quarta-feira, 27 de março de 2019

Ibaneis diz que não vai pagar reajuste dos servidores do DF neste ano

GDF
Em entrevista à Rede TV, governador afirmou ainda que não há possibilidade de quitar, em 2019, 3ª parcela do reajuste suspenso em 2015 para 32 categorias.

O governador Ibaneis Rocha, em entrevista ao G1 — Foto: Reprodução/TV Globo
O governador Ibaneis Rocha (MDB) afirmou à Rede TV, na noite desta terça-feira (26), que não há possibilidade de dar o reajuste de salário prometido aos servidores do Distrito Federal neste ano. A declaração foi dada durante uma entrevista feita em Brasília.
O governador – que durante a campanha prometeu quitar a última parcela aguardada por 32 carreiras de servidores desde 2015 – admitiu que não será possível fazer isso em 2019.
“Então já deixei bem claro que não vou dar reajuste para ninguém. Esse ano não existe essa possibilidade.”
O Sindireta, que representa os servidores públicos do DF disse que Ibaneis se elegeu com apoio da categoria. Por meio de nota (veja íntegra abaixo), afirmou que "a pauta de reivindicações tem como prioridade o pagamento da terceira parcela do reajuste concedido ainda em 2013, mas buscamos avanços que incluem reposições salariais."
Durante a entrevista, Ibaneis reconheceu que "existe um passivo", mas disse que há muita “pressão dos servidores querendo cada vez mais”.
Para ele, a situação dos policiais civis que terão reajuste de 37% divididos em 6 parcelas (até 2021) para alcançar a paridade com a Polícia Federal é diferente. "Eles não tiveram nenhum tipo de aumento durante esse período", afirmou.
No entanto, em função da paridade dos salários dos policiais civis com os policiais federais, a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros do DF também encaminharam pedidos de reajuste ao governo. Os militares querem paridade salarial com a Polícia Civil.
Professores do DF reunidos em frente ao Palácio do Buriti para discutir pedido de reajuste — Foto: Vinícius Werneck/G1Professores do DF reunidos em frente ao Palácio do Buriti para discutir pedido de reajuste — Foto: Vinícius Werneck/G1
Professores do DF reunidos em frente ao Palácio do Buriti para discutir pedido de reajuste — Foto: Vinícius Werneck/G1
Segundo Ibaneis, a concessão de reajustes no governo Agnelo Queiroz(PT), foi responsável pela situação fiscal que o DF enfrenta. "Hoje o pagamento dos servidores consome quase 80% do que o DF arrecada. É um absurdo”, apontou.
“O Agnelo desestruturou as contas do DF a partir da concessão de reajustes sem qualquer critério."
De acordo com o governador, o Distrito Federal só não atingiu os limites da Lei de Responsabilidade Fiscal porque recebeu uma parcela do repasse da União, referente ao Fundo Constitucional, "que nos ajuda a pagar as contas da Segurança, Saúde e Educação".

O que diz o Sindireta

Nesta quarta-feira (27), após as declarações do governador Ibaneis Rocha, de que não daria aumento neste ano para o funcionalismo e que "dificilmente" conseguiria pagar a última parcela do reajuste concedido em 2013 pelo ex-governador Agnelo Queiroz, o Sindireta – sindicato que representa os servidores – divulgou a nota abaixo.
"Os servidores públicos sofreram duros ataques e vergonhosas tentativas de destruir a imagem da categoria nos últimos anos. Ibaneis Rocha recebeu apoio maciço dos trabalhadores, que tiveram seus direitos negligenciados pela gestão anterior e viram nas propostas de valorização do servidor de carreira apresentadas pelo atual governador uma nova forma de fazer política. O SINDIRETA defende o reconhecimento do papel fundamental exercido pela categoria para o desenvolvimento e organização do Distrito Federal. Nossa pauta de reivindicações tem como prioridade o pagamento da terceira parcela do reajuste concedido ainda em 2013, mas buscamos avanços que incluem reposições salariais. Lutaremos para que as propostas sejam atendidas."

Limite prudencial

Também nesta quarta-feira, o secretário de Fazenda, Planejamento, Orçamento e Gestão do DF, André Clemente, apresentou o relatório de gestão fiscal de 2018 na Câmara Legislativa. Segundo o secretário, o governo se manteve abaixo do limite prudencial de 46,5% estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
Mas como os dados são relacionados à gestão passada, o DF só deve sentir o impacto do reajuste para a Polícia Civil – que deve começar a ser pago a partir de abril – nos próximos relatórios.

Avião para Temer

Michel Temer (MDB) embarca em avião cedido por Ibaneis Rocha (MDB) — Foto: TV Globo/ReproduçãoMichel Temer (MDB) embarca em avião cedido por Ibaneis Rocha (MDB) — Foto: TV Globo/Reprodução
Michel Temer (MDB) embarca em avião cedido por Ibaneis Rocha (MDB) — Foto: TV Globo/Reprodução
Durante a entrevista è Rede TV, Ibaneis também falou sobre a prisão do ex-presidente Michel Temer (MDB). "A motivação é desmoralizar a classe pública e colocar a lava-jato como efeito transformador", afirmou.
“A decisão é tão absurda que o estagiário de direito vê que não tem fundamentação.”
Na segunda-feira (25), o governador do Distrito Federal emprestou o avião particular dele para que Temer voltasse para São Paulo. O ex-presidente é um dos alvos da operação Lava-Jato e passou quatro noites preso em uma sala da corregedoria da Policia Federal, no Rio de Janeiro.
Na terça (26), após repercussão sobre o empréstimo da aeronave, o governador do DF disse acreditar que o gesto "não pegue mal".
"O dinheiro é meu e faço dele o que quero... Foi um gesto. Na política, se vive de gestos."

FONTE: G1 DF 

Ceilândia 48 anos

DF

Estão programados 5 dias de festas, entre os dias 27 e 31 de março, com apresentações artísticas e atendimentos à comunidade

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FOTO:REPRODUÇÃO


Ceilândia, a cidade-mãe de muitos moradores de Brasília, completa 48 anos nessa quarta-feira (27). E como em coração de mãe sempre cabe mais um, é no peito dessa mãezona que moram os quase 600 mil habitantes da cidade.
Quem vive lá, não poupa elogios. A Baiana Sirley Bonfim, de 47 anos de idade, chegou à Ceilândia há 33 anos, para fugir da fome. Foi nessa cidade, que encontrou o colo necessário, depois que uma praga acabou com a lavoura de cacau do pai. E toda essa acolhida gerou na Sirley um enorme sentimento de gratidão:
Raimundo Nonato de Lima também fez a vida na Ceilândia. Foi adotado pela cidade há 20 anos, quando chegou com a esposa e, sem emprego, deu início a um novo negócio. Hoje, exibe com orgulho o letreiro da pastelaria que toca com toda a família. Estampado ao lado do nome, o principal símbolo e um dos patrimônios da cidade: a Caixa D'água.
Cearense de nascimento, Raimundo se considera Ceilandense de coração. Diz que enfrenta preconceito dos que não conhecem a cidade, mas mesmo com todos os comentários negativos que já escutou, sabe reconhecer o valor do lugar que deu a ele oportunidades.
Como em todo bom aniversário, não faltará comemorações. Estão programados 5 dias de festas, entre os dias 27 e 31 de março, com apresentações artísticas e atendimentos à comunidade.
A estimativa é de os eventos atraiam pelo menos 30 mil filhos e afilhados de Ceilândia, de diversos setores da região.

Repórter Nacional - Brasília

Djokovic, número 1 do mundo, é eliminado por Bautista nas oitavas de Miami

ESPORTES

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O espanhol Roberto Bautista comemora sua vitória sobre o sérvio Novak Djokovic nas oitavas de final do Masters 1000 de Miami

Miami, 27 Mar 2019 (AFP) - O sérvio Novak Djokovic, número um do ranking mundial da ATP, foi eliminado nesta terça-feira pelo espanhol Roberto Bautista (número 22) nas oitavas de final do Masters 1000 de Miami.O ibérico superou Djokovic em três parciais de 1-6, 7-5, 6-3 e nas quartas de final vai enfrentar o americano John Isner, sétimo favorito e atual detentor do título, que mais cedo venceu o britânico Kyle Edmund (número 19) por 7-6 (7/5), 7-6 (7/3).Djokovic reconheceu que Bautista "é um jogador sólido, mas não deveria ter perdido esta partida, tive muitas chances não aproveitadas".Roberto Bautista deu a grande surpresa no torneio masculino ao deixar de fora o principal favorito, que vinha forte desde o início do ano quando conquistou o Aberto da Austrália vencendo o espanhol Rafael Nadal.Depois de vencer o primeiro set fácil por 6-1, Djokovic não se saiu bem nos dois sets seguintes, pois só conseguiu quebrar o saque de seu rival em quatro ocasiões de 13 possibilidades.Apesar da derrota, o sérvio segue dominando o duelo com o espanhol com 7 vitórias contra 3 no retrospecto.Mas esta foi a segunda vez seguida neste ano que Bautista derrota o sérvio após a vitória em Doha, onde levantou o troféu diante do tcheco Tomas Berdych.

O duelo do espanhol diante de Isner não deverá ser fácil já que em três partidas perdeu duas, embora a última vez em que se enfrentaram tenha sido em 2016 nas quartas de final em Auckland, com uma vitória para o espanhol.

Djokovic lutava por seu sétimo título em Miami, o que o tornaria o maior vencedor desse torneio.

AFP

Temporais no Peru provocam mortes, feridos e deslizamentos de terra

MUNDO
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Santaportal
Os fortes temporais que atinge a costa do Peru desde setembro intensificaram-se nos últimos dias, provocando mortes, desassistidos e um rastro de destruição. Pelo menos 86 pessoas morreram, segundo dados oficiais. As chuvas e avalanches também destruíram 667 casas e 66 pontes desde então, informou a Defesa Civil.

Ontem (26) uma igreja evangélica, na região de Huánuco, desabou provocando nove mortes e dez feridos, dos quais a maioria apresentou lesões moderadas.

Pelos dados oficiais, a maior parte das vítimas estava nas regiões andinas, que cobrem um terço do território peruano, onde fortes chuvas causaram deslizamentos de terra e enchentes que destruíram estradas, casas e plantações.

Todos os anos, a estação chuvosa nos Andes do Peru, Bolívia e norte do Chile causa avalanches e inundações que às vezes atingem cidades e vilas costeiras no Peru e no Chile, no Pacífico, segundo as autoridades peruanas.

Os impactos atingem o aumento no fluxo nos rios amazônicos peruanos, de acordo com o Serviço Nacional de Meteorologia e Hidrologia.

*Com informações da Andina, agência pública de notícias do Peru.

Incêndio em subestação deixa milhares sem eletricidade no sul da Flórida

MUNDO
Foto: Reprodução/Youtube
Foto: Reprodução/Youtube
Um raio produziu um incêndio em uma subestação elétrica e deixou nesta terça-feira mais de 20 mil pessoas sem energia no estado da Flórida, no sudeste dos Estados Unidos, informaram as autoridades.

A polícia de Fort Lauderdale, ao norte de Miami, confirmou que às 20H00 local um raio atingiu a subestação e produziu um apagão na cidade.

Ao menos 22.500 clientes ficaram imediatamente sem eletricidade, mas por volta da meia-noite apenas 8.500 permaneciam sem luz.

"Nossas equipes estão no local trabalhando para restabelecer a eletricidade da forma mais segura e rápida possível", informou a distribuidora de energia elétrica do estado, a Florida Power & Light.

Usuários do Twitter e Instagram publicaram imagens de chamas e fumaça em uma cidade totalmente as escuras.

A polícia advertiu que "os oficiais estão na rua e vigilantes para impedir qualquer tentativa de tirar vantagem" da situação.
AFP - Agence France-Presse

Brasil tem maior incidência de raios do mundo; praias e lugares abertos durante tempestades aumentam riscos

CLIMA


Brasil é líder mundial em registros de raios. Segundo o Inpe, cerca de 300 brasileiros morrem por ano em decorrência de descargas elétricas naturais


Brasil é líder mundial em registros de raios com uma média de 77,8 milhões de raios por ano(Foto: Henrique Araújo/Especial para O POVO)
De acordo com o Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o Brasil é líder mundial em registros de raios com uma média de 77,8 milhões de raios por ano. Segundo o Instituto, a chance de uma pessoa ser atingida diretamente por um raio é muito baixa, menor que 1 para 1 milhão. No entanto, se a pessoa estiver em área descampada embaixo de uma tempestade forte, esta chance pode aumentar em até mil vezes (chegando a 1 para mil).
De 2000 a 2017, data mais recente analisada pelo grupo, 2.044 pessoas morreram no País em decorrência de descargas elétricas naturais. O número resulta em cerca de 300 mortes desse tipo por ano. O estudo do Elat concluiu ainda que 43% das mortes acontecem durante o verão e que duas a cada três mortes ocorrem ao ar livre. Recomenda-se evitar praias durante tempestades, pois o risco de raio é maior.
Em geral, as mortes e os ferimentos provocados por raios não ocorrem em situações em que as pessoas são atingidas diretamente, e sim pelos efeitos indiretos das descargas elétricas. A corrente do raio pode causar queimaduras e a maioria das mortes é causada por parada cardíaca e respiratória.
Durante as tempestades de verão, o ideal é procurar abrigo em:
- Veículos fechados, desde que não se encoste à lataria até a tempestade passar
- Casas ou prédios, de preferência que possuam proteção contra raios
- Metrôs e túneis subterrâneos.
O Inpe aconselha ainda que as seguintes situações sejam evitadas:
- Praticar atividades de agropecuária ao ar livre
- Ficar ao lado de veículos ou andar de bicicleta e moto
- Permanecer em campo aberto, como gramados esportivos e praias, embaixo de árvores ou perto de cercas
- Tocar em objetos condutores de eletricidade (telefones fixos com fio, celulares conectados a carregadores ou objetos metálicos grandes)
- Acolher-se em um abrigo aberto, como deques, sacadas, toldos e varandas.
Raios no Nordeste
O Ceará ocupa a 19ª posição no ranking nacional de média de incidências de raio. O Estado registrou 148.063 raios entre junho de 2014 e junho de 2015, período mais recente monitorado. De acordo com a Enel, que monitora os raios no Ceará, a cidade de Santa Quitéria foi a que registrou a maior quantidade de descargas atmosféricas, com 5.903. Em seguida vem as cidades de Granja, com 5.589, e Sobral, com 4.330. A capital cearense contou com 239 raios no mesmo período.
A meteorologista Valesca Rodriguez Fernandes, do Núcleo de Monitoramento de Descargas Atmosféricas, explica que a atuação da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) favoreceu o desenvolvimento de tempestades isoladas na porção leste do Nordeste brasileiro nesta quarta-feira. O escoamento de um Vórtice Ciclônico de Altos Níveis posicionado sobre o oceano Atlântico intensificou a ação da ZCIT.

 REDAÇÃO O POVO ONLINE
 REDAÇÃO O POVO ONLINE

Australiano ganha R$ 126 milhões na loteria 'por engano'

MUNDO
Bilhete de aposta na loteria em que o australiano jogou e ganhou duas vezes. Foto: Reprodução/Internet
Bilhete de aposta na loteria em que o australiano jogou e ganhou duas vezes. Foto: Reprodução/Internet
Um australiano de St Albans, em Melbourne, acertou na loteria os números que jogava sempre, há mais de 30 anos. Duas vezes! Isso porque, sem querer, ele marcou e comprou dois bilhetes iguais, em casas lotéricas diferentes. "Estou sem palavras. Não acredito nisso", disse o homem aos agentes que o informaram sobre a sorte grande, segundo relato do jornal britânico The Guardian.

Marcando os mesmos números há 30 anos, ele simplesmente se esqueceu de que já havia apostado no concurso e acabou apostando outra vez. "Jogo toda semana. Sempre faço minha aposta nesses números, que não representavam nada em especial (data de nascimento, idade ou endereço). Agora, sim, esses números são muito especiais para mim", disse. 

O felizardo disse que "ficou maluco" ao perceber a inusitada sorte e que pretende dividir o prêmio com familiares, mas precisa pensar com calma no que vai fazer com o dinheiro. "Devo me aposentar. Mas, antes, uma casa nova e umas belas férias!"

MENSAGEIRO
O porta-voz da loteria Oz Lotto, Bronwyn Spence, disse que, quando entrou em contato com o vencedor, para avisar que ele havia acertado os números e recebido o prémio equivalente a R$ 63 milhões, ele estava "completamente fora de si, pois havia acabado de perceber que tinha dois bilhetes idênticos e premiados".

Ao longo dos 30 anos em que apostou os mesmos números, o milionário estima ter gastado, na o equivalente a R$ 82 mil na loteria, valor irrisório perto do prêmio conquistado na dupla sorte.

O sorteio teve outro felizardo, que, no entanto, ainda não havia sido localizado pela Oz Lotto até a noite dessa terça-feira (26).

Estado de Minas

China expulsa do Partido Comunista o ex-presidente da Interpol

MUNDO
AFP 
Foto: AFP Photo/ROSLAN RAHMAN
Foto: AFP Photo/ROSLAN RAHMAN
A China expulsou o ex-presidente da Interpol Meng Hongwei do Partido Comunista, anunciou nesta quarta-feira a comissão central de inspeção disciplinar do partido.

Meng desapareceu no ano passado durante uma visita a China. A comissão disciplinar do partido informou que ele foi expulso do PC e de qualquer cargo público. 

Até agora ele permanecia formalmente como vice-ministro de Segurança Pública, apesar da investigação.

"Meng Hongwei não respeitou os princípios do partido (...) não divulgou informações pessoas como deveria ter feito e se negou a aplicar as decisões do comitê central do partido", afirmou a comissão de inspeção em um comunicado.

A expressão "violação das regras disciplinares" geralmente faz referência a atos de corrupção.

Meng "aceitou subornos e é suspeito de ter violado a lei", anunciou em outubro o ministério da Segurança Pública, sem revelar detalhes.

No fim de setembro, a esposa de Meng denunciou o "desaparecimento" do marido à polícia na França, onde fica a sede da Interpol.

Meng, nomeado no fim de 2016 para comandar a Interpol, é mais um alto funcionário chinês que caiu em desgraça após a campanha de combate à corrupção iniciada pelo presidente Xi Jinping, que chegou ao poder em 2012.

Os críticos, no entanto, suspeitam que o presidente chinês usa a campanha para eliminar os opositores internos.

A comissão de inspeção do PC tem o hábito de enviar suas investigações à justiça.

Na semana passada, Grace Meng escreveu ao presidente francês Emmanuel Macron para abordasse o tema com Xi Jinping durante a visita à França deste último.

O empreendedor que ficou milionário com app de relacionamento para muçulmanos


Shahzad Younas criou Muzmatch do zero, depois de ser demitido de seu emprego; aplicativo tem mais de 1 milhão de usuários registrados — Foto: Muzmatch/Divulgação
Quando Shahzad Younas subiu ao palco, estava muito nervoso.
Há dois anos, o então empresário britânico de 32 anos estava em San Francisco, nos Estados Unidos, e tinha diante de si um grupo de investidores. Durante alguns minutos, ele tentaria convencê-los a aportar dinheiro em seu negócio, o Muzmatch, sediado em Londres, no Reino Unido.
Ele começou sua apresentação dizendo: "Nós muçulmanos não namoramos, nós casamos".
Shahzad e seu sócio, Ryan Brodie, estavam ali porque tinham se inscrito em uma competição global para ganhar o financiamento da prestigiada firma de investimentos Y Silicon Valley, Y Combinator.
Sediada nos Estados Unidos, a empresa oferece apoio financeiro e logístico a várias novas startups por ano. Mais de 13 mil se candidataram. Shahzad e Brodie fizeram parte do seleto grupo de 800 empreendedores convidados para concorrer pessoalmente.
Enquanto Shahzad seguia com sua apresentação, os investidores riam de sua franqueza. A Muzmatch acabou recebendo US$ 1,5 milhão e foi uma das 100 novas empresas que ganharam apoio em 2017.
Hoje, diz ter mais de 1 milhão de usuários registrados em todo o Reino Unido e em cerca de 90 outros países.

A decisão de empreender

Mas, voltando no tempo, não era um grupo de investidores que Shahzad tinha que convencer, era a si mesmo.
Naquela época, ele estava trabalhando para um banco na City, o distrito financeiro de Londres. Ele gostava de seu trabalho, mas ao mesmo tempo percebia cada vez mais que havia uma lacuna no mercado para um aplicativo de namoro decente destinado a muçulmanos que buscavam um amor dentro de sua comunidade religiosa.
"Na época, havia sites realmente básicos para os muçulmanos, ou grandes aplicativos de namoro que não chegavam a conhecer nossa cultura", diz Shahzad, que nasceu e foi criado em Manchester, no norte da Inglaterra.
"Na comunidade muçulmana, muitos de nós confiavam e ainda confiam em casamenteiros [para encontrar uma esposa ou marido]. São tias na comunidade que conhecem as famílias e que juntariam o filho de uma com a filha de outra família."
O app é usado em 90 países pelo mundo — Foto: Muzmatch/Divulgação
Shahzad queria que o Muzmatch fosse um aplicativo de encontro digital para muçulmanos que buscassem alguém para casar.
Mais tarde, em 2013, por uma jogada do destino, Shahzad foi demitido. Ele decidiu, então, apostar no aplicativo.

Tempo de maturação

"Acordava às 6 da manhã todos os dias e ia para a cama por volta de uma ou duas da manhã", diz ele. "Trabalhava do meu quarto, e foi intenso. Tive de aprender a construir um aplicativo a partir do zero", lembra.
"Mas sabia que tinha tudo para dar certo. A oportunidade era imensa - há 1,8 bilhão de muçulmanos ao redor do mundo, e eles estavam completamente esquecidos."
Shahzad fez um "soft launch" do aplicativo em 2014, mas suas técnicas de marketing foram um pouco diferentes dos aplicativos de namoro maiores.
"Eu ia a grandes mesquitas depois das orações de sexta-feira e distribuía cartões para o aplicativo", diz ele. "Também ia a qualquer tipo de evento familiar muçulmano que sabia que estava acontecendo, e colocava os cartões nos limpadores de parabrisa dos carros."
Assistir ao crescimento de seu próprio negócio pode ser difícil e levar tempo. No começo, Shahzad diz que ficava muito ansioso.
"Me lembro dos primeiros meses em que checava a todo o momento o Google Analytics, que me mostrava em tempo real quantas pessoas estavam no aplicativo", diz ele.
Uma vez, diz ele, havia apenas 10 pessoas no Muzmatch.
Mas Shahzad não esmoreceu. Com o tempo, o número de usuários chegou aos milhares, graças principalmente ao boca a boca positivo. Logo as pessoas começaram a contar a Shahzad como tinham encontrado seus maridos ou suas esposas.
"Quando ouvi a primeira história de sucesso, percebi que estava no caminho certo", diz ele.
Em 2016, o negócio ganhou um novo sócio, Ryan, um desenvolvedor de aplicativos de 26 anos.
Juntos, eles redesenharam completamente o Muzmatch, a partir do feedback de seus primeiros clientes.
Eles acrescentaram, por exemplo, 22 novas perguntas sobre o perfil dos usuários, como a religião de uma pessoa e com que frequência ela reza.
O Muzmatch também permite que os usuários optem por não ter uma foto de perfil ou, ao contrário, desfocá-la. Também podem escolher se querem que as transcrições de seus bate-papos no aplicativo sejam enviadas a um dos pais ou a outro responsável.
Shahzad diz que, embora Ryan não seja um muçulmano, ele realmente "entende a missão do aplicativo".
A empresa agora tem um segundo escritório em Bangladesh, o país com a quarta maior população muçulmana do mundo, depois de Indonésia, Índia e Paquistão.
Eden Blackman, fundador do site de namoro e aplicativo Would Like to Meet, diz que o Muzmatch está na vanguarda dos aplicativos de namoro mais especializados.
"Nos últimos anos, o namoro étnico e religioso deixou de ser um nicho. O Muzmatch está liderando nessa frente ", diz ele.
Com um segundo escritório em Bangladesh, a Muzmatch opera um modelo de negócios "freemium". O serviço básico é gratuito, mas a partir de £10 (R$ 50) por mês, o usuário tem acesso a recursos extras, como visualização ilimitada de perfis, além de ter seu próprio perfil visto por mais pessoas.
A empresa diz que seu faturamento anual é agora superior a 4,5 milhões de libras (R$ 22,5 milhões).
Como o aplicativo continua a crescer em popularidade, Shahzad diz que seus usuários em potencial são os cerca de 400 milhões de muçulmanos solteiros em todo o mundo.
"Agora temos milhares de casamentos e bebês [graças ao Muzmatch]", diz ele. "Pensar sobre eles todos os dias me faz sentir que todo esse trabalho árduo no começo valeu a pena."

BBC