terça-feira, 30 de abril de 2019

Siamesas separadas no DF passam bem após cirurgia

DF
Mel e Lis nasceram ligadas pela cabeça. Cirurgia inédita na capital durou 20 horas e reuniu mais de 50 profissionais.
Mel e Lis nasceram com parte do cabeça ligada. Bebês passaram por cirurgia inédita no DF — Foto: Acervo Pessoal
Mel e Lis nasceram com parte do cabeça ligada. Bebês passaram por cirurgia inédita no DF — Foto: Acervo Pessoal

Nesta segunda-feira (29), Camila contou que, no período de gestação, os médicos chegaram a cogitar um aborto.

“Colocaram pra gente a possibilidade de abortar, mas jamais eu iria abortar.”

Era madrugada de domingo (28) quando Camila e o marido Rodrigo Martins Aragão viram, pela primeira vez, as duas filhas separadas.
“Primeiro vimos a Mel na maca de cirurgia e já começamos a chorar. Eu pensei: gente, é uma boneca, não é minha filha. Não acreditei. Quando vimos a Lis é que a ficha caiu”, lembrou Camila.




As gêmeas Mel e Lis foram separadas depois de quase 11 meses, em cirurgia inédita no DF — Foto: Acervo Pessoal



Emoção da equipe

A separação das gêmeas também emocionou os médicos e a equipe. Parte do grupo acompanha Lis e Mel desde a gestação.

Mais de 50 profissionais participaram da cirurgia no Hospital da Criança de Brasília José de Alencar. Foi o primeiro procedimento do tipo no Distrito Federal, o terceiro no Brasil e o décimo no mundo.

“Tinha gente que depois da cirurgia não queria ir embora. Não tem como não se envolver”, conta o neurocirurgião que coordenou a operação, Benício Oton de Lima.
As gêmeas Mel e Lis foram separadas depois de quase 11 meses, em cirurgia inédita no DF — Foto: Acervo Pessoal
Cirurgia de separação das gêmeas no Hospital da Criança — Foto: Humberto Sousa/DivulgaçãoCirurgia de separação das gêmeas no Hospital da Criança — Foto: Humberto Sousa/Divulgação
Cirurgia de separação das gêmeas no Hospital da Criança — Foto: Humberto Sousa/Divulgação
Agora todas as energias estão voltadas para a recuperação das pequenas pacientes. Segundo os médicos, os primeiros dias são os mais importantes para a recuperação.
"Elas não estão fora de risco porque quanto maior o tempo de cirurgia, maior também é o risco. Mas estão dando a resposta esperada”, explicou o cirurgião plástico Ricardo de Lauro.
Rodrigo Martins e Camila Vieira pais das gêmeas siamesas Lais e Mel, operadas em Brasília — Foto: Humberto Sousa/DivulgaçãoRodrigo Martins e Camila Vieira pais das gêmeas siamesas Lais e Mel, operadas em Brasília — Foto: Humberto Sousa/DivulgaçãoRodrigo Martins e Camila Vieira pais das gêmeas siamesas Lais e Mel, operadas em Brasília — Foto: Humberto Sousa/Divulgação
Os pais das gêmeas também estão com o olhar voltado para o futuro.
“O coração está muito apertado, mas estamos esperançosos de que vai dar tudo certo”, disse o pai das gêmeas.
Parte da equipe que fez a cirurgia e os pais das gêmeas Mel e Lis — Foto: Daumildo Júnior/G1Parte da equipe que fez a cirurgia e os pais das gêmeas Mel e Lis — Foto: Daumildo Júnior/G1Parte da equipe que fez a cirurgia e os pais das gêmeas Mel e Lis — Foto: Daumildo Júnior/G1

Planos para o futuro

Mel e Lis, estão na CTI. A equipe médica acredita que elas devem ficar internadas entre por, pelo menos, duas semanas. Mas Camila já tem planos.
“A gente quer colocar elas no carrinho e sair para passear, no shopping ou em um parque.”
A mãe sabe que para realizar os pequenos sonhos vai demorar um pouco, mas está confiante. Camila pediu que as pessoas continuem torcendo e rezando pelas bebês.
"Uma etapa foi vencida, agora vamos enfrentar as que ainda virão."


FONTE: Daumildo Júnior*, G1 DF

Morte da universitária Natália Costa foi acidental, conclui Polícia Civil do DF

DF
Por Pedro Alves, G1 DF
 

Natália Costa foi encontrada morta no Lago Paranoá — Foto: Reprodução/InstagramNatália Costa foi encontrada morta no Lago Paranoá — Foto: Reprodução/Instagram
Natália Costa foi encontrada morta no Lago Paranoá — Foto: Reprodução/Instagram
A Polícia Civil do Distrito Federal concluiu o inquérito que investigava a morte da estudante Natália Costa, 19 anos. Segundo as apurações, a jovem se afogou acidentalmente. "Não houve homicídio", afirmou o delegado-chefe da 5ª DP, Gleyson Mascarenhas.
Apesar da conclusão de óbito acidental, o jovem Wendel Yuri de Souza Caldas, 19 anos, que chegou a ser investigado por envolvimento na morte da estudante, foi indiciado por omissão de socorro. De acordo com o delegado, apesar de estar embriagado, o rapaz deveria ter procurado socorro para a vítima.
"Acreditamos que, naquele momento em que a vítima estava se afogando, ele não tinha condições físicas de prestar socorro. Por estar embriagado. Mas nós também não podemos afirmar que ele não tinha condições de pedir ajuda", explicou Mascarenhas.
Wendel Caldas, que estava com Natália Costa em clube do DF, chegou algemado na delegacia, nessa segunda-feira  — Foto: TV Globo/ReproduçãoWendel Caldas, que estava com Natália Costa em clube do DF, chegou algemado na delegacia, nessa segunda-feira  — Foto: TV Globo/Reprodução
Wendel Caldas, que estava com Natália Costa em clube do DF, chegou algemado na delegacia, nessa segunda-feira — Foto: TV Globo/Reprodução
O crime é de menor potencial ofensivo e a pena-base varia entre um e seis meses de reclusão. Como no caso a jovem morreu, a sanção pode ser triplicada. O inquérito foi encaminhado ao Ministério Público do DF, que decidirá se apresenta denúncia contra o rapaz.

Investigação

O caso ocorreu no dia 31 de março. Segundo a investigação da polícia, Wendel Yuri estava embriagado e desacordado em um parquinho próximo a um clube da Marinha, no Lago Sul, onde ele e Natália aproveitavam uma festa. Os dois não se conheciam, de acordo com o delegado.
Em determinado momento, a jovem teria se aproximado e jogado um copo de bebida na cabeça dele. A apuração indica que os dois iniciaram então uma brincadeira. Eles teriam rolado na grama juntos e mordido um ao outro.
Delegado Gleyson Mascarenhas, titular da 5ª DP (Plano Piloto. — Foto: Pedro Alves/G1Delegado Gleyson Mascarenhas, titular da 5ª DP (Plano Piloto. — Foto: Pedro Alves/G1
Delegado Gleyson Mascarenhas, titular da 5ª DP (Plano Piloto. — Foto: Pedro Alves/G1
Depois, decidiram entrar no lago. Segundo a Polícia Civil, ambos mergulharam, mas Natália não retornou à superfície.
A investigação apontou que existe um declive entre 2,5 metros e 3 metros próximo à região onde os dois mergulharam, o que pode ter causado o afogamento da jovem.
A polícia diz que após perceber que a estudante não havia retornado, Yuri teria tentado procurá-la. Sem sucesso, ele acabou saindo do lago e retornando à festa. O corpo de Natália foi encontrado no dia seguinte.

Críticas

Ao informar as conclusões do inquérito, o delegado também comentou afirmações críticas feitas por representantes da família da vítima, que pediam mais "transparência" nas investigações. Segundo o delegado, o inquérito foi bem fundamentado.
"Com relação a essa alegação de que a polícia não investigou a fundo, ela não tem base nenhuma. Nós ouvimos 35 pessoas durante a investigação, 32 delas estavam no churrasco. Foram produzidos diversos laudos. A questão é que as investigações às vezes não agradam determinada parte", argumentou.
Familiares e amigos de Natália estavam vestidos com camisetas estampando o rosto da universitária  — Foto: Daumildo Júnior/G1Familiares e amigos de Natália estavam vestidos com camisetas estampando o rosto da universitária  — Foto: Daumildo Júnior/G1Familiares e amigos de Natália estavam vestidos com camisetas estampando o rosto da universitária — Foto: Daumildo Júnior/G1
O delegado também afirmou que o pedido da família de Natália para que fosse realizada uma reconstituição dos fatos "não tem utilidade nenhuma". De acordo com Gleyson Mascarenhas, a dinâmica do ocorrido já foi esclarecida e a única pessoa que poderia participar da reconstituição, o jovem Wendel Yuri, já indicou que não tem interesse.
No último dia 24, familiares de Natália Costa fizeram uma manifestação em frente à 5ª DP, onde o caso era investigado. O ato ocorreu no dia em que a jovem completaria 20 anos de idade. Além de pedir mais clareza na investigação, o grupo soltou balões brancos, bateu palmas para homenagear a estudante e fez uma oração.

G1 DF

EUA puxam queda de 27% em investimentos estrangeiros no mundo em 2018

MUNDO
Os investimentos estrangeiros no mundo caíram 27% em 2018 a respeito do ano anterior, o nível mais baixo desde 1999, sobretudo pelo efeito da reforma tributária realizada pelos Estados Unidos, que motivou uma repatriação em massa de capitais pelas empresas do país.A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) explicou em relatório anual divulgado nesta segunda-feira que os fluxos de investimento estrangeiro ficaram no ano passado em US$ 1,097 trilhão, registrando a terceira queda anual consecutiva, o que representa 1,3% do Produto Interno Bruto (PIB) global.Os Estados Unidos, que habitualmente são o principal investidor (em 2017 tinham injetado US$ 316 bilhões no exterior), apresentaram pela primeira vez desde 2005 um saldo negativo, de US$ 48 bilhões.O primeiro da lista passou a ser o Japão, com US$ 143 bilhões, apesar de uma considerável queda a respeito a 2017 (US$ 160 bilhões), seguido por China (US$ 96 bilhões, US$ 138 bilhões em 2017), França (US$ 93 bilhões, US$ 58 bilhões em 2017), Alemanha (US$ 63 bilhões, US$ 88 bilhões em 2017) e Holanda (US$ 59 bilhões, US$ 28 bilhões em 2017).Os fluxos recebidos pelos países da OCDE diminuíram 23% em conjunto e representaram US$ 625 bilhões, 48% do total mundial, porcentagem inferior ao 53% de 2017 e ao 64% de 2016, mas comparável ao 47% registrado como média entre 2012 e 2014.Essa diminuição se deveu, em boa medida, à saída de capitais da Irlanda (US$ 66 bilhões) e da Suíça (US$ 87 bilhões), que os autores do relatório atribuem provavelmente à repatriação de capitais de filiais de empresas americanas instaladas nesses países.Por outro lado, os grandes receptores de investimentos em 2018 foram os Estados Unidos, com US$ 270 bilhões (frente aos US$ 292 bilhões de 2017), a China, com US$ 203 bilhões (US$ 166 bilhões em 2017), o Reino Unido, com US$ 64 bilhões (US$ 101 bilhões em 2017) e o Brasil, com US$ 61 bilhões (US$ 68 bilhões em 2017). 

EFE