quarta-feira, 18 de março de 2020

Câmara aprova projeto que proíbe exportação de produtos essenciais ao combate do coronavírus



17/03/2020 - 19:17  

Michel Jesus/Câmara dos Deputados
Ordem do dia para deliberação de vetos
Deputados aprovaram proposta em sessão desta terça-feira no Plenário
O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 668/20, que proíbe a exportação de produtos médicos, hospitalares e de higiene essenciais ao combate à pandemia do coronavírus no Brasil. A matéria será analisada ainda pelo Senado.
Ato do Poder Executivo poderá excluir itens dessa lista desde que apresente razões fundamentais e sem prejudicar a população brasileira.
Mais informações a seguir.

Reportagem – Eduardo Piovesan
Edição – Pierre Triboli
A reprodução das notícias é autorizada desde que contenha a assinatura 'Agência Câmara Notícias'.

Fonte: Agência Câmara de Notícias

Plenário aprova projeto que amplia acesso ao álcool para desinfecção



17/03/2020 - 19:42  

Michel Jesus/Câmara dos Deputados
Ordem do dia para deliberação de vetos. Presidente da Câmara dos Deputados, dep. Rodrigo Maia (DEM-RJ)
Plenário aprovou proposta que suspende efeitos de resolução da Anvisa
O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Decreto Legislativo (PDL) 87/20, do deputado Dr. Luiz Antonio Teixeira Jr. (PP-RJ), que suspende, por 90 dias, os efeitos de resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para ampliar o acesso a álcool etílico hidratado na graduação de 70% em embalagens maiores. A matéria será enviada ao Senado.
Para o autor, o insumo é importante para desinfecção e sua venda em embalagens maiores ajudará no combate à transmissão do coronavírus.
Em seguida, a sessão foi encerrada. Nova sessão deliberativa foi convocada para as 9 horas desta quarta-feira (18).
Pauta de amanhã
Os deputados tentarão votar amanhã a Medida Provisória 899/19, que regulamenta a negociação de dívidas com a União em um procedimento conhecido como transação, com descontos de até 50% e parcelamento em 84 meses.
O projeto de lei de conversão do deputado Marco Bertaiolli (PSD-SP) prevê desconto maior (70%) para micro e pequenas empresas e Santas Casas, com parcelamento em até 120 meses. O texto também cria a transação para dívidas de pequeno valor (até 60 salários mínimos) e permite o uso do mecanismo para dívidas junto ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e ao Simples Nacional sob certas condições.
Entre a noite desta terça-feira e a manhã de quarta-feira, o relator tentará um acordo com os líderes para viabilizar a votação da matéria.
Mais informações a seguir.

Reportagem – Eduardo Piovesan
Edição – Pierre Triboli
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Fonte: Agência Câmara de Notícias

terça-feira, 17 de março de 2020

Câmara aprova três projetos com medidas de combate ao coronavírus



Deputados aprovaram liberação de verba para municípios, proibição da exportação de produtos de combate ao Covid-19 e facilidade de acesso ao álcool para desinfecção
17/03/2020 - 21:05  

Michel Jesus/Câmara dos Deputados
Ordem do dia para deliberação de vetos
Deputados aprovaram as propostas em sessão do Plenário
O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (17) três projetos de lei com medidas para ajudar no enfrentamento à pandemia de coronavírus no Brasil. Todas as matérias precisam passar ainda por votações no Senado.
Por meio do Projeto de Lei Complementar (PLP) 232/19, da deputada Carmen Zanotto (Cidadania-SC) e outros, o Plenário liberou estados e municípios para usarem saldos de repasses do Ministério da Saúde de anos anteriores em serviços de saúde diversos dos previstos originalmente.
Segundo a autora, a forma de aplicação dos repasses do ministério segue lógica desenhada nos últimos anos que vincula a aplicação a programas e projetos específicos de saúde, originando o conceito de recursos “carimbados”, ou seja, com ações e serviços já predeterminados pela União.
“Isso desconsidera as diversidades locais e engessa a atuação dos municípios”, afirmou. A ideia é liberar esse dinheiro que não foi usado para que os municípios e estados melhorem as atividades de enfrentamento do coronavírus.
Critérios e requisitos
Entre as ações nas quais a Lei Complementar 141/12 permite aplicar os recursos estão vigilância em saúde, incluindo a epidemiológica e a sanitária; atenção integral e universal à saúde em todos os níveis de complexidade; produção, aquisição e distribuição de insumos específicos dos serviços de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS), tais como imunobiológicos, sangue e hemoderivados.
Entretanto, o projeto estabelece que prefeitos e governadores deverão cumprir compromissos previamente estabelecidos pela direção do SUS, incluir os recursos na programação anual de saúde e na lei orçamentária, além de informar o respectivo Conselho de Saúde.
O uso dos recursos deverá ser comprovado no relatório anual de gestão, mas não serão considerados para calcular futuros repasses financeiros por parte do ministério.
Exportações proibidas
O Plenário aprovou ainda proposta que proíbe a exportação de produtos médicos, hospitalares e de higiene essenciais ao combate à pandemia de coronavírus no Brasil enquanto perdurar a emergência em saúde pública decretada pelo governo.
O texto aprovado é um substitutivo do deputado Pedro Westphalen (PP-RS) para o Projeto de Lei 668/20, do deputado Dr. Luiz Antonio Teixeira Jr. (PP-RJ) e da deputada Carmen Zanotto.
De acordo com o texto, não poderão ser exportados, para evitar sua falta no mercado interno, os seguintes produtos:
- equipamentos de proteção individual de uso na área de saúde, como luva látex, luva nitrílica, avental impermeável, óculos de proteção, gorro, máscaras cirúrgicas e protetor facial;
- ventilador pulmonar mecânico e circuitos;
- camas hospitalares; e
- monitores multiparâmetro.
O ventilador pulmonar e os monitores são usados para casos mais graves, quando o paciente está internado e com insuficiência respiratória.
Ato do Poder Executivo poderá incluir itens, mas também excluir outros por razões fundamentais, desde que não prejudique a população brasileira.
Álcool para desinfecção
Os deputados aprovaram ainda o Projeto de Decreto Legislativo (PDL) 87/20, do deputado Dr. Luiz Antonio Teixeira Jr., que suspende artigo de resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para viabilizar a venda de álcool em embalagens maiores que as permitidas atualmente.
Segundo o autor, representantes dos supermercados pediram a liberação de embalagens maiores de álcool líquido, especialmente o com 70% de concentração (GL), que teve sua comercialização restrita pela Resolução 46/02 em virtude dos riscos de acidentes e queimaduras.
O artigo da resolução suspenso pelo projeto proíbe a comercialização de álcool com graduação acima de 54° GL em embalagens maiores que 500g e deve ser na forma de gel desnaturados.
A desnaturação consiste na adição de substâncias com sabores ou odores repugnantes a fim de impedir seu uso em bebidas, alimentos e produtos farmacêuticos sem causar danos à saúde.
O mesmo artigo determina que qualquer álcool etílico abaixo de 54° GL deverá conter desnaturante e que álcool etílico industrial  e para testes laboratoriais deverá ter sua venda restrita a uso institucional, vedada a comercialização direta ao público.

Reportagem – Eduardo Piovesan
Edição – Pierre Triboli
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Fonte: Agência Câmara de Notícias

Comissão cancela votação nesta quarta-feira da proposta que torna o Fundeb permanente



17/03/2020 - 21:28  

Luis Macedo/Câmara dos Deputados
Discussão e votação do parecer da relatora. Dep. Professora Dorinha Seabra Rezende (DEM - TO)
Professora Dorinha vai apresentar complementação de voto à proposta
Foi cancelada a votação desta quarta-feira (18) da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 15/15, que torna o Fundeb permanente. A relatora da proposta, deputada Professora Dorinha Seabra Rezende (DEM-TO), ainda vai apresentar complementação de voto, com algumas das alterações sugeridas durante as discussões na comissão especial que analisa o tema.
Os deputados encerraram a discussão da PEC na semana passada. Entre as alterações já incluídas pela relatora até agora está o aumento da participação da União no aporte de recursos para o fundo, dos atuais 10% para 20% em 2026. Já em 2021 a União seria responsável por 15% do Fundeb e, a partir daí, o aumento é de 1 ponto percentual a cada ano, até chegar em 20% em cinco anos.
Veja também: mais da metade dos recursos do Fundeb vai para BA, MA e CE
Ainda não foi convocada nova reunião da comissão. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, incluiu a PEC do Fundeb entre as prioridades que podem ir à votação no Plenário da Câmara na semana que vem.
Saiba mais sobre a tramitação das propostas de emenda à Constituição

Da Redação – GM
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Fonte: Agência Câmara de Notícias

Câmara aprova sistema de votação remota de projetos




17/03/2020 - 21:51  

Michel Jesus/Câmara dos Deputados
Ordem do dia para deliberação de vetos
O novo sistema de votação é uma das ações da Câmara para conter o coronavírus
O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (17) o Projeto de Resolução 11/20, da Mesa Diretora, que institui a discussão e votação remota de proposições. O texto já foi promulgado como resolução e deve ser regulamentado em 72 horas.
O projeto cria o Sistema de Deliberação Remota (SDR), que estará disponível na próxima semana a partir de desenvolvimento da Diretoria de Inovação e Tecnologia da Informação da Câmara.
A intenção é diminuir a necessidade de presença dos parlamentares no Plenário Ulysses Guimarães para as votações, a fim de evitar o contágio pelo coronavírus.
Nas votações, poucas pessoas poderão estar no Plenário, como membros da Mesa, alguns servidores e líderes partidários.
As sessões, apesar de continuarem com a cobertura pelos órgãos de comunicação da Casa (TV Câmara, Rádio Câmara e Agência Câmara), serão consideradas virtuais. Já as reuniões de comissões serão suspensas nesse período.
Segundo a resolução, o presidente da Câmara dos Deputados determinará que as deliberações presenciais sejam retomadas tão logo o deslocamento dos parlamentares entre Brasília e seus estados e a realização de sessões e reuniões dos órgãos da Casa sejam, a seu juízo, compatíveis com as recomendações do Ministério da Saúde.
Sigilo do voto
O SDR terá como base uma ou mais plataformas que permitirão o debate com áudio e vídeo entre os parlamentares em sessões públicas, mantida a hipótese de sessão secreta para deliberar sobre casos excepcionais previstos na Constituição, como projeto de fixação ou modificação dos efetivos das Forças Armadas; declaração de guerra ou acordo de paz; e passagem de forças estrangeiras pelo território nacional, ou sua permanência nele.
O sistema deverá preservar o sigilo do voto até o momento da totalização da votação e não poderá haver o trânsito de dados biométricos de parlamentares pela internet. O processo de votação, a totalização dos votos e o registro dos resultados de votação proclamados ocorrerão integralmente em sistemas institucionais da Câmara dos Deputados.
Para viabilizar os debates com áudio e vídeo, poderão ser usadas plataformas comerciais, desde que atendam aos requisitos definidos e sejam homologadas pela Casa.
A participação no processo de votação dependerá de habilitação prévia de smartphone do parlamentar, com sistema operacional iOS ou Android. O SDR exigirá verificação em duas etapas para a primeira autenticação do dispositivo que será utilizado pelo parlamentar e terá de permitir o acesso simultâneo de todos os deputados e da Secretaria-Geral da Mesa, que exercerá a mediação da sessão sob o comando direto do presidente da Câmara.
A Diretoria de Inovação colocará à disposição do deputado e das equipes de lideranças uma central de atendimento para ajudar na solução de problemas técnicos ou dúvidas.
Sem obstrução
A resolução prevê que as sessões convocadas pelo SDR deverão tratar, preferencialmente, de assuntos relacionados à emergência de saúde pública internacional do coronavírus.
Se houver concordância das lideranças do governo, da Maioria, da Minoria e da Oposição e de líderes que representam dois terços dos membros da Casa, poderá ser atribuído a propostas o regime de urgência para inclusão na pauta e votação subsequente.
Neste caso, não poderão ser usados mecanismos regimentais de obstrução, como pedidos de retirada de pauta, de adiamento da discussão ou votação, de discussão ou votação parcelada ou votação nominal, requerimentos de destaque simples (de autoria individual de deputado) ou de quebra de intervalo para nova votação nominal.
Ficam garantidos os requerimentos de destaque de bancada e de emendas de Plenário.
Quando ocorrer essa situação de concordância entre os partidos, a sessão poderá ser prorrogada pelo tempo necessário à conclusão da apreciação dos itens da pauta. Atualmente, o Regimento Interno permite a prorrogação de sessões extraordinárias por uma hora após quatro horas de duração normal.
Caso sejam incluídas matérias que não contem com esse entendimento amplo, todos os requerimentos serão admitidos e a duração da sessão seguirá a regra de quatro horas mais uma de prorrogação.
As sessões realizadas com o mecanismo do SDR deverão ser convocadas com antecedência mínima de 24 horas, exceto se realizadas em sequência.
Senha pessoal
A resolução prevê também que, se o parlamentar permitir o acesso de terceiro a sua senha pessoal ou ao dispositivo cadastrado para registrar seu voto, “importará em procedimento incompatível com o decoro parlamentar”.
A exceção é para parlamentares com deficiência, quando isso seja indispensável para poderem fazer uso adequado do sistema.

Reportagem – Eduardo Piovesan
Edição – Pierre Triboli
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Fonte: Agência Câmara de Notícias

Governo pedirá ao Congresso que reconheça estado de calamidade pública



Reconhecimento da calamidade pública dispensa a União de atingir a meta de resultado fiscal prevista em lei
17/03/2020 - 22:06  

Beto Barata/Presidência da República
Brasília - monumentos e prédios públicos - Palácio do Planalto
Em nota, Planalto cita a necessidade de elevação dos gastos públicos
O governo federal informou que solicitará ao Congresso Nacional o reconhecimento de Estado de Calamidade Pública. A medida, divulgada por meio de nota da Secretaria Especial de Comunicação da Presidência da República, terá efeito até 31 de dezembro de 2020.
“Em virtude do monitoramento permanente da pandemia Covid-19, da necessidade de elevação dos gastos públicos para proteger a saúde e os empregos dos brasileiros e da perspectiva de queda de arrecadação, o governo federal solicitará ao Congresso Nacional o reconhecimento de Estado de Calamidade Pública", diz a nota.
"O reconhecimento do estado de calamidade pública tem suporte no disposto no art. 65 da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que dispensa a União de atingir a meta de resultado fiscal prevista na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e, em consequência, da limitação de empenho prevista na LRF", prossegue.
Na nota, o governo reafirma ainda seu compromisso com as “reformas estruturais” e a “manutenção do teto de gastos”, necessários para garantir confiança e investimentos e recuperar o crescimento da economia.​

Reportagem - Geórgia Moraes
Edição - Wilson Silveira
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Fonte: Agência Câmara de Notícias

Comissão mista aprova MP do Contrato Verde e Amarelo



Oposição havia pedido adiamento em razão do coronavírus. Deputados da base acreditam que medida vai ajudar a sair da crise
17/03/2020 - 22:20  

Jane de Araújo/Agência Senado
Com máscaras de proteção, o vice-presidente da comissão, deputado Lucas Vergílio (E), e o relator, deputado Christino Áureo
A oposição protestou, mas a comissão mista da medida provisória do contrato verde e amarelo (MP 905/19) aprovou o parecer do relator, deputado Christino Áureo (PP-RJ). Os parlamentares da oposição lembraram que nem todos os membros estavam presentes na reunião porque estão afastados em função do risco de serem infectados pelo novo coronavírus. São parlamentares com mais de 65 anos ou com doenças preexistentes.
Mas os defensores da MP argumentaram que as mudanças são importantes para enfrentar a crise econômica provocada pela pandemia.
A MP, entre outras medidas, reduz encargos e direitos trabalhistas para facilitar a contratação de jovens entre 18 e 29 anos e pessoas com mais de 55 anos que estão há um ano sem emprego. Os contratos serão de dois anos e o salário máximo de R$ 1.567,50.
O senador Rogério Carvalho (PT-SE) fez um apelo ao presidente da comissão, senador Sérgio Petecão (PSD-AC), para que pedisse a suspensão do prazo da MP:
“Nós estamos diante de um quadro em que as pessoas que não têm emprego, que vivem de subemprego, que trabalham por conta própria; sequer têm a quem recorrer. E nós estamos diante da votação de uma medida que vai agravar essa situação. Então eu sugiro ao presidente e ao relator que nós suspendamos os prazos de tramitação de todas as medidas provisórias para que a gente possa reavaliar isso em um outro momento, numa outra conjuntura, outra circunstância”, observou.
O deputado Bira do Pindaré (PSB-MA) também criticou a continuidade da reunião no atual momento do País. Outra crítica foi ao tempo até que fosse alcançado o quórum da votação inicial. A reunião da comissão durou cerca de três horas.
“Nós não podemos repetir a postura do presidente da República que, em vez de seguir orientação do próprio Ministério da Saúde, foi neste final de semana para a praça pública cumprimentar seus apoiadores, contrariando todas as orientações”, disse.
Já a deputada Bia Kicis (PSL-DF) afirmou que as comissões têm titulares e suplentes justamente para substituição quando necessário. Ela se referia aos parlamentares que precisam faltar em função do novo coronavírus.
“Há destaques da oposição para serem votados, podem ser apreciados aqui, podem até ter sucesso. Agora, ficar levantando obstrução e até querer fazer nominal de todas as votações, eu acredito que seja um grande desserviço ao Brasil neste momento”, disse.
Crise econômica
O deputado Felício Laterça (PSL-RJ) disse que a MP vai ajudar a contornar a crise econômica:
“Maior do que o receio do coronavírus é o receio da nossa economia afundar de vez. Tem um murmurinho aqui dizendo que já foi. Então querem piorar. E sobre a saúde dos parlamentares, vou trazer aqui o que foi decidido na Câmara pelos líderes: aprovar projeto de resolução para votação por aplicativo. Até lá, os líderes votam por acordo os textos que envolvam o coronavírus esta semana”, observou.
Logo após a votação do texto geral do relator, a oposição cobrou o cumprimento de um acordo feito na comissão para que a votação dos destaques ao texto fosse nominal. Em troca, a oposição teria aceitado retirar requerimentos de obstrução. Mas os parlamentares favoráveis à MP não aceitaram, afirmando que a oposição não quis participar da primeira votação nominal. O presidente Sérgio Petecão concordou então com as votações simbólicas.
Vale-transporte
Foi aprovada uma emenda ao relatório que proíbe a negociação do pagamento do vale-transporte em acordos coletivos entre patrões e empregados.
Saiba mais sobre a tramitação de medidas provisórias

Reportagem – Sílvia Mugnatto
Edição – Roberto Seabra
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Fonte: Agência Câmara de Notícias

Especialistas sugerem critérios para enquadramento de startups na legislação



Para debatedores, marco legal do setor deve reduzir burocracia e deixar claro que as startups estão ligadas à “inovação digital”
17/03/2020 - 22:28  

Por meio de teleconferência, comissão especial da Câmara dos Deputados recebeu nesta terça-feira (17) sugestões de empreendedores para o projeto de lei complementar que vai criar o marco legal das startups, pequenas empresas focadas no desenvolvimento de produtos e serviços inovadores (PLP 146/19). Uma das dúvidas da futura legislação é quanto à abrangência do conceito de startup.
Cleia Viana/Câmara dos Deputados
Audiência Pública. Dep. Vinicius Poit (NOVO - SP)
Poit: Brasil precisa acreditar na boa-fé do empreendedor
O subsecretário de inovação do Ministério da Economia, Igor Nazareth, concordou com o conceito mais genérico presente na proposta em análise na Câmara, mas sugeriu novos parâmetros para o enquadramento das empresas do setor.“É importante o projeto incluir a necessidade de se informar o faturamento, o tempo de abertura e a autodeclaração, ou seja, aquela empresa dizer que ela é uma startup”, declarou.
Especialistas afirmaram que a futura lei deve deixar claro que as startups estão ligadas à “inovação digital”. A Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia (Amobitec) – que reúne empresas como Uber, 99 e iFood – sugeriu que a legislação também leve em conta que o modelo de negócio das startups é de risco, baseado na “lucratividade incerta”.
Menos burocracia
A Câmara e-net, entidade que representa grande parte do comércio digital do País, pediu segurança jurídica, redução da burocracia e menor “complexidade trabalhista”. Representante da Dínamo, associação focada em políticas públicas em prol das startups, Rodrigo Afonso ressaltou que questões setoriais muito específicas devem ficar fora do marco legal para não engessá-lo.
O presidente da Associação Brasileira das Empresas de Softwares (Abes), Rodolfo Fücher, pediu tributação e relações trabalhistas “simples e seguras”, inclusão dos microempreendedores individuais (MEI) nas plataformas digitais e linhas de crédito do governo iguais às destinadas às micro e pequenas empresas.
Relatório
Relator da comissão especial, o deputado Vinícius Poit (Novo-SP) afirmou que vai analisar com cuidado as sugestões apresentadas hoje. “A discussão entre uma descrição de startup abrangente ou restritiva estava na fala de todos os palestrantes. É algo que a gente tem de levar em conta e buscar o equilíbrio”, destacou. “A autodeclaração foi citada como um dos critérios. O Brasil precisa acreditar na boa-fé do empreendedor.”
Poit acrescentou que a ideia, com o marco legal, é criar condições favoráveis para as startups, o que contribuirá para o crescimento econômico do País.
Teleconferência
O presidente da Associação Brasileira de Startups, Amure da Rocha e Silva, ressaltou que as empresas do setor necessitam de apoio sobretudo na fase inicial de operação, quando estão mais vulneráveis. Amure citou a própria teleconferência da Câmara dos Deputados como exemplo de inovação surgida de startups e fundamental em tempos de crise, como no atual caso de propagação do coronavírus.
“Para o futuro, a gente precisa apostar no nosso cérebro empreendedor e na forma como a gente transforma um país por meio da inovação”, argumentou. “Nesse mundo, as startups são protagonistas. Os empreendedores aprendem de um jeito diferente que ainda não está nos colégios nem nas universidades.”
O presidente da comissão especial, deputado João Roma (Republicanos-BA), destacou o empenho de parlamentares, palestrantes e do público em debater o marco legal das startups por meio da audiência digital. “Pela iniciativa e pela eficácia dessa ação que estamos utilizando aqui, já recebemos muitos elogios dos demais colegas deputados e também de quem está nos acompanhando”, disse.
O deputado Fábio Trad (PSD-MS) participou da audiência de casa, já que cumpre isolamento por ter mantido contato com o irmão, senador Nelsinho Trad (PSD-MS), já diagnosticado com coronavírus. Vinícius Poit lembrou que várias empresas que começaram como startups, como Facebook, iFood e Uber, por exemplo, já se mobilizam para criar uma espécie de fundo de auxílio a seus funcionários diante das incertezas com o coronavírus.

Reportagem – José Carlos Oliveira
Edição – Marcelo Oliveira​
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Fonte: Agência Câmara de Notícias

Cancelada votação nesta quarta-feira da MP da Regularização Fundiária



17/03/2020 - 22:29  

Marcos Oliveira/Agência Senado
Relatório do senador Irajá (E) será votado em nova data, a ser anunciada
Foi cancelada a reunião desta quarta-feira (18) em que estava prevista a votação da Medida Provisória 910/19, que estabelece novos critérios para a regularização fundiária de imóveis da União e do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). A nova data de votação ainda será anunciada.
O relatório foi apresentado pelo senador Irajá (PSD-TO) em 12 de março, quando vários parlamentares pediram vista para debater o texto final.
A regularização de que trata o texto da MP inclui assentamentos ocupados até maio de 2014, com área de até 15 módulos fiscais. O governo argumenta que beneficiará cerca de 300 mil famílias. O módulo fiscal é uma unidade fixada para cada município pelo Incra, variando de 5 a 110 hectares.
A medida provisória recebeu 542 emendas, das quais 21 foram aceitas e incorporadas pelo senador Irajá.

Da Redação
Com informações da Agência Senado
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Fonte: Agência Câmara de Notícias

Horário de atendimento será alterado nos Postos do Detran-DF



A partir desta quarta-feira (18), o horário de funcionamento dos Postos do Detran será das 12h às 18h, de segunda a sexta-feira. A medida visa evitar a disseminação do coronavírus



O Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF) adotará medidas de prevenção no âmbito do atendimento ao público. A medida se dá em cumprimento aos Decretos nº 40.519/20 e nº 40.520/20, do governador Ibaneis Rocha, que dispõe sobre as medidas para enfrentamento de emergência de saúde pública de importância internacional decorrentes do novo coronavírus (Covid-19).
A partir desta quarta-feira (18), o horário de funcionamento dos Postos do Detran será das 12h às 18h, de segunda a sexta-feira. Os guichês do Detran nas unidades do Na Hora seguirão os horários definidos pela Secretaria de Justiça.
Para agilizar o atendimento ao cidadão, serão disponibilizados servidores para o recebimento exclusivo de documentação. O usuário que precisar protocolar recurso de multa, indicar condutor responsável pela infração, licenciar veículos, solicitar segunda via de CNH definitiva, dentre outros serviços, deverá preencher um formulário e entregar no balcão. Após a análise da solicitação, o Detran entrará em contato para informar sobre o andamento do serviço, em até 72 horas.
Para os serviços relativos ao setor de habilitação, está suspensa a abertura de processo de primeira habilitação, e análise e reconhecimento de carteiras de habilitação de estrangeiros. 
Serviços
Para serviços relativos ao setor de veículos, o formulário estará disponível no local, e também, no site do Detran-DF, no menu serviços – informações – formulários – requerimentos – termo de responsabilidade – serviço de veículo. O CRLV e o CRV não serão emitidos nos Postos de Atendimento, porém, serão enviados pelos Correios. Lembrando que é possível obter o CRLV em formato digital (CRLV-e) por meio do aplicativo da Carteira Digital de Trânsito (CDT), do Denatran.
O Portal de Serviços do Detran é uma alternativa de atendimento ao cidadão pela internet. Por meio da ferramenta é possível ter acesso a 14 serviços online, basta realizar o cadastro. Quem tiver dúvidas sobre os serviços do portal poderá saná-las pelo telefone 154.  
A previsão é de que todos os serviços e atividades do Departamento sejam normalizados no dia 1º de abril, caso permaneçam os prazos estabelecidos pelos Decretos. As informações atualizadas serão divulgadas no site da Autarquia.
*Com informações do Detran

Ambev doará álcool em gel para hospitais públicos



Empresa de bebidas calcula em 500 mil unidades de álcool gel a serem distribuídas no DF, no Rio e em São Paulo



O Distrito Federal receberá um importante reforço no combate e na vigilância à pandemia de Covid-19 provocada pelo novo coronavírus. Uma empresa fabricante de cerveja fará doação de álcool em gel para hospitais públicos.
A iniciativa da Ambev – que domina o mercado de cervejas no país com as marcas Bohemia, Brahma, Skol e Antarctica – rendeu elogio do governador do DF, Ibaneis Rocha, que gravou uma mensagem de agradecimento como retribuição pela ajuda (veja também no vídeo abaixo).
“Só nos cabe agradecer à Ambev e ao seu diretor-presidente, Jean Jereissati. Estou, em nome de toda a população do Distrito Federal e da rede hospitalar, agradecendo a colaboração desse grupo empresarial tão importante pela sensibilidade em relação a essa situação pela qual passa Brasília. A medida será recompensada com o carinho da população. Gesto de grandeza”, enalteceu.
Veja mais no vídeo:
A empresa especializada na fabricação de bebidas agora usará suas linhas de produção em Piraí (RJ) para fabricar etanol e garrafas com o objetivo de distribuir 500 mil unidades de álcool gel. Além do Distrito Federal, também serão contempladas unidades hospitalares de São Paulo e Rio de Janeiro.
Estes estados foram escolhidos pela empresa porque concentram a maioria dos casos da doença. A Ambev também fará a logística de entrega do álcool nos hospitais. A produção se dividirá em 5 mil unidades para cada hospital público dessas regiões.
A Ambev explica ter tomado a decisão de cooperar devido ao aumento da demanda de álcool em gel nos últimos dias, em virtude dos multiplicação dos casos de infecção. Em algumas farmácias do DF, por exemplo, já não se encontra o produto.
Em nota divulgada, a empresa esclarece que a embalagem do líquido em garrafas se deve ao fato de que “o vasilhame não está em falta”. Ainda segundo a nota, “o álcool virá do mosto utilizado para produção de cervejas e do álcool retirado da Brahma 0,0”. O mosto é uma mistura açucarada usada na fermentação alcoólica.
Executivo da Ambev, Jean Jereissati disse que pensou em uma forma de ajudar o brasileiro a passar por essa situação de pandemia e voltar a ser quem era: de povo socializado e hospitaleiro. A resposta veio a toque de caixa.
O diretor-presidente conta ter percebido que daria para aproveitar o álcool produzido em suas fábricas para produzir o álcool em gel, uma das principais proteções individuais contra o coronavírus. “A gente está feliz de trazer essa solução e dar nossa contribuição ao país, ajudando a resolver essa demanda”, destaca Jean.
Otimista, o empresário já aponta para um futuro de normalidade. Mas faz uma ressalva: “O mais fundamental do nosso negócio é a capacidade de você socializar, reunir os amigos, tomar cerveja. Mas o certo agora é se proteger.”

Times de futebol de BH suspendem atividades por causa do coronavírus



Atlético, América e Cruzeiro resolveram suspender as atividades a partir desta quarta-feira (18) como forma de prevenção contra a doença

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Atividades na Cidade do Galo, em Vespasiano, estão suspensas

Atividades na Cidade do Galo, em Vespasiano, estão suspensas

Divulgação/Atlético-MG
Os três clubes de futebol de Belo Horizonte - Atlético, América e Cruzeiro - decidiram suspender as atividades nos centros de treinamento como forma de prevenção ao coronavírus. O Campeonato Mineiro foi suspenso por tempo indeterminado pela FMF (Federação Mineira de Futebol) há duas rodadas para o fim da primeira fase. 
O Atlético Mineiro, que já tinha suspendido as atividades das categorias de base, decidiu estender a medida para "todas as atividades do futebol profissional" a partir desta quarta-feira (18). A medida é por tempo indeterminado.
O América também decidiu interromper as atividades do time profissional no CT Lanna Drummond, a partir desta quarta-feira (18), com duração inicial até a próxima segunda-feira (23). Segundo a assessoria do clube, a direção "avaliará a situação da pandemia do Covid-19 de forma constante". 
"Cabe ressaltar que não houve nenhum caso suspeito de infecção envolvendo atletas ou funcionários do América. Contudo, o Departamento Médico do Clube sugeriu que todas as atividades sejam suspensas como medida preventiva diante do cenário de evolução da pandemia. O América priorizará a preservação da saúde de seus atletas e demais colaboradores", informou o clube, por meio de nota.
Já o Cruzeiro, que já tinha determinado a liberação de atletas e funcionários das categorias de base e futebol feminino e restringir o acesso de visitantes e imprensa à Toca da Raposa 2, estendeu a prevenção. 
Agora, as atividades dos clubes sociais do Barro Preto e da Pampulha foram suspensas até o fim do mês, assim como as aulas do Departamento de Esportes Especializados.
O Cruzeiro determinou ainda que colaboradores em grupo de risco deverão trabalhar de forma remota. "Os demais funcionários, de todas as sedes, trabalharão em "home office" ou em regime de escala, a fim de evitar a grande aglomeração de pessoas nos setores".
Os jogadores do time profissional serão liberados após um encontro com o novo diretor de futebol do clube, Ricardo Drubscky, na manhã desta quarta (18).
R7 MINAS GERAIS