segunda-feira, 27 de maio de 2019

Concurso da Novacap: estatal rescinde contrato com banca organizadora

CONCURSOS DF
Certame estava suspenso desde dezembro de 2018. Inaz do Pará terá de devolver valor da taxa de inscrição aos 76 mil candidatos; G1 tenta contato com empresa.

Entrada da sede da Novacap, no SIA, em Brasília — Foto: Google/Reprodução
A Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap) rescindiu o contrato com a banca Inaz do Pará – responsável pelo concurso público para preenchimento de vagas na estatal. A decisão saiu no Diário Oficial do DF nesta segunda-feira (27).
Segundo a publicação, a empresa será responsabilizada "pela devolução da taxa de inscrição, pagamento de valores de locomoção, transporte, estadia e demais custos relacionados ao objeto do contrato, junto aos candidatos". A banca tem cinco dias úteis para recorrer.
Trecho de publicação no Diário Oficial do DF que mostra rescisão de contrato com banca organizadora do concurso da Novcap    — Foto: Diário Oficial do DF/Reprodução Trecho de publicação no Diário Oficial do DF que mostra rescisão de contrato com banca organizadora do concurso da Novcap    — Foto: Diário Oficial do DF/Reprodução Trecho de publicação no Diário Oficial do DF que mostra rescisão de contrato com banca organizadora do concurso da Novcap — Foto: Diário Oficial do DF/Reprodução
A rescisão foi uma medida unilateral da Novacap, motivada pelo descumprimento do contrato por parte da Inaz do Pará. O G1 tenta contato com a empresa.
A publicação da rescisão no DODF possibilita que a Novacap chame as empresas participantes da última licitação do concurso ou inicie um novo procedimento licitatório. O documento não indica datas para a realização de um novo concurso.
"A Novacap mantém estudos para lançamento de novo edital com vistas à contratação de outra banca examinadora. Os cargos da companhia deverão ser preenchidos por meio de concurso público", afirmou em nota o presidente da estatal, Candido Teles.
Vencedora da licitação, a Inaz do Pará assinou o contrato para a organização das provas em 3 de novembro de 2017. Ela ofereceu o menor preço e venceu o pregão eletrônico, que teve a participação de outras nove empresas.
O certame estava suspenso desde 16 de dezembro do ano passado. Este seria o primeiro concurso da estatal em mais de 20 anos e contava com 76.258 candidatos inscritos.

Operação e adiamentos

Em 17 de dezembro de 2018, a Polícia Civil e o Ministério Público cumpriram mandados de busca e apreensão no prédio da Novacap. A ação foi resultado da operação Cartas Marcadas, que investiga uma possível fraude no concurso da estatal.
Candidatos foram pegos de surpresa com adiamento, mais uma vez, da prova da Novacap  — Foto: Arquivo pessoalCandidatos foram pegos de surpresa com adiamento, mais uma vez, da prova da Novacap  — Foto: Arquivo pessoalCandidatos foram pegos de surpresa com adiamento, mais uma vez, da prova da Novacap — Foto: Arquivo pessoal
A suspeita é de que a contratação da banca Inaz do Pará seja um negócio de fachada. Os investigadores apuram a participação de funcionários comissionados que teriam feito inscrição no concurso e ajudado na escolha da banca para ficar com a maioria das vagas.
O valor cobrado aos candidatos para a inscrição também chamou a atenção dos órgãos públicos. "Considerando termo de referência, a Novacap sugeriu o valor de inscrição de R$ 118, mas a Inaz do Pará ofertou lance para que valor da inscrição fosse de R$ 6 ou R$ 7", explicou o promotor de Defesa do Patrimônio Público, Fábio Nascimento.
"O valor é irrisório para um certame envolvendo mais de 70 mil candidatos."
Antes de ser cancelado, o concurso chegou a ser adiado quatro vezes. Muitos concurseiros só souberam do adiamento ao chegarem aos locais de prova.
Aviso da suspensão da prova da Novacap, em Brasília — Foto: Arquivo pessoalAviso da suspensão da prova da Novacap, em Brasília — Foto: Arquivo pessoalAviso da suspensão da prova da Novacap, em Brasília — Foto: Arquivo pessoal
Fonte: G1 DF.


    Moradores fazem protesto com queima de pneus e param trânsito na DF-25

    DF
    Protesto começou às 5h e dura quase três horas. Moradores querem melhorias no povoado Fazenda Velha

    Willian Matos
    redacao@grupojbr.comCerca de 20 pessoas paralisaram o trânsito na DF-250 na manhã desta segunda-feira (27). Os moradores do povoado Fazenda Velha, em Sobradinho, reivindicam por melhorias no local. Para fechar a via, os manifestantes atearam fogo em pneus no meio da pista.
    As duas vias ficaram fechadas durante o ato. O protesto começou por volta de 5h e terminou às 8h15, segundo a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF). Mais cedo, um morador fez um curto vídeo mostrando a situação da pista. 

    Apesar do fogo nos pneus, não houve feridos ou demais confusões. A via já foi liberada.

    JORNAL DE BRASÍLIA

    Aluno esfaqueia colega em pátio de escola no DF

    DF
    De acordo com PM, agressão ocorreu por conta de rixa. Vítima foi socorrida por Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu).


    Entrada do Centro Educacional 02 (Centrão), em Taguatinga Sul — Foto: Google/Reprodução


    Um aluno de 15 anos esfaqueou outro estudante no pátio do Centro Educacional 02 (Centrão), em Taguatinga Sul, nesta segunda-feira (27). De acordo com a Polícia Militar, a agressão ocorreu por conta de “uma rixa antiga entre os dois”.O jovem ferido sofreu dois cortes leves e foi socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Em seguida, foi encaminhado ao Hospital Regional de Taguatinga (HRT).A ocorrência foi registrada por volta de 15h50. O jovem agressor foi levado para Delegacia da Criança e Adolescente (DCA) II (Taguatinga).

    Outro caso

    Na semana passada, um jovem de 18 anos, foi preso, no Centro de Ensino Médio 03 de Ceilândia. Segundo a polícia, o rapaz levou uma arma para escola por conta de um “esbarrão” em um desafeto. Os PMs encontraram a arma e duas munições intactas debaixo da mesa do estudante.

     G1 DF.

    Servidora da Saúde é investigada por venda de cirurgias em hospital público do DF

    DF
    Alvo do processo administrativo é supervisora de emergência do Hospital Regional de Taguatinga. Gravações mostram ela negociando procedimentos cirúrgicos; ouça áudios.
    Resultado de imagem para Servidora da Saúde é investigada por venda de cirurgias em hospital público do DF    Servidores da Secretaria de Saúde enviaram áudios para o G1 denunciando o esquema. FOTO: REPRODUÇÃO
    A Secretaria de Saúde do Distrito Federal instaurou processo administrativo para investigar um esquema de venda de cirurgias no Hospital Regional de Taguatinga (HRT). O alvo da apuração é a supervisora de emergência do HRT, Ruby Lopes. Em áudios obtidos pelo G1, ela negocia procedimentos na unidade (ouça acima).
    No começo da noite desta segunda-feira (27), o governador em exercício Paco Britto, assinou a exoneração de Ruby. O afastamento foi publicado em uma edição extra do Diário Oficial (DODF), após esta reportagem ser divulgada.
    Edson dos Santos – que é o nome de batismo de Ruby – será substituído na Supervisão de Emergência do Hospital Regional de Taguatinga (HRT) pelo servidor Luiz Ricardo Mota do Nascimento, informa o DODF.
    Segundo relatos ouvidos pela reportagem, Ruby prometia a pacientes que conseguiria cirurgias e procedimentos a um preço muito abaixo do mercado, em um hospital particular de Brasília. Para isso, cobrava o pagamento de uma taxa.
    No entanto, quando se aproximava a data do procedimento, ela avisava aos pacientes que o atendimento seria realizado no HRT, que é público e não pode cobrar. Em uma das gravações, Ruby Lopes negocia uma cirurgia por R$ 350,00.
    Questionada pela reportagem, a servidora disse que preferia não se manifestar (veja abaixo).

    Supervisora de emergência do HRT, Ruby Lopes que não quis comentar a denúncia
    G1 DF

    --:--/--:--
    Supervisora de emergência do HRT, Ruby Lopes que não quis comentar a denúncia

    Áudios

    Em uma das gravações obtidas pela reportagem, Ruby tenta explicar para o paciente o motivo do pagamento.
    "Pra comprar os materiais que não está tendo, tá? É isso que eu estou falando pra você. É o fornecedor que está aqui para poder comprar os materiais. Agora você entendeu?"
    No fim da conversa, a servidora ainda afirma que, se o paciente não pagar, terá de lutar por uma vaga em um posto de saúde.
    “Se você não tem, marca no posto de saúde que ele regula não sei pra que ano. Beijo.”

    Hospital particular

    Em uma das gravações obtidas pela reportagem, Ruby  tenta explicar para o paciente o motivo do pagamento.  — Foto: ReproduçãoEm uma das gravações obtidas pela reportagem, Ruby  tenta explicar para o paciente o motivo do pagamento.  — Foto: ReproduçãoEm uma das gravações obtidas pela reportagem, Ruby tenta explicar para o paciente o motivo do pagamento. — Foto: Reprodução
    Em um dos áudios, a supervisora de emergência usa o nome do Hospital Santa Marta, que é privado, e afirma que conseguiria uma cirurgia. Na gravação, Ruby diz: “Por R$ 350, não dá nem para botar nem a gasolina no carro para poder ir lá no hospital”.
    Procurado pelo G1, o Hospital Santa Marta informou que não tem conhecimento sobre Ruby Lopes, e nem vínculo com a servidora.
    Segundo a instituição, “todo processo de orçamento e negociação de serviços hospitalares de cirurgias e internações particulares é realizado diretamente entre paciente e hospital, sem a participação de intermediários”. O Santa Marta informou ainda que está à disposição da Secretaria de Saúde para esclarecimentos.

    Primeira trans

    No ano passado, Ruby Lopes ficou conhecida por ser a primeira transexual a trabalhar na Câmara Legislativa do DF. Ela esteve lotada no gabinete da deputada distrital Telma Rufino (Pros).
    A assessora parlamentar Ruby Lopes, primeira transexual a trabalhar na Câmara Legislativa do DF — Foto: Gabriel Luiz/G1A assessora parlamentar Ruby Lopes, primeira transexual a trabalhar na Câmara Legislativa do DF — Foto: Gabriel Luiz/G1A assessora parlamentar Ruby Lopes, primeira transexual a trabalhar na Câmara Legislativa do DF — Foto: Gabriel Luiz/G1
    Em fevereiro deste ano, Ruby foi nomeada para o Hospital Regional de Taguatinga. Segundo servidores da unidade, a indicação veio de Telma Rufino (Pros).
    A deputada nega. Por meio de assessoria de imprensa, ela afirma que Ruby Lopes trabalhou 8 meses em seu gabinete na Câmara Legislativa do DF, mas que as duas não tem mais relações.


    FONTE: G1 DF