quinta-feira, 23 de abril de 2020

Reformas das tesourinhas seguem nas entrequadras 107/108 Norte e 103/104 Sul



Passagens estão na fase de urbanização, e reparos devem ser concluídos até o fim desta semana

Período de isolamento social, com pouco trânsito, favorece o andamento dos trabalhos | Fotos: Acácio Pinheiro / Agência Brasília
O Governo do Distrito Federal segue firme com as obras nas tesourinhas do Plano Piloto. Após finalizar o primeiro lote – composto pelas entrequadras 115/116 Norte –, agora é a vez das passagens da 107/108 Norte e 103/104 Sul. A obra, que deve ser concluída até o fim desta semana, está na fase de urbanização. Essa etapa inclui recapeamento no asfalto, replantio de grama nas partes danificadas, nova sinalização e pintura do meios-fios.
“Quando fizemos os estudos, detectamos que a estrutura estava pior do que imaginávamos, mas nada que comprometesse o nosso trabalho”Luciano Carvalho, secretário de Obras e Infraestrutura
O secretário de Obras e Infraestrutura, Luciano Carvalho, lembra que essas vias públicas de passagem estão passando por reformas pela primeira vez, após 60 anos da inauguração da capital. “Quando fizemos os estudos, detectamos que a estrutura estava pior do que imaginávamos, mas nada que comprometesse o nosso trabalho”, comenta.
Em tempo hábil
Moradora da 107/108 Norte, Amanda Gil, 23 anos, acredita que, como a cidade vive um isolamento social em função do novo coronavírus, as obras podem demandar menos tempo. “Desde que os trabalhadores utilizem os equipamentos de proteção, é um bom momento para fazer essas reformas, sem trânsito de pessoas e veículos nas ruas”, opina.
Luciano Carvalho informa que as próximas tesourinhas a passar por reforma são as das entrequadras 5/6 e 11/12 Norte – que já estão fechadas para trânsito – e as da 7/8 e da 13/14 Sul. Cada conjunto leva cerca de 90 dias para ser recuperado. As intervenções darão uma vida útil de pelo menos mais meio século às estruturas.
R$ 8 milhõesCusto das obras de recuperação das 96 passagens sob o Eixão e os eixinhos L e W
Ao todo, 96 passagens sob o Eixo Rodoviário de Brasília (Eixão) e os eixinhos (L e W) terão estrutura e estética recuperadas, num trabalho que envolve investimentos de quase R$ 8 milhões. Há um conjunto com duas tesourinhas e um túnel de ligação em cada uma das 16 entrequadras que cortam os quase 15 quilômetros do Eixão (das duas asas). Nas da Asa Sul, os tijolos de cor laranja serão removidos – conforme aprovado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) –, dando lugar ao concreto aparente, que passa a ser o padrão de todas as tesourinhas.
Vandalismo 
Os três viadutos das tesourinhas das entrequadras 15/16 Norte, reabertos na segunda-feira (20), ganharam marcas de vandalização já no dia seguinte. Foram pelo menos cem dias de trânsito interditado, 40 operários trabalhando e seis técnicos fiscalizando a obra. A pintura nova, feita sobre as estruturas de concreto restauradas, foi rabiscada com spray de tinta. A depreciação do espaço deixou decepcionados moradores, comerciantes e operários envolvidos nas obras de recuperação.
“O material que estamos usando é uma tinta antipichação, ou seja, há um produto que faz a limpeza, caso o bem público seja vandalizado. Porém, não podemos ficar reféns dessa situação. A população precisa se conscientizar e não depredar as estruturas”, alerta o secretário de Obras e Infraestrutura, Luciano Carvalho.
“Acho que a própria população poderia fazer alguma coisa para ajudar a conscientizar as pessoas. (...) Talvez possamos dar espaço aos grafiteiros”Amanda Gil, moradora da Asa Norte
Amanda Gil lamenta esse tipo de atitude que deprecia os espaços públicos. “Acho que a própria população poderia fazer alguma coisa para ajudar a conscientizar as pessoas”, sugere. “É difícil controlarmos esse tipo de atitude. Geralmente isso ocorre de madrugada, mas talvez possamos dar espaço aos grafiteiros, por exemplo”.

DA AGÊNCIA BRASÍLIA

Pacientes da UTI diminuem a saudade com vídeos de familiares



Profissionais de saúde do Hospital de Base estão intermediando a entrega do conteúdo, já que este grupo de pacientes está sem visita em razão da pandemia

Foto: Davidyson Damasceno / Iges-DF
Um projeto para ajudar pacientes da UTI a “matar a saudade” da família está fazendo a diferença no Hospital de Base, unidade de saúde gerida pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF). Eles têm a saúde fragilizada e, por isso, estão sem receber visitas para evitar a contaminação por Covid-19, a doença causada pelo coronavírus, mas as barreiras do mundo físico não impediram a equipe multidisciplinar do hospital de reaproximar pacientes e familiares. Os profissionais criaram um canal para receber vídeos, fotos e mensagens que são exibidas em telas de celulares ou tablets.
“Nosso objetivo é manter os pacientes em contato com seus familiares. Entendemos que a presença da família colabora para melhora clínica dos pacientes e, nos dias de hoje, com a tecnologia que temos, nada justifica que os pacientes fiquem ser ter contato com os familiares”, defendeu a especialista em Psicologia Hospitalar do Iges-DF, Priscila Hamdam, uma das participantes do projeto, ao explicar que as visitas neste setor foram suspensas porque os pacientes têm maior vulnerabilidade.
O diretor-presidente do Iges-DF, Sérgio Costa, enalteceu a iniciativa dos profissionais, pois considera ser “essa comunicação entre o paciente e seus familiares um fator importante no tratamento, uma terapia que ajuda na recuperação física das pessoas e no equilíbrio emocional”.
Para colocar a ideia em prática, explicou a psicóloga, foi criada uma conta de e-mail e divulgada entre os familiares. “Agora, eles mandam vídeos e fotos diariamente. Algumas famílias enviam quatro vídeos por dia. Até parentes que não vinham ao hospital estão ‘visitando’ os pacientes com essa nova alternativa”, detalhou Priscila Hamdam.
Foto: Davidyson Damasceno / Iges-DF
O foco do projeto são os pacientes que estão acordados e conscientes, interagindo. “Os profissionais vão ao leito e mostramos aos pacientes todo o conteúdo. Tínhamos uma paciente que estava com rebaixamento de humor devido à ausência da família. Agora, ela está bem e consegue até caminhar. Todos os dias ela fica na expectativa de quais vídeos vão chegar”, acrescentou Priscila.
Outra paciente é Glória Veiga da Silva, 68 anos, internada há 48 dias. Lágrimas e sorrisos misturava-se no momento em que assistia a um vídeo com a família inteira cantando uma música para ela.
Foto: Davidyson Damasceno / Iges-DF
“Não ver os familiares gera muita aflição. Para mim, como filha, essa atitude que os profissionais tiveram é de suma importância, porque isso mostra que, além de eles estarem preocupados com a saúde física dos pacientes, estão preocupados com a saúde mental tanto do paciente, quanto dos familiares. É muito importante ter a oportunidade de vê-la, mesmo não estando próxima fisicamente”, disse a filha de Glória, Edileusa Veiga.
Também especialista em Psicologia Hospitalar do Base, Cecília Vaz confirmou que a ação serve para acompanhar a família. “Mantemos o contato com eles e sabemos como eles estão emocionalmente, lidando com a internação e a distância. Podemos fazer o atendimento deles também”, complementou.
Foto: Davidyson Damasceno / Iges-DF
Ajude
Os celulares e tabletes usados na missão de aproximar os familiares dos pacientes são dos próprios colaboradores. Por isso, o setor está recebendo doações desses aparelhos, especialmente de tablets, que têm telas maiores.
Interessados podem entrar em contato neste e-mail: gabriella.costa@igesdf.org.br.

* Com informações do Iges-DF
Da : AGÊNCIA BRASÍLIA

Hospitais oferecem apoio psicológico a profissionais de saúde



Objetivo é manter os servidores com a mente saudável em meio ao estresse causado pelo enfrentamento ao coronavírus

Os heróis da saúde também se cansam, sentem medo e, por vezes, precisam de apoio para superar as dificuldades que a rotina de um atendimento em tempos de pandemia geram. Para ajudar estes profissionais a se manterem firmes, algumas unidades hospitalares têm oferecido atendimento psicológico aos servidores, tanto online quanto presencial.
O secretário de Saúde, Francisco Araújo, tem estimulado as equipes das unidades de saúde a oferecerem atendimento psicológicos aos profissionais que estão na linha de frente, “pois eles são os mais afetados pelo estresse causado no dia a dia pelo combate à Covid-19”. O secretário aproveitou para elogiar “o trabalho dos médicos, enfermeiros e auxiliares de enfermagem, enfim, a todos esses verdadeiros heróis que estão na linha de frente do atendimento à população num momento tão delicado da saúde pública”.
No Hospital Regional da Asa Norte (Hran), referência no atendimento de pacientes com coronavírus, todos os 26 psicólogos, lotados em ambulatórios de diferentes frentes, se uniram para oferecer esse apoio. “Iniciamos os atendimentos presencialmente, nos andares, mas em razão da racionalização de EPIs, tivemos de readequar e fazer por teleatendimento, um desafio que estamos conseguindo superar”, conta o referência técnica assistencial de Psicologia do Hran, Iuri Bezerra.
Agora, o atendimento inicia-se por um formulário em que o profissional de saúde preenche online. A partir daí, é feita a triagem e o encaminhamento para um dos profissionais, que faz a escuta por telefone. “Na primeira ligação, a gente explica o serviço e verifica se ele está à vontade com a questão e inicia a escuta qualificada. A proposta é ouvir o servidor, levando em consideração o contexto da pandemia”, explica Iuri.
Depois de algumas escutas, o psicólogo dá o encaminhamento necessário, que pode incluir indicação de práticas integrativas ou até de atendimento presencial com psiquiatra. “De modo geral, os servidores estão trazendo questionamentos mais transversais, o isolamento, medo da contaminação, distância dos familiares, receio de ser vetor de contaminação”, enumera o psicólogo. Ele diz que o foco é fazer com que o profissional consiga lidar com os desafios de maneira mais sustentável.
Até o momento, cerca de 15 servidores estão inscritos e já recebendo ligações. Quem mais procura são os enfermeiros e técnicos de enfermagem.
Regionais
Outras unidades também se mobilizaram para atendimento semelhante. No Hospital Regional de Ceilândia, o primeiro passo também é preencher um formulário. “A partir da avaliação da equipe, é realizado o contato com o servidor para agendar um horário de teleatendimento. Em poucos dias já tivemos 25 servidores interessados. A ideia, com essa ação, é prevenir adoecimento mental, reduzindo o número de afastamentos por problemas emocionais”, destaca a coordenadora do Serviço de Psicologia do HRC, Thatiana Gimenes.
O projeto é desenvolvido em parceria com a Medicina do Trabalho. “Consideramos fundamental manter a saúde mental dos servidores para auxiliar no processo de trabalho, garantindo atendimento ao paciente com qualidade e preservando o servidor que está sendo bastante exigido nesse momento”, complementa a psicóloga.
No Hospital Regional do Gama, o serviço de psicologia que já atende os servidores há cerca de oito anos passou por uma adaptação, dando preferência no atendimento ao profissional que está na linha de frente de enfrentamento ao Covid-19.
“O objetivo do trabalho é buscar o equilíbrio entre as necessidades do servidor e da Secretaria de Saúde. A gente recebe tanto demandas espontâneas quanto encaminhadas pelas chefias, para atendimento e orientação psicológica”, explica a psicóloga Laila Gonçalves. Em média, são 15 atendimentos semanalmente.
Em Samambaia, a escolha do hospital regional foi fazer uma parceria com psicólogos voluntários, que oferecem esse atendimento. “Percebemos que nossos colegas não ficam muito à vontade para falar conosco, psicólogas da unidade. Quando percebemos algum mais triste, até abordamos e conversamos, mas achamos melhor fazer o atendimento com profissionais de fora”, explica a psicóloga da unidade, Ingrid Queiros. Ela também conta com profissionais do Núcleo de Práticas Integrativas.
“Nosso papel não será fazer terapia em grupo ou psicoterapia, mas sim, uma escuta terapêutica, juntamente com as chefias de cada setor, conforme os dias e horários que elas acharem mais pertinentes, com os servidores que elas perceberam estar com estresse além do normal e que esteja prejudicando o desempenho das suas funções”, diz.
Os servidores da pediatria do Hospital Materno Infantil também estão recebendo este apoio. A psiquiatra Kyola Vale promove reuniões, com pequenos grupos multidisciplinares, respeitando distância e uso de máscaras e álcool em gel. “Realizamos dinâmicas que visam trabalhar a empatia e convocar para a atitude cidadã de valorizar ações que implicam os cuidados de todos”, informa.
Fazem parte desses grupos médicos, equipe de higiene, enfermagem, equipe do laboratório e vigilantes. “A ideia é provocar uma visão que inclua a atuação sinérgica que tem como objetivo cumprirmos com excelência nosso papel de profissionais da saúde”, destaca Kyola Vale.
* Com informações da Secretaria de Saúde
Da : AGÊNCIA BRASÍLIA

Ceasa passa por sanitização para proteger o público frequentador



Ação, que faz parte do programa Sanear DF, incluiu aplicação de hipoclorito de sódio em todos os ambientes da central de abastecimento

Sanitização foi feita tanto para proteção contra o coronavírus quanto para combate ao mosquito transmissor da dengue | Foto: Divulgação / Ceasa-DF
Todos os ambientes da Ceasa-DF passaram, na quarta-feira (22), por uma sanitização com hipoclorito de sódio. Além de visar ao enfrentamento ao coronavírus, causador da Covid-19, a ação, que integra o programa Sanear DF, teve como objetivo proteger o público contra a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor de doenças como dengue, zika e chikungunya.
O trabalho é o resultado de uma  parceria entre a administração do SIA e a Ceasa. “Nossa preocupação é preparar não só a Ceasa, como também a Feira dos Importados, para a população estar segura quando a situação se normalizar e o comércio voltar a funcionar”, destacou a administradora do SIA, Luana Machado.
“O intuito da Ceasa é proteger todo seu público e disponibilizar para a população do Distrito Federal um ambiente saudável, limpo e acolhedor”, resumiu o presidente da Ceasa, Onélio Teles.
Sanear DF
O programa foi elaborado pela Secretaria das Cidades (Secid) e pela Diretoria de Vigilância Ambiental em Saúde (Dival), com base no Decreto nº 40.550, de 23 de março deste ano, que dispõe sobre as medidas para enfrentamento da emergência de saúde pública decorrente do novo coronavírus.
Participam desse projeto as administrações regionais do DF; as secretarias de Comunicação, Transporte e Mobilidade, Segurança Pública, Políticas Públicas, Educação e DF Legal; o Serviço de Limpeza Urbana (SLU); o Departamento de Trânsito do DF (Detran-DF); o Departamento de Estradas de Rodagem do DF (DER-DF) e a Companhia de Saneamento Ambiental do DF (Caesb).


Com informações da Ceasa-DF

Da : AGÊNCIA BRASÍLIA

Na quarentena, cartas de internos para as famílias ajudam na saudade




Adolescentes que estão internados na unidade de Planaltina escrevem textos e trechos de músicas principalmente para as mães

“Seu abraço retoma o pedaço que falta no meu coração. A senhora é a pessoa mais preciosa que alguém poderia ter nessa vida. Eu prometo que quando eu sair daqui vou me esforçar para ser o filho que a senhora sonha desde que eu era criança.” “Como estão as coisas aí em casa? Eu espero que vocês estejam bem. Dia dos Pais espero estar em casa comemorando com vocês”. “Mãe, não precisa se preocupar, eu estou bem. Só da senhora estar com saúde, eu  agradeço a Deus”. “Te amo minha rainha”.
Na Unidade de Internação de Planaltina, o amor vai e volta por meio de cartas em tempos de isolamento social. As frases acima são trechos de correspondências dos internos para suas famílias escritas graças ao incentivo da escola e da direção da unidade, já que as visitas estão suspensas nas unidades prisionais e de internação de adolescentes infratores – medida adotada como parte das ações do GDF para combater a pandemia de Covid-19.
Os professores da escola da unidade criaram o projeto Conexão Família para incentivar que os jovens mantenham contato com seus familiares. Eles arrumaram papéis coloridos, cola, caneta, adesivos, purpurina, glitter, canetinhas e propuseram que os 97 internos tentassem matar a saudade por escrito.
“Foi uma maneira que encontramos de diminuir o impacto do isolamento social para eles. As visitas estão suspensas, eles estão sem aula, praticamente sem nenhuma atividade”, diz Cinthia Matos Monteiro, supervisora da escola da unidade de internação e coordenadora do projeto. “Nós temos a internet para falarmos com nossos pais. Eles não têm acesso a esses recursos”, enfatiza.
Os destinatários da grande maioria das correspondências, escritas do próprio punho, são as mães. Os adolescentes têm entre 15 e 17 anos e nos textos usam trechos de músicas, declaram o amor que sentem por elas, agradecem o esforço que fazem ao ir visitá-los, demonstram preocupação com as famílias e as acalmam dizendo que está tudo bem.
Também pedem desculpas e prometem trilhar caminhos diferentes quando saírem dali. “Eu venho por meio desta carta agradecer por tudo que a senhora tem feito por mim, o mundo da senhora sempre girando ao meu redor”, fala um interno. “Eu fiz besteira, mas prometo pra senhora que vou ficar de boa pra sair daqui logo”, escreve outro.
“São cartas lindas, bem emocionantes. Vamos repetir esse projeto e explorá-lo em outros momentos também. O resultado foi super positivo, os meninos encontraram uma forma de externar o que estão sentindo. Tem pessoas que não conseguem falar sobre o seu sentimento, mas eles colocaram no papel. Nos surpreendemos com tanta demonstração de carinho”, conta a coordenadora do projeto.
As mães responderão o carinho. Depois de lidas e aprovadas pela direção da unidade, as cartas estão sendo entregues em mãos para as famílias que vivem em cidades diferentes, até fora do DF. Elas são avisadas previamente e as mães também escreveram respostas que são entregues quando recebem a correspondência dos filhos. Até o final da semana que vem todas serão entregues aos adolescentes.
Além das correspondências dos filhos internados, as famílias recebem uma cesta básica que foi doada por empresários e entidades de assistência social. “Muitos adolescentes estão preocupados com a situação financeira das famílias. Há muitos autônomos e empregadas domésticas que estão sem trabalho nesse momento”, afirma Cinthia Monteiro.
DA AGÊNCIA BRASÍLIA

Associação de intercâmbio chinesa doa 10 mil máscaras ao GDF



Entidade também entregou caixas de álcool gel e líquido. Comitê deve destinar material àqueles que estão, mais próximos da comunidade, no atendimento público

O Governo do Distrito Federal entendeu que a doação de 10 mil máscaras e 240 unidades de álcool em gel e álcool líquido pela Associação de Intercâmbio China-Brasil, ontem, foi grande demonstração de carinho e amor ao Brasil e, sobretudo, Brasília. A entrega oficial dos produtos aconteceu na manhã de hoje (23), no Salão Branco do Palácio do Buriti, e contou com a presença de integrantes do GDF e da entidade asiática. 
Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília
“O espírito que norteia a sociedade brasiliense é o da solidariedade – e a união dos povos é muito importante agora, é uma demonstração de carinho e amor do povo chinês à nossa causa aqui em Brasília”, agradeceu o secretário de Governo, José Humberto, também um dos representantes do Comitê Emergência Covid-19. 
“Essa doação, com certeza, vai fazer muita diferença para as pessoas que estão no enfrentamento da doença”, fez coro Anucha Soares, subchefe de Políticas Sociais e Primeira Infância da Secretaria de Desenvolvimento Social e Secretária-Adjunta do Comitê Emergência Covid-19. 
Todas as 10 mil máscaras descartáveis triplas vieram diretamente da China. As 48 unidades de álcool líquido e 200 de álcool em gel foram adquiridas aqui no Brasil. 
O destino do material recebido ainda será avaliado pelo comitê social criado pelo governo com o intuito de ajudar pessoas que estão vulneráveis nesse momento de crise sanitária. A ideia é que os produtos atendam profissionais que estão no combate diário ao vírus letal. 
“É uma demanda que ainda será avaliada pelo nosso comitê social, mas com certeza será destinado àqueles que estão na ponta, mais próximos da comunidade, no atendimento público, trabalhando na manutenção da nossa cidade”, sinalizou José Humberto. 
Gratidão por BrasíliaCerca de 1,5 mil chineses vivem em Brasília. “Temos uma relação de amizade construída ao longo de pelo menos 50 anos de convivência”, conta o vice-presidente da Associação de Intercâmbio China-Brasil, Salti Sun, desde os 14 anos vivendo na capital. 
Essa doação é uma forma de agradecer o acolhimento que recebemos dessa cidadeSalti Sun, vice-presidente da Associação de Intercâmbio China-Brasil
“Eu aqui criei meus filhos e netos; então, o que pudermos fazer para ajudar Brasília nesse momento vamos fazer”, disse Sun. “São produtos que estão faltando na cidade, é uma contribuição significativa”, pontua Wang Jing Yang, presidente da entidade.
Oficialmente criada em janeiro de 2016, a Associação de Intercâmbio China-Brasil nasceu com o objetivo de “solucionar problemas práticos e prestar assistência aos chineses que residem no Brasil, além de aprofundar ainda mais as relações bilaterais entre ambos os países em todos os campos”.
Também participaram do encontro Renata d’Aguiar, da Secretaria de Economia, além de cerca de 10 integrantes da associação que moram em Brasília.
DA AGÊNCIA BRASÍLIA

Gerrard também foi odiado em Liverpool: "Diz-lhe que vou f*** a mãe dele"



Uma história contada por um ex-avançado do Sporting.

Gerrard também foi odiado em Liverpool: "Diz-lhe que vou f*** a mãe dele"
Notícias ao Minuto
23/04/20 14:45 ‧ HÁ 16 MINS POR NOTÍCIAS AO MINUTO 
DESPORTO DECLARAÇÕES
Florent Sinama-Pongolle, avançado que representou o Sporting no decorrer da época 2009/10, revelou, numa entrevista ao diário Daily Mail, uma das relações mais tensas que se privaram no balneário do Liverpool, clube que também representou, entre Steven Gerrard e Hadji Diouf.
A relação entre a lenda dos reds e o avançado senegalês começou a azedar a partir do momento em que este último deixou Anfield Road em 2005, aproveitando depois a oportunidade para acusar o internacional de inglês de "matar" o clube e assumir "ter ciúmes do seu talento".
Sinama Pongolle contou o que aconteceu, por exemplo, num encontro de pré-temporada: "Foi no intervalo de um amigável. Quando ele chegou ao balneário Stevie disse-lhe que ele precisava de passar a bola e o Diouf  ignorou-o. Ele não falava inglês, mas tu sabe o que ele fez? Steven chegou ao pé dele e insultou-o. Como não pôde contestar-lhe ele virou-se para o treinador, Gerard Houllier, e disse: 'Diz-lhe que vou f* a mãe dele".
A rivalidade entre o britânico e o senegalês não ficou parou por aqui e, desde o cruzamento dos dois em Anfield, nenhum evitou a possibilidade de proferir declarações para desacreditar o seu adversário. Gerrard mencionou a Diouf na sua autobiografia, publicada em 2007, da seguinte forma: "Eu não era o fã número um de Diouf. Ao estar perto de Melwood e Anfield, eu sabia que jogadores tinham fome, que jogadores tinham o Liverpool no coração. Diouf estava interessado apenas em si mesmo. A sua atitude estava completamente errada".
DESPORTO AO MINUTO 

Hospitais oferecem apoio psicológico a profissionais de saúde



Objetivo é manter os servidores com a mente saudável em meio ao estresse causado pelo enfrentamento ao coronavírus

Os heróis da saúde também se cansam, sentem medo e, por vezes, precisam de apoio para superar as dificuldades que a rotina de um atendimento em tempos de pandemia geram. Para ajudar estes profissionais a se manterem firmes, algumas unidades hospitalares têm oferecido atendimento psicológico aos servidores, tanto online quanto presencial.
O secretário de Saúde, Francisco Araújo, tem estimulado as equipes das unidades de saúde a oferecerem atendimento psicológicos aos profissionais que estão na linha de frente, “pois eles são os mais afetados pelo estresse causado no dia a dia pelo combate à Covid-19”. O secretário aproveitou para elogiar “o trabalho dos médicos, enfermeiros e auxiliares de enfermagem, enfim, a todos esses verdadeiros heróis que estão na linha de frente do atendimento à população num momento tão delicado da saúde pública”.
No Hospital Regional da Asa Norte (Hran), referência no atendimento de pacientes com coronavírus, todos os 26 psicólogos, lotados em ambulatórios de diferentes frentes, se uniram para oferecer esse apoio. “Iniciamos os atendimentos presencialmente, nos andares, mas em razão da racionalização de EPIs, tivemos de readequar e fazer por teleatendimento, um desafio que estamos conseguindo superar”, conta o referência técnica assistencial de Psicologia do Hran, Iuri Bezerra.
Agora, o atendimento inicia-se por um formulário em que o profissional de saúde preenche online. A partir daí, é feita a triagem e o encaminhamento para um dos profissionais, que faz a escuta por telefone. “Na primeira ligação, a gente explica o serviço e verifica se ele está à vontade com a questão e inicia a escuta qualificada. A proposta é ouvir o servidor, levando em consideração o contexto da pandemia”, explica Iuri.
Depois de algumas escutas, o psicólogo dá o encaminhamento necessário, que pode incluir indicação de práticas integrativas ou até de atendimento presencial com psiquiatra. “De modo geral, os servidores estão trazendo questionamentos mais transversais, o isolamento, medo da contaminação, distância dos familiares, receio de ser vetor de contaminação”, enumera o psicólogo. Ele diz que o foco é fazer com que o profissional consiga lidar com os desafios de maneira mais sustentável.
Até o momento, cerca de 15 servidores estão inscritos e já recebendo ligações. Quem mais procura são os enfermeiros e técnicos de enfermagem.
Regionais
Outras unidades também se mobilizaram para atendimento semelhante. No Hospital Regional de Ceilândia, o primeiro passo também é preencher um formulário. “A partir da avaliação da equipe, é realizado o contato com o servidor para agendar um horário de teleatendimento. Em poucos dias já tivemos 25 servidores interessados. A ideia, com essa ação, é prevenir adoecimento mental, reduzindo o número de afastamentos por problemas emocionais”, destaca a coordenadora do Serviço de Psicologia do HRC, Thatiana Gimenes.
O projeto é desenvolvido em parceria com a Medicina do Trabalho. “Consideramos fundamental manter a saúde mental dos servidores para auxiliar no processo de trabalho, garantindo atendimento ao paciente com qualidade e preservando o servidor que está sendo bastante exigido nesse momento”, complementa a psicóloga.
No Hospital Regional do Gama, o serviço de psicologia que já atende os servidores há cerca de oito anos passou por uma adaptação, dando preferência no atendimento ao profissional que está na linha de frente de enfrentamento ao Covid-19.
“O objetivo do trabalho é buscar o equilíbrio entre as necessidades do servidor e da Secretaria de Saúde. A gente recebe tanto demandas espontâneas quanto encaminhadas pelas chefias, para atendimento e orientação psicológica”, explica a psicóloga Laila Gonçalves. Em média, são 15 atendimentos semanalmente.
Em Samambaia, a escolha do hospital regional foi fazer uma parceria com psicólogos voluntários, que oferecem esse atendimento. “Percebemos que nossos colegas não ficam muito à vontade para falar conosco, psicólogas da unidade. Quando percebemos algum mais triste, até abordamos e conversamos, mas achamos melhor fazer o atendimento com profissionais de fora”, explica a psicóloga da unidade, Ingrid Queiros. Ela também conta com profissionais do Núcleo de Práticas Integrativas.
“Nosso papel não será fazer terapia em grupo ou psicoterapia, mas sim, uma escuta terapêutica, juntamente com as chefias de cada setor, conforme os dias e horários que elas acharem mais pertinentes, com os servidores que elas perceberam estar com estresse além do normal e que esteja prejudicando o desempenho das suas funções”, diz.
Os servidores da pediatria do Hospital Materno Infantil também estão recebendo este apoio. A psiquiatra Kyola Vale promove reuniões, com pequenos grupos multidisciplinares, respeitando distância e uso de máscaras e álcool em gel. “Realizamos dinâmicas que visam trabalhar a empatia e convocar para a atitude cidadã de valorizar ações que implicam os cuidados de todos”, informa.
Fazem parte desses grupos médicos, equipe de higiene, enfermagem, equipe do laboratório e vigilantes. “A ideia é provocar uma visão que inclua a atuação sinérgica que tem como objetivo cumprirmos com excelência nosso papel de profissionais da saúde”, destaca Kyola Vale.
* Com informações da Secretaria de Saúde
Da : AGÊNCIA BRASÍLIA