sexta-feira, 3 de abril de 2020

Bolsonaro pede jejum para "livrar o Brasil do coronavírus"

BRASIL
Ele disse atender a um pedido de apoiadores evangélicos e católicos

Jair Bolsonaro — Foto: AP Foto/Andre Borges

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta noite que, atendendo a um pedido de apoiadores evangélicos e católicos, convocará a população a fazer um dia de jejum, como forma de livrar o país do coronavírus.Ao encerrar uma entrevista à Rádio Jovem Pan, Bolsonaro disse que a população tem que tomar cuidados básicos para evitar o vírus, mas que o país “precisa continuar” com sua rotina, e pediu que as pessoas tenham fé e acreditem em Deus.“Paz, tranquilidade. Para quem tem fé, papai do céu está conosco. Acredito em Deus. De acordo com a decisão aqui de evangélicos e católicos, eles têm pedido para mim para que a gente possa marcar um dia de um jejum de todo o povo brasileiro para a gente ficar livre deste mal [coronavírus] o mais rápido possível”, afirmou.

Ao longo da entrevista, ele voltou a dizer que há uma histeria sobre a doença no Brasil, que pessoas que não estão no grupo de risco não estão morrendo e que 90% dos óbitos são de pessoas acima de 60 anos ou que tinham doenças graves. Ele voltou a provocar governadores, prefeitos, deputados e senadores a irem ao encontro do povo nas ruas.“Eu vou no meio do povo, se o povo está contaminado eu vou lá”, garantiu. “60% ou 70% da população será infectada, não teremos como fugir desta realidade”.


Sobre reportagens que afirmaram nesta semana que Bolsonaro havia chorado ao falar com ministros sobre o seu isolamento político na crise do coronavírus, ele afirmou: “Eu choro, mas por este motivo [crise do coronavírus] não [chorei]”.Apresentado a reportagens da imprensa internacional que mostram um cemitério em São Paulo se preparando para receber mortos por coronavírus, Bolsonaro disse que o prefeito Bruno Covas “busca sensacionalismo” com o caso.“Tivemos outras gripes mais graves no passado e vencemos”, argumentou. “Não precisa se apavorar, na minha comitiva 20 se infectaram e todos se curaram”.

FONTE: Valor/Por Matheus Schuch, Valor — Brasília

Governo do Brasil libera R$ 9,4 bilhões para combate ao coronavírus

SAÚDE
Medida Provisória que destina verba adicional para as ações de enfrentamento à doença foi publicada nesta quinta-feira (3), no Diário Oficial da União

Governo libera R$ 16 bi para Estados e municípios e R$ 9,4 bi para ...

FOTO: DIVULGAÇÃO
O Governo do Brasil destinou mais R$ 9,4 bilhões para fortalecer a rede pública de saúde no enfrentamento ao coronavírus (Covid-19). A Medida Provisória que autoriza a utilização dos recursos pelo Ministério da Saúde foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União na noite desta quinta-feira (3). Agora, já são R$ 14,3 bilhões de incremento ao orçamento da saúde destinados exclusivamente para o combate à doença – em março, o presidente da República, Jair Bolsonaro, havia editado outra Medida Provisória, que concedia R$ 5 bilhões.


    Os recursos já têm destinação certa. Serão usados na aquisição de novos testes de diagnóstico de coronavírus (RT-PCR e testes rápidos), de medicamentos (oseltamivir) e de equipamentos para a rede hospitalar, como monitores de sinais vitais e ventiladores pulmonares, usados principalmente no tratamento de casos graves com dificuldades respiratórias. Além disso, será possível ampliar os recursos destinados à manutenção de leitos de UTI e de enfermaria, bem como a construção do Centro Hospitalar de Atenção e Apoio às Pesquisas Clínicas para Pacientes Graves, da Fiocruz, no Rio de Janeiro (RJ).
    Ainda com estes recursos será possível custear as bolsas pagas a supervisores e estudantes do 5º e 6º ano dos cursos de medicina e do último ano dos cursos de Enfermagem, Fisioterapia e Farmácia que atuarão no enfrentamento ao coronavírus no Brasil. A ação “O Brasil conta comigo” prevê o pagamento de uma bolsa de acordo com a carga horária do estágio supervisionado – de 40h ou 20h.
    Diante da emergência em saúde pública devido à pandemia de coronavírus, o Ministério da Saúde já havia destinado cerca de R$ 1 bilhão para todos os estados e municípios do país. Estes recursos puderam ser utilizados em ações de assistência à população, inclusive, para abertura de novos leitos ou custeio daqueles já existentes. A distribuição dos valores foi proporcional ao número de habitantes de cada estado. Primeiro, foram enviados R$ 424 milhões para todos os estados e, posteriormente, R$ 600 milhões para todos os municípios.
    Por Amanda Costa, da Agência Saúde

    FONTE: AGÊNCIA SAÚDE

    O 'quadro geral' do coronavírus no Brasil, segundo Mandetta

    SAÚDE
    Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta Foto: Adriano Machado / REUTERS

    Após recomendar, mais uma vez, que as pessoas sigam as recomendações dos governadores nas medidas de isolamento social, Luiz Henrique Mandetta descreveu o “quadro geral” do novo coronavírus no Brasil:
    “O que é da minha responsabilidade é dizer: temos uma doença infecciosa viral, o vírus é competente. Se juntarmos, vamos fazer contaminação um dos outros. Alguns não terão absolutamente nada, outros terão formas leves. Um número expressivo terá uma doença que vai levá-los ao hospital. Um número vai levá-los a CTI e um número vai a óbito”, disse.

    “No momento não tenho vacina, ponto. No momento não tenho um remédio que eu possa acreditar que usando em larga escala eu consiga tratar, ponto. No momento não tenho testes que consiga fazer na velocidade que eu poderia imaginar num país dessas dimensões, para correr atrás do paciente contaminado, ponto. No momento não tenho como pegar determinados locais no Brasil que tem milhões de pessoas em favelas, com quartos minúsculos para fazer isolamento. E tenho o mundo inteiro correndo atrás dos mesmos equipamentos e materiais. Esse é o quadro geral, essa é a queixa do paciente.”


    FONTE: O ANTAGONISTA 

    Bilionários do Brasil se mostram indiferentes à pandemia

    BRASIL


    Jornalista Tereza Cruvinel observa que "não se viu até agora um bilionários brasileiro oferecer um mísero real para o enfrentamento da dupla tragédia, sanitária e social". E afirma que, "se o Congresso tivesse coragem de tributar as grandes fortunas, o Estado brasileiro poderia arrecadar pelo menos R$ 116 bilhões anuais"



    (Foto: Roberto Parizotti/FotosPublicas | Reuters)
     Otto Lara Resende celebrizou a frase, com a qual nem concordo, “o mineiro só é solidário no câncer”. Numa paráfrase invertida, podemos dizer, com certeza, que os ricos do Brasil não são solidários nem na pandemia de coronavírus. Mesmo com ministros e técnicos de carreira tropeçando na burocracia, batendo cabeças e remando contra a inabalável ignorância de Bolsonaro, o Estado brasileiro está se endividando para viabilizar as poucas medidas de proteção social já aprovadas.
    Em entrevista ao jornal Valor Econômica desta sexta-feira, 03 de abril, o médico e acionista do Banco Itaú José Luiz Setúbal afirmou que “a responsabilidade dos ricos será grande nesta crise”. Ele, pessoalmente, que atua no terceiro setor e em ações filantrópicas, pode até desejar uma elite mais solidária, mas não se viu até agora um bilionários brasileiro oferecer um mísero real para o enfrentamento da dupla tragédia, sanitária e social. Se o Congresso tivesse coragem de tributar as grandes fortunas, o Estado brasileiro poderia arrecadar pelo menos R$ 116 bilhões anuais.
    Se fosse criado um imposto de 3% sobre as fortunas dos 206 bilionários do país, possuidores de R$ 1,2 trilhão, a arrecadação seria de R$ 36 bilhões, mais de um terço dos R$ 98 bilhões que, segundo o ministro Paulo Guedes, será gasto com o socorro de R$ 600, que podem chegar a R$ 1200, aos mais vulneráveis. Milhares de pessoas anseiam por este dinheirinho, que não pagam sequer uma garrafa do bom vinho consumido pelos muitos ricos.
    A riqueza de todas as famílias brasileiras soma R$ 16 trilhões, sendo que a metade disso pertence a apenas 1% das famílias. Esta é a verdadeira elite brasileira, egoísta e tacanha. Se fosse também criado um imposto de apenas 1%, incidente sobre o patrimônio de R$ 8 trilhões destas famílias, teríamos mais R$ 80 bilhões. As contas são do presidente da Fenafisco (Federação Nacional do Fisco Estadual e Distrital), Charles Alcântara.
    A soma das duas tributações (3% sobre o patrimônio dos bilionários e 1% sobre o patrimônio das famílias mais ricas) renderia R$ 116 bilhões aos cofres públicos. Para enfrentar a pandemia, ainda seria pouco, diante dos gastos astronômicos que serão necessários para a compra de equipamentos e ampliação de leitos e UTIS, afora o parco socorro social que está sendo oferecido. Mas, em tempos normais, este dinheiro poderia financiar ações importantes de redução das desigualdades e da pobreza. Os bilionários e os muitos ricos não comprometeriam em nada seus luxos, suas viagens, o padrão de vida que os mais pobres não conseguem sequer imaginar.
    Os ricos no Brasil ganham sempre, até na desgraça. Os R$ 98 bilhões destinados ao socorro aos informais e desvalidos representam 1/6 do dinheiro grosso, R$ 650 bilhões que, segundo decisão de quinta-feira, o Banco Central vai injetar nos bancos, para que eles possam manter o crédito durante a crise. E o que eles têm feito é dificultar empréstimos e renegociações. Serão os bancos públicos que bancarão a maior parte dos empréstimos para pequenas e médias empresas pagarem os salários.
    Os bilionários e os muito ricos pagam muito menos impostos que o conjunto de brasileiros que trabalham, juntando a classe média e os pobres. Estes últimos, mesmo quando não pagam imposto de renda, pagam os impostos indiretos que estão embutidos em cada quilo de feijão, em cada produto que compram. De imposto de renda, os ricos quase nada pagam. Recebem das empresas que possuem ou das quais são acionistas através de dividendos, que são isentos. Só os bancos, no ano passado, distribuíram a seus acionistas R$ 52 bilhões, isentos de imposto de renda.
    Mas falar em taxação de grandes fortunas no Brasil é tabu, deixa a elite histérica e seus lacaios na política apavorados. Eles estão lá para impedir estas “maluquices” esquerdistas. Talvez o país ainda tenha que sangrar muito mais para que seu povo consiga um dia subverter tamanha iniquidade.
    Esta elite contempla a tragédia brasileira de longe, com a indiferença olímpica de quem não se sente realmente parte do Brasil. Aqui ganham dinheiro para gastar lá fora. Mas desta vez sobrou para ela pelo menos um castigo: com a pandemia, não têm como embarcar para Paris, Nova York ou qualquer ilha do Caribe. O vírus também é global.
    Brasil 247

    Auxílio emergencial é publicado e governo abre crédito de R$ 98 bi

    POLÍTICA
    Vetos à nova lei não alteram valores nem critérios do programa

     (Foto: Isac Nóbrega/PR)

    Foi publicada, em edição extra do Diário Oficial da União, na noite desta quinta-feira (2), a lei que prevê o pagamento de uma renda básica emergencial no valor R$ 600 a trabalhadores informais, autônomos e sem renda fixa, durante a crise provocada pela pandemia do novo coronavírus. O texto foi sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro com três vetos, mas nenhum altera o valor ou os critérios para participação no programa.
    Também foi publicada no Diário Oficial a medida provisória (MP) que abre um crédito extraordinário de R$ 98,2 bilhões para financiar o programa. Os recursos serão repassados ao Ministério da Cidadania, responsável pela implementação da medida. A expectativa do governo é que o auxílio emergencial atenda a cerca de 54 milhões de pessoas.
    O pagamento do benefício será feito ao longo de três meses (três parcelas), com operacionalização final pelas redes dos bancos públicos federais: Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil (BB), Banco da Amazônia (Basa) e Banco do Nordeste (BNB), além de casas lotéricas, após o cruzamento de dados para definir quem tem direito ao benefício. O recebimento do auxílio emergencial está limitado a dois membros da mesma família.
    Pelas regras em vigor da nova lei, terão direito a receber a renda básica as pessoas que atendam, de forma conjunta, aos seguintes critérios:
    - Ser maior de 18 anos de idade;
    - Não ter emprego formal ativo;
    - Não seja titular de benefício previdenciário ou assistencial, de seguro-desemprego ou de programa de transferência de renda federal, com exceção do Bolsa Família; 
    - Ter renda familiar mensal per capita de até meio salário mínimo ou a renda familiar mensal total seja de até três salários mínimos;
    - Não ter recebido rendimentos tributáveis acima de R$ 28.559,70.
    Além disso, o beneficiário tem que se encaixar em um dos três perfis:
    - Ser microempreendedor individual (MEI);
    - Ser contribuinte individual do INSS (Instututo Nacional do Seguro Social);  
    - Ser trabalhador informal, autônomo ou desempregado, de qualquer natureza, inclusive o intermitente inativo, inscrito no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) até 20 de março de 2020 ou que cumpra, nos termos de autodeclaração, o requisito de renda mensal per capita de até meio salários míimo ou renda familiar mensal de até três salários mínimos.
    O auxílio emergencial, segundo a lei, vai substituir o benefício do Bolsa Família nas situações em que for mais vantajoso, de forma automática. A mulher provedora em uma família monoparental, ou seja, sem a presença de um pai, receberá duas cotas do auxílio de R$ 600.

    Vetos

    O presidente Jair Bolsonaro decidiu vetar três pontos da proposta. Um deles permitia o cancelamento do auxílio antes do prazo de três meses para quem deixasse de atender aos pré-requisitos. Para o governo, tal medida contraria o interesse público e geraria o trabalho inviável de conferir, mês a mês, cada benefício pago.
    Também foi vetada uma restrição às contas bancárias que serão criadas para o recebimento do auxílio. Elas só poderiam ser usadas para o depósito de benefícios sociais. O Executivo entendeu que essa regra limitaria a liberdade dos beneficiários.
    Um terceiro veto diz respeito à ampliação do Benefício de Prestação Continuada (BPC), cujo critério de renda passaria para 50% do salário mínimo – uma expansão da base de aferição. A equipe econômica manifestou preocupação com o impacto nas contas públicas. Essa expansão, porém, já está programada para 2020, de acordo com a Lei 13.981.
    *Com informações da Agência Senado

    FONTE: AGÊNCIA BRASIL

    Toffoli defende saída “diagonal” para isolamento por novo coronavírus

    JUSTIÇA
    Presidente do STF fala em retorno gradual de trabalhadores
    Toffoli defende que fim do isolamento deve ser gradual e com ...
    Foto: Felipe Sampaio/STF


    Em resposta à pandemia do novo coronavírus (covid-19), o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, defendeu hoje (3) que seja considerada uma saída “diagonal” do isolamento social, com o retorno gradual de trabalhadores ao setor produtivo. Ele reafirmou, contudo, acreditar que o isolamento máximo, ou "horizontal", é a medida mais adequada no presente.
    “Quando falamos na necessidade da economia, ela também é fundamental”, disse o ministro durante um webinar realizado nesta sexta-feira (3) pelo portal jurídico Jota. “Nós não podemos ficar em casa sem pensar no dia seguinte. É o que às vezes eu digo para alguns com quem dialogo: nem é a questão horizontal, nem é a questão vertical, vai chegar um momento que nós temos que sair pela diagonal”, acrescentou.
    No isolamento chamado vertical, prioriza-se o recolhimento somente de pessoas em grupo de risco, como aquelas com 60 anos ou mais ou com doenças crônicas.
    O ministro sugeriu a abordagem adotada pela Coreia do Sul, que promoveu uma política de testes em massa e monitoramento próximo de contaminados para controlar a doença. “Temos que fazer o seguinte: temos testes para saber quem tem condições de sair de casa? Temos que ir atrás disso. Faz como se fez na Coreia. Testa o maior número possível de pessoas e tenta recolocar essas pessoas na força de trabalho”, disse Toffoli.
    Ele voltou, contudo, a ressaltar a necessidade do “isolamento máximo possível” no momento, de modo a abaixar a curva de contaminação e impedir um surto de demanda maior do que o sistema de saúde pode suportar.

    Vale de R$ 600

    Ao ser questionado sobre a insegurança de gestores públicos, que temem infringir leis fiscais ao tomar decisões durante o estado de calamidade, Toffoli adotou discurso tranquilizador e pediu comedimento aos órgãos de controle e fiscalização e também a juízes.
    “É um momento também para os órgãos de controle e fiscalização terem sua moderação, e os juízes que vão julgar essas causas também. Tem que se punir evidentemente aquilo em que houve dolo, em que houve má-fé, em que houve locupletamento, mas não podemos criar um sistema que pare o Estado em suas atividades e deixe qualquer gestor temerário de agir”, disse o presidente do STF.
    O ministro disse não haver entraves jurídicos, por exemplo, para o pagamento do voucher de R$ 600 para trabalhadores informais que foi aprovado no Congresso e sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro. Toffoli citou liminar (decisão provisória) do ministro Alexandre de Moraes, que autorizou o governo a descumprir dispositivos da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e da emenda do Teto Constitucional.   
    “Temos que ter essa consciência de que o Estado, como todos os países do mundo estão fazendo, vai ter que se endividar, vai ter que aumentar a sua atuação como indutor da economia, e também como agente social para as pessoas mais vulneráveis, sejam as desempregadas, sejam os autônomos”, afirmou Toffoli.
    *matéria atualizada às 15h33 para acréscimo de informações
    Edição: Bruna Saniele
    FONTE: AGÊNCIA BRASIL













    Mercedes-Benz estende férias coletivas no Brasil até 2 de maio

    BRASIL
    Comunicado informando as medidas de prevenção à COVID-19 inclui todas as unidades da montadora no país
    F1 – “Previsões da Mercedes estavam corretas” - Jornal Tabloide

    FOTO: REPRODUÇÃO

    Neste contexto de pandemia de coronavírus, mais uma gigante do setor automotivo decide prolongar a paralisação de suas atividades. A Mercedes-Benz no Brasil divulgou, nesta sexta-feira (3), as medidas de prevenção à COVID-19 adotadas pela empresa.

    montadora vai estender o período de férias coletivas em todas as unidades no Brasil até 2 de maio. Os funcionários da produção e administrativos já estão em casa desde 23 de março, quando começou o recesso.


    Confira o comunicado na íntegra:


    "Medidas de prevenção à COVID-19 adotadas pela Mercedes-Benz no Brasil:

    – A Mercedes-Benz, pensando no cuidado com seus colaboradores e familiares frente à atual situação da COVID-19 e também em razão dos impactos negativos na indústria automotiva, decidiu estender o período de férias coletivas em todas as suas unidades no Brasil

    – Assim, todos os funcionários da produção e administrativos, que já estavam em casa desde 23 de março, vão permanecer em férias coletivas até 2 de maio

    – Previsto o retorno das atividades em 4 de maio, a depender da situação do país

    – O atual cenário traz grandes preocupações com nossos colaboradores e também, como não poderia deixar de ser, com a saúde financeira da empresa

    – Nesse contexto, vamos iniciar um processo de negociação com os sindicatos a fim de definir alternativas de gestão de mão de obra que possibilitem ajustar nossos atuais custos e volumes de produção à atual realidade

    – A Mercedes-Benz reafirma, assim, seu compromisso de responsabilidade com todos os seus colaboradores no Brasil.

    Equipe de Comunicação Corporativa Mercedes-Benz
    *Estagiária sob a supervisão da editora Teresa Caram

    O que é o coronavírus?

    Coronavírus são uma grande família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doença pode causar infecções com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.

    Como a COVID-19 é transmitida?

    A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.

    Como se prevenir?

    A recomendação é evitar aglomerações, ficar longe de quem apresenta sintomas de infecção respiratória, lavar as mãos com frequência, tossir com o antebraço em frente à boca e frequentemente fazer o uso de água e sabão para lavar as mãos ou álcool em gel após ter contato com superfícies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.

    Quais os sintomas do coronavírus?

    Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

    • Febre
    • Tosse
    • Falta de ar e dificuldade para respirar
    • Problemas gástricos
    • Diarreia

    Em casos graves, as vítimas apresentam:

    • Pneumonia
    • Síndrome respiratória aguda severa
    • Insuficiência renal

    Mitos e verdades sobre o vírus

    Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o coronavírus é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.


    FONTE: ESTADO DE MINAS

    Brasil terá falta de leitos mesmo em cenário mais otimista

    BRASIL
    As maiores carências estão na rede pública e nas regiões mais pobres do país, Norte e Nordeste
    Teste rápido para coronavírus
    Teste rápido para coronavírusFoto: LILLIAN SUWANRUMPHA / AFP
    O avanço do coronavírus submeterá os hospitais brasileiros a pressões significativas mesmo se o contágio da população evoluir de forma lenta nos próximos meses, sugerem projeções de pesquisadores que estudam o impacto potencial da doença no sistema de saúde pública. Como a epidemia ainda está em estágio inicial no Brasil, é cedo para previsões seguras sobre sua evolução, dizem os especialistas. Mas os estudos em andamento podem ajudar a identificar áreas despreparadas para lidar com a disseminação do vírus e a acelerada multiplicação de casos.
    Cálculos de um grupo ligado ao Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional (Cedeplar) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) indicam que grande parte dos municípios teria dificuldades mesmo com taxas de infecção relativamente baixas se a contaminação aumentar muito rapidamente. Num cenário em que 0,1% da população contrairia o vírus em um mês, os pesquisadores mineiros preveem que faltariam leitos em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) para o atendimento dos casos mais graves em 44% das regiões em que o Sistema Único de Saúde (SUS) agrupa os municípios do país.
    Uma taxa de infecção de 0,1% será alcançada no Brasil quando 210 mil pessoas tiverem contraído o novo coronavírus. As estatísticas do Ministério da Saúde apontam 7.910 casos confirmados até esta quinta (2), mas há evidências de que muitos casos não têm sido notificados por falta de testes. Com base na experiência de países atingidos antes pela pandemia, a Organização Mundial da Saúde (OMS) calcula que 14% das pessoas infectadas pelo coronavírus precisarão de internação hospitalar e ao menos 5% precisarão de atenção maior e de equipamentos das UTIs.

    Num cenário mais pessimista, em que o contágio atingiria 1% da população em um mês, os hospitais de 95% das regiões ficariam sobrecarregados, sem leitos para os casos mais graves, diz o grupo da UFMG. Em 51% das regiões, também não haveria aparelhos de ventilação pulmonar suficientes para auxiliar os doentes. O Brasil tem pelo menos 33 mil leitos de UTI disponíveis para pacientes adultos no SUS e nos hospitais particulares, sem contar leitos para recém-nascidos e crianças, mas a distribuição é desigual. As maiores carências estão na rede pública e nas regiões mais pobres do país, Norte e Nordeste.

    Muitos municípios que ficarão sem condições de atender os pacientes mais graves com o avanço da Covid-19 poderão recorrer à estrutura disponível em cidades maiores de suas regiões, mas essa opção também dependerá da intensidade com que elas forem atingidas pela epidemia, dizem os especialistas. "Em muitos desses lugares, é possível que a oferta de ambulâncias equipadas e profissionais preparados para o transporte dos doentes que necessitarão de maiores cuidados seja mais decisiva do que a disponibilidade de leitos", afirma o demógrafo Gilvan Guedes, um dos pesquisadores do grupo da UFMG.

    Simulações feitas por outro grupo, liderado pela professora Marcia Castro, da Escola de Saúde Pública da Universidade Harvard, nos EUA, sugerem que haverá problemas em poucas semanas no Brasil se a doença evoluir no mesmo ritmo observado na China, epicentro da pandemia.

    Na cidade de São Paulo, faltariam leitos comuns e leitos de UTI a partir da segunda quinzena deste mês, de acordo com a maioria dos cenários estudados pelo grupo –a Prefeitura de São Paulo anunciou essa mesma previsão nesta quinta. Se 12% dos infectados precisarem de cuidados especiais, como aconteceu na Itália, os recursos dos hospitais se esgotariam em poucos dias. Segundo o Ministério da Saúde, a oferta de um leito de UTI para cada 10 mil habitantes é o mínimo necessário para atender a população, mas esse parâmetro é adequado para um ano típico, não para uma situação excepcional como a que o país enfrenta com a pandemia do coronavírus.

    Segundo o Instituto de Estudos para Políticas de Saúde (IEPS), a oferta de leitos de UTI nos hospitais do SUS é inferior ao mínimo necessário em 72% das regiões definidas pelos gestores do sistema, onde vive 56% da população brasileira e 61% das pessoas sem cobertura de planos de saúde privados.

    As simulações feitas pelos grupos da UFMG e de Harvard indicam que as dificuldades serão menores se os leitos de UTI e outros recursos disponíveis nos hospitais privados também puderem ser usados por doentes sem plano de saúde, que dependem exclusivamente da rede pública. Mas o ganho seria limitado mesmo assim. De acordo com os cálculos do grupo liderado por Marcia Castro, se os governos assumissem o controle dos hospitais privados no Brasil para enfrentar a epidemia, como ocorreu na Espanha, o esgotamento da oferta de leitos seria adiado por apenas uma semana.

    Estimativas de outro grupo de pesquisadores, orientado pelo professor Gonzalo Vecina Neto, da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, indicam que medidas de gestão nos hospitais e investimentos para ampliar a oferta de leitos contribuiriam mais para evitar o colapso. "Os hospitais continuarão tendo que atender outros doentes na epidemia, mas muitas cirurgias poderiam ser suspensas, abrindo uma janela para aliviar o sistema", diz Vecina, que chefiou a Secretaria Nacional de Vigilância Sanitária e foi superintendente do Hospital Sírio Libanês, em São Paulo.

    Num cenário em que a contaminação evoluísse no ritmo observado em Wuhan, cidade chinesa onde os primeiros casos foram registrados, e a taxa de infecção da população atingisse 0,5% em 79 dias, faltariam 30 mil leitos de UTI no país para atender os casos mais graves, calcula o grupo. Se cirurgias eletivas fossem suspensas, o que poderia liberar 30% dos leitos existentes nas UTIs, segundo Vecina, as necessidades cairiam para 16,7 mil leitos. Com investimentos para ampliar em 10% a capacidade dos hospitais, o número cairia para 12,7 mil –ou seja, uma redução de 57%.

    Em São Paulo, estado com o maior número de casos registrados até agora, esse efeito seria maior. Segundo os cálculos do grupo de Vecina, a suspensão de cirurgias eletivas e o investimento nas UTIs reduziriam de 6.400 para apenas 147 a necessidade de novos leitos para tratamento da Covid-19 nesse cenário. Em todos esses estudos, os pesquisadores usaram estatísticas sobre a incidência da doença na China, nos EUA e na Europa para calcular seu impacto no Brasil, sem considerar os efeitos que providências adotadas por prefeitos e governadores nas últimas semanas podem ter no controle da contaminação.

    Medidas drásticas de isolamento social como as que vigoram na maioria dos estados tendem a reduzir o ritmo de transmissão do coronavírus, evitando que idosos e outros grupos mais vulneráveis sejam infectados e atenuando a pressão sobre o sistema.

    Outras medidas teriam efeito semelhante. "Fortalecer profissionais da atenção primária para que sejam capazes de identificar casos de contaminação e acompanhar sua evolução ajudaria a ganhar tempo, garantindo o encaminhamento só dos casos mais graves aos hospitais", afirma Guedes, da UFMG.

    Hospitais de campanha estão sendo construídos em São Paulo e no Rio para atender casos mais leves, o que aliviaria as UTIs. Ainda assim, especialistas defendem maior coordenação entre as várias esferas de governo para evitar desperdício de recursos.

    "Há muitos leitos desativados nos hospitais que poderiam ser reativados com custo menor para os governos", diz Adriano Massuda, ex-secretário de Saúde de Curitiba e hoje na Fundação Getúlio Vargas, em São Paulo
    Fonte: Folhapress

    Basf traz para o Brasil substância que transforma álcool em gel

    NEGÓCIOS
    Pesquisadores da empresa no Brasil identificaram matéria-prima que permite a fabricação em grande escala do produto
    A partir da semana que vem, a Basf vai começar a fabricar no Brasil um insumo fundamental para a produção de álcool gel, em falta no país, uma informação antecipada com exclusividade para EXAME. É um espessante que transforma o álcool comum, vendido pelas usinas de açúcar, em gel.
    “Normalmente, era usada uma substância aqui que é produzida por poucas empresas, que não estão dando do aumento brutal da demanda”, diz Fabricio Soto, head da unidade de produtos para casa da Basf na América do Sul. “Com a crise humanitária que se instalou, fomos correndo buscar uma solução para o problema”. O álcool em gel é menos inflamável, e por isso é aprovado para uso caseiro
    Em alguns telefonemas para a matriz, na Alemanha, a equipe de Soto descobriu que havia um produto no portfólio da multinacional que poderia servir para fabricar álcool gel. Em alguns dias, conseguiram o sinal verde para começar a produção na fábrica de Guaratinguetá, no interior de São Paulo.
    O time de pesquisa encontrou rapidamente a formulação adequada para passar aos fabricantes de álcool gel que compram os insumos da Basf. Em menos de duas semanas, considerado um tempo recorde para a indústria, estava tudo resolvido.
    A expectativa é começar a produzir centenas de toneladas do espessante nos próximos dias. Com isso, a empresa acredita que haverá um aumento na produção de álcool gel no país. “Nossa principal preocupação são os hospitais”, diz Soto.
    Cerca de vinte empresas que produzem álcool gel já sinalizaram interesse pela nova formulação. “Nossa solidariedade é posta à prova em momentos de crise, e acredito que o povo brasileiro tem demonstrado um grande espírito de colaboração”, afirma Soto. “Nas empresas, também há muita gente motivada em fazer o melhor e contribuir para amenizar essa crise”.
    A Basf, uma das maiores indústrias químicas do mundo, teve um faturamento global de 59,32 bilhões de euros e um lucro líquido de 8,42 bilhões de euros no ano passado. As receitas no Brasil chegaram a 2,3 milhões de euros em 2018, cerca de 70% do total gerado na América do Sul, último dado divulgado.

    Fonte: Exame

    Governo antecipa prazo final de saque do abono do PIS-Pasep

    BRASIL

    Data era 30 de junho e agora passa a ser 29 de maio


    © Fernando Frazão/Agência Brasil


    O governo antecipou em um mês o prazo final de saque do abono salarial 2019/2020. Inicialmente, esse prazo era 30 de junho e agora passa a ser 29 de maio deste ano.
    Resolução do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat), publicada no Diário Oficial da União de hoje (3), define a nova data e estabelece o calendário 2020/2021.
    O calendário de pagamento de 2020/2021 tem início em 30 de junho de 2020 e término em 30 de junho de 2021. No caso do abono salarial do Programa de Integração Social (PIS), o pagamento é feito pela Caixa Econômica Federal a trabalhadores da iniciativa privada, considerando o mês de nascimento do trabalhador.
    O pagamento do abono salarial do Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep) é feito pelo Banco do Brasil, de acordo com o dígito final do número de inscrição do servidor público.
    Os trabalhadores com conta na Caixa, no caso do PIS, ou no Banco do Brasil, para o Pasep, vão receber o crédito automaticamente.
    Exercício 2020/2021 - Calendário de pagamento do PIS
    NASCIDOS EMRECEBEM A PARTIR DERECEBEM ATÉ
    JULHO16/ 07/202030/06/2021
    AGOSTO18/ 08/202030/06/2021
    SETEMBRO15/09/202030/06/2021
    OUTUBRO14/10/202030/06/2021
    NOVEMBRO17/11/202030/06/2021
    DEZEMBRO15/12/202030/06/2021
    JANEIRO19/01/202130/06/2021
    FEVEREIRO19/01/202130/06/2021
    MARÇO11/02/202130/06/2021
    ABRIL11/02/202130/06/2021
    MAIO17/03/202130/06/2021
    JUNHO17/03/202130/06/2021

     

    Calendário de pagamento do Pasep
    FINAL DA INSCRIÇÃORECEBEM A PARTIR DERECEBEM ATÉ
    016/07/202030/06/2021
    118/08/202030/06/2021
    215/09/202030/06/2021
    314/10/202030/06/2021
    417/11/202030/06/2021
    519/01/202130/06/2021
    6 e 711/02/202130/06/2021
    8 e 917/03/202130/06/2021

     

    Quem tem direito

    O benefício será pago ao trabalhador inscrito no PIS/Pasep há pelo menos cinco anos, que tenha trabalhado formalmente por pelo menos 30 dias ao longo de 2019, com remuneração mensal média de até dois salários mínimos. Para ter direito ao abono também é necessário que o empregador tenha informado os dados do empregado na Relação Anual de Informações Sociais (Rais) 2019.
    O pagamento do abono salarial para trabalhadores identificados em RAIS fora do prazo, entregues até 30 de setembro de 2020, serão disponibilizados a partir de 4 de novembro de 2020.
    O teto pago é de até um salário mínimo (R$ 1.045), com o valor calculado na proporção um doze avos do salário. A quantia que cada trabalhador vai receber é proporcional ao número de meses trabalhados formalmente em 2019.
    Os herdeiros também têm direito ao saque. No caso de falecimento do participante, herdeiros têm que apresentar documentos que comprovem a morte e a condição de beneficiário legal.
    Edição: Graça Adjuto

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