sábado, 18 de maio de 2019

Polícia Civil deflagra operação para punir responsáveis por crimes sexuais

Operação Alvorada

 

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    18/05/2019 13:44h
    Neste sábado, 18 de maio, quando é celebrado o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, a Polícia Civil do Pará deflagrou a "Operação Alvorada" com objetivo de agilizar o andamento de cerca de 300 inquéritos policiais da Delegacia Especializada no Atendimento à Criança e ao Adolescente (Deaca), sediada no Centro de Perícias Científicas Renato Chaves em Belém. Ao todo, 198 pessoas, entre responsáveis por crianças e adolescentes vítimas de crimes sexuais e testemunhas dos casos denunciados à Delegacia, foram intimados a comparecer, neste sábado, à Delegacia Geral, sede da Polícia Civil, para prestarem depoimentos.
    Um mutirão formado por policiais civis de Delegacias especializadas, como a Delegacia da Mulher e a Divisão de Atendimento ao Adolescente (DATA), foi organizado para coletar depoimentos ao longo do dia. O Posto de Identificação e a sala de atendimento da Divisão de Polícia Administrativa (DPA), localizados na Delegacia Geral, foram usados para receber as pessoas. Crianças e Adolescentes vítimas de crimes sexuais também foram levadas ao local, onde foram ouvidas em escutas especializadas realizadas por assistentes sociais, conforme determina a legislação.
    Organizada pela delegada Priscila Morgado, diretora de Atendimento a Grupos Vulneráveis (DAV) da Polícia Civil, a operação foi coordenada pela delegada Cristina Lima, titular da Delegacia Especializada no Atendimento à Criança e Adolescente (Deaca), polo do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves em Belém. Segundo Cristina, os inquéritos são do período de 2015 a 2018. Ela conta que a operação foi preparada desde fevereiro deste ano, com a elaboração de dossiês de cada inquérito.
    No próximo dia primeiro de junho, vai ser realizada a segunda fase da operação com os depoimentos de acusados dos crimes. Para a delegada, a data de hoje é um dia simbólico, principalmente, para os profissionais que atuam no combate à exploração sexual de crianças e adolescentes. "É um crime repugnante que choca a todos nós. Com isso, preocupados em apurar esses crimes, foi preparada a operação Alvorada para responsabilizar e punir os autores desses crimes", destaca. O nome da operação - Alvorada - faz referência ao renascimento como forma de dar esperança às crianças e adolescentes vítimas de crimes sexuais.
    Por Walrimar Santos

    Ituano-SP 1 x 1 Brasiliense-DF - Líderes fazem jogo morno e empatam na Série D

    ESPORTES

    Dupla entrou em campo com 100% de aproveitamento e segue na zona de classificação


    FONTE: FUTEBOL INTERIOR
    Líderes do Grupo A13, Ituano e Brasiliense empataram por 1 a 1, na tarde deste sábado, no estádio Novelli Júnior, em Itu, pela terceira rodada do Campeonato Brasileiro da Série D. A dupla lidera a chave e, se nada de anormal acontecer, deverá avançar à segunda fase da competição. O PLACAR FI acompanhou o duelo em tempo real.
    Com o resultado, o Ituano chegou aos sete pontos e se manteve na liderança. Mesma pontuação do Brasiliense, segundo colocado devido ao saldo de gols: 5 a 2. Apesar da classificação momentânea, os times perderam os 100% de aproveitamento – ambos vinham de duas vitórias em dois jogos.
    Ituano e Brasiliense fizeram duelo de líderes em Itu

    PRIMEIRO TEMPO FRACOMesmo fora de casa, o Brasiliense começou melhor o jogo e pressionou o Ituano em seu campo ofensivo. Logo aos dois minutos, Romarinho recebeu da esquerda e chutou forte. O goleiro Pegorari mandou para escanteio. O Ituano chegou pela primeira vez aos sete minutos, quando Corrêa cobrou falta e exigiu boa defesa do goleiro Sucuiri.
    Um pouco melhor, o time de Itu preferiu as jogadas aéreas para inaugurar o placar. Aos 12, Felipe recebeu cruzamento e de cabeça quase acertou o canto do goleiro. O Brasiliense, bem postado na defesa, priorizou o toque de bola e não levou grandes sustos para segurar o placar sem gols antes do intervalo.
    GOLS NO SEGUNDO TEMPOAssim como na etapa inicial, o time de Brasília teve as melhores chances nos primeiros minutos do segundo tempo. Logo aos quatro, Michel Platini recebeu ótimo passe dentro da área e iria fazer o gol. Porém, o assistente levantou a bandeira marcando impedimento. Dando um grande susto no torcedor.
    Não demorou e o Ituano respondeu. Aos 13 minutos, Paulinho Dias recebeu de Marcelinho e finalizou por cobertura. O goleiro Sucuri conseguiu tocar na bola e mandar para escanteio.
    O técnico Vinicius Bergantin apostou na entrada de Luizinho e Marquinho e o Ituano melhorou em campo. Trabalhou melhor a bola, principalmente acelerando o passe no meio-campo. Porém, o Brasiliense abriu o placar aos 30 minutos. Após ótima troca de passe, Romarinho apareceu na entrada da área e acertou as redes de Pegorari.
    Só que o Ituano não se abateu e um minuto depois voltou a empatar. Aos 31, Luizinho recebeu ótima passe da esquerda e sem marcação só tocou para o fundo do gol. Reação imediata. Dando números finais ao confronto.
    PRÓXIMOS JOGOS
    Ituano e Brasiliense voltam a se enfrentar no próximo sábado, dia 25, às 15h30, só que desta vez no estádio Serejão, no Distrito Federal. O duelo marcará a abertura do returno desta primeira fase.

    Ação alerta para o combate a exploração sexual de crianças e adolescentes

     

    Ação social

     


    18/05/2019 13:54h
    Com o objetivo de coibir crimes sexuais contra menores, a Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social do Pará (Segup), por meio da Diretoria de Prevenção Social da Violência e da Criminalidade (Diprev), promoveu neste sábado (18), uma ação social e cidadã em alusão ao Dia Nacional de Combate à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.
    O evento que ocorreu na Praça Batista Campos, integra a programação do projeto “Maio Laranja”, mês dedicado à causa, e proporcionou a crianças e seus familiares diversos serviços gratuitos como emissão de RG e certidões de nascimento, atendimento psicológico e jurídico, além de um espaço lúdico que contou com apresentação da Banda do Corpo de Bombeiros Militar, artes marciais, contação de histórias, rapel e performance dos cães do Canil da Polícia Militar.
    Para Jaqueline Araújo, que levou a filha Júlia de seis anos para a programação, a ação contribuiu para alertar à sociedade e ensinar de uma forma mais lúdica as crianças. “Esse evento é muito importante para nós pais e para toda a sociedade, porque no mundo em que estamos vivendo hoje muitas crianças são abusadas dentro das suas próprias casas, nas escolas, na vizinhança, então esse projeto é muito importante para combater esse mal. Foi muito necessário para a minha filha, que já é uma mocinha, ouvir e aprender como deve se proteger e o incentivo de contar para os pais se algo assim acontecer”, avaliou.
    A pequena Júlia Araújo aproveitou ao máximo todos os serviços que foram oferecidos. “Eu participei de coreografias, aprendi o jeito certo que devo escovar meus dentes, aprendi como devo me proteger se alguém quiser tirar foto minha ou pegar em partes que não deve, pintei meu rosto e tirei fotos com os bombeiros e policiais. Eu gostei muito”, contou.
    De acordo com o secretário de segurança pública, Ualame Machado, o evento visa a prevenção.“O Sistema de Segurança Pública não trabalha somente com a repressão e é importante, principalmente no caso do abuso e exploração sexual contra crianças e adolescentes, nós trabalharmos com a prevenção, antes que as crianças sejam violadas psicológica e fisicamente. Então a Diprev propôs uma ação que pudesse orientar pais, crianças e alertar a sociedade, como um todo, para esse tipo de crime, para que eles não ocorram”, explicou.
    Durante a ação foram divulgados os serviços do Disque 100 que atende aos chamados ligados ao atendimento da Mulher, da família e dos direitos humanos e também o 190, destinado ao atendimento da população nas situações de emergência policial.
    Por Laís Menezes
    Assessoria de Comunicação 

    Boletim de ações emergenciais - Segurança Pública

     

    Sábado (noite)

     


    O Governo do Estado segue com uma série de ações ostensivas, preventivas e de efeito a longo prazo no combate à criminalidade contra a população de um modo geral e ainda contra os agentes da Segurança Pública. 
    Polícia Civil: Foi apresentado na tarde deste sábado (18) o segundo suspeito de envolvimento na morte do sargento Luiz Nazaré Pereira Silva. Thalisson Brendo Cunha Rodrigues, de 26 anos. Ele foi localizado por militares do 81º Posto Destacado da PM, do 9º Batalhão de São Sebastião da Boa Vista, no Marajó, quando seguia viagem em uma embarcação com destino ao município. O Grupamento Aéreo de Segurança Pública fez a transferência do preso até a capital. O crime ocorreu no último dia 16, no bairro do Tenoné, no Distrito de Icoaraci. 
    Polícia Militar: Não procede a informação de atentado contra um PM na tarde deste sábado (18), no Conjunto Júlia Seffer, em Ananindeua. O policial em questão sofreu uma tentativa de assalto em que não houve nem troca de tiros ou feridos.
    Queda monomotor: A Secretaria de Estado de Comunicação (Secom) informa que, no início da tarde deste sábado (18), por volta das 12h30, um avião monomotor, modelo Cessna 210, prefixo PT DVR, ao sobrevoar o bairro do Souza, se chocou com uma residência de dois andares, situada no Conjunto Amapá, em Belém, minutos depois de ter decolado do Aeroclube do Pará.
    O piloto, Paulo Roberto Melo Marinho, de 40 anos, faleceu no local. Foram resgatados com vida o mecânico Delvand Silva Rodrigues, o passageiro José Ramos de Andrade e o auxiliar de mecânico Antônio Carlos Frazão. As vítimas foram encaminhadas para o Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE) e seguem internadas e têm estado de saúde estável. Ninguém na residência se feriu.
    Equipes do 27º Batalhão da Polícia Militar isolaram a área do acidente. Militares do Corpo de Bombeiros, dos grupamentos de resgate, salvamento e incêndio, chegaram imediatamente ao local para prestar os primeiros socorros após a queda do avião. 
    Policiais civis da Divisão de Homicídios foram ao local da queda do monomotor para realizar os primeiros levantamentos investigativos e acompanhar as perícias realizadas pela equipe do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves. 
    Segundo o delegado Eduardo Rollo, da Divisão de Homicídios (DH), foram realizadas perícias de danos no local da queda e no monomotor.
    Por Carol Menezes

    Molho de tomate caseiro

    RECEITAS

    FOTO: REPRODUÇÃO

    Ingredientes:
    • 1/2 kg tomate bem maduros;
    • 1 cebola em pedaços grandes;
    • 2 dentes alho;
    • 1/2 xícara de salsinha;
    • 2 ramos manjericão;
    • 1/2 colher de chá de sal;
    • 1/2 colher de chá de Pimenta do reino moída;
    • 100 ml de água.
    Modo de preparo:
    Bater todos os ingredientes no liquidificador, adicionando os tomates aos poucos para facilitar a mistura. Despejar o molho em uma panela e levar ao fogo médio por cerca de 20 minutos para ficar mais consistente. Este molho também pode ser guardado em pequenas porções no congelador, para ser utilizado de forma mais fácil no momento necessário.

    FONTE: TUA SAÚDE

    Tomate seco

    RECEITAS

    Ingredientes:
    • 1 kg de tomates frescos;
    • Sal e ervas a gosto.
    Modo de preparo:
    Pré-aqueça o forno a 95º C. Depois, lave os tomates e corte-os ao meio, no sentido do comprimento. Retire as sementes das metades de tomate e coloque-os num tabuleiro de forno, forrado com papel manteiga, com a face cortada virada para cima.
    Por fim, polvilhe ervas e sal a gosto por cima e leve o tabuleiro ao forno durante cerca de 6 a 7 horas, até que o tomate fique parecendo tomate seco, mas sem queimar. Normalmente, tomates maiores precisarão de mais tempo para ficarem prontos. Uma boa dica para poupar energia e tempo, é utilizar tomates de tamanhos semelhantes e fazer 2 tabuleiros de uma só vez, por exemplo.

    FONTE: TUA SAÚDE

    Pão Integral

    RECEITAS
    Resultado de imagem para PÃO INTEGRAL
    FOTO: REPRODUÇÃO

    Ingredientes:
    • 3 colheres (sopa) de farinha de arroz;
    • 3 colheres (sopa) de amido de milho;
    • 1 colher (sopa) de fermento químico;
    • 1 colher (sopa) de leite desnatado em pó;
    • 1 colher (sopa) de linhaça dourada;
    • 1/4 xícara (chá) de Nozes e castanha do pará trituradas;
    • 1 clara de ovo caipira;
    • 100 mililitros de iogurte desnatado sem açúcar/adoçante;
    • 100 mililitros de Água mineral;
    • 1 colher de óleo de coco.

    Modo de preparar:

    Primeiramente misture tudo em uma tigela, menos as castanhas, nozes e linhaça. Quando a massa ficar com consistência elástica (como puxa-puxa), adicione os demais ingredientes e misture. Em seguida coloque em uma forma de silicone ou untada com óleo de coco. Então leve ao forno pré-aquecido por 25 a 30 minutos a 180 graus.

    FONTE: PINTEREST

    Disque 100 recebe 50 casos diários de crimes sexuais contra menores

    Criança e Adolescente (Arquivo/Agência Brasil)

                    Arquivo/Agência Brasil

    Número pode ser maior porque vítimas não denunciam

    Publicado em 18/05/2019 - 15:57
    Por Elaine Patricia Cruz – Repórter da Agência Brasil  São Paulo
    A cada dia, o Disque 100 (Disque Denúncia) recebe quase 50 denúncias relatando crimes sexuais cometidos contra crianças e adolescentes em todo o Brasil. O número é alto, mas pode ser maior, já que muitas das vítimas não registram a denúncia.
    Segundo dados divulgados esta semana pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, o Disque 100 (Disque Direitos Humanos) recebeu 76.216 denúncias no ano passado envolvendo crianças e adolescentes, sendo que 17.093 desse total se referia à violência sexual. A maior parte delas é de abuso sexual (13.418 casos), mas havia também denúncias de exploração sexual (3.675). Só nos primeiros meses deste ano, informou a ministra Damares Alves, são 4.736 denúncias recebidas de violência sexual.
    A maior parte desses crimes ocorre dentro de casa e são provocadas por mães, pais e padrastos, na maioria das vezes. “No que diz respeito aos abusos sexuais, por exemplo, chama atenção a relação de proximidade e confiança entre agressores e vítimas. É revoltante o que esses abusadores são capazes de fazer”, disse a ministra, ao divulgar os números.
    “Quando é agressão sexual, na maioria das vezes [é provocada] pela figura masculina que está presente dentro de casa, seja pai, tio, avô ou irmão mais velho”, disse Dalka Chaves de Almeida Ferrari, especialista em Violência Doméstica pelo Laboratório de Estudos da Criança da Universidade de São Paulo e coordenadora do Centro de Referência às Vítimas de Violência de São Paulo do Instituto Sedes Sapientiae. “A maioria das vítimas são mulheres, mas já atendi vários casos de meninos pequenos que estão sendo vítimas de abusos de pais”, relembra.
    Segundo o Ministério da Saúde, os casos de violência sexual no país somaram 184.524 ocorrências entre 2011 e 2017, sendo mais de 58 mil contra crianças (31,5% do total) e mais de 83 mil (45%) contra adolescentes. Quase 70% desses casos aconteceram dentro das casas das vítimas.
    No caso das crianças, a maior parte era do sexo feminino (74,2% do total), tinha idade entre 1 e 5 anos (51,2%) e eram negras (45,5%). Um em cada três casos tinha caráter de repetição. Em 81,6% dos casos, o agressor era do sexo masculino e, em 37% deles, o autor do crime tinha vínculo familiar com a vítima.
    Já no caso dos adolescentes, 92,4% das vítimas eram do sexo feminino e 67,8% estavam na faixa etária entre 10 e 14 anos. A grande maioria das vítimas são negras (55,5% do total). De cada dez registros de violência sexual contra adolescentes, seis ocorreram dentro de casa. O agressor é quase sempre do sexo masculino (92,4% do total), e 38,4% deles tinham vínculo intrafamiliar (familiar e parceiros íntimos).
    Só no estado de São Paulo, conforme dados divulgados no site da Secretaria de Segurança Pública, foram registrados 2.241 casos de estupro de vulnerável, considerando-se apenas os três primeiros meses deste ano.
    “Apesar do alto número de casos, São Paulo é o único estado do país que sem Delegacias Especializadas de Proteção de Crianças e Adolescentes [DPCAs]. As crianças e os adolescentes vítimas de violência são atendidas nas DDMs [Delegacias de Defesa da Mulher], que não funcionam à noite e nos finais de semana e feriados, exatamente os períodos que as violências e abusos mais ocorrem”, criticou Ariel de Castro Alves, especialista em direitos da criança e do adolescente e membro do Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa Humana de São Paulo (Condepe).
    Por meio de nota, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo informou que há 133 Delegacias de Defesa da Mulher (DDM) no estado especializadas em atender crianças e adolescentes vítimas de violência ou abusos. Segundo a secretaria, 10 delas são 24h. “Ainda, existem 27 Delegacias de Polícia da Infância e da Juventude pelo estado e mais duas pelo DHPP, a 4ª Delegacia de Repressão à Pedofilia e a Delegacia de Repressão aos Homicídios Praticados Contra Criança e Adolescente. Além das 162 especializadas, todos os distritos policiais paulistas têm condições de acolherem crianças e adolescentes”, acrescentou.
    Segundo a secretaria, esse tipo de crime dificilmente ocorre em via pública, o que dificulta a ação policial. “Esse tipo de crime dificilmente ocorre em via pública, é praticado em ambientes internos e privados, fora do alcance policial, e por pessoas do convívio familiar”, informou. Por isso, lembrou o órgão, as denúncias desses crimes devem ser feitas pelos números 190, 181 ou em qualquer delegacia de polícia.

    Como denunciar

    Segundo o artigo 13 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), quando há suspeita ou confirmação de violações de direitos humanos de crianças e adolescentes, de qualquer tipo, incluindo a violência sexual (abuso ou exploração sexual), o caso deve ser sempre denunciado.
    “Em geral, a denúncia começa pelo Conselho Tutelar”, disse Dalka. “Mas também se pode ir direto para uma delegacia da mulher ou delegacia comum porque é necessário ter um boletim de ocorrência para o processo fluir”, ressaltou. Depois dessa etapa, explicou a psicóloga, a criança ou o adolescente deverá ser analisado por um médico. Constatado o abuso ou a violência, a vítima deverá ser encaminhada para apoio psicológico, médico e judicial, com medidas protetivas.
    “Inicialmente, [o denunciante] deveria procurar o Conselho Tutelar, que é o órgão responsável por uma verificação preliminar desses casos. Dentro dessa verificação preliminar – que pode ser o conselho se dirigir à casa da criança ou chamar os pais ou ouvir a própria criança na sede do Conselho Tutelar – se o conselho, de fato, verificar que existem indícios, ele vai encaminhar depois para a polícia abrir uma investigação”, explicou Ariel Alves.
    Essa denúncia, segundo ele, também pode ser feita diretamente nas delegacias de Polícia, especialmente as especializadas em crianças ou adolescentes, ou na Delegacia da Mulher, onde geralmente há psicólogos e assistentes sociais para ouvir as vítimas. “A própria criança [que é vítima de violência] pode ligar no Disque 100 e falar o que está sofrendo. Ou até mesmo se dirigir ao Conselho Tutelar ou procurar professores para fazer a denúncia. Ou mesmo organizações sociais que atuam na área da criança e do adolescente”, disse Ariel Alves.
    No Disque 100, destacou o advogado, a denúncia pode ser feita até mesmo de forma anônima. O problema é que esse serviço, destacou, vem apresentado falhas. “O próprio governo reconhece que o Disque 100 tem erros e erros que não são de agora, mas desde sua criação. Apenas 15% das instituições que receberam [as denúncias do Disque 100] deram retorno ao governo federal, segundo relatório oficial referente a 2017”, disse o especialista.
    “Então, é necessário que ocorra uma repactuação entre todas essas instituições ou que o governo proponha uma lei que obrigue ou responsabilize essas instituições a responderem as denúncias”, acrescentou Ariel Alves. “A partir do momento em que esses órgãos não dão retorno para o serviço do Disque 100, nós não sabemos se essas crianças foram protegidas, se saíram daquela situação de violência, se os agressores foram punidos. Isso acaba gerando descrédito do próprio serviço”, reclamou.
    Em resposta à Agência Brasil, o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos reconheceu problemas no serviço. “O Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos identificou que o serviço tinha uma certa demora no sistema URA [Unidade de Recepção Audível]. As medidas cabíveis foram tomadas. O atendimento do URA foi aperfeiçoado, a média de tempo gasto reduziu para um minuto até chegar ao atendente”.
    O ministério disse ainda que “o Disque 100 funciona diariamente, 24 horas por dia, incluindo sábados, domingos e feriados” e que as “ligações podem ser feitas de todo o Brasil por meio de discagem gratuita, de qualquer terminal telefônico fixo ou móvel (celular), bastando discar 100”. Segundo o ministério, o serviço atende também a graves situações de violações que acabaram de ocorrer ou em curso, acionando os órgãos competentes, o que possibilita o flagrante.
    Esta semana, durante apresentação dos dados do Disque 100, a ministra ressaltou que as crianças e os adolescentes “estão entre as prioridades desta gestão”. “Faremos tudo o que estiver ao nosso alcance para proteger os nossos pequenos”, enfatizou.

    Dia Nacional

    Neste sábado (18), é comemorado o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. A data, promulgada em 2000, marca um caso de violência que chocou o país. Em 18 de maio de 1973, na cidade de Vitória (ES), uma menina de 8 anos, Araceli Cabrera Sánchez Crespo, foi raptada, drogada, estuprada, morta e carbonizada. Os suspeitos do crime eram de famílias de classe média alta do estado e o processo acabou sendo arquivado, após julgamento e absolvição dos acusados.
    Edição: Wellton Máximo

    Museu do Ipiranga obtém recursos para obras de restauro

    Imagens do Museu do Ipiranga.

              Diogo Moreira/Divulgação Governo de São Paulo

    Monumento está fechado desde 2013 para reformas

    Publicado em 18/05/2019 - 15:18
    Por Bruno Bocchini – Repórter da Agência Brasil  São Paulo
    Fechado desde 2013 para reformas, o Museu Paulista, conhecido também como Museu do Ipiranga ou Museu da Independência, anunciou que alcançou os recursos necessários para sua restauração e que deverá ser reaberto ao público em 2022. A instituição, em parceria com a iniciativa privada, conseguiu levantar fundos da ordem de R$ 160 milhões.
    A campanha para obtenção dos recursos foi lançada em março, com o propósito de arrecadar capital para a revitalização do edifício e também para a exposição de reabertura, sobre os 200 anos da Independência.
    “Teremos recursos suficientes para a recuperação do museu, cuja obra começa agora em setembro, e, em dia 7 de setembro de 2022, estaremos inaugurando o nosso novo Museu do Ipiranga”, disse o governador do estado, João Doria.
    Integram o grupo de empresas patrocinadoras a EDP Brasil, a Sabesp, o Itaú, Caterpillar, EMS, Vale, Banco Safra, Bradesco, Honda, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) e a Cosan.
    Os valores do patrocínio de cada empresa variam entre R$ 4 milhões e R$ 12 milhões e serão aportados por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura ou diretamente como marketing. De acordo com o governo do estado, o aporte de outras cinco empresas serão anunciadas em breve.
    Caso o patrocínio desse novo grupo se concretize, será possível restaurar também o jardim e o monumento da independência. “[Isso] vai elevar a R$ 190 milhões a captação. Os recursos complementares serão destinados aos jardins do entorno do Museu da Independência, a recuperação das fontes, iluminação, controle e segurança, com sistema de detecção de calor e combate a incêndio”, disse o governador.
    Segundo o governo do estado, o projeto de restauração do museu, administrado pela Universidade de São Paulo (USP), preservará todos os elementos do edifício, ampliá-lo e torná-lo mais seguro. O espaço terá 5 mil metros quadrados de área nova para exposições e atividades culturais, elevadores, estruturas de acessibilidade, um mirante, dois cafés e um restaurante.
    Localizado no bairro do Ipiranga, na zona Sul da capital paulista, o Museu Paulista foi inaugurado em 7 de setembro de 1895 como museu de História Natural e um marco representativo da Independência. Atualmente, possui um acervo de mais de 450 mil itens, entre objetos, iconografia e documentação textual, do século 17 até meados do século 20.
    Edição: Wellton Máximo

    MPF discute ações contra intolerância religiosa na Baixada Fluminense

    Publicado em 18/05/2019 - 16:17
    Por Isabela Vieira - Repórter da Agência Brasil  Rio de Janeiro
    O Ministério Público Federal (MPF) organiza uma reunião aberta, em 30 de maio, para discutir com o governo do estado do Rio de Janeiro e o município de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, medidas de combate à intolerância religiosa. Entre elas, estão ações de valorização da cultura africana e afro-brasileira nas escolas, a imunidade tributária a terreiros, acolhimento das vítimas e a repressão a grupos criminosos que atacam sacerdotes, terreiros e adeptos de religiões afro.
    O evento é um desdobramento da audiência pública realizada em 6 de maio. Na ocasião, o governo do estado já se comprometeu com o MPF a financiar um serviço de atendimento de orientação jurídica e psicossocial, em parceria com a prefeitura, por meio da Secretaria de estadual de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos.
    O MPF tem inquérito civil público aberto para investigar a intolerância religiosa em Nova Iguaçu, um dos municípios que mais registraram episódios de violência no estado nos últimos anos, segundo dados da própria Secretaria de Direitos Humanos. No último domingo (12), Dia das Mães, um terreiro de candomblé, aberto há 15 anos no bairro Parque Flora, pela terceira vez foi invadido. Traficantes, apontados por frequentadores como os invasores, fizeram um churrasco no local. Antes, em março, eles já tinham pichado a frase “Jesus é dono do lugar” e destruídos objetos.
    O episódio não é um caso isolado. O crime organizado nos bairros mais pobres de municípios da Baixada, somado à intolerância, tem se tornado uma ameaça à liberdade religiosa, afirmam lideranças ouvidas pela Agência Brasil. Por causa desses ataques, no fim de 2018, o então Ministério de Direitos Humanos chegou a divulgar Nota Pública de Repúdio, denunciando agressões feitas pelos “traficantes jesus”, identificados como neopentecostais.

    Ações coordenadas

    Integrantes da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa participam de ato em solidariedade às vítimas de atentados no Brasil, Nigéria e França. Ao centro, o babalaô Ivanir dos Santos (Fernando Frazão/Agência Brasil)
    Ao centro, o babalaô Ivanir dos Santos - Fernando Frazão/Arquivo Agência Brasil
    Ações coordenadas do Poder Público, em todas as esferas, são soluções apontadas para acabar com os ataques e enfrentar o preconceito, segundo o Relatório Intolerância Religiosa no Brasil, do Laboratório de História das Experiências Religiosas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa do Estado do Rio (CCIR), lembra o babalaô Ivanir dos Santos, interlocutor da comissão.
    “Um dos caminhos é a investigação dos casos pela Polícia Civil e campanhas que “deixem claro: a intolerância não será admitida”, acrescenta a ativista e ekedi do terreiro Ilê Omi Oju Arô, de Mãe Beata de Iemanjá, Lúcia Xavier.
    “Antes, a religião era proibida, atacada pelo Estado, reprimida pela polícia. Alegavam que era reduto de marginais para reprimir. Ocorre que agora, nos últimos anos, essa intolerância tem a ver com os fundamentalistas de origem pentecostal e que encontram aquiescência do Estado”, afirmou.
    Segundo Lúcia, que é também coordenadora da organização não governamental Criola, “a experiência institucionalizada, da violência contra os terreiros, indica que a não há preocupação do Estado em enfrentar verdadeiramente o racismo por trás dos ataques”.
    Em Nova Iguaçu, outra forma de enfrentar os ataques, de acordo com os religiosos, é por meio da urbanização dos bairros pobres. A localização de terreiros, em áreas de difícil acesso, sem esgoto, iluminação ou pavimentação deixa os templos vulneráveis, afirma Roberto Braga, sacerdote do Lumujacarê Junçara. “Aqui, em volta de 90% das igrejas evangélicas e católicas, a rua é cuidada, não tem vala na porta, não tem esgoto, tem luz, tem jardim”, disse. “Queremos a mesma dignidade, até para a própria população não nos marginalizar. Não falo nem de asfalto porque, para asfalto chegar, vai demorar muito. Eu falo é de trator, de menos lama”.
    Além de ampliar o atendimento a vítimas com apoio do governo do estado, nas audiências com o MPF, a prefeitura de Nova Iguaçu se comprometeu com ações de valorização dessas religiões. Entre elas, a organização de um cadastro das casas religiosas iguaçuanas – que chegou a ser feito em 2008, mas foi perdido, e a elaboração da lei municipal de isenção tributária.
    O Ministério Público quer avançar ainda mais na cultura, antecipa o procurador da República responsável pelo caso, Julio José Araújo. “Na cultura, infelizmente, [o diálogo] está frágil, a pasta está pouco solícita, julgando que a pauta é só de segurança”. De acordo com o procurador, no entanto, as medidas de combate à intolerância religiosa devem ser intersetoriais. “O MPF considera que, obviamente, devemos ter diálogo com a segurança pública, mas esse não pode ser um fator impeditivo para políticas públicas de outras áreas”.
    O coordenador de patrimônio imaterial da Secretaria de Cultura de Nova Iguaçu, Geraldo Bastos, explica que o município “tem um componente mais problemático: os chamados traficantes jesus”, ligados a religiões neopentecostais. “Não é uma questão que conseguimos sozinhos resolver”, disse. “Sem o braço do governo do estado, esse problema, que atinge todo o Rio, não terá o devido tratamento”. Ele também pede envolvimento de outros seguimentos religiosos.
    Na área de segurança, a aproximação é mais lenta, admite o coordenador de Promoção da Liberdade Religiosa, da Secretaria de Direitos Humanos do estado, o escritor Márcio de Jagun. “Esse é um setor bastante complexo porque é preciso identificar, em cada região, as áreas conflagradas, as peculiaridades dessa intolerância. Em Nova Iguaçu, por exemplo, os casos são extremamente violentos e envolvem, além do tráfico de drogas e milícias, a grilagem de terras”.
    Em nota, a Polícia Militar (PM) disse que “os batalhões realizam o patrulhamento dinâmico, atendendo ocorrências e também o policiamento em locais onde a mancha criminal é acentuada”. Procurada, a Polícia Civil não respondeu à Agência Brasil até a divulgação desta matéria.
    Como parte das atividades que discutem o impacto da intolerância na vida dos religiosos, está prevista para sexta-feira (24) uma oficina da Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde (Renafro). O evento será no Ilê Omolu Oxum, em São João de Meriti, também na Baixada Fluminense.
    Para denunciar atos de intolerância religiosa, vítimas e testemunhas podem discar 100, serviço do governo federal que funciona 24 horas, ou (21) 2334-9550, número do Disque Combate ao Preconceito, vinculado ao governo do estado do Rio.
    Interessados na reunião do MPF com gestores públicos podem se inscrever enviando e-mail para prrj-sjm-gaboficio3@mpf.mp.br ou pelo número (21) 2753-7918.
    Edição: Graça Adjuto