terça-feira, 28 de janeiro de 2020

Governo da China confirma 132 mortes pelo coronavírus




No total, o número de casos registrados na China está perto dos 6 mil; EUA fretaram voo para retirar pessoal diplomático do país

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Chineses fazem fila para comprar máscaras, na tentativa de se proteger

Chineses fazem fila para comprar máscaras, na tentativa de se proteger

Jerome Favre / EPA - EFE - 28.1.2020
A Comissão Nacional de Saúde da China confirmou nesta terça-feira (28) que o número de mortos pelo coronavírus subiu para 132. O total de infectados pela doença também subiu, para 5,974 pacientes.
Com o surto, muitos países estão correndo para retirar seus cidadãos da China antes que mais cidades sejam fechadas pelo governo.

EUA retiram diplomatas do país

Um avião com funcionários diplomáticos dos Estados Unidos e outros cidadãos do país decolou na cidade de Wuhan, na China, o epicentro da epidemia de coronavírus que gerou preocupação mundial, informou à Agência Efe um porta-voz do Departamento de Estado americano.
O avião deve chegar ao Aeroporto Internacional de Ontário, no estado da Califórnia e perto de Los Angeles, mas não há confirmação oficial das autoridades americanas, segundo David Wert, porta-voz do condado de San Bernardino, onde fica o terminal aéreo.
"Estamos preparados para que, se eles chegarem aqui, possamos prestar toda a assistência de que possam precisar e separá-los do resto da população", disse Wert.

Banana Roxa: Você conhece?

ALIMENTAÇÃO



Banana São Tomé: A mais exótica  tem casca roxa, mas há também outro tipo, de casca amarela, ambas curtas e de diâmetro amplo.

A polpa é doce, amarelada e exala um cheiro forte, sendo por isso mais indicada para fritar ou cozinhar. 

É rica em carotenóides, chegando próxima aos valores encontrados na cenoura. 
Seu nome remete à sua origem africana, de São Tomé e Príncipe, mas é também conhecida como banana roxa, banana curta e banana do paraíso.




Fonte Texto: frutasjaguare - Imagens: Google

Brasil bate recorde e atinge pela primeira vez US$ 1 bilhão em exportação de frutas

AGRONEGÓCIO

Exportações de banana cresceram 24,8% em volume, gerando US$ 24,4 milhões (Foto: reprodução)

O Brasil fechou 2019 batendo recorde nas exportações de frutas. Pela primeira vez, o país atingiu US$ 1 bilhão em negócios, segundo dados do Ministério da Agricultura. As exportações superaram 1 milhão de toneladas, volume 14,7% superior ao registrado em 2018.
O resultado foi atingido quando consideradas as vendas de nozes e castanhas, cujo volume exportado caiu 15,6% no período, para US$ 160,12 milhões (26,3 mil toneladas). Dentre as frutas com maior crescimento, a banana se destacou. Foram 79,4 mil toneladas exportadas, aumento de 24,8% ante 2018, gerando divisas de US$ 24,4 milhões (avanço de 19,1%).

Os países árabes se destacaram entre os destinos com maior crescimento. Só para o Barein, foram 1,8 toneladas em 2019 ante 37 quilos em 2018. “Está aparecendo muita especulação sobre o Oriente Médio para exportação. Então, os produtores brasileiros têm trabalhado muito forte para estarem devidamente capacitados para fornecer o produto”, observa o produtor Eduardo Correia, do sul de São Paulo.
Com 800 hectares plantados no Vale do Ribeira e uma produção de cerca de 45 toneladas por hectare, Correia se organiza para começar a exportar bananas ainda neste ano. “Acredito que, nos próximos meses, principalmente a partir do segundo semestre, a gente vai exportar muita coisa para o Oriente Médio”, projeta o produtor, que também tem negociado o envio da fruta para a Argentina.

Espaço no Mercosul

Segundo a Conab, o Mercosul também foi um destino importante para a banana brasileira no último ano. Em seu relatório mensal de acompanhamento do setor, o Prohort, a instituição lembra que a instabilidade política e econômica em grandes produtores da região, como Bolívia, Equador e Chile, tem favorecido o Brasil. 

Mamão
“Isso abriu uma brecha para brasileiros aumentarem seus envios a grandes países consumidores, como Argentina”, explica a Conab. As exportações para o país cresceram 8% em volume em 2019, para 26,7 mil, toneladas.
(Foto: Pxhere/CreativeCommons)
A situação política entre os parceiros comerciais do Mercosul também contribuiu para o resultado positivo nas exportações de mamão, embora em menor intensidade. Foram 43,3 mil toneladas exportadas, avanço de 1,5% e volume recorde nos últimos 20 anos, segundo a Conab. Em faturamento, contudo, houve queda de 7,5% nas exportações, para US$ 46,3 milhões.
Para este ano, com o dólar em alta, a expectativa é de recuperação. “A nossa perspectiva é de crescimento. Com o câmbio favorável à exportação, a gente reduz um pouco o preço da mercadoria e aumenta o volume, conseguindo maior participação no mercado”, explica Rodrigo Martins, produtor com 800 hectares plantados de mamão distribuídos entre Espírito Santo, Rio Grande do Norte e Ceará.

Melancia

Outra fruta com forte aumento nos embarques no último ano foi a melancia. Foram 102,86 mil toneladas, avanço de 52% ante igual período de 2018, a um valor de US$ 43,9 milhões, alta de 38,36% na mesma comparação.
De acordo com Luiz Roberto Barcelos, maior produtor do país e presidente da Abrafrutas, as exportações foram favorecidas pela quebra da safra espanhola na Europa, atingida pelo forte calor no verão seguido de chuvas acima da média. “A nossa janela de exportação, então, começou mais cedo. Ela ampliou. E, por isso, a gente acabou tendo uma exportação melhor”, explica o produtor.
Além das circunstâncias climáticas da Europa, Barcelos também destaca a baixa atratividade do mercado interno brasileiro, com consumo ainda enfraquecido, e a valorização do dólar ao longo do último ano como catalisadores das exportações brasileiras de frutas.

Melão

Para o próximo ano, Barcelos destaca o potencial de exportação do melão após a abertura do mercado chinês. No último ano, foram 251,64 mil toneladas enviadas ao mercado internacional, aumento de 27,34% em volume e de 17,9% em faturamento (US$ 160,4 milhões).
Com 300 hectares plantados no Rio Grande do Norte e uma produção de 7,5 toneladas, Roberto Martorelli está animado com a possibilidade de vender para o maior consumidor mundial de melão.

Fonte: GR

Dívida pública fecha 2019 em R$ 4,249 trilhões



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 Marcello Casal Jr./Agência Brasil

Valor está dentro da meta do governo

Publicado em 28/01/2020 - 15:00
Por Wellton Máximo - Repórter da Agência Brasil  Brasília
A Dívida Pública Federal – que inclui o endividamento interno e externo do Brasil – fechou 2019 em R$ 4,249 trilhões, informou hoje (28) a Secretaria do Tesouro Nacional, do Ministério da Economia. O valor representou aumento de 9,59% em relação a 2018, quando a dívida era de R$ 3,877 trilhões.
O valor representou alta de 1,03% em relação a novembro, quando a dívida era de R$ 4,205 trilhões. Apesar do aumento, foi cumprido o Plano Anual de Financiamento (PAF) de 2019, que estabelece que a dívida pública poderia fechar o ano passado entre R$ 4,1 trilhões e R$ 4,3 trilhões.
A Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi), que é a parte da dívida pública no mercado interno, teve o estoque ampliado em 1,22% em dezembro, passando de R$ 4,034 trilhões para R$ 4,083 trilhões. Esse crescimento da dívida ocorreu por causa da apropriação positiva de juros, no valor de R$ 30,26 bilhões (quando os juros da dívida são incorporados ao total mês a mês), e pela emissão líquida de R$ 19,07 bilhões (quando o Tesouro emitiu mais títulos do que resgatou).
O estoque da Dívida Pública Federal Externa (DPFe), captada do mercado internacional, caiu 3,4%, encerrando dezembro em R$ 165,68 bilhões, ou US$ 41,10 bilhões, sendo R$ 150,37 bilhões (US$ 41,1 bilhões) referentes à dívida mobiliária (em títulos no mercado internacional) e R$ 15,31 bilhões (US$ 3,8 bilhões), à dívida contratual (com bancos e organismos internacionais).
A variação do endividamento do Tesouro pode ocorrer por meio da oferta de títulos públicos em leilões pela internet (Tesouro Direto) ou pela emissão direta. Além disso, pode ocorrer assinatura de contratos de empréstimo para o Tesouro, tomado de uma instituição ou de um banco de fomento, destinado a financiar o desenvolvimento de uma determinada região. A redução do endividamento se dá, por exemplo, pelo resgate de títulos.
Em dezembro, os maiores detentores da dívida pública eram os fundos de investimentos (26,68%). O estoque desse grupo passou de R$ 1,065 trilhão para R$ 1,089 trilhão de novembro para dezembro.
Em seguida, estão os fundos de Previdência, com uma fatia de 24,89%; as instituições financeiras, com 24,69%; os investidores estrangeiros (10,43%); o governo (3,97%); as seguradoras (3,94%) e outros (5,41%).
Edição: Fernando Fraga

Justiça anula decreto de tombamento da Casa da Morte, em Petrópolis



Publicado em 28/01/2020 - 16:56
Por Douglas Corrêa - Repórter da Agência Brasil  Rio de Janeiro
A 20ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro declarou nulo o decreto municipal de tombamento do imóvel que ficou conhecido como Casa da Morte, em Petrópolis, região serrana do estado. O lugar foi apontado como centro de torturas em depoimentos de opositores ao regime militar que se instalou no país em 1964.
Na decisão, tomada por maioria, os desembargadores entenderam que o Conselho Municipal de Tombamento Histórico e Cultural deixou de observar a disposto no Artigo 15 da Lei Municipal nº 4.182/83, que estabelece a necessidade de haver quórum legal para a aprovação da medida. Composto por nove integrantes, o conselho aprovou o tombamento por maioria simples (4 a 3), adotando como base de cálculo o número de presentes. Como dois integantes do Conselho Municipal de Tombamento não participaram da votação, o decreto de tombamento da Casa da Morte foi anulado pela Justiça.
No julgamento do mandado de segurança, apresentado pelos atuais proprietários do imóvel contra o decreto de tombamento (nº 610/2018), homologado pelo prefeito do município, a 20ª Câmara Cível levou em conta o descumprimento da legislação municipal em vigor. Em nenhum momento, os magistrados entraram no mérito se era ou não cabível o tombamento do local.
De acordo com a decisão que anulou o decreto, "é de competência do Conselho Municipal de Tombamento Histórico e Cultural de Petrópolis a deliberação do tombamento, cabendo ao Judiciário o controle formal do processo de votação, de modo a preservar a aplicação da lei". A relatora do processo foi a desembargadora Maria da Glória Oliveira Bandeira de Mello.
Edição: Juliana Andrade

Obras de revitalização na W3 Sul são concluídas




Melhorias são resultado de trabalho conjunto de órgãos do GDF e visam atender a um amplo perfil de usuários das quadras 511 e 512



Com a pintura das vagas de estacionamento nas quadras 511 e 512 Sul, o Governo do Distrito Federal cumpre integralmente um dos primeiros compromissos estabelecidos no início desta gestão: a revitalização de quadras na via W3 Sul. As intervenções são resultado de um trabalho conjunto de diversos órgãos, como Secretaria de Obras, Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap) e Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh).
O projeto de melhoria, elaborado pela Coordenação de Projetos da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh), levou em consideração a demanda de um perfil amplo de usuários da quadra, desde pedestres e condutores de veículos.
Em relação aos estacionamentos, o projeto previu a organização das vagas, por meio da colocação de piso intertravado, e a demarcação das vagas, inclusive para motos, idosos, pessoas com deficiência e áreas de carga e descarga.
“Queremos retomar a via como importante centro comercial do DF”Luciano Carvalho, secretário de Obras
Buscou-se, também, estimular o fluxo de pedestres pela quadra. Nesse sentido, a largura mínima estabelecida foi de 2 metros de largura para as calçadas voltadas à W3 Sul, e de 1,2 metro para as que dão acesso às vias laterais. A intenção é fortalecer a acessibilidade também na W2 Sul, segundo a responsável pela Coordenação de Projetos (Coproj), Anamaria Aragão. “[As intervenções] garantem a acessibilidade na W2, via que se tornou a fachada de muitas lojas, e retomam a W3 Sul como uma área comercial”, avalia.
Os passeios voltados à W3 Sul foram divididos em três faixas. A faixa de serviço, mais próxima da pista, foi destinada à instalação de postes de iluminação, paraciclos, lixeiras e vasos de plantas. Nessa área, foi mantido o piso em pedras portuguesas.
Iluminação da W3 Sul também foi totalmente revitalizada / Foto: Agência Brasília
“A revitalização da W3 Sul é uma das prioridades desta gestão. Queremos retomar a via como importante centro comercial do DF. Ainda neste trimestre, vamos começar as obras nas quadras 509/510 e 513/514 sul. E até 2022 vamos concluir toda a via”, destaca o secretário de Obras, Luciano Carvalho.
Nas faixas livre e de acesso aos edifícios, por sua vez, o piso foi substituído por concreto. Essa medida garante mais resistência à ação do tempo. Um ponto importante foi a retirada de desníveis ao longo da calçada e a colocação de sinalização tátil para proporcionar uma circulação segura. As travessias (acesso às faixas de pedestres), por sua vez, seguiram as normas de acessibilidade universal, que estabelece inclinação máxima de 8,33% para as rampas.
Nas fachadas voltadas às entrequadras, as calçadas foram alargadas para permitir que os pedestres circulem sem precisar passar pelo meio da via. A medida elimina o espaço ocioso e, com isso, coíbe o estacionamento irregular de veículos.
O redesenho da área pública também foi fundamental para renovar o aspecto geral da quadra. A iluminação pública foi substituída por lâmpadas de LED. O paisagismo, por sua vez, adotou a  espécie Physocalymma scaberrimumI, popularmente chamada de pau-de-rosas ou cega-machado.
O Governo do Distrito Federal trabalha agora na elaboração dos projetos de requalificação das demais quadras da W3 Sul.

* Com informações da Seduh e da Secretaria de Obras

Popularidade da ministra Damares assombra e desconcerta a esquerda



Já é possível dizer que a pastora "terrivelmente evangélica" pode sonhar alto em termos eleitorais, a depender apenas de suas ambições políticas

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Entre os ministros, Damares só perde em popularidade para Sérgio Moro

Entre os ministros, Damares só perde em popularidade para Sérgio Moro

A8SE
Que Sergio Moro é o ministro mais popular do atual governo, nem se discute. Até quem não gosta dele é obrigado a admitir que o ex-juiz arregimenta uma imensa legião de fãs. Agora, desconcertante para muitos – notadamente os de esquerda – é a popularidade e o respeito que a ministra Damares Alves desperta em multidões.
Seus adversários a tratam como anedota e a consideravam um alvo fácil de críticas demolidoras. Pois trago verdades: a pastora é provavelmente a mais forte das personalidades políticas reveladas pela recente onda conservadora que domina o país. E já é possível arriscar que Damares pode sonhar alto em termos eleitorais, a depender apenas de suas legítimas ambições e desejos.
Desde sua estreia para o grande público com “menino veste azul e menina veste rosa”, até a recente afirmação de que a campanha criada por seu ministério para evitar o sexo na adolescência é uma tentativa de combater a “legalização da pedofilia”, Damares coleciona frases polêmicas e declarações que fazem uivar os defensores do estado laico, dos direitos humanos e das questões identitárias. 
O que seus detratores se recusam a enxergar é que esses “absurdos” ditos pela ministra “terrivelmente evangélica” encontra forte apelo entre a população mais simples, pobre, religiosa, que mora e vive no mundo real das periferias. Esse discurso ecoa no chamado Brasil profundo – e é essa gente a quem Damares representa tão bem.
Em vez de debocharem da pauta e ideias de Damares Regina Alves, seus inimigos de esquerda deveriam abrir mão, primeiro, da superioridade moral que os impede de entender do que e com quem a ministra fala. Só depois desse exercício de inteligência e humildade, talvez consigam aprender a se comunicar com o povo sofrido que tanto dizem defender.
R7

Queda da dívida pública depende do ajuste fiscal, diz Mansueto


O secretário do Tesouro, Mansueto Almeida, divulga o Relatório Anual da Dívida Pública 2019 e o Plano Anual de Financiamento para 2020

Fabio Rodrigues Pozzebom/Agênc

Ele destacou como desafio a elevação do prazo da dívida

Publicado em 28/01/2020 - 17:18
Por Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil  Brasília
A estabilização e uma queda da dívida pública dependem da continuidade das reformas estruturais da economia, disse hoje (28) o secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida. Durante a apresentação do Plano Anual de Financiamento (PAF) de 2020, ele disse que os fatores que seguraram o endividamento público em 2019 podem se reverter caso o ajuste fiscal não continue.
“Temos de continuar no curso do ajuste fiscal. Se não houver consenso da sociedade brasileira [sobre a necessidade do ajuste], tudo que nos ajudou vai jogar contra”, declarou Almeida. O secretário classificou o alongamento do prazo médio da dívida como um dos principais desafios para melhorar o perfil da dívida pública no país.
Almeida disse que a aprovação da reforma da Previdência representou apenas o primeiro passo para reequilibrar as contas públicas. Ele disse que a aprovação de outras reformas – como a do pacto federativo, a tributária e a administrativa – é importante para que o governo consiga vender títulos com prazos mais longos e atrair mais investidores estrangeiros para os papéis brasileiros.
Em 2019, o prazo médio da dívida pública correspondeu a 4,1 anos. Esse é o período que o Tesouro leva para renovar completamente a dívida pública, trocando os títulos em circulação por novos papéis. Prazos mais longos indicam melhor confiança dos investidores no país.

Estabilização

Na semana passada, o secretário especial de Fazenda, Waldery Rodrigues, informou que a Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) poderá fechar 2019 pouco abaixo de 77% do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas no país), o que indicaria a primeira queda anual no indicador desde 2013Hoje, o secretário do Tesouro confirmou a informação e disse que o cenário está melhorando.
Segundo Almeida, a DBGG “pode ter ficado estável ou até caído” no ano passado. Ele descartou a possibilidade de que o indicador ultrapasse 80% do PIB nos próximos anos. “Terminamos o ano com uma situação fiscal muito melhor do que esperávamos”, destacou. Os dados da DBGG em 2019 serão divulgados pelo Banco Central na próxima sexta-feira (31).
O secretário destacou que a queda da taxa Selic (juros básicos da economia) para o menor nível da história, a venda de reservas internacionais pelo Banco Central e a devolução de R$ 123 bilhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para o Tesouro contribuíram para a estabilização da dívida pública em 2019.
Almeida enfatizou que a Selic atualmente corrige mais da metade do endividamento da União. No entanto, advertiu para o risco de que as condições mudem rapidamente, caso a inflação suba e o Banco Central tenha de aumentar novamente os juros básicos da economia. Nesse caso, ressaltou, a dívida pública corre o risco de voltar a subir. “Por isso é tão importante a continuidade das reformas”, explicou.
Edição: Lílian Beraldo

da Agência Brasil

Brexit pode trazer oportunidades para o Brasil, dizem autoridades



Manifestantes anti-Brexit agitam bandeiras em Londres

REUTERS/Peter Nicholls

Agronegócio e educação são as áreas com maior potencial

Publicado em 28/01/2020 - 17:27
Por Mariana Tokarnia - Repórter da Agência Brasil  Londres
O Reino Unido deixará oficialmente a União Europeia no dia 31. A expectativa de autoridades brasileiras é que o chamado Brexit possa trazer oportunidades para o Brasil. Com o fim de benefícios para países europeus, outros mercados podem, de acordo com autoridades entrevistadas pela Agência Brasil, ganhar espaço na região. 
“O Brexit tem riscos porque mudam as regras alfandegárias, mudam as regras tarifárias, mas tem também oportunidades potenciais porque se abrem espaços em áreas como a agrícola, na qual somos competitivos”, diz o ministro-conselheiro da Embaixada do Brasil no Reino Unido, Roberto Doring. 
Apesar da saída da União Europeia, o Reino Unido passará por um período de transição até o final de 2020, no qual seguirão valendo as atuais regras de viagens, negócios e relações comerciais. Durante esse período, as duas regiões vão firmar novos acordos que passarão a reger a relação entre eles em diversos setores. 
“O Reino Unido importa, para que se tenha ideia, 50% de tudo que consome em termos de alimentos e bebidas. Do que importam, 60% vêm da União Europeia. Um Brexit que signifique de fato uma redução dos fluxos de comércio entre União Europeia e Reino Unido abre espaços que podem ser ocupados por países como o Brasil, que são competitivos juntamente nessa área de alimentos e bebidas, no agronegócio em geral”, destaca. 
De acordo com dados de 2018 do governo britânico, cerca de 4% dos alimentos consumidos pelo Reino Unido vieram da América do Sul. Os desafios de ampliar esse mercado, de acordo com Doring, são grandes e, em cenário pós-Brexit, exigirão o conhecimento de novos formulários, novas regras alfandegárias, entre outras questões logísticas. 
Para ajudar o setor privado brasileiro, a embaixada lançou a plataforma Brazil Brexit Watch, em português, Observatório Brasileiro do Brexit que consolida informações sobre possíveis mudanças que possam afetar o setor privado brasileiro, especialmente os segmentos exportadores.  

Educação 

No ensino superior, o Brasil também pode ganhar espaço no Reino Unido, de acordo com o representante da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Patricio Marinho. “Acho que o Brexit fez com que as universidades britânicas olhassem para outros mercados, por assim dizer, além da Europa. Acho que abriu bastante os olhos das instituições do Reino Unido para a América Latina, para outros parceiros em potencial”, diz. 
Marinho, que é coordenador de Parcerias Estratégicas no Norte Global e Oceania da Diretoria de Relações Internacionais da Capes, diz que o Brexit deve ser encarado como oportunidade. “Percebo que tem tendência muito forte de serem criadas novas parcerias graças ao Brexit, e o Brasil pode se beneficiar dessa abertura que o Reino Unido está dando além da Europa.”
No Reino Unido – que é formado por Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte – estão importantes universidades, como a Universidade de Oxford, Universidade de Cambridge e Universidade de Londres. A região é a segunda que mais recebe estudantes no mundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, de acordo com o Universities UK, organização que representa 137 universidades. 

Cooperação em pesquisas 

O chefe de Educação Transnacional do Universities UK, Eduardo Ramos, disse que a internacionalização é o coração das universidades britânicas. “As universidades têm relações internacionais com quase todos os países do mundo, em termos de pesquisa e educação. Na maior parte das vezes, a pesquisa é feita em colaboração com parceiros internacionais”, disse Ramos. 
Segundo o Universities UK, dentre os países da América do Sul, o Brasil é líder em cooperação com as universidades britânicas. Entre 2015 e 2018 foram mais de 13 mil publicações assinadas em conjunto por pesquisadores do Reino Unido e brasileiros. A região é o sexto destino mais procurado por brasileiros que querem estudar fora, atrás de Estados Unidos, Argentina, Portugal, França e Alemanha.
Ramos destaca que os pesquisadores brasileiros são bem preparados e têm um alto nível acadêmico. “Brasileiros têm um lugar-chave para ajudar as universidades a diversificarem os cursos e os estudos. As universidades estão interessadas em colaborar com instituições brasileiras porque elas são chave em endereçar alguns desafios mais urgentes no mundo como mudança climática, pobreza, sustentabilidade. Brasileiros estão à frente em pesquisas desse tipo de desafio”. 
Em relação aos estudantes europeus, Ramos diz que eles são importantes para as instituições de ensino e que espera que os acordos firmados entre Reino Unido e União Europeia mantenham a participação em programas de educação. “É interessante para ambas as partes chegar a um acordo em que haverá continuação na participação nos programas de pesquisa e de educação, como o Erasmus.” 
A União Europeia é formada por 28 Estados-Membros. Fazer parte do grupo implica a existência de uma economia de mercado livre, de uma democracia estável e de um Estado de Direito, bem como a aceitação da legislação e regulamentação europeias. 
Edição: Fábio Massalli

 da Agência Brasil

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