sexta-feira, 17 de maio de 2019

Escola Superior de Governo lança edital para graduação gratuita no DF

DF

São 60 vagas para o curso superior de tecnologia em gestão pública, para servidores efetivos e comunidade, via Sisu
JÉSSICA ANTUNES, DA AGÊNCIA BRASÍLIA

As aulas, que começam em agosto, serão ministradas na Escola de Governo do Distrito Federal (Egov) /Foto: Renato Araújo/Agência Brasília
A Escola Superior de Gestão (ESG) vai ofertar curso superior de tecnologia em gestão pública para 60 servidores efetivos e futuros profissionais. É a oportunidade de fazer uma graduação em uma instituição distrital pública, mantida pela Fundação Universidade Aberta do Distrito Federal (Funab), com foco em melhorias para o serviço público em geral. O projeto piloto teve seus editais publicados nesta sexta-feira (17) no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF). Outros seis cursos já foram credenciados e devem ser implementados nos próximos anos.
“O curso é voltado para as atividades de gestão da administração pública”, informa Alex Costa Almeida, diretor-executivo da Escola de Governo do Distrito Federal (Egov), onde as aulas serão ministradas. “Adota a aprendizagem baseada em problemas: traz o mundo real, a problematização para dentro do ambiente de ensino. O aluno vai aprender, mas também vivenciar os problemas encontrados no dia a dia da administração pública. Assim, alinha-se tanto a parte teórica quanto a prática em uma metodologia de ABP [Abordagem Baseada em Problemas]”.
Com início em agosto deste ano, o curso será presencial e terá carga horária de 1.960 horas, distribuídas em quatro semestres letivos. Esta será a primeira vez que a Escola Superior de Gestão ofertará um curso de graduação. As vagas serão divididas igualmente entre servidores efetivos de carreira estável, que ingressarão por processo seletivo, e – pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu) – estudantes que participaram da última edição do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A distribuição de vagas atende à lei distrital, que exige 40% das cadeiras para alunos que tenham cursado o ensino médio integralmente na rede pública, e à lei federal de cotas sociais.  
O melhor desempenho dos servidores nas suas funções vai se refletir no serviço prestado à sociedade, que é o grande interesse e política do governoAlex Costa, diretor-executivo da Escola de Governo do Distrito Federal
“É uma oportunidade ímpar”, valoriza Alex de Almeida. “É uma oferta de graduação sem custos, privilegiando o servidor público, alinhando prática à teoria, e permitindo que o servidor tenha aperfeiçoamento nas próprias atividades. Obviamente, isso tem retorno para o cidadão. O melhor desempenho dos servidores nas suas funções vai se refletir no serviço prestado à sociedade, que é o grande interesse e política do governo”.
Aos estudantes, futuros profissionais, o novo curso representa uma chance de ter acesso a um ensino superior gratuito, com subsídio do Governo do Distrito Federal. “Vemos muito nossa juventude buscando a via do concurso público”, ressalta o diretor-executivo da Egov. “É um avanço para que isso possa acontecer, permitindo que o candidato comece uma graduação voltada para isso. Além disso, também fornece grandes ferramentas para trabalhar na iniciativa privada.”
Oferta ampliada
O  curso superior de tecnologia em gestão pública funcionará como projeto-piloto para ampliação da oferta, podendo chegar à pós-graduação Segundo a Egov, seis cursos de nível superior já estão credenciados e devem ser ofertados nos próximos anos: tecnologia em gestão de recursos humanos, tecnologia em gestão de marketing, tecnologia em gestão financeira, tecnologia em gestão de materiais e tecnologia em gestão de informação.
Escola Superior de Gestão
A Escola Superior de Gestão foi credenciada junto ao Conselho de Educação do Distrito Federal (CEDF) em setembro de 2017. Em maio de 2018, foi publicado o Acordo de Cooperação Técnica entre a antiga Secretaria de Planejamento (Seplag), a Egov e a Fundação Universidade Aberta do Distrito Federal (Funab) para a implantação cursos voltados à gestão pública.
Na prática, a Funab mantém a parte tecnopedagógica da graduação, enquanto a Egov oferece a infraestrutura, otimizando a estrutura existente para menor gasto possível. Os tutores serão servidores públicos com experiência em gestão e qualificação nessa metodologia.  
Serviço
Curso superior de tecnologia em gestão pública
Número de vagas: 30 (servidores efetivos) e 30 (estudantes que prestaram o Enem por meio do Sisu)
Carga horária: 1.960 horas, distribuídas em quatro semestres (dois anos)
Aulas: segunda a sábado, das 18h45 às 22h
Início das aulas: 5/8/2019
Local: Escola de Governo (Setor de Garagens Oficiais Norte)
Inscrições: 29/5 a 12/6 (servidores) e de 4/6 a 7/6 (estudantes, via Sisu)
Divulgação do resultado definitivo do processo seletivo: 29/5 a 12/6 (servidores) e a partir de 10/6 (estudantes)
Matrículas: 11/7 a 16/7 (servidores) e 26/6 a 27/6

Para mais informações, acesse: esg.df.gov.br 

No Dia do Gari, profissionais do DF mostram orgulho pelo ofício

DF
Na celebração do Dia do Gari, saiba um pouco mais dos sonhos e das dificuldades dessas pessoas que deixam a cidade limpa

Fredson (agachado à esquerda), Adilson (agachado à direita), José Airton (E); Grazielly (C), Maria de Fátima (camisa verde) e Tamires (foto: Fredson (agachado à esquerda), Adilson (agachado à direita), José Airton (E); Grazielly (C), Maria de Fátima (camisa verde) e Tamires)

Só uma pessoa que se sente invisível em meio às demais é capaz de dizer o quanto um bom-dia pode fazer a diferença. O Dia do Gari, comemorado ontem, é a data em que esses profissionais pedem mais reflexão sobre essa questão. Por baixo do uniforme laranja, Antônios, Josés, Joanas e Marias convivem com uma realidade em que, por vezes, conquistam reconhecimento, mas também enfrentam bastante preconceito. Para o futuro, a expectativa deles — que somam mais de 4 mil contratados no Distrito Federal —, é de que a educação prevaleça e que o orgulho que têm do ofício retorne em forma de respeito.

“Nunca imaginei que estaria varrendo minha rua. Ainda mais passar um colega meu e me ver. Eu ficava com vergonha quando comecei. Algumas pessoas sequer me cumprimentavam, faziam de conta que eu não existia. É como se nos vissem como o próprio lixo. Mas gari também é gente, ser humano.” O relato é de Fredson Fernandes da Silva, 40 anos, que passou a encarar a profissão de outra forma desde que começou no ofício, em 2017, na Valor Ambiental.
A rotina de Fredson começa às 15h. Depois de assinar a folha de ponto, ele é levado até o local onde trabalhará até as 22h, com uma hora de pausa para refeição. Hoje, o emprego é a fonte de sustento para ele, a mulher e as duas filhas, de 12 e 4 anos. “Não tenho mais vergonha, trabalho todo dia de cabeça erguida. É uma profissão para eu poder ganhar o pão de cada dia. Somos pagos para deixar a cidade limpa. E, se as pessoas colaborassem um pouco, seria bem mais fácil”, completou.

O brasiliense estudou até o segundo ano do ensino fundamental e trabalhou a maior parte da vida como pedreiro. A profissão de gari permitiu que ele voltasse a sonhar. Entre os planos, está se mudar para Ibotirama (BA), onde os pais moram, com o restante da família. “Meu maior sonho é ver minhas filhas estudarem, mantê-las para não faltar comida e fazer um pé-de-meia e ir para a Bahia, viver minha vida tranquila lá, porque aqui é meio puxado. Quero ir para ficar perto de meus pais”, contou.

Apreensão


Tamires de Paiva Veras, 26, também compartilha do sonho de garantir um futuro com educação para as filhas, de 11, 9 e 3 anos. Antes de começar na carreira de gari, em 2015, ela havia trabalhado como balconista e autônoma, mas estava desempregada e morava na casa da mãe com as crianças. A contratação foi um momento maravilhoso, segundo ela, que não pensou duas vezes antes de aceitar a oportunidade. Desde então, conseguiu conquistar casa e carro próprios.

O progresso, no entanto, não veio sem esforço. Moradora do Sol Nascente, Tamires acorda todos os dias às 5h para se preparar. Em uma dessas ocasiões, poucas horas depois de chegar ao local onde ela e outros nove garis trabalhariam capinando, dois criminosos renderam o grupo e levaram oito celulares. Fora o episódio, a rotina, que vai de segunda a sábado, ainda conta com momentos de desrespeito por parte de pedestres e motoristas. “Fazemos o máximo para deixar a cidade limpa. Gostaria que todo mundo se conscientizasse a jogar o lixo na lixeira, não na rua. É preciso que as pessoas tenham mais educação”, cobra.

Na função de gari há quase dois anos, Adilson Pereira de Souza, 51, conta que chegou a ser discriminado algumas vezes enquanto trabalhava. Apesar disso, a memória não guarda apenas os momentos ruins. “No aniversário de Ceilândia do ano passado, algumas crianças nos viram e falaram ‘Mãe, olha os bombeiros!’. A mãe respondeu que não éramos bombeiros, mas varredores de rua. E eles disseram ‘Que legal! Quando crescer, quero ser varredor de rua também’”, recorda-se Adilson. “Somos reconhecidos pelas crianças. Elas passam, dão tchau, mandam beijos. Crianças são puras e verdadeiras”, completa.

Motivação


O trabalho de seis dias por semana, às vezes sob forte sol e com muitos quilômetros percorridos, não garante altos salários para quem atua na profissão. Mesmo assim, os garis do DF operam em frentes variadas: frisagem (capina), pintura de meio-fio, catação de lixo, remoção manual de resíduos e coletas em caminhões. Com isso, os riscos tornam-se parte da rotina. “Mesmo que você sinalize a área com o cone, há muitos carros (passando pelas vias). Um pequeno descuido pode provocar um acidente e causar uma tragédia. É preciso estar sempre atento”, recomenda José Airton França, 51, morador de Águas Lindas (GO) e na função há três anos.
Para monitorar não apenas o ofício, mas a exposição a riscos e o devido uso de uniforme, a fiscal Maria de Fátima Dias, 50, acompanha o trabalho de 19 garis em Ceilândia. No mesmo posto desde 2011, ela conta que presenciou momentos desagradáveis ao longo dos anos. “Na Feira (Central de Ceilândia), muitos comerciantes limpam as lojas e jogam o lixo para fora, sem estarem ensacados, depois de os garis terem varrido tudo. Essas pessoas trabalham com lixo, mas não são lixo. Estão atrás do uniforme e são seres humanos como qualquer outro. É preciso mais atitude da sociedade”, critica Maria de Fátima.

A fiscal Maria de Fátima Dias, 50, que acompanha o trabalho de 19 garis em Ceilândia, decidiu reagir aos preconceitos sofridos pelos colegas de trabalho. Ela criou os concursos de Miss e Mister Gari, em 2015. “Decidi mostrar que os garis também são gente, são capazes de entrar em uma passarela e de se saírem bem”, destaca a fiscal.

Incentivo
A quinta edição do concurso de Miss Gari e a segunda do Mister Gari acontece amanhã, a partir das 19h, no JK Shopping, em Taguatinga. A competição contou com 220 candidatos inscritos. Eles passaram por uma seleção na qual os próprios colegas escolheram os 50 finalistas para cada categoria: 30 mulheres e 20 homens. No evento deste sábado, um corpo de jurados escolherá os três primeiros lugares de cada grupo e os finalistas das categorias masculina e feminina, separadamente, premiarão os escolhidos como Miss e Mister Simpatia da noite.

FONTE: CORREIO BRAZILIENSE

PF prende em SP frentista suspeito de abusar sexualmente de bebê


O investigado vai responder pelos crimes de estupro, com pena de reclusão de 8 a 15 anos

PF prende em SP frentista suspeito de abusar sexualmente de bebê
Notícias ao Minuto Brasil
HÁ 2 HORAS POR ESTADAO CONTEUDO
JUSTIÇA CRIME
APolícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta sexta-feira, 17, no interior do Estado de São Paulo e na capital paulista, uma operação para identificar suspeitos de produzir e distribuir na internet imagens e vídeos de abuso sexual de crianças e adolescentes.
A investigação teve inicio em março, a partir da prisão, no leste europeu, de um casal que registrava em imagens e vídeos os abusos contra crianças da própria família. Os arquivos eram compartilhados na internet, inclusive na "Darkweb", uma parcela da rede que não pode ser acessada por meio de mecanismos de busca.
Informações sobre um casal brasileiro que abusou sexualmente de um bebê em vídeo chegaram a PF por meio de uma cooperação internacional envolvendo a Interpol, Austrália e França.
Segundo a PF, foram identificados dois locais onde possivelmente um desses vídeos foi produzido. A investigação também encontrou indícios sobre a identidade do suspeito que teria abusado da bebê.
A Justiça Federal autorizou a realização de buscas e decretou a prisão preventiva do principal suspeito da investigação, um frentista de 33 anos.
Os investigados vão responder pelos crimes de estupro, com pena de reclusão de 8 a 15 anos. Também serão considerados os delitos de produção, distribuição e armazenamento de pornografia infantil, com penas de, respectivamente, quatro a oito anos, três a seis anos e um a quatro anos de prisão, além de multas.

Agenda do dia

17/05/2019 - 08h00


9 horas
Plenário
Sessão de debates.
Plenário Ulysses Guimarães
15 horas
Sessão Solene 
Homenagem ao Dia do Assistente Social.
Plenário Ulysses Guimarães

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Secretário diz que é preciso resolver "buraco estrutural" para gerar empregos

16/05/2019 - 21h00


Em debate na Câmara, deputados ressaltaram a necessidade de uma reforma tributária para reaquecer a economia brasileira
O secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, Carlos Alexandre da Costa, afirmou que o governo federal deve trabalhar com mudanças estruturais para diminuir o desemprego. Segundo ele, a ideia é focar em ações de médio e longo prazos.
Will Shutter/Câmara dos Deputados
Audiência pública sobre a perspectiva das reformas da área econômica e as propostas para retomada do crescimento. Secret. Especial de Prod., Emprego e Comp. do Ministério da Economia - SEPEC/ME, Carlos Alexandre da Costa
Carlos Alexandre da Costa: governo deve priorizar ações de médio e longo prazos
“A taxa de desemprego é inaceitável. Para mudar esse quadro, precisamos primeiro resolver o buraco estrutural brasileiro”, disse. “Temos de aprovar a reforma da Previdência, uma reforma tributária no segundo semestre e criar uma agenda de competitividade que retire o peso do Estado no dia a dia das empresas”, acrescentou.
A declaração foi feita ontem (15) em audiência pública da Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços. O debate abordou a perspectiva das reformas estruturantes e a busca pela retomada do crescimento econômico.
O Brasil possui 13,4 milhões de desempregados, conforme dados divulgados nesta quinta-feira (16) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O secretário listou problemas que, na visão dele, atrapalham a produtividade e a queda do desemprego: infraestrutura inadequada, falta de trabalhadores qualificados e baixo nível de integração a cadeias globais, entre outros. “Precisamos de medidas que ajudem a indústria a adotar as melhores técnicas, além de qualificar a mão de obra. O setor de informática tem 400 mil vagas em aberto”, exemplificou.
Reforma tributária
Vários parlamentares defenderam a necessidade de agilizar a reforma tributária (PEC 45/19) para reaquecer a economia. O texto recebeu ontem parecer favorável na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) e deve ser votado pelo colegiado na próxima semana.
“A reforma tributária facilitará a geração de empregos. Os encargos para as empresas médias e pequenas, que geram o número de postos de trabalho, são altíssimos”, comentou o deputado Vinicius Carvalho (PRB-SP).
Conforme o deputado Zé Neto (PT-BA), o Brasil não vai avançar se não sair da estagnação do sistema tributário e manter regalias a alguns setores.
Will Shutter/Câmara dos Deputados
Audiência pública sobre a perspectiva das reformas da área econômica e as propostas para retomada do crescimento. Dep. Bosco Saraiva (SOLIDARIEDADE-AM)
Bosco Saraiva: reforma tributária pode ser discutida simultaneamente à da Previdência
Para o presidente da Comissão de Desenvolvimento Econômico, deputado Bosco Saraiva (Solidariedade-AM), o Congresso pode e deve discutir a reforma tributária simultaneamente com a da Previdência (PEC 6/19). “Estamos meio que paralisados, somente discutindo a reforma da Previdência”, afirmou. “Precisamos colocar na pauta conjunta as novas regras de aposentadoria, a reforma tributária e a lei anticrime. Os três pontos são fundamentais para a população.”
Pronatec
De acordo com o secretário de Políticas Públicas para o Emprego do Ministério da Economia, Fernando Holanda, o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) não cumpriu seu objetivo e está em reformulação. “Um erro é você não vincular a oferta de cursos com a demanda do mercado. Você treina uma pessoa com uma função que não tem ninguém querendo contratar”, argumentou. Segundo Holanda, o Pronatec vai ter maior vinculação com o mercado na gestão Bolsonaro.
O deputado Zé Neto discordou. Na opinião dele, o governo está, na verdade, cortando o fomento ao ensino técnico. “O Pronatec é para ser melhorado, não estrangulado”, criticou.
Idosos e jovens
Questionado sobre políticas de emprego para idosos, Carlos Alexandre da Costa informou que o governo não priorizará um grupo social e etário específico, mas, sim, pessoas há mais tempo desempregadas. “Vamos focar naqueles que ficam mais tempo desempregados, o que inclui os idosos.”
Fernando Holanda falou que haverá mudanças também no setor de aprendizagem. “Queremos que o adolescente aprendiz aprenda, de fato, o ofício e isso permita que ele consiga emprego”, pontuou. Segundo ele, a política pública atual limita muito o tipo de atividade que o aprendiz pode executar, o que dificulta a empregabilidade.
eSocial
Costa afirmou também que haverá cortes e adaptações no eSocial, sistema de registro para a escrituração digital de obrigações fiscais, previdenciárias e trabalhistas.
A ideia do sistema de reduzir a burocracia não deu certo, na avaliação do secretário. “O eSocial foi resultado de uma realidade dos governos anteriores de falta de integração e de um desejo arbitrário de controle, sem entender as repercussões que isso trazia”, sustentou.

ÍNTEGRA DA PROPOSTA:

Reportagem – Tiago Miranda
Edição – Marcelo Oliveira

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    Montadoras poderão ser obrigadas a divulgar ações para redução de acidentes

    16/05/2019 - 19h14


    O Projeto de Lei 1581/19 torna obrigatório o fornecimento de informações relativas a ações e metas de redução de mortes e acidentes no trânsito aos proprietários de veículos automotores no momento de sua comercialização.

    O texto inclui a obrigatoriedade no Código de Trânsito Brasileiro (Lei 9.503/97) e prevê que montadoras, encarroçadoras, importadores e fabricantes, ao comerciarem veículos automotores de qualquer categoria, forneçam a legislação no momento da comercialização.

    Também exige que estatísticas, ações e metas de redução dos índices de mortos por grupo de veículos e dos índices de mortos por grupo de habitantes para cada um dos estados da Federação também sejam divulgados.
    Cleia Viana/Câmara dos Deputados
    Lançamento da Frente Parlamentar. Dep. João H. Campos (PSB - PE)
    João H. Campos: é possível usar sensores nos carros para perceber se o motorista está alcoolizado, por exemplo
    A proposta ainda inclui informações sobre novas soluções estratégicas e tecnológicas para a mobilidade, logística e segurança dos veículos, visando evitar acidentes entre as exigências a serem cumpridas no ato da comercialização dos veículos.

    O autor do projeto, deputado João H. Campos (PSB-PE), explica que a proposta visa ampliar os esforços para a mobilização de toda a sociedade brasileira a fim de atacar a tragédia dos mortos e acidentados que o trânsito brasileiro provoca.

    “Atualmente, todos os carros fabricados no Brasil têm que sair de fábrica com airbags e freio abs, que evitam o bloqueio das rodas. É possível avançar na tecnologia de segurança dos veículos, utilizar equipamentos eletrônicos e sensores que podem ser incorporados aos veículos para salvar vidas, para perceber, por exemplo, quando o motorista está ao volante sob influência do álcool ou de drogas”, diz o parlamentar.

    Tramitação
    O projeto, que tramita conclusivamente, será analisado pelas comissões de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços; de Viação e Transportes; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

    ÍNTEGRA DA PROPOSTA:

    Reportagem – Luiz Gustavo Xavier
    Edição – Ana Chalub

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    Mulher de 22 anos é atingida por disparo de arma de fogo em tentativa de feminicídio no DF

    D
    Crime ocorreu em loja de conveniência em Sobradinho; vítima sofreu lesões nas costas e no queixo. Atirador não foi localizado.
    Estabelecimento em Sobradinho, no DF, onde mulher de 22 anos foi vítima de tentativa de feminício por disparo de arma de fogo — Foto: Polícia Civil/Divulgação
    Uma mulher de 22 anos foi vítima de uma tentativa de feminicídio na madrugada desta sexta-feira (17) em Sobradinho, região administrativa do Distrito Federal.
    Ela foi atingida por três tiros de arma de fogo, nas costas e no queixo, e levada ao Hospital Regional de Sobradinho (HRS). O crime ocorreu em uma loja de conveniência onde a jovem estava com uma amiga.
    Até a publicação desta reportagem, a Polícia Civil desconhecia a identidade do atirador. A amiga da vítima afirmou, em depoimento, que não sabe quem ele é. Segundo a jovem, as duas tinham chegado à loja cerca de uma hora antes dos disparos.
    O homem teria entrado no comércio atirando, sem abordar a vítima ou falar com as pessoas que estavam no local. O dono do estabelecimento disse à polícia que não presenciou o momento dos tiros, porque estava guardando mesas em uma parte interna da loja.
    O caso é investigado pela 35ª DP, que fica na região.

    Feminicídio no DF

    Desde 2017 a Segurança Pública do DF adota um protocolo para que todas as mortes violentas de mulheres sejam, inicialmente, registradas como feminicídio. Somente após o esclarecimento dos fatos, a hipótese é descartada ou acolhida na polícia.
    Neste ano, de janeiro até maio, o GDF tinha confirmado 12 assassinatos de mulheres no DF (veja abaixo).
     G1 DF.

    Dia Nacional da Luta Antimanicomial é lembrado em sessão solene

    16/05/2019 - 18h32


    A Câmara dos Deputados realizou hoje (16) homenagem ao Dia Nacional da Luta Antimanicomial. Em discurso enviado para ser lido no plenário, o presidente da casa, Rodrigo Maia, disse que o tema é um dos mais sensíveis da saúde pública.
    Maia ressaltou a importância da Lei da Reforma Psiquiátrica (10.216/01), que conseguiu estabelecer um novo modelo de tratamento. Foram criados os centros de atendimentos psicossociais (CAPS), que, segundo ele, incentivam o convívio familiar, o respeito aos direitos humanos e a dignidade dos usuários.
    Michel Jesus/Câmara dos Deputados
    Homenagem ao Dia Nacional da Luta Antimanicomial
    O Grupo Musical do CAPS AD Ceilândia se apresentou durante a solenidade
    “Espera-se, portanto, que, sem prejuízo da discussão acadêmica ou do intercâmbio permanente de experiências, o Brasil se mantenha na vanguarda da luta antimanicomial, contra o confinamento indeterminado, o isolamento e a segregação social dos pacientes psiquiátricos”, salientou.
    No mesmo sentido, Deborah Duprat, procuradora federal dos Direitos do Cidadão, afirmou que a lei em vigor deve ser mantida e que os hospitais psiquiátricos costumam ser locais de graves violações dos direitos dos pacientes.
    A procuradora criticou a aprovação, ocorrida no Senado nesta quarta-feira (15), do PL 7663/10, que altera a política nacional de drogas e autoriza a internação compulsória de usuários. Para ela, a medida pode agravar a situação das pessoas em sofrimento psíquico. “Temos inúmeros desafios pela frente, pois regimes com baixa densidade democrática querem encarcerar sempre e cada vez mais”, destacou.
    Também preocupada com a proposta, Andressa de França Alves Ferrari, representante do Movimento Pró-Saúde Mental, afirmou que o momento é de apreensão e mobilização contra a volta dos manicômios. “Estamos assustados com a tentativa de se naturalizar o mercado da loucura. Estamos tristes, porque ontem o campo de álcool e drogas perdeu na votação de um projeto de lei higienista, encarcerador e violento. Mas nós estamos mobilizados”, frisou.
    O deputado Alexandre Padilha (PT-SP) recordou que as instituições manicomiais eram “casas dos horrores”. Para Padilha, é preciso falar sobre o passado para existir a consciência da necessidade de resistir contra a internação compulsória. “O som que mais assustava a todos era o som das portas de ferro das enfermarias, que eram verdadeiras prisões”, lamentou.
    A autora do pedido para a solenidade, deputada Erika Kokay (PT-DF), enfatizou a importância de se buscar a humanização no tratamento dos doentes mentais, discutindo os processos terapêuticos. Ela também criticou a proposta aprovada pelo Senado, que valoriza as comunidades terapêuticas como opção no tratamento de viciados em drogas. Kokay disse que essas comunidades muitas vezes são “manicômios travestidos”. “Não somos coisas para sermos jogados em manicômios e asilos; é em defesa dessa humanidade que estamos aqui”, finalizou.
    Audio Player
    Ouça esta reportagem na Rádio Câmara

    ÍNTEGRA DA PROPOSTA:

    Reportagem - Karina Berardo
    Edição - Ana Chalub

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