As unidades serão implantadas nos municípios de Belém, Santarém, Marabá e Breves, totalizando 720 leitos
28/03/2020 17h31 - Atualizada hoje 18h14 Por Barbara Brilhante (PGE)
Foto: Bruno Cecim / Ag.ParáO governador Helder Barbalho recebeu, no início da tarde deste sábado (28), os profissionais que irão implantar, no Estado, os quatro Hospitais de Campanha previstos para reforçar o atendimento no sistema público de saúde aos pacientes que vierem a contrair o novo coronavírus. Os técnicos chegaram nesta sexta-feira (27) de São Paulo para organizar a logística de montagem das estruturas.
"As estruturas já saíram do território paulista e estão sendo encaminhadas para as cidades onde teremos hospitais. Após concluídas, estas estruturas serão entregues às Organizações Sociais que ficarão responsáveis pela gestão das unidades", explicou o governador Helder Barbalho.
Governador e a equipe de instalação estiveram no Hangar para vistoriar o espaçoFoto: Bruno Cecim / Ag.ParáAs unidades serão implantadas nos municípios de Belém, Santarém, Marabá e Breves. Ao todo, após estruturados, elas ofertarão, juntas, 720 leitos além dos já existentes do Estado, que serão destinados a pacientes com sintomas leves ou moderados da doença, sem a necessidade de internação em Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
"Estamos diante de uma grande emergência em saúde pública e o Governo do Estado tem tomado as medidas em tempo correto e adequado para prevenir e proteger a saúde da nossa população", explicou o secretário de Estado de Saúde (Sespa), Alberto Beltrame.
Os técnicos estiveram no Hangar - Centro de Convenções, onde será montada a unidade responsável por atender pacientes da capital e de municípios das regiões Metropolitana, do nordeste paraense, do Baixo Tocantins e parte do Marajó.
Foto: Bruno Cecim / Ag.Pará"Essa estrutura logística é toda modular na qual temos bastante experiência. Iremos trazê-las prontas e aprovadas do ponto de vista hospitalar. Nossa intenção é treinar profissionais locais para participarem dessa montagem, o que tem tido muito êxito", concluiu o CEO da empresa Progen, Eduardo Barella.
A previsão é que os hospitais comecem a ser entregues a partir do dia 6 de abril à população.
Reforços - O chefe do Executivo também fez o recebimento, na tarde deste sábado (28), de 22 mil garrafas com álcool 70%, disponibilizadas pela parceria entre as empresas Pagrisa, atuante na cidade de Ulianópolis, e Micos, responsável por engarrafar o produto. Ao todo, a doação representa 45 mil litros de álcool, que já começaram a ser distribuídos na rede pública de hospitais e também aos órgãos que atuam diretamente com o atendimento ao público.
Foto: Bruno Cecim / Ag.Pará
O Estado também recebeu a doação de 2 mil cestas básicas para serem distribuídas de forma estratégica pelo Governo do Pará no trabalho de enfrentamento à covid-19. Os mantimentos foram entregues pela empresa Sococo na Ouvidoria Geral do Estado.
Viva Lácteos elaborou documento com as recomendações para o produtor que está em plena atividade no campo e não pode parar; confira!
Por Canal Rural
Foto: Prefeitura Municipal de Muriaé-MG
Com o problema do avanço do novo coronavírus, algumas ações preventivas são muito importantes para evitar o contágio e a transmissão do vírus. Uma delas refere-se ao isolamento social, mas no caso do agronegócio e mais especificamente do leite, o produtor rural precisa continuar trabalhando juntamente com seus funcionários para garantir o abastecimento deste importante alimento para a população.
Com isto, algumas medidas são muito importantes e precisam ser colocadas em prática na rotina das fazendas. Elas são simples, muito eficazes e precisam ser rigorosamente seguidas para preservar a saúde de quem vive, trabalha e visita a propriedade. Confira as dicas da Viva Lácteos para cuidados na propriedade:
1-Mantenha o acesso de pessoas externas à fazenda o mais fechado possível, permitindo apenas a entrada de pessoas rigorosamente necessárias;
2-Evite contato direto e muito próximo com as pessoas e mantenha uma distância de pelo menos um metro. Não cumprimente formalmente com as mãos e não toque em celulares e outras superfícies antes de higienizá-las com álcool 70%;
3-Solicite que o visitante utilize botas descartáveis de plástico e que lave as mãos por pelo menos 20 segundos com água e sabão e que depois as desinfete com álcool 70%;
4-Se apresentar sintomas de febre alta, tosse, falta de ar, dor de cabeça, use imediatamente máscara para evitar que a tosse e/ou espirros contaminem superfícies ou alguém, e procure atendimento médico;
5-Oriente seus funcionários a desinfetarem as mãos e superfícies de equipamentos, tratores, e outros com álcool 70%. Comunique a indústria e as autoridades de saúde, se houver algum caso suspeito.
28/03/20 17:45 ‧ HÁ 55 MINS POR NOTÍCIAS AO MINUTO
TECH COVID-19
Apandemia do novo coronavírus colocou em quarentena milhares de pessoas um pouco por todo o mundo. Um dos objetos que a população mais tem comprado é papel higiênico, mas chega a altura do isolamento em que o mesmo se acaba.
Um morador de São Francisco, nos Estados Unidos, percebeu que o stock de papel higiênico que tinha em casa estava perto de acabar e, devido à quarentena obrigatória, não pode ausentar-se da habituação para ir a um supermercado. Ainda assim, Ian Chan conseguiu só seus intentos graças a um... drone.
O morador partilhou nas redes sociais um vídeo de um drone a transportar um rolo de papel higiênico em direção ao pátio de seu apartamento. O vídeo mostra Ian Chan a puxar o rolo de papel higiênico antes do drone se afastar.
Uma maneira criativa de encher a dispensa. Confira o vídeo na imagem acima.
28/03/20 16:15 ‧ HÁ 2 HORAS POR NOTÍCIAS AO MINUTO
MUNDO COVID-19
Um funcionário da Secretaria de Estado, residente na casa de Santa Marta, onde mora o Papa Francisco, testou positivo para a covid-19, aumentando para seis os casos confirmados, informou o Vaticano.Em comunicado o diretor de comunicação do Vaticano, Matteo Bruni, esclareceu que "o Papa e os seus assessores mais próximos não estão envolvidos".
Bruni explicou que o funcionário da Secretaria de Estado, residente em Santa Marta, "teve alguns sintomas e foi colocado em isolamento" e que, "embora as suas condições de saúde não sejam particularmente críticas, como precaução, a pessoa foi internada num hospital romano sob observação".
De acordo com os protocolos de saúde estabelecidos, acrescentou o porta-voz, foi realizada a desinfeção dos ambientes, do local de trabalho e dos locais ocupados na residência, bem como rastreados os contactos efetuados pela pessoa em causa nos dias anteriores.
"Os resultados confirmaram a ausência de outros casos positivos entre os residentes na Casa Santa Marta", mas, segundo Bruni, "por precaução foram realizados 170 testes entre os funcionários da Santa Sé e os moradores da residência do Papa", os quais deram negativo.
Atualmente, segundo a agência EFE, estão contabilizadas seis pessoas infetadas pela Covid-19 entre os funcionários da Santa Sé e cidadãos do Estado da Cidade do Vaticano.
O novo corona vírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 600 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram quase 28.000.
Vice-prefeito e guardas municipais invadiram fábrica para pegar equipamentos
Por Da Redação
access_timePublicado em 28 mar 2020, 18h14
Respiradores da Magnamed em estande de exibição (Facebook/)
A Justiça Federal determinou, em medida cautelar publicada neste sábado (28), que a Prefeitura de Cotia devolvesse à fábrica de equipamentos médicos Magnamed os 35 ventiladores pulmonares confiscados pelo vice-prefeito e secretário de segurança pública da cidade, Almir Rodrigues, e guardas municipais na tarde de sexta-feira (27).
Os respiradores, utilizados em unidades de tratamento intensivo (UTIs), são considerados peças-chave no tratamento do coronavírus covid-19. No entanto, os aparelhos apreendidos pela Prefeitura de Cotia, ainda não estavam em pleno funcionamento, podendo pôr em risco a vida de pacientes, segundo nota divulgada pela Magnamed.
Em função disso, o Ministério Público Federal entrou com uma ação cautelar pedindo a devolução imediata dos respiradores para que fossem testados e certificados para que, só então, parte deles sejam destinados ao município.
Pouco antes do vice-prefeito e dos guardas municipais invadirem a fábrica da Magnamed, a Prefeitura de Cotia havia conseguido, em decisão liminar, a autorização para a compra dos equipamentos.
Em nota publicada em seu site, a Prefeitura de Cotia alegou que tentou “inúmeras vezes” concluir o processo de aquisição dos aparelhos, mas a empresa negava a entrega dos equipamentos em razão de um ofício do Ministério da Saúde(MS).
Em 19 de março, o MS enviou um ofício à Magnamed requisitando todos os produtos de seu estoque e todos os outros produzidos nos próximos seis meses. A ideia era concentrar os pedidos para que os aparelhos fossem distribuídos de acordo com o plano nacional de combate ao coronavírus. Seis dias depois, o MS enviou um novo ofício permitindo que parte do estoque fosse entregue aos estados e municípios.
“O momento atual é grave. Mas é preciso que nenhum gestor – seja prefeito, seja governador – esqueça que existe uma política nacional de enfrentamento ao covid-19”, disse Yuri Corrêa da Luz, Procurador da República autor da ação.
Prefeito de São José do Divino, Antônio Nonato Lima Gomes é a primeira morte confirmada por covid-19 no Estado
Foto: Prefeitura de São José do Divino / Divulgação
O Estado do Piauí registrou nesta sexta-feira, 27, a primeira morte por coronavírus. Trata-se do prefeito de São José do Divino, Antônio Nonato Lima Gomes, conhecido como Antônio Felícia (PT).
A Secretaria de Saúde do Estado informou neste sábado, 28, que a morte do prefeito foi causada pelacovid-19. O laboratório público estadual realizou dois exames para confirmar a presença do vírus. "Na manhã deste sábado, 28 de março, os exames do que testaram positivo para o novo coronavírus", informou o governo.O prefeito, de 57 anos, chegou a ser atendido no Hospital Dr. José Brito Magalhães, no município de Piracuruca, mas não resistiu. "Ele tinha histórico de diabetes e teve uma evolução rápida da doença", completa o governo do Estado do Piauí. ESTADÃO CONTEÚDO
De acordo com cálculos do próprio governo, o auxílio deverá ajudar 24 milhões de brasileiros. Para contemplá-los, no entanto, foi necessário um projeto especial para eles. Isso porque os planos iniciais de estímulos à economia e preservação do emprego apresentados pelo governo só previam ações para aqueles que já estavam empregados ou tinham direito a benefícios previdenciários.
Como todo projeto de lei, alguns trechos ainda podem sofrer alterações no Senado ou ser vetados pela Presidência, no momento da sanção. As medidas valem por três meses, mas podem ser prorrogadas pelo Executivo caso necessário.
O Senado deve apreciar a matéria já na segunda-feira (30), devido à urgência da situação. As outras propostas do governo federal para os demais trabalhadores também devem ser votadas em breve.
Você poderá receber três mensalidades de R$ 600 se:
Tem mais de 18 anos de idade;
Não tem acesso a benefícios previdenciários ou assistenciais como seguro-desemprego, aposentadoria ou Bolsa Família;
Não tem emprego formal em uma das seguintes condições: ser MEI (microempreendedor indidivual), contribuinte do Regime Geral da Previdência Social ou trabalhador informal inscrito no Cadastro Único do governo federal;
Tem renda familiar (renda de todos os membros da família) abaixo de três salários mínimos (R$ 3.135) ou renda per capita (por pessoa) inferior a meio salário mínimo por pessoa (R$ 522,50);
Não tiver recebido mais de R$ 28.229,70 em renda tributável (salários, etc) no ano de 2018.
Você poderá receber três mensalidades de R$ 1.200 se:
For mulher chefe de família sem companheiro, neste caso, o benefício é dobrado.
Como será feito o pagamento?
Ele deverá ser processado pelos bancos públicos, Banco do Brasil e Caixa a partir de uma conta-poupança digital, sem qualquer tipo de tarifa, ou necessidade de apresentação de documentos.
Outras medidas previstas no PL:
O INSS fica autorizado a antecipar um salário mínimo mensal para quem pedir auxílio-doença;
O Benefício de Prestação Continuada (BPC) poderia ser recebido por mais de um membro da família. No entanto, o cálculo da parcela vai levar em conta a renda familiar já somada ao BPC de quem já o recebe;
As empresas poderão descontar da contribuição patronal do INSS algumas despesas relativas ao afastamento dos empregados por conta da quarentena.
A embaixada aproveitou para criticar declarações feitas nas redes sociais contra o país, que teve atuação elogiada contra a covid-19
Foto: Reprodução Veja
Carta da China relembra que países mantém relação comercial há 11 anos
A embaixada da China no Brasil, em uma carta aberta, afirmou que está disposta a ajudar o país no combate ao coronavírus. O documento relembra que a atuação da China contra a covid-19 foi efetiva e elogiada por órgãos internacionais. E criticou ainda comentários contra o país asiático feito em redes sociais que "incitam racismo, xenofobia e até espalharam o ódio".
O documento publicado no Brasil lembrou que o combate ao coronavírus na China estabeleceu um novo padrão mundial ao conseguir frear a alta contaminação interna. Disse também que a China já enviou ajuda técnica para mais de 80 país e doou US$ 20 milhões (R$ 100 milhões) à Organização Mundial da Saúde.
"Os esforços envidados e os resultados alcançados pela China no combate à COVID-19 são altamente reconhecidos pela comunidade internacional, pelas Nações Unidas e pela Organização Mundial da Saúde, que consideram a abordagem chinesa uma referência para o mundo", ressalta.
Segundo o documento, a China está preparada e disponível para ajudar o Brasil a combater o coronavírus e lembrou da relação comercial entre os dois países. "A China e o Brasil são parceiros amigos e a China tem sido o maior parceiro comercial do Brasil por 11 anos consecutivos, assim como o seu importante parceiro no campo de investimento".
"O lado chinês está disposto a oferecer assistência dentro do seu alcance para ajudar o Brasil a vencer a COVID-19 com a maior brevidade", relata a carta aberta.
Críticas nas redes sociais
Este é o segundo incidente diplomático que acontece entre o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e a China em menos de um mês. No dia 18, o deputado falou nas redes sociais que a culpa do coronavírus era a "ditadura" chinesa. Agora, um segundo post voltou a criticar o país asiático.
Na carta oficial publicada, a embaixada da China criticou "declarações totalmente infundadas contra a China nas redes sociais". Segundo a representação chinesa, "indivíduos e grupos ignoraram fatos científicos básicos, fabricaram e disseminaram boatos maléficos, incitaram a xenofobia e racismo e até espalharam ódio".
BRASIL Lavar as mãos e manter a higiene pessoal e da casa são algumas das principais medidas para evitar a infecção respiratória.
Foto: Reprodução
Evitar aglomerações e lavar bem as mãos com água e sabão são as melhores formas de prevenir a Covid-19, doença causada pelo novocoronavírus (Sars-CoV-2). E a recomendação do Ministério da Saúde para quem está com suspeita de infecção é: isolar-se em casa, num cômodo separado de outras pessoas.
Mas, no Brasil, a pobreza extrema, a falta de saneamento básico e a precariedade das moradiassão desafios para conter a expansão do vírus.
Há dois pontos fundamentaisque indicam as dificuldades do país no enfrentamento à pandemia do coronavírus:
31,1 milhões de brasileiros (16% da população) não têm acesso a águafornecida por meio da rede geral de abastecimento; 74,2 milhões (37% da população) vivem em áreas sem coleta de esgoto e outros 5,8 milhões não têm banheiro em casa.
11,6 milhões de brasileiros (5,6% da população) vivem em imóveis com mais de 3 moradores por dormitório, o que é considerado adensamento excessivo.
Os números sobre condições de habitação são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad) de 2018 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Outra pesquisa, a Síntese de Indicadores Sociais (SIS) de 2018, também do IBGE, mostra que o país tem 13,5 milhões de pessoas na pobreza extrema (vivendo com até R$ 145 por mês).
Já os números sobre o saneamento são de 2018 e foram divulgados no início de março pelo Instituto Trata Brasil, formado por empresas que atuam no setor de saneamento e proteção de recursos hídricos. Segundo o presidente-executivo do órgão, Édison Carlos, é possível afirmar que a situação continua a mesma da época em que os dados foram coletados.
“Temos tido um avanço [no saneamento básico], mas é muito pequeno, principalmente em relação à água tratada, cuja oferta está estagnada há mais ou menos dez anos. O que o país tem investido em água tem coberto apenas o avanço demográfico, a expansão das cidades – mas não consegue atacar o déficit", afirma ele.
O Ministério da Saúde já considera que há transmissão comunitária do novo coronavírus em todos os estados brasileiros. Isso significa não é possível rastrear qual a origem da infecção – e que o vírus circula entre pessoas que não viajaram para fora do país nem tiveram contato com quem esteve no exterior.
"Como é que vai lavar as mãos se não tem água em casa?", questiona o presidente do Trata Brasil.
Édison Carlos destaca que mesmo em lugares com abastecimento de água tratada muitas vezes recebem fornecimento é intermitente, ou seja, a população não conta com água tratada em tempo integral. Segundo ele, faltam dados precisos para informar exatamente quantos domicílios brasileiros recebem água tratada 24 horas por dia, sete dias da semana, sem interrupção.
Sem água tratada o tempo inteiro
A casa da recepcionista Carla Ponce no Grande Recife está há dias sem água, e a família teme o avanço da Covid-19 no estado — Foto: Arquivo pessoal
A recepcionista Carla Ponce, moradora do bairro do Mauriti, no Cabo de Santo Agostinho, no Grande Recife, é uma dessas pessoas sem acesso a água tratada em tempo integral. Ela não tem água nas torneiras de casa desde a sexta-feira (20). Os pratos e as roupas se acumulam, mas a principal preocupação é a higienização dos moradores da residência.
“Eu tenho um reservatório, mas está com menos de dois palmos. Estamos mais preocupados por causa da pandemia que está acontecendo”, afirmou em entrevista ao G1.
Em Camaragibe, também no Grande Recife, a babá Ana Cláudia Santos enfrenta o mesmo cenário.
"É desesperador, porque eu não posso deixar a minha filha para buscar água, e tenho que reaproveitar a água do banho dela para tomar banho ou para dar descarga”, diz ela, que é mãe de uma menina de 3 anos com um tumor cerebral e está sem água em casa há 13 dias.
Reservatório de água da recepcionista Carla Ponce, que sofre com falta de água no Recife — Foto: Arquivo pessoal
Desigualdade social e regional
Édison Carlos, do Instituto Trata Brasil, chama a atenção para o fato de que a população mais vulnerável social e economicamente é, também, a que enfrenta maior escassez de saneamento.
"São pessoas que moram nas periferias das grandes cidades, em favelas, áreas de invasão, áreas rurais, no semiárido”, disse.
Considerando dados do IBGE, dos cerca de 5,8 milhões de brasileiros que não têm banheiro em casa, 4,7 milhões são pretos ou pardos – e 4 milhões não têm sequer o ensino fundamental completo.
O Nordeste – que até terça-feira (24) tinha 16% dos casos confirmados de coronavírus do país – tem a maior quantidade de gente sem fornecimento de água: são mais de 11 milhões de pessoas (37% de toda a população que não tem acesso à água).
Já o Sudeste – que tem 58% dos casos de Covid-19 – tem índices melhores de saneamento básico, mas, ainda assim, são perto de 7 milhões de pessoas sem água (21% de toda a população brasileira sem fornecimento de água) e mais de 10 milhões sem coleta de esgoto (14%).
A Agência Nacional do Petróleo (ANP) informou que a previsão é que o abastecimento de gás liquefeito de petróleo (GLP) “siga contínuo”. O órgão regulador publicou uma nota recomendando aos consumidores que evitem uma corrida às revendas para adquirir o produto, para formação de estoque em casa.
“A ANP esclarece que não há razão para corrida da população às revendas e distribuidoras de GLP para compra de botijão, para formação de estoque pelo consumidor em casa. O abastecimento com gás de cozinha está ocorrendo em todo o país. No entanto, podem ocorrer problemas pontuais, diante da situação de crise. A Agência está monitorando diariamente o mercado de combustíveis e está trabalhando para garantir o abastecimento”, esclareceu a ANP, em nota.
Troca de comando
A agência reguladora também informou, nesta sexta-feira (27), que Marcelo Castilho substituirá Aurélio Amaral na diretoria do órgão a partir do próximo dia 29. Amaral teve seu mandato concluído.
Castilho, servidor da agência, ocupava o cargo de superintendente de Desenvolvimento e Produção e ocupará uma das cadeiras no colegiado até que o nome do substituto definitivo de Amaral seja indicado pelo presidente Jair Bolsonaro e sabatinado pelo Senado.
A convocação de Marcelo Castilho, publicada nesta sexta-feira no "Diário Oficial da União" (DOU), está prevista na lista de substituição aprovada em janeiro.