quarta-feira, 3 de abril de 2019

Ajuda humanitária da Cruz Vermelha chega a Moçambique

MUNDO
Entidade anunciou que suprimentos chegaram a uma comunidade próxima da cidade de Beira que ficou completamente isolada após a passagem de ciclone. ONU começou campanha de vacinação contra cólera na cidade, que já tem mais de 1,4 mil pessoas infectadas.

A foto, do dia 21 de março, mostra uma voluntária da Cruz Vermelha moçambicana carregando mantimentos para sobreviventes do ciclone Idai, na Beira, em Moçambique. — Foto: Red Cross Red Crescent Climate Centre/Handout via ReutersA foto, do dia 21 de março, mostra uma voluntária da Cruz Vermelha moçambicana carregando mantimentos para sobreviventes do ciclone Idai, na Beira, em Moçambique. — Foto: Red Cross Red Crescent Climate Centre/Handout via Reuters
A foto, do dia 21 de março, mostra uma voluntária da Cruz Vermelha moçambicana carregando mantimentos para sobreviventes do ciclone Idai, na Beira, em Moçambique. — Foto: Red Cross Red Crescent Climate Centre/Handout via Reuters
A Cruz Vermelha anunciou, nesta quarta (3), que os primeiros mantimentos enviados pela organização chegaram à comunidade de Búzi, em Moçambique. Segundo a organização, mais de 2,3 mil pessoas estavam isoladas no local, que fica a cerca de 160 km ao sul da cidade de Beira, a mais afetada pelo ciclone Idai, que atingiu o país no dia 14 de março.
A entidade informa que a leva de mantimentos — que incluiu kits de abrigo, galões, jogos de cozinha, lonas, baldes e ferramentas — é a primeira de muitas que devem chegar a 20 mil pessoas em Búzi.
" Todos os suprimentos de socorro trazidos para esta distribuição foram entregues por barco e por ar, já que todo o acesso rodoviário foi completamente impossível ", explicou Jamie LeSueur, líder de equipe no Comitê Internacional da Cruz Vermelha.
A Cruz Vermelha já estava no território cerca de duas semanas antes de o ciclone chegar ao país e continua a apoiar "mais de 200 mil pessoas na zona de desastre", segundo comunicado. A cidade costeira de Beira, com quase meio milhão de habitantes, foi destruída em 90% pelo ciclone Idai, que deu origem à pior crise humanitária na história recente de Moçambique.
“Sabemos que existem muitas áreas duramente atingidas, como Búzi, onde as pessoas precisam desesperadamente de ajuda. Estamos fazendo tudo o que podemos para alcançar essas pessoas o mais rápido possível ”, disse LeSueur. “As famílias que encontramos ontem já passaram por tantas coisas. Mas houve verdadeira alegria hoje, e foi incrível ver a resiliência dessas pessoas quando elas começaram a trilhar o caminho para reconstruir suas vidas ”, afirmou.
Ciclone Idai atingiu Moçambique, Zimbábue e Malawi  — Foto: Karina Almeida/ G1Ciclone Idai atingiu Moçambique, Zimbábue e Malawi  — Foto: Karina Almeida/ G1Ciclone Idai atingiu Moçambique, Zimbábue e Malawi — Foto: Karina Almeida/ G1
Nesta terça (2), o Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC) de Moçambique comunicou que 598 pessoas morreram e 1.641 ficaram feridas por causa da tempestade tropical.

Vacinação

Também na Beira, oficiais de saúde da ONU lançaram nesta quarta (3) uma campanha de vacinação contra o cólera — que já infectou 1.428 pessoas em Moçambique, de acordo com o governo. A agência de saúde da organização afirma que enviou cerca de 900 mil doses da vacina, que é dada por via oral, para o país. O objetivo é imunizar essa quantidade de pessoas em seis dias.
"Não devemos focar tanto nos números, já que há, ainda, muitas pessoas que não estão sendo testadas para o cólera", afirmou o porta-voz da ONU Christian Lindmeier. "O mais importante é tratar as pessoas doentes o mais rápido possível".
Criança recebe tratamento para cólera em centro da OMS, na cidade de Beira, em Moçambique — Foto: Tsvangirayi Mukwazhi/AP Criança recebe tratamento para cólera em centro da OMS, na cidade de Beira, em Moçambique — Foto: Tsvangirayi Mukwazhi/AP Criança recebe tratamento para cólera em centro da OMS, na cidade de Beira, em Moçambique — Foto: Tsvangirayi Mukwazhi/AP
A campanha deve vacinar, inicialmente, 100 mil pessoas, e tem previsão de se estender para fora de Beira nos próximos dias.
Existem três vacinas para o cólera pré-qualificadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS), todas de administração oral e que requerem duas doses para proteção total: a primeira garante proteção por seis meses. A segunda, por um período de três a cinco anos, segundo a organização.
Nos primeiros quatro meses de 2018, mais de 15 milhões de doses da vacina contra o cólera foram aprovadas para uso global, diz a OMS. Para ser incluída na lista da organização, uma vacina precisa estar de acordo com as especificações operacionais para embalagem e apresentação para compra e ser adequada para uso na população alvo.
Em 2016, uma outra versão da vacina, de dose única, foi aprovada nos EUA, onde as versões pré-aprovadas pela OMS não estão disponíveis.
O cólera é endêmico em Moçambique, que teve surtos frequentes nos últimos cinco anos. Cerca de 2 mil pessoas foram infectadas no último deles, que terminou em fevereiro de 2018, de acordo com a ONU. A escala de destruição da infraestrutura sanitária de Beira, assim como a população densa da cidade, têm levantado temores de que outra epidemia seja difícil de controlar.
Na terça-feira (2), as Nações Unidas pediram US$ 392 milhões (cerca de R$ 1,5 bilhão) à comunidade internacional para financiar a resposta humanitária no sul da África pelos próximos três meses. Até agora, US$ 46 milhões (cerca de R$ 177 milhões) foram recebidos.

FONTE: G1

Uma a cada cinco unidades de saúde no mundo não tem saneamento básico, diz relatório da OMS

SAÚDE 
Novo relatório da Organização Mundial da Saúde em parceria com a Unicef aponta que mais de 1,5 bilhão de pessoas são impactadas pelo problema.
Uma a cada cinco unidades de saúde no mundo não tem saneamento básico, um problema com potencial para afetar o tratamento de 1,5 bilhão de pessoas. O dado foi divulgado nesta quarta-feira (3) em relatório inédito feito pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em parceria com a Unicef. O documento é resultado de um primeiro estudo internacional sobre água, saneamento e higiene em unidades de saúde.
Muitos centros de saúde também não dispõem de instalações básicas para higiene das mãos e separação segura para a eliminação do lixo. De acordo com a OMS, esses serviços são essenciais para prevenir as infecções, reduzir a disseminação da resistência bacteriana e garantir que os serviços tenham qualidade, principalmente o parto seguro.
"Os serviços de água, saneamento e higiene nas unidades de saúde são requisitos básicos para a prevenção e o controle de infecções, além de garantir o atendimento de qualidade. Eles são fundamentais para respeitar a dignidade e os direitos humanos de todas as pessoas que procuram cuidados à saúde, e também aos próprios profissionais da área", disse António Guterres, secretário-geral das Nações Unidas.

Países menos desenvolvidos

O texto faz um recorte relacionado apenas aos países menos desenvolvidos. Neles, 55% das unidades de saúde apresentavam serviços básicos de acesso à água. Estima-se que um em cada cinco nascimentos nesses lugares ocorrem em centros de saúde com as condições inadequadas, atingindo 17 milhões de mulheres.
"Quando um bebê nasce em um estabelecimento de saúde sem água, saneamento e higiene adequados, o risco de infecção e morte para a mãe e o filho é alto", afirmou a diretora-executiva da Unicef, Henrietta Fore.
"Todo parto precisa ser apoiado por duas pessoas com mãos lavadas com água e sabão, usando equipamentos esterilizados e em um ambiente limpo."
Os pesquisadores apontam que mais de um milhão de mortes por ano estão relacionadas com nascimentos em locais inadequados. As infecções são responsáveis por 26% das mortes neonatais e 11% da taxa de mortalidade materna.
"Imagine dar à luz ou levar o próprio filho doente a uma unidade de saúde sem água potável, banheiro, ou instalações para lavar as mãos", pergunta Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS.
"Essa é a realidade de milhões de pessoas todos os dias. Ninguém deveria passar por isso, e nenhum profissional de saúde deveria precisar prestar os cuidados nessas condições. Garantir que todos os estabelecimentos tenham serviços básicos de água, saneamento e higiene é essencial para alcançar um mundo mais saudável, seguro e justo."
Na próxima Assembleia Mundial da Saúde, em maio deste ano, os governos irão debater uma nova resolução sobre o acesso à água, ao saneamento básico e à higiene em unidades de saúde. O relatório da OMS e Unicef aponta, também, oito ações que os países podem tomar como meta para garantir a melhoria desses serviços.

FONTE: 1

Direito na UEG promove palestra sobre os regimes de prisão no Brasil

EDUCAÇÃO
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O curso de Direito na Universidade Estadual de Goiás (UEG) Campus Iporá mostra que será de eventos e interação com a comunidade local. Já foi realizado uma primeira palestra que traz da comunidade profissional do Direito para mostrar aos alunos os seus conhecimentos.

Poucos dias depois da aula inaugural, foi feita uma palestra na unidade. O evento levou o nome de “Café com Direito”, que foi às 9 da manhã do dia 29 de março.

Na sua primeira edição, o evento contou com a participação do Dr. Fabrício Cunha, advogado e presidente do Conselho da Comunidade em Iporá. O projeto Café com Direito objetiva levar para a comunidade a discussão a cerca de temas relevantes da seara jurídica, promovendo a democratização do conhecimento jurídico e a transformação social.

O advogado palestrante falou sobre os regimes de prisão no Brasil.

Fonte:: Oeste Goiano

Estudante inadimplente com Fies pode pedir renegociação da dívida

EDUCAÇÃO
O prazo foi fixado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), gestor do Fies, e formalizado no Diário Oficial

MARCOS SANTOS/USP IMAGENS

Estudantes inadimplentes ou em atraso no pagamento de contratos do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) podem pedir renegociação da dívida com o banco no período de 29 de abril a 29 de julho de 2019. O prazo foi fixado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), gestor do Fies, e está formalizado em portaria no Diário Oficial da União (DOU).
A possibilidade de renegociação do saldo devedor foi autorizada pelo Comitê Gestor do Fies em outubro do ano passado. Antes, o aluno que deixasse de pagar alguma parcela do financiamento teria apenas a opção de quitar o valor à vista.
Segundo a resolução do comitê, o banco fica autorizado a repactuar dívidas com o Fies para os contratos de financiamentos concedidos até o 2º semestre de 2017 que estejam inadimplentes com atraso mínimo de 90 dias na fase de amortização.
renegociação poderá ser feita em uma das duas modalidades: reescalonamento ou novo parcelamento. Mas há uma condição para que os alunos possam aderir à medida: terão de pagar uma parcela de entrada, em espécie, correspondente a 10% do valor consolidado da dívida vencida ou no valor de R$ 1 mil, o que for maior.
Segundo dados do FNDE, gestor do Fies, 500 mil estudantes poderão ser beneficiados com a renegociação. O saldo devedor que eles acumulam soma mais de R$ 10 bilhões.
 FONTE: METRÓPOLES

Censo Demográfico 2020 corre o risco de não ser realizado

OPINIÃO 
O orçamento para o Censo 2020 ainda não está garantido e os concursos necessários à contratação de pessoal para as operações também não
Foto: IBGE/Divulgação
O Censo Demográfico 2020 pode ficar mais enxuto ou simplesmente deixar de existir. Esse risco é reconhecido pelos próprios coordenadores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), órgão responsável pela elaboração e realização do censo há mais de 80 anos. Para debater o assunto, entrevistei Dalea Antunes, mestre em Geografia e doutoranda em Sociologia; Hugo Saramago, mestre e doutorando em Economia; Luanda Botelho, mestre em Sociologia e professora de Direito do Trabalho, todos coordenadores da Assibge Núcleo Chile.
Nos últimos meses o IBGE tem aparecido na mídia como foco de preocupação a respeito de uma possível não realização, adiamento ou cortes significativos no Censo Demográfico. Essa preocupação procede?
Luanda: Procede. O orçamento para o Censo 2020 ainda não está garantido e os concursos necessários à contratação de pessoal para as operações também não. O prazo parece distante, mas não podemos esquecer que o orçamento para 2020 será definido em agosto de 2019. Concursos públicos, processos de compras e contratações também precisam ser realizados com antecedência. Em 2019, recebemos 1/3 a menos do que era necessário, o que já impactou as atividades previstas para este ano.
O ministro Paulo Guedes, no dia da posse da nova presidente do IBGE, falou que o Instituto precisa ser criativo para realizar o Censo, vendendo prédios, por exemplo. Como vocês encaram essas declarações?
Dalea: Verdade seja dita, o Censo não é uma operação cara, para o que ele fornece em troca. O orçamento estimado originalmente para 2020 é de 3,4 bilhões, mas o Censo só acontece uma vez a cada década e suas informações são usadas por todos os estados e municípios do Brasil para fazer políticas públicas. É menos do que o impacto em um ano do último aumento salarial concedido ao Poder Judiciário. São R$ 17 reais por brasileiro, menos que uma pizza. Porém, é claro que esses 3,4 bilhões não vão sair da venda de prédios. Em primeiro lugar, porque a alternativa seria colocar toda a estrutura física e humana do IBGE em prédios alugados, o que custaria muito mais caro mesmo no curto prazo. Em segundo lugar, por quanto o ministro acredita que venderíamos um prédio velho em Parada de Lucas, por exemplo? E os próximos Censos, vamos vender o que para poder fazer?
E a nova Presidente, Susana Guerra, como ela reagiu?
Dalea: No discurso de posse e em outras oportunidades, a Susana tem repetido que o Censo é prioridade, que está comprometida com sua realização. Mas na reunião que teve com a direção nacional de nosso sindicato, no dia 28 de março, confirmou que não haverá concurso público em 2019 e falou que teremos de nos acostumar com a ideia de trabalhar com uma redução de pelo menos 25% do orçamento previsto para o Censo. Alguns dias antes, ela promoveu no IBGE um seminário com uma palestrante do Banco Mundial, que falou verdadeiros impropérios sobre o Censo, revelando total desconhecimento sobre o Brasil e o trabalho do IBGE. Imagine só que a palestrante sugeriu uma redução da amostra do Censo para 9 mil domicílios! O Brasil é uma federação, uma série de políticas públicas são de competência municipal, educação infantil, desenvolvimento urbano… e temos 5570 municípios. Ela espera que apliquemos menos de 2 questionários completos em cada município? O cálculo da quantidade de domicílios necessários na amostra para gerar informações confiáveis para os municípios não é feito da noite para o dia. A equipe de métodos do IBGE tem total expertise para essa definição. Estamos muito preocupados também com a integridade do questionário do Censo. Qualquer corte realizado sem o devido estudo das áreas temáticas responsáveis pode significar, no mínimo, um rompimento de série histórica de informações e até a ausência de dados indispensáveis para o planejamento ou monitoramento de políticas públicas.
Mas o que o Censo oferece em troca para a sociedade, afinal? Quais políticas públicas são feitas a partir dos dados do Censo?
Hugo: O Censo produz informações que permitem conhecer a distribuição territorial e as principais características das pessoas e dos domicílios, e acompanhar sua evolução ao longo do tempo, sendo imprescindíveis para a tomada de decisões de investimentos, sejam eles provenientes da iniciativa privada ou de qualquer nível de governo. Por pesquisar todos os domicílios do País, constitui a única fonte de referência para o conhecimento das condições de vida da população em todos os municípios e em seus recortes territoriais internos. Em grandes centros urbanos, a definição sobre o volume e a espacialização dos investimentos em infraestrutura de serviços urbanos – como expansão das redes de abastecimento de água e esgoto, de energia elétrica e pavimentação –, a decisão sobre localização de novas escolas e postos de saúde e o planejamento da oferta e roteiro das linhas de ônibus e dos serviços de coleta de lixo são tarefas que necessitam desse conhecimento sobre a população residente nas distintas zonas, bairros e distritos do município. Os resultados do Censo são utilizados ainda para analisar a tendência anual de crescimento da população verificada entre um censo e outro, e para avaliar os fatores que compõe sua dinâmica demográfica, tais como natalidade, mortalidade e migração. A população também constitui o denominador de vários indicadores periodicamente monitorados, como o Produto Interno Bruto – PIB – per capita, Analfabetismo, etc., sendo também fundamental para o monitoramento da cobertura da seguridade social. Outra importante função dos totais populacionais é seu uso para repartição de recursos financeiros provenientes do governo federal. Assim se garante a correta distribuição das quotas partes relativas aos Fundos de Participação dos Estados (FPE) e dos Municípios (FPM) conduzida pelo Tribunal de Contas da União (TCU). O FPM representa a maior parte dos recursos recebidos especialmente por pequenos municípios. No tocante à transferência de recursos, para acompanhar os indicadores do Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (FUNDEB), é necessário conhecer a população nas faixas etárias de 4 a 6 e de 7 a 14 anos nas diversas áreas de interesse. Já no campo da saúde, os dados produzidos pelo Censo são utilizados para a produção de diversos indicadores como, por exemplo, a cobertura das campanhas de vacinação, quando é necessário o conhecimento do número de crianças de 0 a 2 ou de 0 a 4 anos de idade, dependendo do tipo de vacina. Por último, mas não menos importante, é preciso lembrar que o Censo proporciona informações para os Aglomerados Subnormais, categoria que reúne favelas, mocambos, grotas, loteamentos irregulares etc., áreas identificadas a partir de critérios de precariedade de habitações, os quais fornecem importante subsídio para as políticas habitacionais. Além disso, questionários específicos são definidos para recortes geográficos singulares, como Terras Indígenas e Territórios Quilombolas, visando melhor retratar a população ali presente e contribuindo para que haja informações relevantes para a elaboração de políticas públicas destinadas a essa parcela da população.
Há informações sobre a realidade educacional brasileira que apenas o Censo poderia suprir?
Luanda: Sim, a única fonte de dados capaz de fornecer informações detalhadas sobre a área de formação da população que concluiu o ensino superior é o Censo Demográfico. Essas informações se tornam cada vez mais relevantes tendo em vista a recente expansão do ensino superior no Brasil. Há uma significativa desigualdade de rendimentos do trabalho entre indivíduos com diferentes formações e essa desigualdade se revela também na composição por gênero e cor ou raça. Por exemplo, a média dos rendimentos do trabalho dos indivíduos formados em medicina é mais de 4,5 vezes superior à média daqueles com formação em ciências da educação. As mulheres representam mais de 90% dos trabalhadores com essa última formação, enquanto entre os médicos essa participação diminui para 45%. Trabalhadores classificados como pretos ou pardos representam quase 40% daqueles com formação em ciências da educação, mas entre os médicos, menos de 15% são classificados como pretos ou pardos. Além disso, um contingente cada vez maior de trabalhadores atua em uma ocupação sem relação com a sua área de formação superior. Somente o Censo nos revela o grau de eficiência dos investimentos educacionais, mostrando como evoluiu o encaixe entre formação e ocupação. Em 2010, apenas um terço dos trabalhadores com educação de nível superior atuava em ocupações relacionadas com sua área de formação. A proporção de trabalhadores nessa situação também varia bastante dependendo da área de formação superior.
Qual a importância do Censo para a investigação da pobreza no Brasil?
Luanda: Uma vez definidas as linhas oficiais de extrema pobreza e pobreza do país, serão os dados do Censo que irão fornecer informações sobre a localização e características sociodemográficas desta população. Ou seja, serão identificadas quantas pessoas se encontram abaixo da linha de pobreza e extrema pobreza, se estas estão localizadas majoritariamente na área rural ou urbana, em quais grandes regiões e até em quais municípios a pobreza e extrema pobreza são mais agudas. Também se pode identificar qual a faixa etária em que se concentram maiores percentuais deste contingente.
E para o mercado de trabalho? A PNAD Contínua ou outra pesquisa não poderia substituí-lo?
Luanda: O Censo demográfico é o único levantamento do País que informa sobre a situação do trabalho e dos rendimentos nos municípios. Como sabemos, o mercado de trabalho brasileiro é composto por imensa parcela de trabalhadores informais – empregados sem carteira de trabalho assinada ou trabalhadores por conta própria. O peso destas formas de contratação em grande parte dos 5.570 municípios do Brasil é extremamente elevado. Para este contingente não temos a informação dos registros administrativos do (ex-) Ministério do Trabalho, pois estes só levantam informações dos empregos com registro em carteira. Então, para o planejamento das cidades, saber, por exemplo, qual a qualificação da mão de obra, quanto o trabalhador ganha e se ele possui os direitos previdenciários, somente o Censo oferece a resposta. Além disso, as próprias pesquisas domiciliares dependem do Censo. As estimativas populacionais, utilizadas para a expansão da amostra das pesquisas amostrais, como PNAD Contínua e POF, são construídas com base nos resultados do Censo e atualizadas a partir da contagem que deve ocorrer no período entre Censos (que nesta década já não ocorreu por falta de recursos). O Censo também ajuda a atualizar a base geográfica que servirá para a seleção da nova amostra mestra do SIPD – Sistema Integrado de Pesquisas Domiciliares.
Mas não daria para fazer tudo isso com um questionário menor, como o Ministro apontou? Os outros países não fazem isso?
Dalea: O Ministro Paulo Guedes falou que os países desenvolvidos fazem Censos com 10 perguntas. Isso não é verdade. O da Austrália e do Canadá tem 60 questões, o da Itália 80… E, além disso, os países desenvolvidos tem registros administrativos muito mais completos que os nossos e fazem muito mais pesquisas intercensitárias do que nós. De todo modo, nosso questionário mais extenso é o da amostra, que não é aplicado em todos os domicílios, mas é suficiente para gerar informações para os 5570 municípios do país. Já o questionário básico, direcionado a todos os domicílios, leva menos de 10 minutos para ser aplicado.
Como vocês entendem uma eventual redução drástica do Censo, seu adiamento ou não-realização para o próprio IBGE?
Hugo: No nosso entender, para o IBGE, significa expor uma instituição com mais de oito décadas de existência e enfraquece-la no que ela sabe fazer melhor. O Censo é o grande produto do IBGE, é o momento em que todas as áreas atuam com um objetivo comum e é também um grande trunfo que o Brasil tem, pois reúne na mesma instituição a Estatística e a Geografia. Isso tem permitido que o IBGE seja uma referência. Contudo, os efeitos das aposentadorias, da redução dos recursos já estão sendo sentidos em várias áreas, projetos estão sendo descontinuados ou alongados no tempo e há o aumento dos riscos e de comprometimento da qualidade das informações. Os efeitos desse cenário que a instituição vive é perigoso para a credibilidade da instituição e precisa de toda atenção dos governantes e da sociedade brasileira. Aliás, o presidente da República, mais uma vez, deu declarações que revelam um profundo desconhecimento sobre a qualidade do trabalho realizado pelo IBGE, questionando, de forma totalmente equivocada, as estatísticas de desocupação. A Susana precisa esclarecer o presidente a respeito da riqueza e rigor dos dados do Instituto. É inadmissível que se diga que nossos índices são feitos para enganar a população.
*Este artigo não reflete, necessariamente, a opinião da Revista Fórum.


FONTE: REVISTA FÓRUM

Vagas remanescentes do Prouni seguem abertas para estudantes matriculados

EDUCAÇÃO
Após concluir a inscrição é preciso comparecer na instituição de ensino
Vagas remanescentes do Prouni seguem abertas para estudantes matriculados
Segue aberto o prazo para que estudantes matriculados nas instituições de ensino superior se inscrevam para bolsas remanescentes do Programa Universidade para Todos (Prouni) 2019. As inscrições para ocupação das vagas devem ser feitas exclusivamente pela internet, na página do programa até o dia 30 de abril. Os candidatos deverão atender às mesmas exigências dos alunos pré-selecionados nas chamadas regulares como limite de renda familiar e ter estudado em escola da rede pública ou particular na condição de bolsista integral da instituição durante o ensino médio. 

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) também é critério de seleção, nesse caso, vale qualquer edição do exame a partir de 2010 desde que o candidato tenha obtido média igual ou superior a 450 pontos nas provas objetivas e maior que zero na redação. Os professores da rede pública de ensino, no efetivo exercício do magistério da educação básica e que não tenham participado do Enem, também podem se inscrever às bolsas de estudo em cursos de licenciatura.

O que são as vagas remanescentes do Prouni


As vagas remanescentes do Prouni são aquelas cujos candidatos que foram selecionados na chamada regular desistiram ao longo do processo, geralmente por falta de documentação adequada. Nesta etapa não há chamadas nem nota de corte diária e a ocupação das bolsas é feita por ordem de inscrição. Após concluir a inscrição no sistema, é preciso comparecer a instituição de ensino para comprovar as informações, em até dois dias úteis.
Fonte: E+B Educação | Géssica Santos

Gráfica do Enem que faliu no Brasil é bilionária nos EUA

EDUCAÇÃO

Empresa tem prerrogativa jurídica de declarar autofalência no Brasil sem contaminar negócios da matriz americana

Ministério da Educação (MEC)



Ministério da Educação (MEC)Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado / Estadão Conteúdo
Apesar de ser subsidiária de uma empresa americana de grande porte, que faz parte da lista das 500 maiores da revista Fortune e registrou faturamento de quase US$ 7 bilhões no ano passado, a gráfica RR Donnelley tem a prerrogativa jurídica de declarar a autofalência no Brasil sem "contaminar" os negócios da matriz.
Um profissional de uma consultoria especializada em empresas em dificuldades diz que negócios estrangeiros podem se "blindar" ao trabalhar no Brasil com uma holding independente, sem relação direta com sua proprietária. Não é um caso inédito: a fabricante de eletrodomésticos Mabe, por exemplo, decretou falência em 2016, apesar de ser subsidiária de um grupo mexicano.

Negócio centenário nos EUA, a RR Donnelley foi fundada em Chicago, em 1864. Já na primeira metade do século 20, a empresa era responsável pela impressão de títulos como Time e Life, símbolos da imprensa americana. A companhia expandiu-se para a América Latina a partir dos anos 1990, chegando ao Brasil nessa época.
RR Donnelley chegou ao País com a compra de uma gráfica nacional de longa tradição, a Hamburg, e posteriormente fez outras aquisições. Mantinha três unidades produtivas no País, atuando tanto no setor público quanto na área de brindes. Também era forte no mercado editorial, sendo uma das principais fornecedoras das editoras brasileiras.
"O mercado editorial perde uma fornecedora confiável em todos os sentidos, em prazo, preço e qualidade", diz Marcos Pereira, presidente do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel). "A crise no mercado editorial é verdadeira, mas não me parece justificar uma medida tão extrema como a falência."
Os funcionários também foram pegos de surpresa. Além do escritório em Barueri, a companhia mantinha gráficas em Osasco e Tamboré, em São Paulo, e em Blumenau (SC). A companhia informou que vai liberar os documentos dos empregados - são mais de mil, no total, segundo a página da empresa no LinkedIn - para que eles possam requerer o saldo do FGTS e o seguro-desemprego.
Como se trata de uma falência, os funcionários ficarão sem receber as verbas rescisórias e a multa de 40% sobre o FGTS a que teriam direito. Os fornecedores também ficarão sem receber. A companhia ainda afirmou, em nota, que seu processo de autofalência correrá no foro de Osasco. A RR Donnelley já retirou todas as informações de seu site brasileiro.
FONTE: TERRA

Tudo sobre o mestrado a distância

EDUCAÇÃO
Entenda como são realizados os cursos de mestrado EAD
Tudo sobre o mestrado a distância
mestrado a distância é uma pós-graduação stricto sensu indicada a profissionais que precisam conciliar os estudos com outras atividades e não teriam disponibilidade para dedicação exclusiva ao curso. A modalidade tem se popularizado cada vez mais no Brasil por proporcionar maior flexibilidade para os mestrandos. Continue a leitura e entenda como funcional o mestrado EAD, como encontrar cursos reconhecidos e as etapas para ingressar em um programa de mestrado. 

Como funciona o mestrado a distância?


Assim como o presencial, o mestrado a distância possui duração média de dois anos. Mesmo na modalidade EAD, o estudante passará por encontros presenciais, conforme estabelecido pela legislação da educação a distância. O mestrado EAD também possui dois modelos principais: o mestrado profissional e o mestrado acadêmico. 
No primeiro caso, o estudante é preparado para possuir uma visão crítica, analítica e prática do mercado profissional. Já o mestrado acadêmico é ideal para quem tem interesse em seguir a carreira acadêmica, na área de ensino e pesquisa. 

Após realizar a matrícula, o aluno tem acesso ao Ambiente Virtual de Aprendizagem, onde poderá visualizar as videoaulas, atividades chats e fóruns. Os encontros presenciais serão marcados pela instituição de ensino ofertante do programa de mestrado. 

Diploma mestrado a distância 


Um dos mitos envolvendo a educação a distância é que o diploma conquistado não terá validade igual ao do curso presencial. No entanto, assim como a graduação, o diploma do mestrado a distância terá validade me território nacional e aceitação no mercado. O importante é que o curso escolhido seja reconhecido pela CAPES. Com o diploma de mestrado, o profissional estará habilitado a:

- Dar aulas em cursos de nível superior
- Aumentar a sua remuneração no mercado 
- Concorrer em vagas que exigem essa titulação
- Dar início ao doutorado 

Como saber se o mestrado a distância é reconhecido pelo MEC e pela CAPES?


A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), instituição ligada ao Ministério da Educação (MEC), é responsável pelos cursos de pós-graduação no Brasil. É essencial que a CAPES reconheça o programa de mestrado. Para saber se o mestrado é reconhecido pela CAPES, acesse o portal online da fundação com informações sobre os cursos recomendados. 

Onde encontrar mestrado a distância?


Uma alternativa para quem deseja saber onde encontrar mestrado a distância é acessar o site da CAPES e pesquisar os cursos reconhecidos. Em seguida, visitar os portais das instituições e verificar as informações disponíveis sobre o curso. Para ingressar em um programa de mestrado EAD, será necessário cumprir algumas etapas. Confira algumas delas logo abaixo:

- Análise de currículo acadêmico 
- Análise da tese resumida com o projeto de mestrado
- Prova escrita
- Entrevista com avaliadores
- Teste de idioma estrangeiro 
Fonte: E+B Educação | Gabriele Silva

Damares: 'Agradeço a Deus pelo extraordinário ministro da educação'

EDUCAÇÃO

Ministra da Mulher participou do lançamento da frente parlamentar em defesa do ensino domiciliar

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Discursei há pouco no lançamento da Frente Parlamentar pela Implementação do Ensino Domiciliar. Estamos em fase final de elaboração do texto que vai regulamentar a modalidade. Os pais e a família terão autonomia para escolher o método e o formato da educação dos filhos.
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Damares Alves, participou na tarde desta terça-feira (2) do lançamento da Frente Parlamentar em Defesa do Homeschooling (ensino domiciliar).

A proposta é que a medida seja legalizada por meio de uma medida provisória (MP). Em seu discurso, Damares Alves agradeceu o apoio do Ministério da Educação (MEC) para a iniciativa e teceu elogios ao ministro Ricardo Vélez.
“Eu agradeço a equipe do MEC e como o ministério vem participando da construção do texto. Eu agradeço a Deus pelo extraordinário ministro da educação que o Brasil tem”, afirmou Damares.
O elogio ao colega se dá em meio a uma grave crise envolvendo o ministro Ricardo Vélez Rodríguez e o MEC. O ministério teve mais de 10 baixas no primeiro escalão em menos de 3 meses. “O cargo é um abacaxi do tamanho de um bonde”, chegou a dizer Vélez em audiência na Câmara na última semana.
Bolsonaro já disse que as coisas “não estão dando certo na educação” e prometeu “conversar com o Vélez” quando voltasse da viagem a Israel. “Temos que resolver a questão da educação. Realmente não estão dando certo as coisas lá, é um ministério muito importante”, afirmou o presidente, em entrevista à TV Band, na última semana.
De acordo com a proposta, o objetivo é “assegurar o direito dos pais de educar os seus filhos e aumentar a qualidade do aprendizado com a individualização do ensino.”
Segundo a Associação Nacional de Educação Domiciliar (Aned), cerca de 6 mil famílias educam seus filhos em casa atualmente no País. 
“Os parlamentares de primeiro mandato, esses jovens, esse meninos guerreiros que já estão nessa casa fazendo história. O nosso ministério esta apoiando essa iniciativa”, afirmou Damares.
“Glória a Deus que eu fosse ministra nesse momento em que as famílias estão desenvolvendo o ensino domiciliar mais precisavam de um apoio ministerial. Chego no momento certo.”

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