quarta-feira, 29 de maio de 2019

'Ativista de direita': Kelly Bolsonaro toma posse como deputada distrital no DF

Deputada distrital Kelly Bolsonaro durante cerimônia de posse na CLDF — Foto: Reprodução/YoutubeDeputada distrital Kelly Bolsonaro durante cerimônia de posse na CLDF — Foto: Reprodução/YoutubeDeputada distrital Kelly Bolsonaro durante cerimônia de posse na CLDF — Foto: Reprodução/Youtube
A Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) realizou, nesta terça-feira (28), a solenidade de posse da deputada distrital Kelly Bolsonaro (Patriota). Ela entrou na vaga do parlamentar Daniel Donizet (PSDB), que deixou o cargo para assumir a Administração Regional do Gama.
Kelly Bolsonaro foi empossada oficialmente na última quinta-feira (23), mas pediu ao presidente da CLDF, Rafael Prudente (MDB), que autorizasse o recebimento do certificado em plenário. Kelly deve permanecer como deputada por 120 dias, prazo estipulado ao titular para exercer o cargo de administrador.
Autoproclamada "militante da direita", a distrital afirmou em seu primeiro discurso que não quer ser nem base, nem oposição ao governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB). Segundo ela, evitará embates, buscará o diálogo e manterá em curso os projetos de Daniel Donizet.
A nova parlamentar também afirmou intenção de usar o mandato para defender bandeiras levantadas pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL), a quem declarou "apoio incondicional".
“Prometo que não me ausentarei dos protestos e manifestações públicas. Continuarei defendendo minhas bandeiras com muita garra e se precisar engrossarei minha voz."

Críticas ao aborto

Kelly Bolsonaro afirmou ainda que o combate ao aborto "será um dos temas que merecerá maior atenção de meu mandato". A parlamentar manifestou interesse em apresentar projetos de lei que garantam poder de polícia a conselheiros tutelares e assistentes sociais, com o objetivo de aumentar o combate à prática.
“Serei o grito rouco das ruas na Câmara Legislativa do DF. Como ativista conservadora, minha agenda política é em favor da família, das crianças e das mulheres brasilienses", afirmou a deputada.

Histórico

Kelly Bolsonaro concorreu nas eleições de 2018 pelo PRP, sigla que até então também abrigava Daniel Donizet. No entanto, ambos trocaram de partidos, já que a sigla foi extinta após não conseguir superar a cláusula de barreira. Donizet foi para o PSDB e Kelly para o Patriota.
Kelly Bolsonaro, que deve assumir vaga na Câmara Legislativa do DF — Foto: Facebook/ReproduçãoKelly Bolsonaro, que deve assumir vaga na Câmara Legislativa do DF — Foto: Facebook/ReproduçãoKelly Bolsonaro, que deve assumir vaga na Câmara Legislativa do DF — Foto: Facebook/Reprodução
Na corrida à CLDF no ano passado, a primeira que disputou, ela conseguiu 5.412 votos, ou seja, 0,39% do total. Na classificação geral, a parlamentar ficou em 68º lugar.
A deputada distrital tem 32 anos e será a quinta mulher com mandato na CLDF nesta legislatura. Apesar do sobrenome em comum, Kelly não tem parentesco com o presidente Jair Bolsonaro (PSL). O nome de batismo dela é, na verdade, Kelly Cristina Pereira dos Santos.

 G1 DF.
DF
Polícia Civil cumpriu sete mandados de prisão contra militares, nesta quarta-feira, em Ceilândia. Polícia Militar diz que 'colaborou com toda a investigação'.
Resultado de imagem para PMs são presos em operação contra grilagem de terras no DF
Rafaela Felicciano/Metrópoles
Sete policiais militares foram presos preventivamente, nesta quarta-feira (29), em uma operação da Polícia Civil do Distrito Federal. Segundo a investigação, eles faziam parte de uma organização criminosa suspeita de grilagem de terra no Sol Nascente, em Ceilândia.
Na força-tarefa, denominada "Hórus" (entenda abaixo), também foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão. As ordens foram expedidas pela Auditoria Militar – órgão vinculado ao Tribunal de Justiça do DF – e contaram com apoio da Corregedoria da PM.
Em nota, a Polícia Militar informou que "colaborou com toda a investigação". Segundo a corporação, procedimentos internos foram instaurados, mas correm em segredo de Justiça.
A operação é um desdobramento da investigação iniciada em 2011, que apontou que os PMs detidos atuavam no parcelamento irregular de terras do DF e eram responsáveis pelo surgimento de "dezenas de loteamentos ilegais na região".
Interior da 19ª delegacia de polícia em Ceilândia, no Distrito Federal — Foto: TV Globo/ReproduçãoInterior da 19ª delegacia de polícia em Ceilândia, no Distrito Federal — Foto: TV Globo/ReproduçãoInterior da 19ª delegacia de polícia em Ceilândia, no Distrito Federal — Foto: TV Globo/Reprodução
"A organização criminosa é composta por um núcleo de grileiros de terras e por outro de criminosos que atuam como braço armado no cometimento de toda sorte de delitos que circundam as invasões de terras", afirmou o chefe da Divisão de Repressão ao Crime Organizado (Draco), Adriano Valente.
Segundo o delegado, o grupo de policiais militares era responsável por "proteger e dar suporte a esses criminosos e comercializar parte dos terrenos". Os grileiros também são suspeitos de praticar ameaças e até homicídios.

Operação Hórus

Esta é a primeira fase da operação Hórus – deus do Sol na mitologia egípcia –, voltada à desarticulação do esquema que envolvia policiais militares denunciados pelo Ministério Público.
As investigações têm como base informações contidas em inquérito policial instaurado na Justiça Militar pela PM do DF para apurar os fatos.
 G1 DF.

Novo diretor de Vigilância Ambiental do DF foi condenado pelo TCU

DF
Rômulo Henrique da Cruz foi responsável por autorizar licitação ilegal em 2011. Saúde diz que gestor é servidor de carreira e que teve as contas aprovadas pelo tribunal.
Por Gabriel Luiz e Afonso Ferreira, TV Globo e G1 DF

O novo diretor de Vigilância Ambiental da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, Rômulo Henrique da Cruz  — Foto: TV Globo/ReproduçãoO novo diretor de Vigilância Ambiental da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, Rômulo Henrique da Cruz  — Foto: TV Globo/ReproduçãoO novo diretor de Vigilância Ambiental da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, Rômulo Henrique da Cruz — Foto: TV Globo/Reprodução
O novo diretor de Vigilância Ambiental da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, Rômulo Henrique da Cruz, foi condenado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) em 2011, quando o gestor trabalhava na Fundação Nacional da Saúde, no Amazonas.
Rômulo Cruz foi responsável por autorizar uma licitação que, segundo o TCU, estava repleta de "vícios" para beneficiar a empresa vencedora. O contrato era destinado a serviços de limpeza do órgão e acabou não sendo assinado por intervenção do tribunal.
As investigações apontam que a empresa selecionada deveria ter sido eliminada por ter enviado a proposta fora do prazo estipulado no edital e, também, por ter dívidas com o governo federal.
Fachada da Vigilância Ambiental do Distrito Federal — Foto: TV Globo/ReproduçãoFachada da Vigilância Ambiental do Distrito Federal — Foto: TV Globo/ReproduçãoFachada da Vigilância Ambiental do Distrito Federal — Foto: TV Globo/Reprodução
Em nota, a Secretaria de Saúde afirmou que Rômulo Cruz é servidor de carreira e que teve as contas aprovadas pelo TCU. Sobre o episodio da licitação, a pasta também disse que o gestor apresentou todas as justificativas e que elas foram aceitas pelo tribunal.
O novo diretor de Vigilância assumiu o lugar de Petrônio da Silva Lopes, que pediu demissão na última quinta-feira (23) em meio à explosão de casos de dengue no DF.
Naquela semana, a Secretaria de Saúde divulgou boletim epidemiológico em que apareciam 19.812 mil notificações de dengue entre janeiro e 11 de maio deste ano. O número é 12 vezes maior que no mesmo período do ano passado.
O subsecretário de Vigilância à Saúde do DF, Divino Martins — Foto: TV Globo/ReproduçãoO subsecretário de Vigilância à Saúde do DF, Divino Martins — Foto: TV Globo/ReproduçãoO subsecretário de Vigilância à Saúde do DF, Divino Martins — Foto: TV Globo/Reprodução

Subsecretaria de Vigilância à Saúde

O subsecretário de Vigilância à Saúde também é novo no cargo, mas é figura conhecida no governo. Divino Martins assumiu o posto de Elaine Morelo, que foi exonerada nesta segunda (27) por tirar folga e viajar para a Argentina em meio à crise de dengue no DF.
Martins foi diretor da Vigilância Ambiental na gestão do ex-governador Rodrigo Rollemberg (PSB), quando um relatório da Controladoria-Geral da União identificou superfaturamento e dispensa de licitação sem necessidade entre 2015 e 2016.
As irregularidades no processo causaram um prejuízo de R$ 1,2 milhão. O documento também indica que o GDF:
  • Demorou para comprar carros de "fumacê"
  • Usou quantidade inferior à necessária de produtos para o combate à dengue, como inseticidas e larvicidas
  • Deixou de fazer o devido alerta à população sobre os casos de dengue e formas de combate ao mosquito
  • Não conseguiu controlar o estoque dos produtos usados para matar o mosquito
Na época, em entrevista à TV Globo, Divino argumentou que a quantidade de casos havia superado todas as previsões. No entanto, a justificativa não convenceu e o GDF foi obrigado a devolver mais de R$ 1,4 milhão ao governo federal em agosto do ano passado.
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