segunda-feira, 6 de abril de 2020

Hran começa a ser esvaziado e só atenderá casos da Covid-19



Atendimentos de emergência serão transferidos para HUB e Hmib. Confira em quais unidades ficarão as demais especialidades

O Hospital Regional da Asa Norte (Hran) será esvaziado, até o final da semana, para atender somente casos de Covid-19. O objetivo é deixar a unidade hospitalar totalmente disponível para internação de pacientes com coronavírus, sejam adultos ou crianças.
“Apenas os queimados continuarão no Hran e a ala terá um fluxo restrito. Já conseguimos retirar 90% dos outros pacientes, só continuam internados casos mais delicados, como pacientes de cardiologia, em que é mais difícil de encontrar vaga disponível em outros hospitais”, explica o secretário adjunto de Assistência, Ricardo Tavares.
Os pacientes que não têm coronavírus começaram a ser retirados do Hran no último dia 22. O transporte foi feito pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu-DF) e pelo Corpo de Bombeiros Militar (CBM). São pacientes com outras doenças como, diabetes descompensada, hipertensão descontrolada e pacientes cirúrgicos.
Os critérios para transferência dos pacientes são: região de residência do paciente, necessidade clínica e disponibilidade de vagas. Todos eles foram levados para os hospitais das regiões administrativas de onde eles residem ou que sejam mais próximos de suas residências.
Especialidades
Para esvaziar a emergência do Hospital Regional da Asa Norte (Hran) os pacientes que não sejam suspeitos de coronavírus devem procurar os hospitais que atendem sua Região de Saúde. As especialidades de Pediatria e Clínica Médica serão distribuídas em todos os hospitais da rede, exceto o Hospital de Base, que é referência em trauma.
Foto: Agência Brasília/Arquivo
Os pacientes da Região Central (Asa Norte, Lago Norte, Asa Sul, Varjão, Vila Planalto e Cruzeiro) e da Região Centro-Sul (Guará, Candangolândia, Núcleo Bandeirante, Estrutural, SIA, SCIA, Riacho Fundo I e II e Park Way) deverão procurar os hospitais Universitário de Brasília (HUB) e o Materno Infantil de Brasília (Hmib).
Os atendidos pela Região Central de Saúde que precisarem de emergência nas especialidades de Ginecologia e Obstetrícia devem procurar o Hospital Universitário de Brasília (HUB). Já os da Região Centro-Sul devem procurar o Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib).
Quem for procurar o pronto atendimento oftalmológico será redirecionado ao Instituto Hospital de Base e ao Hospital Regional de Taguatinga (HRT); os oftalmologistas lotados no Hran deverão dar reforço a estes dois serviços.
Os atendimentos para brasilienses com fissura labiopalatal do Hran ocorrerão nas dependências do Adolescentro. Os procedimentos cirúrgicos que não puderem ser postergados serão realizados no Hospital da Criança de Brasília (HCB) pela equipe do Hran.
O Programa Cris Down será redirecionado para a Policlínica da 514 Sul. Já os ambulatórios do Hran/Policlínica serão mantidos cardiologia, psicologia, psiquiatria, fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais no Hran para atendimento aos casos de Covid-19 e retaguarda das equipes do Hran, as demais especialidades serão redirecionadas para a Policlínica da Região Central (514 Sul, CEDOH e Adolescentro).
O Hospital Universitário de Brasília (HUB) receberá os pacientes atualmente internados no Hran para prestar o serviço de Hemodiálise. O serviço de internação para privados de liberdade será redirecionado: pacientes clínicos para o Hospital da Região Leste (Hospital do Paranoá)  e cirúrgicos para o Instituto Hospital de Base.
Já o atendimento com soroterapia para animais peçonhentos será referenciado para o Hospital Regional do Guará (HRGu).

Cirurgias eletivas de classificação vermelha serão redirecionadas para os seguintes hospitais:
Cirurgias oncológicas
Hospital Universitário de Brasília (HUB) e Instituto Hospital de Base;
Oftalmológicas
Instituto Hospital de Base e Hospital Regional de Taguatinga (HRT);
Cirurgias Torácicas, Otorrino e Urologia
Instituto Hospital de Base

Com informações da Secretaria de Saúde
AGÊNCIA BRASÍLIA 

Cartão da Caixa Simples 2020: É sem anuidade e disponível para os negativados




A Caixa Econômica Federal (CEF) lançou o Cartão de Crédito Caixa Simples destinado para aposentado ou pensionista do INSS, com menos de 75 anos



Caixa Econômica Federal (CEF) faz saber aos interessados o lançamento do Cartão de Crédito Caixa Simples. A opção, conforme o banco, é destinado para aposentado ou pensionista do INSS, com menos de 75 anos, que quer curtir a vida com toda a segurança. “Ele oferece as mesmas facilidades dos cartões de crédito convencionais para você fazer suas compras em lojas físicas e pela internet, no Brasil ou no exterior,” disse o banco.
Como é consignado, conta com a facilidade do desconto de parte do pagamento da fatura, referente à margem de 5% no benefício INSS, sendo essa a principal diferença em relação ao cartão de crédito convencional: parte do valor da fatura é descontado automaticamente no benefício.
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Vantagens

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CEI 304 do Recanto das Emas, finalmente, ganha reparos emergenciais



Há mais de duas décadas enfrentando alagamentos toda vez que chove, a escola, somente agora, terá o problema resolvido

As obras começaram numa área que foi construída abaixo do nível da rua: durante mais de 20 anos, toda vez que chovia, a escola ficava alagada | Foto: Lúcio Bernardo Jr / Agência Brasília
Tão logo teve cortada sua fita inaugural, em 1999, o Centro de Educação Infantil (CEI) 304 do Recanto das Emas já revelou um grave defeito: a parte em que se localizam as seis salas de aula e o pátio fora construída a um metro e meio abaixo do nível da rua que passa em frente. Desde então, sempre que chove, a água escoa toda para esses compartimentos, formando uma imensa piscina.
Este ano, enfim, vai ser diferente. Acionada pela Coordenação de Ensino Regional (CRE) do Recanto das Emas, a Construtora Burity, responsável pelo contrato de manutenção da escola, sem nenhum custo adicional, começou a fazer o alargamento da rede pluvial. Isso aumentará a capacidade de vazão da água e acabará com o problema.
Ao longo desses mais de 20 anos, o problema ocorre de forma sazonal: sempre nos períodos de chuva, as salas e o pátio precisam ser interditados, devido ao acúmulo de água. “É angustiante ter 500 crianças sob sua responsabilidade e precisar sair correndo com elas no colo quando chove”, descreve a diretora do CEI 304, Eneida Pessoa.
“É angustiante ter 500 crianças sob sua responsabilidade e precisar sair correndo com elas no colo quando chove”Eneida Pessoa, diretora do CEI 304
Trabalhos iniciados
A empresa vai substituir toda a encanação e instalar canos de 250mm no lugar dos de 150mm. Serão mais de 40 metros de rede. “O escoamento não era suficiente”, explica o engenheiro Gabriel Morais, da construtora. “A tubulação é muito estreita, tem diâmetro bem inferior ao que o volume de água pede para dar vazão ao local certo – que é a área verde aqui do lado”.
Enquanto as aulas estão suspensas em função das medidas de proteção contra o coronavírus, funcionários da Burity trabalham em tempo integral para entregar o serviço. “Até o retorno das aulas, a obra estará totalmente concluída; esse problema ficará no passado”, assegura o titular da CRE do Recanto das Emas, Leandro Freire.
Cenas recorrentes
Durante as duas últimas duas décadas, o CEI 304 do Recanto das Emas tem sido palco da agenda negativa do noticiário local. Bastava chover para as redações enviarem equipes de reportagem ao colégio a fim de verificar a situação dos 200 alunos distribuídos entre as seis salas alagadas. Com o advento das redes sociais, essa exposição aumentou. Os próprios servidores filmavam as cenas de alagamento e enviavam para a mídia, com o intuito de denunciar o problema e obter uma solução.
O drama se mostrou mais grave ainda pelo fato de a escola acolher, além dos 440 estudantes, 81 alunos com algum tipo de deficiência. Eles estão concentrados nas turmas de educação precoce. Os demais, que têm de três meses a seis anos de idade, frequentam outras séries da educação infantil.
“Vou terminar minha carreira com o dever cumprido”, comemora a diretora Eneida Pessoa, que dedicou os últimos 20 anos de seus 32 de magistério à escola e, agora, aguarda a aposentadoria. Preocupada com o surto de coronavírus no DF, ela ressalta a importância da suspensão das aulas e a oportunidade para executar o serviço. “Quando tudo isso acabar, poderemos estar todos juntos novamente em uma nova escola”, diz, esperançosa.
DA AGÊNCIA BRASÍLIA

Especialistas iniciam estudo com plasma sanguíneo em São Paulo




Pesquisa pretende verificar se o uso do plasma de pacientes recuperados de covid-19 pode atenuar sintomas da infecção em outros doentes 

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SP começa a

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Reprodução / Record TV
Um grupo de pesquisadores dos hospitais Israelita Albert Einstein e Sírio-Libanês e da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) desenvolve um estudo para verificar se a utilização do plasma de pacientes recuperados de covid-19 pode atenuar sintomas da infecção nos doentes. O plasma é a parte líquida do sangue e, nesse caso, é classificado como plasma convalescente, de acordo com o jargão de especialistas da área.
De acordo com o diretor do banco de sangue do Sírio-Libanês, Silvano Wendel Neto, os cientistas propõem tratar o plasma de pacientes que apresentaram um quadro leve da infecção para ajudar aqueles que ainda estão doentes a produzir anticorpos contra o vírus. O plasma convalescente será introduzido no corpo dos pacientes enfermos mediante transfusão de sangue. O uso dessa substância segue regras estabelecidas pelos comitês de Ética em Pesquisa (CEPs), pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) e pelo Conselho Federal de Medicina (CFM).
"Quando a gente é infectada por qualquer vírus, tem uma fase inicial de infecção propriamente dita e depois se recupera. Recupera-se porque, normalmente, produz anticorpos contra esse vírus, e isso dá, geralmente, uma proteção definitiva, perene, para o resto da vida”, explica o especialista.
“O que está acontecendo nessa grande epidemia é que temos uma grande quantidade de indivíduos que já tiveram a doença, já se recuperaram e, portanto, têm anticorpos circulantes em seu plasma e, ao mesmo tempo, temos pacientes que estão recentemente infectados, que apresentam a forma grave da doença, aquela que afeta, principalmente, o pulmão. O indivíduo não consegue respirar direito e tem que receber o auxílio de uma máquina, o ventilador [mecânico] e ficar na UTI [Unidade de Terapia Intensiva] por alguns dias, geralmente sete, oito, nove dias", completa.
A intenção é aliviar os sintomas graves e também desafogar os leitos de UTI. "Tentar diminuir, portanto, a carga que o sistema de saúde está recebendo por parte da internação desses pacientes graves", pontua o diretor.

Rio de Janeiro

No Rio de Janeiro, o  Hemorio (Instituto Estadual de Hematologia) inicia nesta semana uma série de estudos para utilização do plasma sanguíneo de pessoas que foram curadas do novo coronavírus em tratamento de pacientes com quadro grave de covid-19.

Resultados

Em nota divulgada na última sexta-feira (3), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) destacou que pesquisadores dedicados a análises semelhantes já têm obtido "resultados promissores". A autarquia pondera, entretanto, que as conclusões não podem ser encaradas como uma "comprovação definitiva sobre a eficácia potencial do tratamento", devido à inobservância de critérios científicos rigorosos, como abrangência da amostragem. Segundo Wendel Neto, a China foi o país pioneiro nesse tipo de experiência.
Diferentemente dos estudos citados pela Anvisa, a pesquisa desenvolvida pelos órgãos paulistas possui um grupo de controle, que confere mais relevância aos resultados atingidos, por permitir que os pesquisadores mensurem os efeitos de uma intervenção – nesse caso, a introdução do plasma.

Trabalho experimental

Wendel Neto destaca que a pesquisa do grupo é "um trabalho experimental" e que, apesar de a equipe almejar um resultado satisfatório, não pode "prometer uma cura miraculosa" à população. O diretor do Sírio-Libanês informa que cerca de 100 ex-pacientes deverão doar plasma para o experimento e outras 100 pessoas deverão formar o grupo de controle.
"Essa terapia não é nova, já foi testada com várias infecções, em várias epidemias. Nos últimos 20 anos, foi testada para a epidemia de Sars [Síndrome respiratória aguda grave], em 2003; na África, para uma das epidemias de ebola, para infecção por H1N1, mas sempre foi testada em pequena escala, não em larga escala, e com resultados variáveis, mas que não são ruins. E a gente não está querendo promover a cura imediata desses pacientes, a gente quer contribuir, junto com uma série de outras medidas, para tentar reduzir a gravidade da doença. A gente está recebendo uma quantidade brutal de pacientes no sistema de saúde, não só no Brasil, mas no mundo inteiro", acrescenta o diretor.
Ele afirmou que, nos últimos dias, tem se "decepcionado" com o relaxamento de parte dos brasileiros quanto ao distanciamento social, porque avalia que permanecer em casa é, nesse momento, algo essencial para se evitar a transmissão do agente patogênico.

Requisitos para doação

Segundo Wendel Neto, para que uma pessoa possa doar sangue para o experimento, deverá seguir algumas regras. Serão aceitas doações de homens com idade entre 18 e 60 anos, peso corporal superior a 65 quilos, que tiveram teste positivo (RT-PCR) para o novo coronavírus e que estejam bem de saúde há, no mínimo, 14 dias. Também é exigido dos doadores que tenham apresentado um quadro leve de covid-19 ou mesmo que tenham se mantido assintomáticos.
Os voluntários também não podem ter contraído hepatite, doença de Chagas nem HIV durante a vida. O diretor esclarece que o sangue de mulheres não será coletado porque, se já tiverem passado por alguma gravidez, poderão ter desenvolvido anticorpos contra leucócitos, que podem causar reações pulmonares graves em pacientes com covid-19. "A gente não quer correr o risco de piorar o pulmão de alguém que já esteja com o pulmão afetado. Por isso, nesse primeiro momento, não estamos aceitando mulheres. Pode ser que, posteriormente, a gente expanda", ponderou Wendel Neto.
Para se candidatar à doação, os interessados deverão entrar em contato com o banco de sangue do Hospital Sírio-Libanês, pelo telefone (11) 3394-5260. O atendimento é feito de segunda a sábado, das 7h às 16h, exceto feriados.
Os candidatos deverão responder, por telefone, um roteiro de perguntas, por meio do qual os atendentes poderão avaliar se estão aptos a fazer a doação de sangue. Se forem aprovados na avaliação preliminar, deverão comparecer ao local pessoalmente, em horário agendado pelos atendentes. Lá, farão uma nova avaliação e, então, serão encaminhados para a coleta da amostra de sangue que poderá confirmar se os pesquisadores poderão aproveitá-la para a pesquisa.
"Esse testes laboratoriais levam dez dias para ficarem prontos e, tão logo estejam qualificados do ponto de vista laboratorial, começamos a colher o plasma desses doadores", finaliza Wendel Neto.
R7

Giac promove reunião entre ministro da Saúde e membros focalizadores nos estados




Encontro via videoconferência ocorreu nesta segunda-feira (6)
foto mostra os participantes da reunião sentados em uma mesa retangular de frente para uma tela de tv
Foto: Antonio Augusto/Secom/PGR
O Gabinete Integrado de Acompanhamento da Epidemia Covid-19 (Giac-Covid-19) realizou nesta segunda-feira (6) reunião entre o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e membros do Ministério Público Federal (MPF) e dos MPs Estaduais focalizadores para o trabalho de combate à covid-19. O objetivo do encontro foi estreitar os canais de diálogo entre o Giac e o Ministério da Saúde, de um lado, e entre o próprio Gabinete Integrado e os focalizadores, de outro. Ao mesmo tempo, a videoconferência serviu para colocar os procuradores e promotores que atuam nas pontas em contato direto com o Ministério da Saúde, para ter um panorama nacional do enfrentamento da doença. Ao todo, participaram do encontro por videoconferência oito membros focalizadores do MPF e oito dos MPs Estaduais, além da coordenadora do Giac, Célia Regia de Souza Delgado, do secretário de Cooperação Internacional do MPF, Hindemburgo Chateaubriand, e do representante do Conselho Nacional do Ministério Público no Giac, Jairo Bisol.
Antes do encontro, foram enviadas ao ministério 23 perguntas formuladas pelos membros focalizadores do MPF e dos MPs Estaduais, recolhidas pelo Giac. Os questionamentos orientaram a apresentação do ministro. Mandetta explicou as dificuldades em conseguir equipamentos de proteção individual, leitos de UTI e respiradores, num momento em que todo o mundo está em busca dos mesmos insumos. Segundo ele, em razão da globalização da produção e da estratégia de compra em escala, diversos países, entre eles, o Brasil, apresentam dependência grande de produtos importados, especialmente da China. E que, com a crise, o mercado internacional está completamente atípico, com preços em escalada.
Ele explicou que há um esforço em andamento para garantir a produção nacional dos itens indispensáveis ao combate à epidemia. No entanto, os primeiros resultados devem demorar ainda para aparecer, já que é preciso adequar linhas de produção, obter matéria-prima, entre outras questões. Segundo Mandetta, a expectativa é que a epidemia chegue às diversas partes do Brasil em diferentes momentos. E cada região tem suas peculiaridades, o que torna a estratégia de combate diversa em cada local. “Não existe uma solução única para todo o território nacional, temos que analisar cada caso e cada situação”, explicou.
Sobre os parâmetros para definir medidas de isolamento social e outras ações para conter o contágio, Mandetta explicou que o Ministério da Saúde trabalha com orientações gerais, mas estados e municípios sabem das situações locais e podem definir as melhores medidas. “É preciso avaliar, por exemplo, o número de casos, a taxa de crescimento dos casos, o número de leitos disponíveis, se a rede está pronta ou não para atender à demanda, entre outros fatores”, explicou. Todos esses indicadores estão nos Planos de Contingência elaborados por estados e municípios. Assim, a sugestão é que os membros do MP acompanhem os planos e suas atualizações. Neste momento, a previsão do ministério é que as cidades com maior risco de apresentar crescimento exponencial de casos da covid-19 são Manaus, Fortaleza, Recife, São Paulo, Rio de Janeiro e o Distrito Federal.
Já acerca da implantação de leitos de UTI, Mandetta explicou que há muita assimetria de informações e que, numa tentativa de corrigir o problema, o Ministério da Saúde deve editar portaria tornando a notificação de leitos compulsória. A ideia é criar um painel nacional de leitos, para saber quantos são e onde há leitos disponíveis. O ministro disse que há uma compra firmada com a China de 15 mil respiradores para o Brasil, mas que, em razão das incertezas no mercado internacional, ainda não é possível saber quando e quantos deles serão de fato entregues. Ele também falou sobre o quadro crítico que poderá aparecer quando a doença chegar a favelas ou comunidades com alta densidade demográfica, baixo saneamento e acesso à saúde precário. “Nesse sentido, estamos tentando ampliar a capacidade do sistema de saúde para atender ao maior número de pessoas possível”, disse.
Mandetta se comprometeu a responder todas as 23 questões apresentadas pelos membros focalizadores por escrito. E reafirmou a necessidade de diálogo constante e de compartilhamento de informações. “Isso é essencial para que possamos, juntos, encontrar as melhores soluções para os diversos problemas”, disse. “Considero que o Ministério Público faz parte do Sistema de Saúde, já que, com sua atuação, nos ajuda a construir soluções e resolver problemas”, concluiu.
Para Célia Regina de Souza Delgado, o encontro representou passo importante no fortalecimento da interlocução do MP com autoridades do governo federal. Nos próximos dias, o Giac deverá promover reuniões semelhantes entre focalizadores e representantes dos Conselhos Nacionais de Secretários de Saúde (Conass) e de Secretários Municipais de Saúde (Conasems), que integram o Sistema Único de Saúde.
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Lava Jato: PGR denuncia deputado federal Paulinho da Força por corrupção e lavagem de dinheiro


COMBATE À CORRUPÇÃO
6 DE ABRIL DE 2020 ÀS 17H28

Parlamentar é acusado de receber R$ 1,8 milhão de propina da construtora Odebrecht. Outras três pessoas também foram denunciadas

Arte retangular com fundo azul escrito na cor preta denúncia
Arte: Secom/PGR
A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou nesta segunda-feira (6) o deputado federal Paulo Pereira da Silva (Solidariedade/SP), o empresário Marcelo Odebrecht e outras duas pessoas pelos crimes de corrupção nas modalidades ativa e passiva e lavagem de dinheiro, ocorridos entre 2013 e 2014 . Decorrente de investigações instauradas a partir de informações e provas repassadas após acordo de colaboração premiada de executivos da Construtora Odebrecht, a denúncia revela provas do pagamento de R$ 1,8 milhão em vantagens indevidas ao parlamentar, que presidia a legenda. Em contrapartida, Paulinho da Força, como o deputado é conhecido, teria atuado em favor do grupo empresarial no Congresso Nacional, além de negociar com sindicalistas o arrefecimento de movimento paredista contra obras de saneamento tocadas pela empresa em Santos (SP).

A denúncia detalha a negociação e o repasse dos recursos, bem como a participação dos outros dois acusados: o então presidente da Odebrecht Ambiental, Fernando Luiz Ayres Santos Reis, e o chefe de gabinete do parlamentar, Marcelo de Lima Cavalcanti. Conforme descreve o documento, inicialmente, os colaboradores afirmaram ter pago R$ 1 milhão do esquema criminoso ao deputado. No entanto, com o aprofundamento das investigações, ficou comprovado o repasse de três parcelas de R$ 500 mil e uma de R$ 300 mil, totalizando R$ 1,8 milhão, o que acabou reconhecido pelo colaborador. A denúncia, assinada pela coordenadora do Grupo de Trabalho da Lava Jato na PGR, a subprocuradora-geral da República Lindôra Araújo, apresenta o detalhamento em uma tabela que mostra as datas dos pagamentos, os valores e as senhas utilizadas.

Conforme registros nos sistema interno da empresa – criado para viabilizar e ocultar o pagamento de propina a agentes políticos – o deputado Paulo Pereira da Silva era tratado pelo codinome “forte”. De acordo com as informações fornecidas pelos colaboradores e, posteriormente, confirmadas por diligências como o cruzamento de dados em documentos fornecidos pela empresa (sistema drousys) e por medidas cautelares autorizadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), as negociações foram iniciadas em 2013, quando começou ser discutido o novo marco regulatório do saneamento básico. O projeto de lei foi aprovado pela Câmara dos Deputados no ano passado e, assim como pretendia a Odebrecht, ampliou a participação da iniciativa privada nas obras. 

A denúncia cita que a privatização do saneamento básico acabou vindo a ser uma bandeira do
Partido Solidariedade, conforme comprova mensagem publicada no site da legenda por ocasião da aprovação da matéria. O documento frisa ainda que o próprio parlamentar confirmou a solicitação de doações à empresa por meio do então diretor Fernando Reis, segundo ele, para a campanha eleitoral de 2014. “Portanto, quem se sentou à mesa com a Odebrecht para pedir propina não foi o Paulinho presidente da Força Sindical, nem o Paulinho presidente do Partido Solidariedade. Foi o Paulinho deputado federal, estabelecendo-se, assim, o necessário nexo causal entre a oferta da vantagem indevida e a função pública do agente”, pontua um dos trechos.

Pedidos – Além de requerer a condenação de Paulinho da Força e de Marcelo Cavalcanti pelos crimes imputados na denúncia (quatro vezes por corrupção passiva e uma por lavagem de dinheiro),  a coordenadora do GT Lava Jato solicitou ainda a perda, em favor da  União, do valor de R$ 1,8 milhão corrigido a partir de agosto de 2014. Também foi pedido que os dois sejam condenados a pagar indenização por danos morais coletivos, no valor de R$ 1,8 milhão. Nesse caso, Lindôra Araújo destaca que “os prejuízos decorrentes da corrupção e da lavagem de dinheiro são difusos e pluriofensivos”, atingindo a Administração Pública, a ordem econômica e a administração de Justiça, e “impedem o financiamento de serviços públicos essenciais”. 
Em caso de condenação, foi requerida a decretação da perda da função pública dos que ocupam cargo ou emprego público ou mandato eletivo, além da perda de valores e bens acrescidos ao patrimônio privado, que tenham como origem a atividade criminosa e sejam incompatíveis com o rendimento lícito de agente público. Em relação a Marcelo Odebrecht e  Fernando Luiz Ayres Santos Reis, deverão ser observados os termos do acordo de colaboração premiada.
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SDE e BRB: seminário online instrui sobre linha de crédito




Evento terá instruções para empresários sobre empréstimos e outras medidas do GDF para enfrentar a crise da coronavírus

A Secretaria de Desenvolvimento Econômico participa a partir desta segunda-feira, 6, às 19 horas, de seminário pela internet destinado a auxiliar os empresários do Distrito Federal que recorrem ao Supera-DF, o programa criado pelo Banco Regional de Brasília (BRB) para ajudar as pessoas físicas e jurídicas a superarem as dificuldades e os desafios durante a pandemia do coronavírus.
Por iniciativa da CDL Jovem do DF, o primeiro evento ocorrerá hoje com o diretor de redes e canais do BRB, Dário Garcia, e o subsecretário de Relações com o Setor Produtivo da SDE, Márcio Faria Júnior. A moderação será feita pelo consultor financeiro Pedro Jobim.
Se inscreva para participar  do webinar na ferramenta Zoom pelo link.
Com informações da SDE
AGÊNCIA BRASÍLIA *

Programa de Aquisição de Alimentos ajuda a reduzir impactos da pandemia de Covid-19



Ação auxilia no escoamento da produção de agricultores familiares e na oferta de alimentos a pessoas em situação de risco

Nesta segunda-feira (6) foram entregues 4,4 toneladas de alimentos e 250 quilos de bolo por meio do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), provenientes de 18 agricultores familiares, para 30 instituições que atendem pessoas em situação de risco alimentar e social. Asilos, abrigos e instituições para tratamento de dependentes químicos estão entre os beneficiados.
No total estão sendo destinados R$ 1,5 milhão para o PAA, com recursos do Ministério da Cidadania. O programa conta com 1.033 agricultores cadastrados na Secretaria de Agricultura do Distrito Federal (Seagri-DF), que fornecem alimentos como frutas, verduras e hortaliças, como: abóbora seca, tomate, goiaba, abacate, entre outros, além de bolos produzidos por agricultoras familiares.
“A Seagri, como executora do Programa de Aquisição de Alimentos, é responsável pelo cadastro dos agricultores e dos produtos a serem adquiridos, além de todo o processo que envolve a compra e o pagamento dos agricultores familiares”, esclarece o diretor de Compras Institucionais da Seagri, Lúcio Flávio.
Os agricultores entregam seus produtos às segundas-feirasno Banco de Alimentos, localizado nas Centrais de Abastecimento do Distrito Federal (Ceasa-DF), mediante planejamento de entregas, realizado com o apoio da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF). O Banco de Alimentos é responsável pelas doações às entidades sociais e auxílio na definição das quantidades e tipos de alimentos a serem adquiridos.
Além de ajudar as instituições sócio assistenciais, o programa auxilia no escoamento da produção dos agricultores familiares. “Essas últimas semanas foram muito ruins de venda. Mas agora, com as compras institucionais, começou a melhorar. Eu sou um dos primeiros a entregar pro Governo aqui no Distrito Federal. Todo ano eu entrego, e toda a vida o PAA foi bom pra mim”, afirma o produtor rural Luiz Sérgio Pereira.
Para o secretário de Agricultura, Luciano Mendes, “com essa articulação eficiente e vontade de ajudar aos que mais precisam, seja as famílias em condições de vulnerabilidade social em uma ponta ou aos agricultores familiares em outra, Seagri, Sedes, Emater, Ceasa, Banco de Alimentos e Conab, juntas, estão fazendo a diferença. Nosso muito obrigado a todos os envolvidos”.

* Com informações da Secretaria de Agricultura
AGÊNCIA BRASÍLIA 

Terracap e BRB: prorrogação do financiamento imobiliário



O Banco de Brasília disponibilizou uma linha de crédito com condições facilitadas e carência de um ano para iniciar o pagamento

Os clientes da Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap) poderão prorrogar por até seis meses as parcelas a vencer dos financiamentos imobiliários contraídos com a empresa pública. Para que isso seja possível, a Agência criou um programa que permite que parcelas vincendas sejam transferidas para instituições financeiras.
Por meio de um Termo de Cooperação, o Banco de Brasília (BRB) disponibilizou uma linha de crédito com condições facilitadas e carência de um ano para iniciar o pagamento. A Terracap também dará desconto de até 15% sobre as parcelas que forem transferidas.
O programa foi criado com o objetivo de criar condições para que a Terracap possa manter seus projetos e obras, garantindo o andamento de programas importantes, como a regularização fundiária e as obras de infraestrutura em diversos locais como em Vicente Pires, e, ao mesmo tempo, atender às necessidades dos clientes, sobretudo do setor produtivo, que ganharão uma carência de até um ano para voltar a pagar e ainda com redução de 15% no valor da parcela.
A linha de crédito disponibilizada pelo BRB possui taxas de juros a partir de 0,82% ao mês e até 48 meses para pagamento. O grande diferencial é que a primeira parcela só irá vencer um ano depois da transferência, da Terracap para o Banco, permitindo ao cliente ter tranquilidade enquanto durar a pandemia.
Para isso, o cliente deverá requerer à Terracap o extrato do financiamento com a empresa. Todo esse procedimento pode ser feito via online, pelo portal: www.terracap.gov.br. Basta clicar em “Serviços” e, em seguida, em “Requerimento Online”, após o login selecione o serviço “TERRAFÁCIL”. Este benefício se estende a todas as carteiras – imóveis adquiridos em licitação pública, venda direta ou em Pró-DF. Cerca de 5 mil pessoas podem ser beneficiadas com a medida.
Com o documento em mãos, o cliente deverá solicitar junto ao BRB a contratação do empréstimo. O banco disponibilizou em seu portal diversas maneiras de atendimento a distância. Acesse: https://novo.brb.com.br/
É importante ressaltar, no entanto, que embora a Terracap tenha firmado parceria com o BRB, o cliente pode recorrer a outras instituições financeiras para adquirir liquidez e obter o mesmo desconto junto à Agência.
A partir desta terça-feira (7/4), o call center, assim como a Gerência de Recebíveis Imobiliários da Terracap – GEARI, estarão prontos para atender aos clientes. Mais informações no telefone: no telefone (61) 3350-2222.
Atenção
A Terracap não está realizando atendimentos presenciais, pois aderiu ao decreto nº 40.546, do governador Ibaneis Rocha, adotando, em caráter excepcional e provisório, o teletrabalho. A população continua tendo acesso aos demais serviços da Agência, por meio do portal, do call center e da ouvidoria que permanecem funcionando normalmente.
* Com informações da Terracap
AGÊNCIA BRASÍLIA