quarta-feira, 22 de abril de 2020

DF 60 Anos


Brasília, a capital que precisou de 150 anos para sair do papel
Ricardo Westin
Publicado em 21/4/2020
Edição 67
Política
Brasília completa 60 anos nesta terça-feira (21). No feriado de Tiradentes de 1960, Juscelino Kubitschek cumpriu a sua ambiciosa promessa eleitoral e deu ao Brasil uma nova capital. O plano do presidente, no entanto, nada tinha de novo. JK foi o executor, mas não o idealizador da transferência da capital para o centro do país.
Documentos históricos guardados no Arquivo do Senado mostram que, no decorrer dos 150 anos anteriores à inauguração de Brasília, sucessivos imperadores e presidentes tiveram nas mãos projetos bastante semelhantes ao de JK de trocar o Rio de Janeiro por uma cidade planejada, nova em folha, no coração do remoto Planalto Central.
A depender do projeto, a nova capital brasileira seria batizada de Imperatória, Cidade Tiradentes ou Cabrália, entre outros nomes aventados.
Os primeiros planos surgiram em 1808, quando dom João VI se mudou com a corte portuguesa para o Brasil, fugindo de Napoleão Bonaparte. Argumentava-se que uma nova capital era necessária porque o Rio, uma simples cidade colonial, não tinha a infraestrutura suficiente para ser promovida a cabeça do Reino de Portugal.
A localização costeira, além disso, deixava o Rio vulnerável a ataques estrangeiros pelo mar. Conselheiros de dom João VI lembravam que, no século 16, navios inimigos não tiveram dificuldade para conquistar a Baía de Guanabara e ali instalar a França Antártica.
A interiorização da capital ganhou o apoio do jornalista Hipólito José da Costa, que usou o seu influente Correio Braziliense para pressionar o governo luso-brasileiro. Para ele, a nova cidade precisaria ser erguida na capitania de Goiás, no ponto onde nascem “caudalosos rios que se dirigem ao norte, ao sul, ao nordeste e ao sudeste”, permitindo o contato, via navegação, com todo o território brasileiro.
Na mesma época, circulou no Rio um discurso atribuído ao antigo primeiro-ministro britânico William Pitt que falava numa futura cidade chamada Nova Lisboa, “para corte e assento do rei”, também no Planalto Central.
O discurso, descobriu-se depois, era falso, provavelmente forjado por algum brasileiro interessado na mudança para o interior. Além de não existir referência ao tal discurso nos arquivos de Londres, sabe-se que a Grã-Bretanha, ao contrário, agiu para que a corte dom João VI permanecesse no Rio, de modo a salvaguardar os interesses dos comerciantes britânicos que lucravam com o porto carioca. Caso Nova Lisboa saísse do papel, outros portos do Brasil cresceriam e competiriam pela proeminência.
Em 1813, o Correio Braziliense insta o príncipe regente dom João a transferir a capital para o interior do Brasil (imagem: Correio Braziliense/Biblioteca Nacional Digital)
Em 1823, logo após a Independência, o ministro e deputado José Bonifácio de Andrada e Silva (SP) propôs à Assembleia Constituinte a interiorização da capital. Para ele, uma nova cidade no Planalto Central — a ser batizada de Petrópole (em homenagem a dom Pedro I) ou Brasília — permitiria um melhor controle sobre o imenso território brasileiro e impediria que ele se esfarelasse em pequenas nações naquele conturbado momento pós-Independência.
Na proposta, Bonifácio acrescentou: “Como essa cidade deve ficar equidistante dos limites do Império tanto em latitude como em longitude, vai-se abrir, por meio das estradas que devem sair desse centro como raios para as diversas províncias, uma comunicação e decerto criar comércio interno da maior magnitude. Vai-se chamar para as províncias do sertão o excesso da povoação sem emprego das cidades marítimas e mercantis”.
Dom Pedro I, contudo, dissolveu a Assembleia Constituinte, e o assunto acabou morrendo. Na Constituição logo depois imposta pelo imperador, em 1824, não houve nenhuma menção à mudança da capital.
No reinado de dom Pedro II, a campanha por uma capital no centro do Império renasceu encabeçada por Francisco Adolfo de Varnhagen, o historiador mais renomado da época. Para ele, a permanência do governo no Rio significava a continuidade do atraso colonial, e a entrada do Brasil na modernidade dependia dessa transferência como marco simbólico.
Hipólito da Costa, José Bonifácio e Varnhagen: defensores da capital no Planalto Central (imagens: S. A. Sisson/CC; Itamaraty Safra Catalogue; Reprodução/Pelas Ruas de São Paulo)
Obcecado pela ideia, o próprio Varnhagen se embrenhou pelos sertões do Planalto Central em 1877 para procurar a localização mais apropriada. Após a expedição, ele sugeriu que se erguesse a cidade de Imperatória (nome em homenagem ao imperador dom Pedro II) entre as lagoas Formosa, Feia e Mestre d’Armas — a grande área dentro da qual hoje se situa Brasília.
O senador Holanda Cavalcanti (PE), inspirado por Varnhagen, apresentou um projeto de lei prevendo uma nova capital. Para o senador, o vazio do interior do Império teria boa utilidade se fosse ocupado por plantações de café, o motor da economia nacional.
— O Brasil deve, em minha opinião, ser mais uma nação agrícola do que comercial. Ora, o desenvolvimento da agricultura em vasta escala não poderá conseguir-se senão promovendo-se a formação de grandes estabelecimentos no centro do Império. O meio mais óbvio que se antolha para realizá-los é a criação da capital nesse centro — argumentou.
Cavalcanti estimou que a cidade poderia ficar pronta em dez anos. Embora não tenha tocado na questão da mão de obra, o senador certamente contava com os escravos negros como os operários da grande construção. A proposta acabou adormecendo nas gavetas do Senado do Império.
Charge do fim do século 19 mostra insalubridade do Rio, capital do Brasil (imagem: Don Quixote/Biblioteca Nacional Digital)
O tema voltou com força total na Assembleia Constituinte de 1891, logo depois da derrubada da Monarquia. Defensor da mudança, o senador constituinte Virgílio Damásio (BA) apresentou uma proposta de emenda para que a nova capital do Brasil se chamasse Cidade Tiradentes (em referência ao personagem histórico da Colônia que foi resgatado e alçado ao posto de mártir pela República). Ele disse que o Rio de Janeiro, já uma inchada cidade de 400 mil moradores, era um barril de pólvora que poderia explodir a qualquer momento.
— Nesta cidade populosa, falemos a verdade, encontram-se muitos que vivem entre a ociosidade e manejos ou expedientes poucos confessáveis. Essa grande massa de homens é uma arma, uma alavanca poderosíssima em mãos de agitadores. Uma cidade populosa não convém para capital.
O deputado constituinte Thomaz Delfino (DF) concordou:
— Uma capital não se sente muito bem no meio da multidão da vasta cidade, por sua natureza agitada e de vez em quando algum tanto revolucionária. É sabido que nos Estados Unidos da América do Norte os diferentes estados têm geralmente pequenas cidades por capitais. A sede do governo do estado de Nova York não é a riquíssima cidade desse nome, e sim a insignificante Albany. Quando a capital da União Americana foi fixada em Washington, era esta apenas uma pequena cidade de 70 a 80 mil habitantes.
A emenda da Cidade Tiradentes foi derrubada, mas a previsão de um novo Distrito Federal passou e constou explicitamente da Constituição de 1891. Pela primeira vez, a capital no centro do Brasil se transformou em lei.
Sem perda de tempo, os dois primeiros presidentes da República, Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto, seguiram a determinação constitucional e tomaram as providências necessárias para a futura mudança. Uma comissão de técnicos explorou o interior de Goiás e delimitou o quadrilátero do futuro Distrito Federal.
Integrantes da Missão Cruls, que demarcou o Distrito Federal na década de 1890 (foto: Arquivo Público do DF)
Sucessor dos dois militares, o civil Prudente de Moraes logo engavetou o plano. Ele se explicou dizendo que os cofres públicos não tinham dinheiro para tão cara empreitada. O real motivo, segundo os historiadores, era o risco de a mudança geográfica do poder federal destruir o frágil equilíbrio entre as oligarquias estaduais que sustentava a Primeira República.
Enquanto isso, o Rio convulsionava. Nos governos de Deodoro e Floriano, a cidade foi quase bombardeada pelos navios de guerra dos insurgentes da Revolta da Armada. Prudente de Moraes escapou por pouco de ser assassinado num atentado a espada na cerimônia de boas-vindas às tropas que haviam massacrado a população de Canudos. E, no governo Rodrigues Alves, a capital foi praticamente arrasada pelos cariocas na Revolta da Vacina.
Em 1905, o senador Nogueira Paranaguá (PI) redigiu um projeto de lei que buscava tirar do papel a determinação da Constituição de 1891. E dava prazo: a mudança da capital precisaria ocorrer até 1921, a tempo para as comemorações dos cem anos da Independência do Brasil. Paranaguá justificou o projeto dizendo que o Rio não conseguia espelhar o Brasil:
— Esta é uma cidade cosmopolita por excelência. Aqui há o elemento português, o italiano, o alemão, o espanhol e muitos outros. Os estrangeiros têm força preponderante. Os interesses desta cidade são muitas vezes antagônicos com o interesse nacional. Eu quero uma capital tranquila, verdadeiramente nacional, em que o brasileirismo seja predominante.
Cortiço no Rio e bonde virado na Revolta da Vacina: capital inadequada (fotos: Reprodução/Prefeitura do Rio; Marianno da Silva/Fundação Biblioteca Nacional)
O senador também apontou um atributo peculiar do Rio que jamais teria solução:
— O clima. Neste momento, estou a sentir um calor senegalesco. Eu estou transpirando apesar destes ventiladores. Nós vemos que o próprio presidente da República se retira da capital durante alguns meses do ano por não poder ficar neste clima asfixiante.
A cidade foi construída num ponto do litoral brasileiro não só excepcionalmente abafado, mas também rodeado de pântanos. O ambiente era propício para a disseminação de doenças mortais como cólera, peste bubônica e febre amarela, que repetidamente reduziam a população da capital. Nogueira de Paranaguá classificou o Rio de “necrópole do Brasil”.
— No Planalto Central, teríamos uma capital que reuniria todas as condições de salubridade — acrescentou.
Para combater a insalubridade, Rodrigues Alves, o primeiro presidente eleito no século 20, executou uma reforma radical na região portuária do Rio. Cortiços foram derrubados, pobres foram expulsos para os morros, amplas avenidas e praças foram abertas e pomposos edifícios públicos foram erguidos, formando uma espécie de Paris tropical. A mensagem do presidente era clara: que esquecessem essa ideia de capital no Planalto Central.
A única ação concreta dos presidentes civis da Primeira República foi a inauguração de um pequeno obelisco dentro do atual Distrito Federal em 1922, no dia exato do centenário da Independência, a mando do presidente Epitácio Pessoa — uma espécie de pedra fundamental da cidade a ser construída. Epitácio não compareceu à cerimônia. O obelisco permanece de pé até hoje, na zona rural de Planaltina (DF).
O obelisco erguido no Planalto Central em 1922 pelo governo de Epitácio Pessoa (fotos: Arquivo Público do DF)
Parte da população, contudo, não deixou de sonhar, embalada pela promessa contida na Constituição. Em 1929, o intelectual Theodoro Figueira de Almeida, por iniciativa própria, traçou e publicou na imprensa um plano da futura cidade, com ruas e praças com nomes que contariam toda a história do Brasil.
Em 1922, o tenente-coronel Barros Fournier, professor da Escola Militar, tomou a liberdade de apresentar ao Senado uma atrevida parceria público-privada que lhe permitiria tomar as rédeas do hercúleo empreendimento. O governo teria que providenciar os 67 mil contos de réis necessários à obra. Ele prometia entregar a cidade pronta em 1931.
O tenente-coronel escreveu: “O proponente permite-se assegurar-lhes que conhece perfeitamente o problema que se propõe resolver, que, educado em severo regime militar, tem inteira noção do que seja responsabilidade e que o exercício de suas funções no magistério militar é uma prova de que se acha em pleno gozo de perfeita razão”. Os senadores apenas agradeceram.
Na década seguinte, nos trabalho da Assembleia Constituinte de 1934, o deputado Nero de Macedo (PSR-GO) se queixou:
— As circunstâncias já têm demonstrado a necessidade de uma nova capital. Os governantes, porém, ou por pirronice [teimosia], ou por inércia, jamais cumpriram o dispositivo constitucional. Nós conhecemos bem os costumes políticos, conhecemos bem o encanto que tem o Rio de Janeiro.
Plano da futura capital projetado por Theodoro Figueira de Almeida em 1929 (imagem: Reprodução/Agência Brasília)
O ambiente pós-Revolução de 1930 era outro, e a transferência para o Planalto Central apareceu também na Constituição de 1934. Para que a ideia não perdesse fôlego com o passar do tempo, como ocorrera na Primeira República, o diretor do Serviço de Informações e Estatísticas do Ministério da Educação, Mário Augusto Teixeira de Freitas, propôs ao governo de Getúlio Vargas a transferência gradual da capital para o interior.
Pelos planos, Belo Horizonte (cidade planejada que havia sido fundada 35 anos antes) se tornaria a capital provisória do país, como uma solução emergencial até que as obras de Cabrália (em homenagem a Pedro Álvares Cabral, o descobridor do Brasil), a capital definitiva, no quadrilátero de Goiás, ficassem prontas. Em 1938, Teixeira de Freitas ajudou a fundar o IBGE, e a nova entidade endossou o projeto de interiorização da capital em duas etapas.
Na Assembleia Constituinte de 1946, os parlamentares discutiram outras possibilidades. Em vez de Belo Horizonte como passo intermediário, a bancada de Goiás se mobilizou para sugerir a sua própria capital, inaugurada apenas quatro anos antes.
— Não vemos como se possa realizar, nos próximos decênios, a obra ciclópica [gigantesca] da nova capital do Brasil, que deve ser projetada com a maior perfeição e caprichosamente executada, para não prejudicar o futuro do país. Planificada e construída em moldes moderníssimos, é Goiânia a cidade ideal, entre todas as suas irmãs, para sede provisória do governo da República. Ela já está ali à nossa vista, ao nosso alcance — argumentou o deputado constituinte Diógenes Magalhães (PSD-GO).
Os constituintes da bancada de Minas Gerais reagiram oferecendo o Triângulo Mineiro como solução definitiva — entre eles, curiosamente, o deputado Juscelino Kubitschek (PSD-MG):
— Trago ao conhecimento dos senhores representantes um magnífico trabalho de autoria secretário de Viação do estado de Minas Gerais. Nele, além de sugerir a mudança da capital para o pontal do Triângulo Mineiro, são estudados os variados aspectos do problema e apontada uma solução que satisfaz os partidários da ideia da mudança da capital.
Como deputado, JK defendeu que a nova capital fosse para o Triângulo Mineiro (foto: Projeto Memória)
A briga entre Goiânia e o Triângulo Mineiro não deu em nada. A Constituição de 1946 entrou em vigor retomando a mesma previsão das duas primeiras Constituições da República. Os presidentes Eurico Gaspar Dutra, Getúlio Vargas e Café Filho colocaram a determinação em prática. Uma nova missão foi enviada ao Planalto Central e recomendou que o Distrito Federal fosse criado praticamente no mesmo local de Goiás que havia sido delimitado na época de Floriano Peixoto. Os técnicos da missão sugeriram batizar a futura cidade de Vera Cruz (um dos nomes dados ao Brasil logo após o Descobrimento).
Na corrida para suceder Café Filho no Palácio do Catete, Juscelino Kubitschek apresentou a construção de Brasília como a sua promessa de campanha mais fantástica. Empossado em 1956, ele de fato se empenhou para torná-la realidade. No entanto, de acordo com o historiador francês Laurent Vidal, autor do livro De Nova Lisboa a Brasília (Editora UnB), JK tirou a capital do papel por uma questão de sobrevivência política.
— Juscelino poderia ter descumprido a promessa. Nada o obrigava a cumpri-la. Ele não seria o primeiro político a não cumprir a totalidade do seu programa eleitoral. O que ocorreu foi que Juscelino, um herdeiro do getulismo, se elegeu com apenas 35% dos votos, e setores conservadores da política e das Forças Armadas, os mesmos que haviam levado Getúlio ao suicídio, questionaram essa vitória. No fim de 1955, houve duas tentativas de golpe de Estado para impedir a posse. No início de 1956, uma revolta militar tentou derrubá-lo. Juscelino percebeu que a transferência da capital tinha a capacidade de mobilizar o imaginário da nação e colocá-la ao seu lado. Foi por isso que levou a ideia adiante.
Plano feito em 1955 da futura capital do Brasil, Vera Cruz (imagem: Reprodução/Agência Brasília)
Vidal explica que hoje os brasileiros desconhecem os 150 anos de história que antecedem Brasília, iniciados com a vinda da corte de dom João VI para o Brasil, porque JK, na propaganda da construção da cidade, conseguiu criar para si a imagem do mito que planejou e executou tudo sozinho. O passado acabou sendo apagado.
— É importante que os brasileiros conheçam a história completa de Brasília para que, assim, conheçam a si próprios — continua o historiador francês. — A ideia de uma nova capital no Planalto Central apareceu de tempos em tempos, sempre em momentos de crise e ruptura, como forma de reaglutinar o país dividido. Foi assim após a Independência, após a Proclamação da República, após a Revolução de 1930, após a ditadura do Estado Novo. A nova capital sempre trouxe essa ideia de progresso, de modernidade, o que mexe forte com o imaginário das pessoas. Mas, na avaliação dos governantes, bastava formular o projeto. Não era preciso ir até o fim. Por 150 anos, o importante foi apenas superar as crises.
Jornal noticia, em 1960, a inauguração de Brasília (imagem: Correio Paulistano/Biblioteca Nacional Digital)
Excepcionalmente, para coincidir com o aniversário de Brasília, a publicação do Arquivo S de maio foi antecipada para 21 de abril.
A seção Arquivo S, resultado de uma parceria entre a Agência Senado e o Arquivo do Senado, é publicada na primeira segunda-feira do mês no Portal Senado Notícias. 
Mensalmente, sempre no dia 15, a Rádio Senado lança um episódio do Arquivo S na versão podcast, disponível nos principais aplicativos de streaming de áudio.

Reportagem e edição: Ricardo Westin
Pesquisa histórica: Arquivo do Senado
Edição de multimídia: Bernardo Ururahy
Infográfico: Bruno Bazílio
Edição de fotografia: Pillar Pedreira
Foto da Capa: Comissão Exploradora do Planalto Central do Brasil
 
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado

Fonte: Agência Senado

Sefa apreende peças de automóveis no sudeste do Estado



Parte das mercadorias não tinha nota fiscal. Destino final era a cidade de Marabá

21/04/2020 11h34 - Atualizada em 21/04/2020 12h28
Por Ana Márcia Pantoja (SEFA)
Foto: Ascom / SEFAEquipe de fiscalização da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefa), da unidade de controle de mercadorias em trânsito de Carajás, no município de Marabá, sudeste do Estado, apreendeu, na segunda-feira (20), carga composta por peças de automóveis que vinham de Cuiabá com destino a Marabá.  
Durante fiscalização de rotina, o condutor do veículo apresentou os documentos fiscais relativos à mercadoria transportada. Os servidores da Sefa fizeram a verificação física da mercadoria, notando que alguns produtos não constavam nos documentos apresentados. A conferência da carga, que tem valor total de R$ 107 mil, provou que parte das mercadorias não tinha nota fiscal, num total de 12 mil e mercadorias não declaradas no documento fiscal.  
Foi lavrado Termo de Apreensão e Depósito (TAD) da mercadoria, que foi liberada após o recolhimento dos valores do Imposto sobre circulação de mercadorias e serviços (ICMS) e multa. 
O coordenador da Unidade da Sefa em Carajás, Volnandes Pereira, informou que, naquela área, há muita circulação de madeira, soja e minério, e que não é comum o transporte de peças de veículos, e que isso chamou a atenção da fiscalização, que fez o procedimento padrão de verificação da carga. 
agência pará 

Governo recolhe respiradores para auxiliar pacientes da Covid19



Equipamentos passarão por revisão técnica e desinfecção para depois auxiliarem na recuperação dos pacientes no Hospital de Campanha instalado no Hangar

21/04/2020 12h29 - Atualizada em 21/04/2020 14h31
Por Aline Saavedra (SEGUP)
Foto: AGENCIA PARAMais três respiradores pulmonares foram encaminhados para o Hospital de Campanha instalado no Hangar Centro de Convenções da Amazônia para ajudar no tratamento de pacientes com a Covid-19. Os equipamentos não estavam sendo utilizados e foram retirados de um hospital particular de Belém, que receberá o valor correspondente ao aluguel das máquinas, na noite da segunda-feira (20). Enquanto leitos hospitalares estão operando com a capacidade máxima de atendimento, realidade vivida por diversos estados brasileiros, o Governo do Pará vem buscando medidas, como aluguel e compra de equipamentos e espaços, para aumentar o número de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). 
No Hospital de Campanha, os instrumentos passarão por revisão técnica e desinfecção para depois auxiliarem na recuperação dos pacientes. A logística de retirada dos respiradores foi realizada por meio de um termo de requisição assinado pelo profissional da Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sespa), elaborada pelo Procuradoria Geral do Estado (PGE) e toda a ação foi acompanhada por militares do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) da Polícia Militar. 
O acréscimo dos respiradores se soma aos esforços realizados pelo Governo do Pará no combate ao novo coronavírus. Além das estruturas montadas para atender os pacientes, como os Hospitais de Campanha de Marabá, Santarém e Breves, além da capital paraense, o Governo garante a disponibilização de leitos em hospitais como a Policlínica e a antecipação de novos 50 leitos no Abelardo Santos, no próximo dia 25. Tudo para atender cada vez mais e melhor as pessoas acometidas pela doença. 
Medidas enérgicas – Desde o dia 18 de março, o Pará passou a adotar medidas e orientações de como agir no enfrentamento da doença com a publicação do decreto governamental 609/2020. Entre os itens elencados, estão a proibição de funcionamento de estabelecimentos comerciais, o transporte de passageiros interestaduais em veículo coletivo, reforço nas fronteiras, entre outros, o que para o secretário de Segurança Pública e Defesa Social, Ualame Machado, vêm colaborando para que as pessoas fiquem mais tempo dentro de casa. 
“As pessoas que ainda não tinham noção do que é uma pandemia estão começando a compreender, alguns por questão de consciência outros porque infelizmente viram os números de pessoas que evoluíram a óbito se tornarem nomes. Nomes de conhecidos ou até mesmo de amigos e familiares. Por isso, se justifica todas essas ações, em diversas frentes que o Estado vem tomando. O sistema de segurança está pronto e fazendo com que as determinações previstas no decreto sejam cumpridas para tão logo possamos viver na tranquilidade de antes", destacou o titular da Segup.
agência pará

Polícia Civil completa 144 anos e lança serviço de atendimento aos servidores



Corporação celebra aniversário de forma diferente, garantindo não somente a segurança da população, mas também a saúde de todos

21/04/2020 12h42 - Atualizada em 21/04/2020 13h25
Por Cristiani Souza (PC)
No período de 7 a 20 deste mês, a Polícia Civil do Pará fiscalizou 3.401 estabelecimentos comerciais em todo Estado, dando cumprimento ao decreto governamental 609/2020, que estabelece medidas para evitar a proliferação da Covid-19. No total, 249 estabelecimentos foram fechados, 140 notificados e 51 pessoas foram autuadas. 
“Os 144 anos da Polícia Civil do Pará estão sendo comemorado nesta terça-feira (21) de uma forma diferente. Agora, os agentes da instituição trabalham para garantir não somente a segurança da população, mas também a saúde de todos. As operações realizadas em cumprimento ao decreto visam estabelecer a ordem, mas, principalmente, evitar a disseminação do coronavírus e conscientizar a sociedade de que a saúde deve estar em primeiro lugar”, destacou o delegado-geral Alberto Teixeira.
Mesmo neste período em que todos são orientados a ficar em casa, os policiais civis estão nas ruas seguindo todos os protocolos de segurança propostos pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e utilizando os EPI’s necessários para evitar a contaminação da Covid-19. O atendimento presencial nas unidades policiais está restrito para casos de flagrante delito e registro de ocorrência de crimes contra a vida ou praticados com violência ou grave ameaça. As demais ocorrências estão sendo feitas na Delegacia Virtual. Os servidores que fazem parte do grupo de risco foram afastados independente de atestado médico; e os com idade igual ou maior a 60 anos, e grávidas ou lactantes permanecem em regime de teletrabalho. 
“Diante da atual realidade, a instituição também não poderia deixar de valorizar e cuidar dos seus servidores. Por isso, lançamos o serviço de atendimento e acolhimento aos que fazem a Polícia Civil do Pará. É um serviço inédito na corporação que, com certeza, irá evitar a proliferação da doença e a superlotação nas unidades de emergência” - Alberto Teixeira, titular da Polícia Civil. 
A Diretoria de Atendimento ao Servidor (DAS) está disponibilizando consultas via telefone e internet para evitar a superlotação das urgências e prestar acolhimento psicológico e de assistência social. O servidor que sentir dores e possíveis sintomas da Covid-19 poderá realizar o teleatendimento médico, disponível 24 horas por dia, através dos contatos (91) 98568-6361 e 98568-3011.
O acolhimento psicológico online também está disponível aos servidores de todo o Estado, 24 horas por dia, por meio dos números (91) 98568-6113 e 98568-2482. Já o atendimento de assistência social será realizado de segunda a sexta-feira, nos horários de 8h às 12h e de 14h às 18h, em dias úteis, nos contatos (91) 98568 -2468 e 98568-2308.
“O acolhimento psicológico será feita de forma espontânea aos servidores que sentirem necessidade, estiverem desorientados e precisem de ajuda psicológica. O atendimento de serviço social realizado pelas nossas profissionais será primordial para verificar se os servidores com sintomas de Covid-19 já estão aptos a fazerem o teste. E o teleatendimento médico vai oportunizar uma consulta a quem estiver sentindo dores, sem precisar ir até as unidades de saúde” - delegada Socorro Bezerra, diretora da DAS.
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Governo receberá sugestões online para elaboração da LDO 2021


Em meio à pandemia, população poderá contribuir e tirar dúvidas pelo site da Seplad e por telefone

21/04/2020 12h53 - Atualizada em 21/04/2020 14h35
Por Luana Leite (SEPLAD)
O Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Planejamento e Administração (Seplad), vai disponibilizar um canal online para o envio de sugestões, contribuições e dúvidas referentes ao Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) do ano de 2021. A sugestão poderá ser enviada entre os dias 22 e 27 de abril pelo site da Secretaria.
A decisão foi tomada em decorrência das medidas de enfrentamento à Covid-19 e, por isso, não será possível a realização de audiência pública de forma presencial. A utilização de ferramentas de tecnologia da informação dará suporte para garantir a transparência e a participação popular na elaboração do referido instrumento de planejamento.
Participação
Os paraenses poderão participar diretamente do processo de elaboração da LDO 2021, via internet, enviando suas contribuições, dúvidas e sugestões que serão avaliadas pela equipe técnica e poderão compor o projeto final do PLDO 2021, que será encaminhado à Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa).
A versão preliminar do texto da PLDO 2021 também estará disponível para consulta pública no site da Seplad a partir desta quarta (22), acompanhada de um material explicativo que vai abordar o objetivo e os principais pontos da ferramenta de planejamento.
Canais
Os interessados em tirar dúvidas e enviar contribuições devem fazer isso no período de 22 a 27 abril. Os canais são o site e pelo e telefone (91) 98895-1660.
agência pará 

Solicitou o auxílio de R$600 após primeira parcela? Pode efetuar três saques


Solicitou o auxílio de R$600 após primeira parcela? Pode efetuar ...

De acordo com o Ministério da Cidadania, mesmo que faça a solicitação depois do pagamento da primeira parcela de abril, o trabalhador terá direito às três parcelas



auxílio emergencial de R$ 600 pago aos informais, microempreendedores individuais (MEIs), contribuintes individuais do INSS e desempregados, que precisam se cadastrar no site e aplicativo da Caixa Econômica Federal para ter direito ao pagamento.
Os trabalhadores que estiverem com problemas para fazer a inscrição e só conseguir realizar o cadastro no programa no meio do calendário de pagamentos vão ter direito ao pagamento das parcelas já pagas de forma retroativa?
Segundo o Ministério da Cidadania, mesmo que faça a solicitação depois do pagamento da primeira parcela de abrilo trabalhador terá direito às três parcelas do auxílio emergencial. Vale ressaltar que, os beneficiários do Bolsa Família e os que já são inscritos no Cadastro Único não precisam se inscrever pelo site ou app, pois o pagamento será automático.
De acordo com o ministro, os pagamentos previstos somente para esta semana vão beneficiar 23 milhões de pessoas. Serão R$15 bilhões liberados, conforme a Caixa Econômica Federal.
No último dia 9, cerca de 2,5 milhões de pessoas receberam a primeira parcela do auxílio emergencial, que foram aqueles que estão no Cadastro Único do governo federal, mas não recebem Bolsa Família, e que têm conta no Banco do Brasil ou poupança na Caixa.

Cadastrados no site ou app

auxílio emergencial no valor de R$600, que seria pago nesta quinta-feira (16) a quem se inscreveu por meio do aplicativo da Caixa ou pelo site, conforme o calendário inicialmente divulgado, vai ficar para sexta-feira (17).
Segundo informações da Caixa, informações sobre as pessoas inscritas que estão aptas a receber já foram enviadas pela Dataprev ao banco. A partir de agora, vão ser necessárias 48 horas para o início do processamento dos pagamentos. Apesar do atraso, a Caixa argumenta que os pagamentos estão obedecendo os trâmites burocráticos necessários.
Para quem deseja receber através da poupança digital da Caixa, os saques em dinheiro vão começar a ser liberados a partir do dia 27 de abril. Antes disso, no entanto, os recursos poderão ser movimentados digitalmente (veja o calendário ao final desta reportagem).

Saques da poupança digital

O presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, antecipou o pagamento da segunda parcela do auxílio emergencial de R$ 600. A confirmação foi do presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, na última segunda-feira (20) durante uma entrevista coletiva no Palácio do Planalto com outros integrantes do governo.
Agora, conforme o anúncio de Guimarães, a segunda parcela do benefício, prevista para ser paga segunda-feira (27 de abril) aos trabalhadores informais e participantes do cadastro único, foi antecipada para quinta-feira (23 de abril).
Pelo novo calendário, a segunda parcela vai ser paga da seguinte forma:
  • Quinta-feira – 23 de abril: vai sacar quem nasceu em janeiro e fevereiro
  • Sexta-feira – 24 de abril: vai sacar quem nasceu em março e abril
  • Sábado – 25 de abril: vai sacar quem nasceu em maio e junho
  • Segunda-feira – 27 de abril: vai sacar quem nasceu em julho e agosto
  • Terça-feira – 28 de abril: vai sacar quem nasceu em setembro e outubro
  • Quarta-feira – 29 de abril: vai sacar quem nasceu em novembro e dezembro.
De acordo com o presidente da Caixa, mesmo quem teve algum problema e receba a primeira parcela até quarta-feira, 22 de abril, vai receber a segunda parcela a partir da próxima quinta, 23 de abril.
Desde o dia 09 de abril, quando iniciaram os pagamentos, já foram 24 milhões de pagamentos. De acordo com Guimarães, houve 50 milhões de downloads do aplicativo do auxílio emergencial, que tornou-se o aplicativo mais baixado do país, de acordo com o executivo.
O presidente da Caixa ainda revelou que os vigilantes da Caixa foram autorizados pela Polícia Federal a auxiliar na organização das filas nas agências da Caixa, que estão passando por grande número de acessos.
O governo teme que na próxima segunda-feira, 27 de abril, a procura pelas agências seja muito alta pois os saques iniciais em dinheiro neste dia. Segundo Guimarães, há 200 agências prioritárias no interior do Norte e Nordeste do país. Mais atendentes também foram contratados pelo banco.

Saiba quem pode receber o auxílio emergencial

O projeto altera uma lei de 1993, que trata da organização da assistência social no país. De acordo com o texto, durante o período de três meses será concedido auxílio emergencial de R$ 600 ao trabalhador que cumpra, ao mesmo tempo, os seguintes requisitos:
  • seja maior de 18 anos;
  • não tenha emprego formal;
  • não seja titular de benefício previdenciário ou assistencial, beneficiário do seguro-desemprego ou de programa de transferência de renda federal, ressalvado o bolsa-família;
  • a renda mensal per capita seja de até meio salário mínimos ou a renda familiar mensal total seja de até três salários mínimos;
  • que não tenha recebido em 2018 rendimentos tributáveis acima de R$ 28.559,70.
O auxílio vai ser cortado caso aconteça o descumprimento dos requisitos acima. O texto também deixa claro que o trabalhador deve exercer atividade na condição de:
  • microempreendedor individual (MEI); ou
  • contribuinte individual do Regime Geral de Previdência Social que trabalhe por conta própria; ou
  • trabalhador informal, seja empregado ou autônomo, inscrito no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), até 20 de março de 2020, ou que se encaixe nos critérios de renda familiar mensal mencionados acima.
A proposta estabelece que apenas duas pessoas da mesma família poderão receber cumulativamente o auxílio emergencial e o benefício do Bolsa Família, podendo ser substituído temporariamente o benefício do Bolsa Família pelo auxílio emergencial, caso o valor da ajuda seja mais vantajosa para o beneficiário. A trabalhadora informa, chefe de família, vai receber R$ 1.200.



Índice de isolamento cai e Pará desce para a 9ª posição no ranking nacional



Estado computou 53,69%. São João do Araguaia, Magalhães Barata e Chaves são as cidades que mais respeitam a quarentena

21/04/2020 13h32 - Atualizada em 21/04/2020 16h07
Por Laís Menezes (SEGUP)
O Pará registrou uma queda no índice de isolamento social no ranking brasileiro. Depois de figurar na 3ª, 7ª e na 8ª posição nos últimos dias, o Estado computou 53,69% de isolamento, ficando em 9º lugar, na segunda-feira (20), em relação as demais unidades federativas. Os dados foram levantados pela Secretaria de Inteligência e Análise Criminal (Siac), vinculada à Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Pará (Segup), que faz a verificação da taxa diariamente.
Ualame Machado, titular da SegupFoto: Marco Santos / Ag.Para“Desde sexta-feira, o Pará vem figurando entre os 10 melhores estados da federação em isolamento social, o que significa que melhoramos em relação às outras semanas, porém devemos melhorar ainda mais, tendo em vista que o isolamento deve atingir 70% em cada Estado e ainda não conseguimos atingir esse patamar aqui. Esperamos cada vez mais a adesão e a compreensão da população, para que possam se manter em casa. Quem puder fiquei em casa, para que estejam nas ruas apenas as pessoas que devem ficar em razão da sua profissão, para proteger a vida dos demais”, afirmou o titular da Segup, Ualame Machado.
Os órgãos do Sistema de Segurança Pública atuam, desde o dia 17, em razão do feriado prolongado de Tiradentes, nas barreiras de entrada e saída de veículos, fiscalizando e impedindo o tráfego intermunicipal de carros com fins recreativos. A ação ocorre em cumprimento ao decreto estadual que determina o isolamento social e segue até esta quarta-feira (22).
Municípios – De acordo com o levantamento, ao analisar as cidades paraenses, os melhores índices de isolamento, ou seja, onde as pessoas passaram mais tempo em casa respeitando a quarentena, estão nos municípios de São João do Araguaia (81,3%); Magalhães Barata (75,6%); Chaves (74,4%); Peixe-Boi (73,4%) e São Caetano de Odivelas (71,5%). Já as cidades que tiveram o pior índice de isolamento, ou seja, aqueles onde a população menos permaneceu em casa, estão Curuá 37,0%; Novo Progresso 39,4%; Conceição do Araguaia 41,4% e Goianésia do Pará (41,7%)
Descentralização – Os municípios de Marabá, Santarém e Breves irão abrigar Hospitais de Campanha para receber pacientes contaminados pela Covid-19. Nessas cidades, a taxa de isolamento esteve em 46,4%, 48,4% e 54,4%, respectivamente.
Belém e Ananindeua – A capital paraense computou 54,6% de isolamento. Já os bairros de Belém, incluindo os distritos, onde as pessoas mais estiveram dentro de casa na segunda-feira (20) foram Águas Lindas (71%); Cabanagem (68,3%) e Água Boa (67,8%).
Em Ananindeua, onde a taxa atingiu (58,9%), os melhores índices foram registrados nos bairros Jaderlândia (91,7%); Atalaia (75,4%) e Jiboia Branca (73,2%).
Índices de isolamento por bairro em Belém na segunda-feira (20):
Melhores
Águas Lindas 71% 
Cabanagem 68,3% 
Água Boa 67,8%
Piores
Pratinha 40,2%
Maracacuera 41,3%
Jurunas 43,3%
Índices de isolamento por bairro em Ananindeua na segunda-feira (20):
Melhores
Jaderlândia 91,7% 
Atalaia 75,4% 
Jiboia Branca 73,2%
Piores
Águas Brancas 46%
Curuçambá 49,2%
Centro 58,4%
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EGPA apresenta palestra sobre Ensino a Distância em congresso nacional



Participação abordará o 'Projeto Laboratório de Inovação em GTEAD-EGPA'

21/04/2020 13h47 - Atualizada em 21/04/2020 14h37
Por Isabela Quirino (EGPA)
A Escola de Governança Pública do Estado do Pará apresentará uma palestra no VI Seminário Nacional de Inclusão Digital (Senid), que este ano tem como tema “Cultura Digital na Educação”. A programação será realizada entre os dias 22 e 24 de abril, totalmente online e com inscrições gratuitas. As inscrições podem ser feitas neste link.
Os assuntos do evento envolvem robótica educativa, aprendizagem criativa, movimento maker na educação, uso de dispositivos móveis na educação, desenvolvimento e uso de games em contextos educacionais, metodologias de ensino para a era digital, formação de professores para era digital e experiências no âmbito da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). 
Palestra será ministrada por Reinan Abreu, assessor de Educação a Distância da Escola de GovernançaFoto: Ascom / EGPA“Esta temática nasce da constatação de que as práticas criativas da era digital, além de colocarem em 'xeque' as instituições da era industrial, como a escola e a universidade, impõe grande diferença na natureza dos produtos e processos criativos. E a Escola de Governança Pública não poderia ficar de fora”, explicou o assessor de Educação a Distância da Escola de Governança, Reinan Abreu.
Reinan participará do evento com a palestra “Projeto Laboratório de Inovação em GTEAD-EGPA”, destacando a formação de professores inovadores e mediadores para o ensino a distância, focando em áreas como o cenário, competência tecnológica, docência, mediação e metodologias. “O Laboratório de Inovação, criado no final do ano passado, tem em um dos seus principais eixos a educação, vamos apresentar todos estes conceitos no evento”, disse. 
O Laboratório de Inovação é um dos projetos em que a Escola de Governança está investindo, para atuar de maneira mais inovadora dentro do seu papel de qualificar os servidores e desenvolver ações que superem os desafios específicos da gestão estadual. A proposta é de que o Laboratório de Inovação atue internamente nas ações da EGPA e tenha ações de integração com outras secretarias.
A programação é desenvolvida pelo Grupo de Estudo e Pesquisa em Cultura Digital do curso de Ciência da Computação, com a participação do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGEdu) e do Programa de Pós-Graduação Ensino de Ciências e Matemática (PPGECM) da Universidade de Passo Fundo.
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Governo do Pará intensifica obras no Hospital Regional de Castanhal e entregará 60 leitos no final da semana



Em 45 dias, 160 novos leitos de UTI serão disponibilizados para atender à população

21/04/2020 16h55 - Atualizada em 21/04/2020 17h30
Por Matheus Rocha (SEDOP)
O Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano e Obras Públicas (Sedop), intensificou o ritmo de trabalho nas obras do Hospital Regional de Castanhal. A expectativa é concluir, esta semana, mais um andar do prédio e, com isso, instalar 60 novos leitos, que serão disponibilizados para atender à população que mora nas cidades do nordeste do Estado. 
Fachada no Hospital Regional de Castanhal, que possui uma área de 19,8 mil metrosFoto: Arquivo / Ag. Pará
De acordo com Ruy Cabral, secretário estadual de desenvolvimento urbano e obras públicas, a conclusão do hospital era prevista para o final deste ano, mas diante do programa de combate ao novo coronavírus, os trabalhos foram intensificados e a entrega de espaços para a instalação de leitos foi antecipada. 
“Neste próximo fim de semana vamos disponibilizar um andar inteiro do prédio para a instalação de 60 leitos. Até o final do mês de maio serão mais 60 leitos e, até 15 de junho outros 40 leitos de UTI. Dessa forma, em 45 dias, teremos 160 novos leitos entregues no hospital de Castanhal”, afirmou Ruy Cabral.
Ainda segundo o titular da Sedop, os trabalhos vão prosseguir com a finalização de obras de apoio e infraestrutura, com a instalação de almoxarifados, lavanderias, além de outros pontos de apoio e a área administrativa. A expectativa é que a obra do Hospital Regional de Castanhal seja concluída até o final do mês de novembro. 
Iniciada em 2014, no final do ano passado, o contrato com a empresa responsável pela execução dos serviços foi encerrado por falta de funcionalidade. Diante da necessidade da criação de leitos para dar suporte no combate ao novo coronavírus, uma nova empresa foi contratada de maneira emergencial, em março deste ano, para dar continuidade aos trabalhos e, com isso, celeridade à obra, que tem um investimento de cerca de R$ 53 milhões. 
Serviço: O Hospital Regional de Castanhal está localizado na Avenida dos Universitários, no bairro Jaderlândia. Ele dará apoio, antes de sua completa conclusão, aos pacientes de covid-19.

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Laboratório Central vai usar equipamento que agiliza exames de Covid-19



A Extratora Automatizada de RNA, enviada pelo Ministério da Saúde, pode processar 20 amostras em até 40 minutos

21/04/2020 17h29 - Atualizada em 21/04/2020 18h14
Por Roberta Vilanova (SESPA)
A partir desta sexta-feira (24) o Laboratório Central do Estado (Lacen-PA) começará a utilizar um novo equipamento, que vai ampliar a capacidade analítica em mais 200 exames por dia para diagnóstico da Covid-19. A montagem do equipamento foi concluída no último sábado (18), e agora a equipe de profissionais da Seção de Virologia 1, da Divisão de Biologia Médica do Lacen-PA, está sendo treinada sobre processo e protocolo, por uma equipe do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos Bio-Manguinhos/Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz).Profissionais do Lacen já estão sendo treinados por técnicos da Fiocruz para usar o novo equipamentoFoto: Divulgação/Lacen-PA
Denominado de Extratora Automatizada de RNA, o equipamento de grande porte disponibilizado pelo Ministério da Saúde executa a etapa de extração do processo de análise, hoje feita manualmente. 
Segundo o diretor do Lacen-PA, Alberto Júnior, o Laboratório Central do Pará é o primeiro do Brasil a ter esse tipo de equipamento disponível, o que vai diminuir o tempo de processamento. “Atualmente, o processamento de 21 amostras demora cerca de uma hora e 40 minutos. Já a extratora processa até 20 amostras num tempo de 40 minutos, o que vai permitir que o Lacen-PA realize um maior número de análises diariamente”, explicou.
Padrão ouro - A metodologia de análise é a mesma que já vem sendo empregada, biologia molecular chamada RT-PCR - padrão ouro no diagnóstico de Coronavírus -, capaz de identificar o vírus no início da infecção. Depois que passar a pandemia, o equipamento continuará sendo útil para a qualificação permanente do Lacen-PA, pois pode ser utilizado em análises de muitas outras doenças.A Extratora Automatizada de RNA agiliza o processo de análise, hoje ainda feito manualmenteFoto: Divulgação/Lacen-PA
O Laboratório também recebeu kits de equipamentos de proteção individual (EPIs) e materiais de consumo específicos para uso no novo equipamento. Está prevista, ainda, a chegada de mais um equipamento doado pelo Ministério da Saúde - um Termociclador, que faz a leitura final das análises de PCR. 
Alberto Júnior disse, ainda, que o Lacen-PA não tem amostras acumuladas de casos suspeitos de Covid-19, e com o novo equipamento os resultados dos exames sairão mais rapidamente.


Uepa antecipa formatura de alunos de Medicina em Belém e Marabá



Os 60 formandos, que receberão os diplomas sem solenidades, já estão aptos a reforçar as equipes que atuam no combate à Covid-19

21/04/2020 17h54 - Atualizada em 21/04/2020 18h56
Por Daniel Leite Júnior (UEPA)
A Universidade do Estado do Pará (Uepa) antecipará a formatura de 60 alunos do Curso de Medicina, dos campi de Belém e Marabá (no sudeste). A entrega dos diplomas será na próxima quinta-feira (23), das 9 às 13 h, nos dois municípios. A decisão atende a um pedido dos próprios alunos, que iriam se formar em junho de 2020.A antecipação da formatura de alunos da área médica resulta de um movimento em todo o PaísFoto: Nailana Thiely / Uepa
Para não gerar aglomeração, conforme as orientações do Ministério da Saúde e do Decreto estadual 609/2020, não haverá solenidade, apenas a entrega do documento. Os 47 formandos do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS), em Belém, devem receber o diploma na Diretoria de Controle Acadêmico (DCA), no prédio da Reitoria, localizado na Rua do Una, 156, bairro do Telégrafo. Já os 13 alunos do município de Marabá devem pegar o diploma no Centro de Registro e Controle Acadêmico (CRCA) do Campus VIII, localizado na Avenida Hileia, no bairro Agrópoles do Incra. Nas duas ocasiões deve ser apresentado um documento oficial com foto.Os formandos receberão seus diplomas mediante apresentação de um documento oficial com fotoFoto: Daniel Leite Jr / Ascom Uepa
A ação faz parte de um movimento que reúne 154 faculdades de Medicina e, aproximadamente, 6.500 alunos de todo o território brasileiro, que decidiram antecipar as formaturas das turmas de 2020, a partir da Medida Provisória nº 934 do Governo Federal, para que mais profissionais de saúde estejam capacitados e atuem na linha de frente no combate ao novo Coronavírus.
A Medida Provisória nº 934 estabelece normas excepcionais sobre o ano letivo da educação básica e do ensino superior, decorrentes das medidas para enfrentamento da situação de emergência em saúde pública de âmbito internacional, de que trata a Lei nº 13.979, de 6 de fevereiro de 2020.
agência pará

Decreto reduz horário de estabelecimentos e serviços para diminuir fluxo de pessoas nas ruas



21/04/2020 18h02 - Atualizada em 21/04/2020 18h35
Por Carol Menezes (SECOM)
Foto: Marcelo Seabra / Ag. ParáUma nova edição do decreto estadual 609/2020, que trata sobre as medidas restritivas voltadas ao enfrentamento do novo coronavírus, trouxe mudanças no horário de início e término de funcionamento dos estabelecimentos industriais, comerciais e de serviços. O objetivo da medida, voltada unicamente às atividades que não foram suspensas até o momento, é garantir que o fluxo de pessoas nas ruas seja o menor possível, principalmente nos transportes coletivos. A Secretaria de Segurança Pública (Segup) atuará diretamente nessa fiscalização, com apoio das polícias Civil e Militar, e de outras estruturas.
"Neste momento, não estamos levando em consideração os impactos econômicos, e sim um meio de evitar que a contaminação da Covid-19 atinja picos que não possam ser absorvidos pelas redes de saúde pública e privada", explica o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia, Adler Silveira. "A gente faz questão de deixar claro que o que já estava fechado, continua fechado: escolas, shoppings centers, academias, bares, casas noturnas, restaurantes para consumo no local, etc. Buscamos um modelo focado no achatamento da curva de contágio", reforçou o titular da Sedeme.  
O decreto, publicado em edição extra do Diário Oficial do Estado de 20 de abril (DOE 34.190), abarca 25 categorias e estabelece horários de abertura entre 6h e 11h e de fechamento entre 15h e 22h. A determinação não é válida para estabelecimentos que funcionam 24h, que continuam com seu horário normal de funcionamento.
Foto: Wagner Santana / arquivo Ag. Pará"O que existe hoje, principalmente na Região Metropolitana é a padronização do 8h às 18h, com exceção de áreas como construção civil e padarias, por exemplo, que tem suas peculiaridades. O decreto traz uma nova modelagem desses expedientes, para garantir redução de fluxo de pessoas nos horários de pico", detalha Adler, levando em consideração que quando se está na rua é comum a busca por outros serviços além do próprio trabalho - farmácia, barbearia, supermercados, etc. "Se eu entro mais cedo, eu saio mais cedo. Se entro às 11h, vou até 22h, e assim é possível uma segregação por grupo de horário nas atividades econômicas", avalia.
O cronograma foi montado a partir de dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) estadual, que ajudaram a obter um levantamento da movimentação de trabalhadores por turno e tipo de atividade profissional. "Não há reabertura de serviços que foram suspensos anteriormente; o que estamos fazendo é uma reorganização de espaços que seguem em funcionamento. E pedimos para que todos, tanto os donos dos estabelecimentos quanto a própria população, tenham o bom senso de acatar os horários", sensibilizou o secretário.
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