domingo, 29 de março de 2020

Casos prováveis de dengue dobram e chegam a 12,1 mil no DF

DENGUE

Números são refentes a período entre 29 de dezembro e 14 de março. Aumento é de 104,41% em relação ao mesmo intervalo do ano passado.

Larvas da dengue, em imagem de arquivo — Foto: Acácio Pinheiro/Agência Brasília.
A Secretaria de Saúde do Distrito Federal informou neste sábado (28), que a capital registrou 12.132 casos prováveis de dengue. Os dados são referentes ao período entre 29 de dezembro e 14 de março, e representam alta de 104,41% em comparação com o mesmo período do ano passado – quando foram confirmados 5.935 casos.
Segundo o boletim epidemiológico divulgado pela pasta, foram confirmados 10 casos graves da doença no DF. O documento aponta que uma pessoa morreu por conta da dengue na capital e outras nove mortes estão em investigação.
Já o Ministério da Saúde afirma que três pessoas vieram a óbito na capital devido à doença. Em 2019, foram nove mortes entre os meses de dezembro e março.
A região de Ceilândia registrou o maior número de casos de dengue, com 1.552. Em seguida, está o Gama, com 1.264, e Santa Maria, que teve 857.
Veja os casos de dengue por região administrativa:
Tabela mostra números de dengue em todas as regiões do Distrito Federal  — Foto: Secretaria de Saúde/ReproduçãoTabela mostra números de dengue em todas as regiões do Distrito Federal  — Foto: Secretaria de Saúde/Reprodução
Tabela mostra números de dengue em todas as regiões do Distrito Federal — Foto: Secretaria de Saúde/Reprodução

Como se prevenir contra a Dengue

Para evitar a reprodução do Aedes aegypti em casa e, consequentemente, reduzir os ataques do mosquito – além de se prevenir contra as doenças que ele transmite –, o Ministério da Saúde reuniu uma série de orientações. Confira:
  • Fazer uso de repelente sempre que estiver em áreas consideradas de infestação. Os mais indicados pela OMS são à base de Icaridina e que oferecem até 12 horas de proteção;
  • Priorize o uso de roupas claras, leves e que cubram todo o corpo – o Aedes aegypti tem atração pelo suor e por cores escuras;
  • Faça exames de rotina e, em caso de sintomas similares aos da dengue, febre amarela, chikungunya e zika vírus, procure a unidade de saúde mais próxima e consulte um médico.
Prevenção em casa
Mosquito Aedes aegypti é o tranmissor da zika, dengue e chikungunya, em imagem de arquivo.  — Foto: Rodrigo Méxas e Raquel Portugal/Fundação Oswaldo Cruz/DivulgaçãoMosquito Aedes aegypti é o tranmissor da zika, dengue e chikungunya, em imagem de arquivo.  — Foto: Rodrigo Méxas e Raquel Portugal/Fundação Oswaldo Cruz/Divulgação
Mosquito Aedes aegypti é o tranmissor da zika, dengue e chikungunya, em imagem de arquivo. — Foto: Rodrigo Méxas e Raquel Portugal/Fundação Oswaldo Cruz/Divulgação
  • Utilize telas de proteção com buracos de, no máximo, 1,5 milímetros nas janelas da casa;
  • Deixe as portas e janelas fechadas, principalmente nos períodos do nascer e do pôr do sol;
  • Mantenha o terreno de casa sempre limpo e livre de materiais ou entulhos que possam ser criadouros;
  • Tampe os tonéis e caixas d’água;
  • Mantenha as calhas sempre limpas;
  • Deixe garrafas sempre viradas com a boca para baixo;
  • Mantenha lixeiras bem tampadas;
  • Deixe ralos limpos e com aplicação de tela;
  • Limpe semanalmente ou preencha pratos de vasos de plantas com areia;
  • Limpe com escova ou bucha os potes de água para animais;
  • Limpe todos os acessórios de decoração que ficam fora de casa e evite o acúmulo de água em pneus e calhas sujas, por exemplo;
  • Deixe portas e janelas fechadas, principalmente nos períodos do nascer e do pôr do sol;
  • Coloque repelentes elétricos próximos às janelas – o uso é contraindicado para pessoas alérgicas;
  • Velas ou difusores de essência de citronela também podem ser usados;
  • Evite produtos de higiene com perfume, pois podem atrair insetos;
  • Retire água acumulada na área de serviço, atrás da máquina de lavar roupa;
  • Coloque areia nos vasos de plantas.
FONTE:G1 DF.



Cientistas descobrem qual etapa do coronavírus pode ser mais contagiosa

COVID-19
m amostras de saliva de 23 pacientes entre 35 e 75 anos.
Crédito: Li Chenyun/China News Service via Getty Images
A análise determinou que a carga viral era mais alta nos primeiros sete dias depois que os infectados começaram a mostrar sintomas da doença. "A carga viral salivar foi maior na primeira semana após o início dos sintomas e subsequentemente diminuiu ao longo do tempo.
Em um paciente, o RNA viral foi detectado 25 dias após o início dos sintomas. A idade avançada foi correlacionada com o aumento carga viral ", descobriram os cientistas.
"A alta carga viral na primeira semana de doença sugere que o vírus pode ser facilmente transmitido de uma pessoa para outra antes que o paciente seja hospitalizado", disse Kelvin To Kai-wang, do South China Morning Post.

FONTE: METRO JORNAL /Por Nathalia Marques
A análise determinou que a car

Pandemia de coronavírus faz voos oficiais da FAB caírem 35%

COVID-19


No primeiro mês em que foram registrados casos de Covid-19, aviões da FAB decolaram 56 vezes. No mesmo período de 2019, foram 87 viagens


Apandemia de coronavírus, causador da Covid-19, desacelerou as decolagens de aviões da Força Aérea Brasileira (FAB)
Um levantamento do Metrópoles, com base nos registros de voos, mostra que os deslocamentos caíram 35,6% desde que foram identificados os primeiros casos da doença no país.
Entre 26 de fevereiro — quando o Ministério da Saúde notificou o primeiro caso — e 26 de março, quando as contaminações completaram um mês, foram 56 decolagens..
No mesmo recorte de tempo do ano passado, quando não havia a circulação do vírus, foram realizadas pela FAB 87 decolagens.

Para se ter dimensão da queda, em 2019 somente em seis dias do período analisado não ocorreram voos, sendo a maioria fins de semana. Já em 2020, o índice subiu para 16 dias.
A autoridade pública que mais viajou no período em que está ocorrendo a transmissão do coronavírus é o presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), que realizou nove deslocamentos.


FONTE: METRÓPOLES

9,3 milhões de pessoas ainda não sacaram o PIS; Valor médio de R$ 1.760

ECONOMIA

O PIS é destinado aos trabalhadores de empresa privada e é administrado pela Caixa Econômica Federal. Saiba quem ainda pode sacar.

Nova fase de pagamento de abono do PIS/Pasep começa nesta quinta (14)
FOTO: REPRODUÇÃO

sábado, 28 de março de 2020

MPF aprova acordo entre companhias aéreas para continuidade de voos em locais com grande redução de demanda



Protocolo que prevê agrupamento de infraestrutura e realocação de passageiros será analisado pelo Cade
Arte mostra passageiros transitando em um aeroporto
Imagem ilustrativa: Pixabay
O Ministério Público Federal enviou nessa quinta-feira (26) ao Conselho Administrativo de Defesa da Ordem Econômica (Cade) manifestação favorável ao Protocolo Temporário para Transporte Aéreo Essencial Nacional – Covid-19, celebrado entre as empresas aéreas Gol, Latam, Azul e Passaredo. O objetivo do acordo é garantir a continuidade do atendimento de transporte de passageiros durante a pandemia, otimizando a operação da malha aérea em voos domésticos, especialmente em localidades com drástica redução de demanda.
Válido por 30 dias, o protocolo permite, de forma delimitada e temporária, a troca de informações sobre cancelamentos de voos e a realocação de passageiros entre as empresas aéreas. As medidas abrangem 20 destinos nacionais e determinam que pelo menos uma companhia continue operando em cada localidade afetada. O documento determina, ainda, que todas as operações sejam supervisionadas por representantes da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) e do próprio Cade.
Ainda segundo o protocolo, as empresas se comprometem a comunicar os passageiros antecipadamente a respeito da alteração de voos e a garantir o cumprimento da regulação e legislação aplicáveis em casos de cancelamento ou remarcação de bilhetes a pedido dos clientes, durante a pandemia da covid-19.
Equilíbrio - Na avaliação do MPF, as medidas propostas trazem mais benefícios do que prejuízos, o que autoriza a mitigação relativa do princípio de proteção à concorrência. “A redução radical da demanda no setor aéreo pode gerar possibilidade concreta e imediata de interrupção dos serviços, o que prejudicaria, inclusive, ações de enfrentamento da crise, como o transporte de alimentos, EPI e remédios”, alerta a nota do MPF. Além disso, há um risco à própria sustentabilidade financeira das companhias aéreas, em curto e médio prazo, aponta o documento.
O protocolo estabelece que, em nenhuma hipótese, as companhias poderão trocar informações relacionadas a aspectos comerciais, como preços, contratos, composição de custos principais, estratégias, volume de vendas e planos de investimento. Em relação a esse aspecto, o MPF sugere que as autoridades envolvidas acompanhem a evolução dos preços das passagens aéreas para os destinos afetados, usando como referência o valor médio dos bilhetes antes da crise do coronavírus.
Vinte destinos serão impactados pelo acordo: Barreiras (BA); Cascavel e Ponta Grossa (PR); Cabo Frio, Macaé e Campos dos Goytacases (RJ); Carajás (PA); Campina Grande (PB); Caxias do Sul e Passo Fundo (RS); Imperatriz (MA); Juiz de Fora e Montes Claros (MG); Jericoacara (CE); Sinop (MT); Presidente Prudente (SP); Rio Branco (AC); Rio Verde (GO); Chapecó (SC); e Fernando de Noronha (PE).
Secretaria de Comunicação Social
Procuradoria-Geral da República

Giac-Covid-19: lançado site sobre atuação de membros do MP no enfrentamento do novo coronavírus



Página destaca boas práticas institucionais do MP brasileiro no enfrentamento da epidemia da covid-19
Foto mostra um notebook com duas mãos sobre o teclado acessando a página do Giac
Antonio Augusto/Secom/PGR
Está disponível o novo site criado pelo Gabinete Integrado de Acompanhamento da Epidemia Covid-19 (Giac-Covid-19) - www.conexao.mp.br/covid19. O espaço tem a finalidade de contribuir para a divulgação da atuação coordenada de procuradores e promotores e de reunir dados e informações sobre o trabalho desenvolvido no enfrentamento da pandemia do novo coronavírus.
O conjunto de páginas virtuais pode ser acessado pelos integrantes do Ministério Público brasileiro e também por toda a sociedade. A reprodução do conteúdo é permitida, desde que seja citada a fonte. O espaço reúne informações sobre a estrutura do Gabinete e os membros focalizadores no âmbito do Ministério Público Federal (MPF), do Ministério Público do Trabalho (MPT) e dos MPs estaduais, dados da pandemia disponibilizados por instituições oficiais, manifestações públicas relacionadas à atuação finalística, além de notícias.
A área de tecnologia do MPF desenvolveu um sistema colaborativo de busca para promotores e membros, que também pode ser acessado pelo site. Por meio do Aptus-Covid-19 é possível consultar documentos, como: ofícios, notas técnicas, publicações, boletins, materiais publicitários, entre outros. Todos os arquivos disponibilizados foram verificados e validados pelos membros do Giac-Covid-19.
Membros focalizadores – No site é possível verificar a composição dos grupos focalizadores do MPF, MPT e MPs estaduais, além da estrutura do Gabinete Integrado de Acompanhamento da Epidemia Covid-19, basta acessar a aba “estrutura”. A criação da rede nacional tem o propósito de viabilizar de forma coordenada o trabalho do Ministério Público brasileiro, respeitando a independência funcional ao mesmo tempo em que estimula a busca de soluções dos problemas de forma negociada, evitando a judicialização. Cabe a eles promover a interlocução com os membros do MP com as secretarias de saúde estaduais e municipais, bem como outros órgãos ligados à temática e com o próprio Giac.
Conexão MP - O site criado pelo Gabinete Integrado está hospedado no domínio do Conexão MP, podcast dedicado para disseminar a atuação dos membros do MP brasileiro, as boas práticas institucionais, e a debater os desafios da instituição. Inclusive, a mais nova edição do programa foi lançada esta semana, trazendo a mobilização do Ministério Público no cenário da pandemia. O programa conta com a participação do procurador-geral da República e presidente do CNMP, Augusto Aras, da subprocuradora-geral da República Célia Delgado e do secretário de Vigilância à Saúde do Ministério da Saúde, Wanderson de Oliveira.
Secretaria de Comunicação Social

Interesse Público: MPF trabalha para garantir acessibilidade na arquitetura e em automóveis



Assista às 20h desta sexta-feira (27), na TV Justiça, a edição inédita do programa de notícias do MPF
Foto mostra um cadeirante por trás
Foto: Divulgação/IP
De acordo com o último censo demográfico do IBGE, 45 milhões de brasileiros têm algum tipo de deficiência física. Para essas pessoas, ter independência aumenta a autoestima e melhora o estado emotivo. O programa Interesse Público desta semana mostra a atuação do Ministério Público Federal (MPF) em busca de maior acessibilidade em prédios e automóveis.
Em Manaus, no Amazonas, o MPF identificou que o colégio militar da capital se recusava a matricular alunos com deficiência com a justificativa de falta estrutura para atendê-los.
Em tempos de covid-19 e a adoção do isolamento social para diminuir a velocidade de propagação do vírus no Brasil, você aprenderá alguns cuidados simples que devem ser adotados por todos nós. Fique por dentro também do seu direito em relação ao cancelamento de passagens aéreas devido à pandemia.
Cobranças indevidas nas contas de luz revoltam consumidores no Pará. A companhia de energia elétrica é campeã de reclamações no Procon. Em conjunto com outros órgãos, o MPF buscou a Justiça para resolver a situação.
Onde assistir – O Interesse Público é veiculado nacionalmente pela TV Justiça às sextas-feiras, às 20h, com reprise aos domingos, às 17h30, e em outros dias da semana. Recentemente, é transmitido pela TV Câmara, aos sábados às 20h30, e aos domingos às 11h30. O programa também é retransmitido por emissoras parceiras nos estados do Acre, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Pará, Paraná, Paraíba, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins. Você também pode acompanhar o programa pela internet, no site da TV Justiça, ou acessar reportagens no canal do MPF no YouTube.
O IP é uma revista eletrônica semanal produzida pela Secretaria de Comunicação da Procuradoria-Geral da República, em parceria com a produtora Chá com Nozes e com a colaboração das unidades do MPF em todo o país.
Secretaria de Comunicação Social

Antônio Pereira Duarte é nomeado pelo PGR como procurador-geral de Justiça Militar




Portaria com a nomeação foi publicada nesta sexta-feira (27)
Foto mostra a fachada do prédio do mpm
Foto: MPM (Facebook)
O procurador-geral da República, Augusto Aras, assinou nesta tarde (27) a Portaria PGR/MPU 82, nomeando o subprocurador-geral de Justiça Militar Antônio Pereira Duarte para o cargo de procurador-geral de Justiça Militar, para mandato de dois anos, contados a partir de 13 de abril de 2020.
Na 15ª Eleição para Procurador-Geral de Justiça Militar, realizada na última quarta-feira (25), o subprocurador-geral Antônio Duarte foi o mais votado, com 54 votos, encabeçando a lista tríplice encaminhada ao procurador-geral da República.
*Com informações do MPM



Secretaria de Comunicação Social

MP 926, de medidas de combate ao coronavírus, já tem 126 emendas



Da Redação | 27/03/2020, 17h40
Editada pelo presidente Jair Bolsonaro no final da semana passada, a Medida Provisória (MP) 926/2020 já recebeu 126 emendas de deputados federais e senadores até esta sexta-feira (27). Essa MP trata de diversas medidas relacionadas ao combate ao coronavírus, como dispensa de licitação em compras relacionadas à pandemia e regras para circulação de pessoas e mercadorias. Logo que foi publicada, a medida recebeu muitas críticas por poder retirar prerrogativas dos governadores dos estados na definição de medidas sanitárias e de quarentena.
Entretanto, essa interpretação foi afastada nesta semana pelo ministro Marco Aurélio, do Supremo Tribunal Federal (STF). Em decisão, o ministro aceitou medida cautelar protocolada pelo PDT para deixar explícito que a MP 926 “não afasta a tomada de providências normativas e administrativas pelos estados, Distrito Federal e municípios” na área de saúde pública. Entretanto, Marco Aurélio negou pedido da Rede Sustentabilidade para suspender diversos trechos da medida, entendendo que o Congresso ainda precisa votar a matéria.
Das 126 emendas já apresentadas à MP, 41 são de senadores. Com 13 emendas, Randolfe Rodrigues (Rede-AP) foi o senador que mais protocolou pedidos de mudança na MP 926. Uma delas é a que proíbe que operadoras de planos de saúde suspendam ou cancelem, unilateralmente, os contratos dos segurados inadimplentes enquanto durar o estado de calamidade pública em razão da pandemia do coronavírus.
O senador Rogério Carvalho (PT-SE) apresentou seis emendas, entre elas a que dá aos governadores poder, mediante decreto, de determinar quais são os serviços públicos e atividades essenciais de cada ente. De acordo com o texto original da MP, cabe ao presidente da República tal determinação.
O senador Paulo Paim (PT-RS) apresentou cinco emendas, entre elas a que suspende o recolhimento por três meses, pelas empresas, de PIS-Cofins, IPI e CSLL, nos mesmos moldes da suspensão do recolhimento do FGTS já previsto pela MP. “Não havendo receitas, as empresas precisarão privilegiar o pagamento de despesas como aluguel e salários, e, assim, tais tributos devem também ser suspensos pelo mesmo prazo”, diz Paim na justificativa da emenda.
O senador Rodrigo Cunha (PSDB-AL) protocolou quatro emendas à MP 926. Entre elas a que prevê ações de combate ao coronavírus especificamente destinadas às regiões e comunidades de maior vulnerabilidade. “Sabe-se que há, infelizmente, milhões de pessoas no Brasil que não têm acesso adequado aos serviços de saneamento básico, como fornecimento de água ou coleta de esgoto. Além disso, muitas moram em condições que não favorecem o isolamento e contenção do vírus, de modo que medidas específicas devem ser realizadas para essas pessoas”, argumenta Rodrigo Cunha na justificativa.
O senador Eduardo Braga (MDB-AM) apresentou três emendas. Uma delas proíbe o corte ou suspensão de serviços essenciais, como água, luz, gás canalizado, serviços de telefonia móvel e fixa e de acesso à internet, por concessionárias, permissionárias ou autorizatárias de serviços públicos, enquanto durar o período de emergência de saúde pública internacional decorrente do coronavírus.
A senadora Leila Barros (PSB-DF) apresentou duas emendas ao texto. Uma delas propõe a criação do Comitê Gestor Federativo de Emergência em Saúde Pública, para facilitar que estados e governo federal tenham diálogo contínuo sobre medidas de enfrentamento ao coronavírus. “Apenas o diálogo e a união fraternal podem nos ajudar a superar a maior crise das nossas vidas. O povo brasileiro saberá construir com serenidade o caminho para celebrar o nosso destino comum, após a superação deste obstáculo”, diz Leila na justificativa da emenda. 
O senador Lasier Martins (Podemos-RS) apresentou uma emenda, para incluir equipamentos de telecomunicações e de tecnologia da informação entre aqueles cuja aquisição fica livre de licitação por parte do Poder Público. A MP 926 alterou a Lei 13.979, de 2020, sancionada em fevereiro, que já trazia medidas para enfrentamento da emergência de saúde pública decorrente da pandemia, como a dispensa de licitação para compras de equipamentos de saúde. A MP explicita que a regra vale para todas as compras e serviços, inclusive de engenharia, necessários ao combate à pandemia.
O senador Flávio Arns (Rede-PR) protocolou uma emenda, para incluir no texto da MP 926 a previsão de pagamento de um Benefício de Prestação Continuada (BPC) temporário para famílias que tenham membros trabalhando com captação e tratamento de lixo e esgoto por meio de associações ou cooperativas de coletores e processadores de material reciclável, ou mesmo individualmente.
Os senadores Paulo Rocha (PT-PA), Izalci Lucas (PSDB-DF) e Fabiano Contarato (Rede-ES) apresentaram duas emendas cada um.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Coronavírus: parlamentares anunciam ação no STF contra campanha do governo



Da Redação | 27/03/2020, 18h04
O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e os deputados Felipe Rigoni (PSB-ES) e Tabata Amaral (PDT-SP) anunciaram nesta sexta-feira (27) que vão entrar com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo a suspensão imediata da campanha “O Brasil não pode parar”, lançada pelo governo federal. Nos vídeos, o governo defende a flexibilização do isolamento social e a movimentação da economia.
Em nota, o senador Alessandro Vieira registrou que o lançamento de uma campanha publicitária “que não seja baseada no melhor entendimento dos especialistas do Ministério da Saúde e da Organização Mundial da Saúde é contraproducente, prejudica a saúde do cidadão brasileiro e chega às raias de ser criminoso”.
Ainda de acordo com a nota, “Executivo, Legislativo e Judiciário têm que agir juntos para evitar erros e podar excessos que sejam praticados” durante a pandemia do novo coronavírus. O texto acrescenta que a Presidência da República “não serve para exercer opiniões pessoais, mas para comandar a nação, para que, com base nas melhores práticas, possamos vencer essa crise.”

Repercussão

Vários senadores foram ao Twitter criticar a intenção do governo. O senador Rogério Carvalho (PT-SE) destacou o valor da campanha, que supostamente custou quase R$ 5 milhões, sem licitação. Rogério Carvalho, que é médico, lembrou que o isolamento social é uma orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS) e pode proteger a população. O senador ainda destacou que o próprio ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, já falou que em abril o sistema de saúde do Brasil poderá entrar em colapso, por conta da demanda causada pelo coronavírus.
— Por que o governo não usa esse dinheiro para comprar ventiladores mecânicos para UTIs? — questionou o senador.
Na mesma linha, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) usou sua conta no Twitter para criticar a campanha. Na opinião do senador, “esse dinheiro poderia ser usado para comprar respiradores e ajudar no [projeto do] Renda Básica, mas Bolsonaro prefere aplicar na irresponsável luta contra o isolamento”. O senador Paulo Rocha (PT-PA) ponderou que “enquanto o mundo inteiro admite que não parar o país é um erro, o presidente do Brasil insiste em querer colocar os brasileiros em risco nas ruas”.
Para o senador Fabiano Contarato (Rede-ES), o presidente Jair Bolsonaro “não aprendeu nada com a amarga experiência da Itália, que lamenta milhares de mortos”. O senador ainda registrou um conselho: “Se puder, fique em casa”. Em sua conta no Twitter, Contarato anunciou que vai acionar o Tribunal de Contas da União (TCU) para pedir a suspensão da campanha.
O senador Alvaro Dias (Podemos-PR) também lembrou a Itália, destacando uma campanha chamada “Milão não para”, lançada no mês passado.  Um mês depois, no entanto, a cidade registra cerca de 4,5 mil mortos e o prefeito se diz arrependido.
— É tarde, infelizmente — lamentou o senador no Twitter.
Alguns senadores, por outro lado, apoiaram a campanha. Para o senador Chico Rodrigues (DEM-RR), vice-líder do governo, áreas essenciais, como as que trabalham com insumos para medicamentos, alimentação e coleta de lixo, devem ter todos os cuidados e proteção. Ele diz, no entanto, que não é possível deixar o Brasil parar, “senão seremos sucumbidos e derrotados pela pandemia”.
Já o senador Arolde de Oliveira (PSD-RJ) disse estar de “pleno acordo de que o Brasil não pode parar”, porque essa decisão apontaria para o caos. Quanto à oportunidade da veiculação da campanha, o senador diz confiar "que os estudos do governo estejam corretos”.

Milão

A Itália é um dos países mais afetados pela pandemia de coronavírus, com mais de 8 mil mortes. No final de fevereiro, o prefeito de Milão, Giuseppe Sala, manifestou apoio a uma campanha intitulada “Milão não para”, que pedia a suspensão do isolamento e a retomada das atividades econômicas. Em entrevista nessa quinta-feira (26), Sala reconheceu o erro da campanha e pediu desculpas.
No início da campanha #MilãoNãoPara na internet, em 26 de fevereiro, a região de Milão tinha 258 pessoas infectadas pelo vírus, e o país inteiro contabilizava 12 mortes. Com base em dados divulgados nessa quinta, a região de Milão é a mais atingida pela covid-19 na Itália, com mais de 32 mil casos de pessoas diagnosticadas e 4,5 mil óbitos — mais da metade do número registrado no país.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado