no caso de países da América do Sul, são documentos aptos a provar a identidade civil de migrantes e refugiados de qualquer categoria, independentemente de sua situação migratória regular ou irregular.

O ofício registra, ainda, que a lei que instituiu o pagamento do auxílio emergencial não estabeleceu qualquer exigência específica de documentos, como o Registro Geral (RG) ou a Carteira Nacional de Habilitação (CNH), e mesmo documentos específicos para migrantes, como a Carteira de Registro Nacional Migratório (CRNM) ou o Documento Provisório de Registro Nacional Migratório (DP/RNM).
Ministério Público Federal no Pará
Assessoria de Comunicação

Recomendação conjunta busca transparência nos boletins de casos de covid-19 em Marabá (PA)




Boletins epidemiológicos divulgados pelo município não trazem dados suficientes para garantir a publicidade das informações
Arte retangular sobre foto de um corredor de hospital vazio escrito covid-19 na cor azul escuro
Arte: Ascom/MPF/Freepik
A Promotoria de Justiça de Marabá, o Ministério Público do Trabalho (MPT) e o Ministério Púbico Federal (MPF) expediram recomendação conjunta para que a prefeitura do município do sudeste paraense disponibilize, de forma imediata, boletins epidemiológicos detalhados dos casos de covid-19. Os atualmente divulgados pelo município não dispõem de dados suficientes para garantir a publicidade e transparência das informações, e as medidas adotadas para acompanhamento por parte da população.

A recomendação considera informações noticiadas na mídia de que 12 entidades apresentaram um manifesto à prefeitura, solicitando mais transparência sobre as ações de combate ao novo coronavírus e no repasse das informações sobre os números reais da doença no município. O índice de transparência da covid-19 é uma iniciativa da Open Knowledge Brasil (OKBR) para mensurar a qualidade dos dados e informações relativos à pandemia do novo coronavírus, publicados pela União e pelos estados brasileiros em seus portais oficiais.  

O Pará está classificado na 16ª colocação, e recebeu em 23 de abril, 43 pontos na escala de transparência, que vai de zero a 100. O relatório diário emitido pelas autoridades estaduais e municipais deve conter dados essenciais sobre a doença, para que a população, imprensa, profissionais de saúde e gestores públicos possam dimensionar a escala de contágio e definir medidas para enfrentar a pandemia.

Foi recomendado à Prefeitura Municipal de Marabá, por meio da Secretaria Municipal de Saúde e Divisão de Vigilância em Saúde, e à 11ª Regional de Saúde do Pará e Pró-Saúde (direção do Hospital Regional Dr. Geraldo Veloso) que, no prazo de 72 horas, disponibilizem em sítio eletrônico destinado à transparência dos dados da covid-19, e nas redes sociais oficiais, os boletins epidemiológicos diários detalhados, contendo: os casos confirmados, e o perfil de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) aplicado às altas e aos óbitos, com inclusão de informações de idade, faixa etária e sexo, número de óbitos e altas, paciente com ou sem comorbidade, número de profissionais de saúde testados e taxa de letalidade, além de outros detalhamentos.

Também devem apresentar o status do atendimento, com informações de casos em isolamento domiciliar, internados, recuperados e óbitos. Em relação às doenças preexistentes, o número de pacientes com comorbidades e quais, e números confirmados para outros vírus respiratórios. Devem registrar ainda as taxas de ocupação de leitos, e os que estão disponíveis, o número de testes disponíveis e os aplicados, a localização espacial de casos, os casos em investigação, os descartados e as altas.

No mesmo endereço eletrônico devem constar todas as manifestações de natureza técnica emitidas por seus órgãos e entidades de saúde, sobre providências relacionadas ao enfrentamento da covid-19. Em caso de não acatamento da recomendação, poderão ser adotadas as medidas legais necessárias. Os destinatários têm o prazo de 24 horas para informar as providências adotadas.

Íntegra da recomendação
Ministério Público Federal no Pará
Assessoria de Comunicação