terça-feira, 26 de março de 2019

GDF estabelece prazo para implantação de empreendimentos do Pró-DF II


Beneficiados pelo programa de desenvolvimento econômico deverão implantar negócio e comprovar geração de emprego e renda até março de 2020



A Secretaria de Desenvolvimento Econômico publicou portaria em que estabelece prazo para a implantação de empresas beneficiadas pelo Programa de Apoio ao Empreendimento Produtivo do DF (Pró-DF II). O texto estipula 31 de março de 2020 como a data final para elas se fixarem na capital.
A data é válida para quem assinou contrato de Concessão de Direito Real de Uso (CDRU) com opção de compra junto a Agência de Desenvolvimento (Terracap) até 31 de dezembro de 2016. Este documento transfere direitos da propriedade ao interessado.
Outros programas de desenvolvimento econômico cuja gestão estejam sob o guarda-chuva da Secretaria de Desenvolvimento Econômico também serão contemplados pela portaria, em vigor desde a sua publicação, em 21 de março deste ano. Há cerca de duas mil empresas aptas à medida.
Normas
Para ter direito ao novo prazo, até março de 2020, os contemplados precisam comprovar os incentivos econômicos vigentes e a geração de emprego e renda. Quem não se enquadrar nas normas estará sujeito ao cancelamento do financiamento. As empresas que tiveram incentivos suspensos, cancelados ou encerrados não poderão se beneficiar da portaria,
Lançado em 2003, o Pró-DF tem como objetivo conceder incentivos fiscais a empresas que se comprometam a gerar emprego e renda. A iniciativa visa movimentar a economia do Distrito Federal.

O Hospital Veterinário Público não vai fechar


GDF já assegurou recursos para manter o espaço em funcionamento



Na manhã desta segunda-feira (25), o secretário da Fazenda do GDF, André Clemente, anunciou o repasse de recursos para garantir o completo funcionamento da unidade. Segundo ele, os valores para o funcionamento deste ano estão garantidos desde janeiro.
A manutenção mensal da unidade veterinária é de R$ 265 mil – sendo cerca de R$ 3,6 milhões anualmente. “Não apenas os recursos para a manutenção da estrutura atual estão garantidos, como vamos ampliar a capacidade do Hospital Veterinário”, afirmou André Clemente.
De acordo com o titular da Fazenda, o GDF vai criar estruturas específicas para cirurgia, internação e atendimento, aumentando muito a capacidade do hospital de Taguatinga. Também vamos comprar mais equipamento e criar UPAs veterinárias em quatro cidades, que ainda serão escolhidas, formando uma Rede de Atendimento Veterinário”, pontuou o secretário.
Além disso, um projeto do Ibram prevê a construção de quatro novas unidades públicas de atendimento veterinário para ampliar o serviço público no DF. A ideia é que todas funcionem dentro do parque do Cortado, em Taguatinga, onde funciona a unidade veterinária.
Para a diretora do Hospital, Mayara Cauper, o hospital favorece a democratização do acesso à saúde. “Atendemos animais de pessoas que provavelmente não teriam condições de pagar por um atendimento particular. E, quando o tutor tem um animal doente, ele acaba ficando mal também. Além disso, existem zoonoses que podem ser transmitidas aos humanos”, frisa.
A unidade
Gerido pela Associação Nacional dos Clínicos Veterinários de Pequenos Animais (Anclivepa), o Hospital Veterinário Público do Distrito Federal já atendeu mais de 15 mil animais. Inaugurado em 5 de abril de 2018, funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h e de 8h às 15h, para emergências.
São distribuídas 50 senhas por dia, sendo 20 para casos emergenciais e 30 para não emergenciais, além dos retornos. Para ser atendido, o dono do animal precisa estar munido de CPF, identidade e comprovante de residência em seu nome. O espaço, que tem 540m2, conta com ala cirúrgica, consultórios, enfermaria e salas separadas para internação diurna de bichos com doenças infecciosas. A equipe conta com 12 veterinários. A unidade está localizada no Parque Lago do Cortado, em Taguatinga.

Jovens que aprendem a dar a volta por cima


Centro de Atenção Psicossocial Infantojuvenil resgata autoestima em crianças e adolescentes com histórico depressivo



Grupos de crianças e adolescentes encontram acolhimento e motivação no trabalho desenvolvido pela Caps i / Foto: Breno Esaki/Secretaria de Saúde
Nos últimos anos, desafios expostos na internet e nas redes sociais têm estimulado o aumento do número de crianças e adolescentes que se automutilam e até tentam suicídio. Jogos como Baleia Azul e a Boneca Momo, além da série 13 reasons why, vêm gerando grande influência nesse público. No mesmo período em que surgiram essas perigosas “distrações”, o Centro de Atenção Psicossocial Infantojuvenil (Capsi) de Taguatinga registrou aumento de procura por atendimento.
De acordo com a gerente do Capsi de Taguatinga, Kelly Cristina Vieira Silva, o centro acolhe, hoje, 526 crianças e adolescentes com idade entre 2 e 18 anos. Desses, 79 já tentaram suicídio e 83 fizeram automutilação, incluindo casos de indivíduos que passaram pelas duas situações. Em 2017, o Capsi acolheu 84 crianças e adolescentes com ideia ou tentativa de suicídio e mutilação. Em 2018, foram acolhidos outros 150 e, neste ano, já somam 15 menores com essas características.
526Número de crianças e adolescentes assistidos pelo Capsi de Taguatinga
“Os comportamentos autodestrutivos envolvem vários fatores, como relacionamentos familiares e escolares, bullying e histórico de violência sofrida, entre tantos outros aspectos que podem levar ao suicídio e à automutilação”, explica Kelly. “Os jogos e séries são fatores que podem se somar e influenciar esses pensamentos e comportamentos, resultando nesse aumento de casos. E nós estamos de portas abertas para ajudar”.
Reconhecimento
No trabalho realizado pelo centro, os menores são divididos em grupos de até 15 meninos e meninas em idades similares. “No grupo estão, também, adolescentes com diagnóstico de depressão, que sofreram bullying, têm baixa autoestima e outros transtornos que geram sofrimentos”, relata a gerente do Caps i. “O nosso trabalho, além da orientação, também procura estimular a autonomia, a autoconfiança dessas pessoas para que elas sejam capazes de fazer as próprias escolhas, e [que sejam] escolhas conscientes.”
No último ano, o grupo Ressignificar, do Capsi, ganhou o selo Chega Mais – Selo de Qualidade de Serviços para Adolescentes, certificação concedida por meio de parceria entre o Fundo de População das Nações Unidas, a Secretaria de Políticas para Crianças e Adolescentes e a Escola de Aperfeiçoamento do SUS.
Comemoração
Uma das características do grupo é a forte personalidade dos adolescentes e o protagonismo. Como sujeitos propositivos e questionadores, os menores criaram a sua própria data: o Dia do Adolescente, a ser comemorado na próxima quinta-feira (28). Para esse dia, a programação começa de manhã, com uma oficina de hip hop, e prossegue à tarde, com exibição de filmes, oficina de pipas e sarau.
 “O Dia do Adolescente é comemorado em setembro, mas, como sempre fazemos atividades de prevenção ao suicídio, eles escolheram a melhor data”, informa Kelly. “A ideia surgiu durante uma assembleia da qual os adolescentes participaram. Eles argumentaram que, se existe o Dia da Criança, deveria ter, também, o Dia do Adolescente. Então, sugeriram uma data e as atividades”.
* Com informações da Secretaria de Saúde do GDF

Saúde supera 14 mil cirurgias realizadas pelo SOS DF

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Hospitais da rede pública têm registrado atuação estratégica e eficiente no atendimento ao público



Daniel da Costa comemora: “Com tanta gente precisando, é muito bom saber que podemos ter um atendimento de qualidade” / Foto: Breno Esaki/Secretaria de Saúde do DF
O número de cirurgias realizadas pela Secretaria de Saúde, por meio da força-tarefa criada pelo Governo do Distrito Federal, chegou a 14.682. O quantitativo é referente à produção de 14 hospitais da rede pública de saúde, que atuam de forma estratégica para aumentar o número de procedimentos realizados e beneficiar a população, em especial os pacientes que esperam há anos pelas intervenções.
Os dados, relativos aos 81 dias de governo, situam o Hospital de Base, com 2.520 cirurgias, como o primeiro colocado no ranking das unidades que mais operaram. Em seguida, com 1.329 procedimentos, vem o Hospital Regional do Gama e, em terceiro, o Hospital Regional de Taguatinga, com 1.289.
14.682Total de cirurgias realizadas após a força-tarefa criada pelo GDF
Equipe atenciosa
Uma das mais recentes beneficiadas pelo SOS DF Saúde é a comerciante Sandra Duarte, 49 anos, moradora de Samambaia. Depois de escorregar em casa e quebrar o pé, ela foi levada ao pronto-socorro do Hospital Regional de Taguatinga (HRT) e atendida poucos instantes depois no centro cirúrgico. “Na situação em que eu estava, me falaram que era caso de urgência”, conta. “Fui atendida muito bem. Os médicos e enfermeiras foram muito atenciosos. Agora, estou me recuperando muito bem. ”
Na avaliação da comerciante, as ações adotadas no SOS DF Saúde são importantes para dar vazão à quantidade de pacientes que esperam na fila dos hospitais pelos procedimentos. “Achei muito boa essa ideia de fazer uma força-tarefa de cirurgias, porque são muitos na fila e as pessoas estavam precisando”, destaca.
Daniel da Costa, 30 anos, sentiu segurança ao saber que mais profissionais de saúde estavam disponíveis para atendê-lo quando fraturou o braço. Vítima de um acidente de carro na madrugada de 9 de março, Costa sofreu uma fratura exposta no cotovelo esquerdo. Apesar da situação, ainda encontrou forças para acionar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, que o levou ao HRT.
“Com tanta gente precisando, é muito bom saber que podemos ter um atendimento de qualidade”, analisa. “Fui muito bem atendido, graças a Deus. ”  A previsão é de que ele talvez precise passar por uma nova cirurgia, em abril, pois o corte que sofreu no acidente foi profundo. “Estou me recuperando bem, e torcendo para me recuperar rápido depois da nova cirurgia”, ressalta.
* Com informações da Secretaria de Saúde
Confira o relatório com as ações diárias do SOS DF na áreas de obras.

GDF vai aderir à Hora do Planeta


No próximo sábado (30), às 20h30, o Palácio do Buriti, a Torre de TV e o Estádio Nacional de Brasília terão as luzes apagadas por uma hora



O Governo do Distrito Federal (GDF) vai aderir à Hora do Planeta, movimento criado em 2007 pela WWF Austrália e adotado em todo o mundo desde então. No próximo sábado (30), às 20h30, o Palácio do Buriti, a Torre de TV e o Estádio Nacional de Brasília terão as luzes apagadas por uma hora como forma de mostrar apoio ao combate ao aquecimento global e à preservação do planeta.
O Termo de Adesão foi assinado na tarde desta segunda-feira (25) pelo governador Ibaneis Rocha, o secretário de Meio Ambiente, Sarney Filho, e representantes da ONG em Brasília. O GDF também estuda a adesão de outros monumentos, como a Ponte JK e o Memorial JK, à iniciativa. “Precisamos refletir que nossos hábitos têm interferência direta na natureza e cabe ao governo dar o exemplo”, disse o governador.
A Hora do Planeta, conhecida globalmente como Earth Hour, é um ato simbólico e voluntário no qual pessoas, empresas, comunidades e governo são convidados a apagar suas luzes pelo período de uma hora para mostrar a preocupação com o aquecimento global. É uma iniciativa mundial da Rede WWF para enfrentar as mudanças climáticas e conta com a participação de mais de 100 cidades brasileiras e 1,5 mil monumentos.
Durante a reunião, o governador Ibaneis foi elogiado por ter sancionado a lei que proíbe canudos e copos de plástico em estabelecimentos comerciais da cidade em 30 de janeiro. A regra exige que eles sejam substituídos por descartáveis feitos a partir de material biodegradável, como amido e fibras de origem vegetal. O projeto tramitava na Câmara Legislativa desde 2016.

Hospital de Base reativa sétimo andar e abre 25 leitos


O sétimo andar, inoperante desde novembro de 2018, foi reformado e recebeu novos equipamentos para abrigar pacientes da Urologia

O Hospital de Base reativou o sétimo andar e abriu 25 leitos, nesta segunda-feira (25). O sétimo andar, inoperante desde novembro de 2018, foi reformado e recebeu novos equipamentos para abrigar pacientes da Urologia. A especialidade funcionava no 8º andar e passará a ter 25 leitos, em vez de 24.
Com a transferência da Urologia, foi possível reorganizar outras enfermarias, permitindo aumentar de 24 para 39 as vagas de internação para pacientes oncológicos, além da criação de mais nove para outras cinco especialidades, que são pneumologia, gastro, reumatologia, endocrinologia e infectologia.
Ao todo, o número de leitos de enfermaria passará de 494 para 519.  O Hospital de Base também possui 68 leitos de UTI, 88 leitos no pronto-socorro e oito na Unidade de Suporte ao Trauma Avançado (USAT) Pediátrica, totalizando 683 leitos. Para fazer as mudanças, foram contratados 39 profissionais, entre eles, dois fisioterapeutas, dois nutricionistas, um psicólogo, um assistente social, uma farmacêutica clínica, seis enfermeiro e 26 técnicos.
O sétimo andar estava inoperante desde a saída da pediatria para o Hospital da Criança de Brasília, em 19 de novembro de 2018. A ampliação de leitos é mais uma ação do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IGESDF), que tem como objetivo melhorar a saúde pública para a população.
*Com informações da Secretaria de Saúde

Vítimas de feminicídio poupam companheiros e não registram BO



Estudo da Secretaria de Segurança Pública traça raio-X da violência contra a mulher no DF

Maioria das mulheres vítimas de violência teme denunciar os agressores / Foto: Acácio Pinheiro/Agência Brasília
A maioria das vítimas de feminicídio no Distrito Federal nunca registrou um Boletim de Ocorrência sobre a violência que sofrida por parte de seus companheiros ou ex-companheiros antes de serem assassinadas. Apesar dos índices crescentes de violência contra a mulher em todo o Brasil, os autores são poupados e casos de agressões não chegam a ser levados às autoridades policiais. Divulgado na noite desta segunda-feira (25), um estudo feito pela Câmara Técnica de Monitoramento de Homicídios e Feminicídios da Secretaria de Segurança Pública do DF traça um raio-X da violência doméstica na capital do país.
De marçode 2015 -– quando foi implementada a Lei do Feminicídio – a 18 de março deste ano, foram registrados 68 casos de feminicídios consumados no DF. Destes, cinco só este ano. O medo de prestar queixa contra o companheiro ainda é um obstáculo para a maioria das mulheres que sofrem violência doméstica. Até perderem a vida, 72,1% dessas vítimas assassinadas nunca haviam denunciado seus companheiros por maus tratos verbais ou psicológicos.
De acordo com o Secretário Executivo de Segurança Pública do DF, Alessandro Moretti, é preciso que a Polícia Civil aprofunde os trabalhos de prevenção para chegar às mulheres agredidas que não fazem boletim de ocorrência. “Vamos ter que estudar esses casos [de feminicídio em que as vítimas não denunciaram seus agressores], ouvir testemunhas, e saber por que essas testemunhas não denunciaram nada antes”, disse, referindo-se aos casos de violência em que as vítimas foram assassinadas.
FemicídiosxHomicídios
Desde 2018, o DF tem registrado mais feminicídios do que homicídios de mulheres. Dos 46 assassinatos de mulheres registrados no ano passado, 26 tiveram como causa o fato da vítima ser do sexo feminino. Em 2019, das 9 mulheres mortas até o último dia 18, 5 foram por crime de feminicídio.
Sobre os agressores, 54,4% tinham antecedentes criminais. Em 58,8%, havia entre a vítima e o agressor um casamento ou uma união estável, ainda que em 51% das mortes não tenham constado informações de agressões recorrentes. As agressões não registradas em boletins de ocorrência superam o percentual de casos que chegam às delegacias: 60% das mulheres sofrem a violência caladas e se mantêm longe das autoridades policiais.
O feminicídio é um termo de crime de ódio baseado no gênero, ou seja, a perseguição e morte intencional de pessoas do sexo feminino simplesmente por serem mulheres. Alguns estudos afirmam que a expressão é originária de genocídio, que significa o assassinato massivo de um determinado tipo de grupo étnico, racial ou religioso. O assassinato de mulheres é classificado no Brasil como crime hediondo.
Ceilândia
Região administrativa mais populosa do Distrito Federal, Ceilândia lidera o número de casos de violência doméstica e assassinato de mulheres: foram 7.448 registrados da primeira modalidade e nove, da segunda. Samambaia, com 3.912 agressões e sete feminicídios, e Planaltina, com 3.549 ocorrências e três mortes, vêm em seguida.
É dentro de casa que a violência contra a mulher mais acontece: 91,2% das agressões tiveram a própria residência da vítima como palco da violência. Brigas conjugais e ciúmes são as causas de 58,8% das agressões fatais a mulheres. Armas brancas, como facas, foram as mais utilizadas contra as vítimas e aparecem como responsáveis por 48,5% dos homicídios, enquanto as armas de fogo são determinantes de 26,5% dos casos.
Perfil
Donas de casa, com ensino médio completo, pardas e entre 19 e 29 anos de idade, são a maioria das vítimas. A idade média de mulheres assassinadas por homens com quem tinham ou tiveram um relacionamento é de 36 anos. Não há registro de menores de idade mortas por companheiros. A vítima mais velha tinha 61 anos.
Apesar dos sinais de agressões ocorridos durante as relações, 79,4% das mulheres assassinadas pelos companheiros não se encontravam sob medida protetiva. A maioria, 54,7%, também não estava em processo de separação.
É entre sábado e a madrugada de segunda-feira o período de maior incidência de homicídios: 47% dos casos registrados pela Secretaria de Segurança Pública acontecem nos finais de semana. O anoitecer dá mais coragem ao agressor: é das 18h às 6h da manhã seguinte que são registrados 63,3% dos homicídios contra a mulher.

Ciúmes e crime
A assistente social K (nome fictício), de 41 anos, moradora do Guará, tinha o que considerava um “casamento perfeito”. No início da relação, o companheiro, pai e marido exemplar, proporcionava à família uma vida confortável e feliz. Até que ela decidiu estudar e trabalhar fora. As crises veladas de ciúme começam a surgir, bem como perseguições e comparações salariais. A relação durou 16 anos, até que, em 20 de abril de 2017, após uma discussão, o marido, embriagado, a feriu com vários golpes de faca na frente de dois dos quatro filhos.
“Eu não tive um quadro de violência durante meu casamento”, relata K. “Construímos muitas coisas juntos, nunca nos agredimos fisicamente. Tudo aconteceu depois que voltei a estudar. Por ciúmes, ele me vigiava na porta da faculdade e eu não sabia”.
Ela conta que não entendia como agressões as perseguições e os pedidos do marido para largar os estudos. “Eu fiquei desacreditada até que caiu a ficha de que ele estava querendo me matar na frente dos meus filhos”, afirma. “Muitas vezes eles falam que houve agressão porque estava bêbado, não sabia o que estava fazendo, e não é isso. Ele tinha total consciência de tudo que fazia”, lembra.
Mesmo ferida, K. conseguiu se trancar no quarto. A filha saiu para pedir ajuda, e logo os vizinhos vieram em seu socorro. O agressor foi preso em flagrante e ficou detido por oito meses. Atualmente, responde ao processo em liberdade. Apesar de ter contato com todos os filhos, ele é proibido de se aproximar da ex-mulher.
*Colaborou Daniela Brito