sexta-feira, 22 de março de 2019

Dia Mundial da Infância - Boa Vista e os investimentos que estão transformando a capital da 1ª Infância



Desde 2013 a prefeita Teresa Surita trabalha ações voltadas à primeira infância na capital (Jackson Sousa)
JornalistaShirleia Rios
Antes de 2013, praticamente não se ouvia falar no termo “Primeira Infância” em Boa Vista. Ele se popularizou na gestão da prefeita Teresa Surita por conta do trabalho desenvolvido na cidade voltado às crianças. A rede do Família Que Acolhe, uma política pública integrada que cuida da gestação até os seis anos de idade, marcou o inicio de uma nova geração e tem feito com que Boa Vista seja reconhecida como a Capital da Primeira Infância.


Programa Família Que Acolhe (Foto: Fernando Teixeira)
Desde sua criação, o FQA já atendeu 13.832 famílias em Boa Vista com mamães grávidas ou já com os bebês, que participaram de palestras, cursos, orientações, atividades do Universidade do Bebê, Leitura desde o Berço, foram beneficiadas com o Leite da Família, enxovais, o Programa de Aquisição de Alimentos, encontros da 1ª Infância nas Casas Mães, visitas domiciliares, atendimentos médicos, vaga garantida em creches, Click “mamãe sou eu”, dentre outros, tudo com o foco no fortalecimento de vínculos e olhares diferenciados para essa faixa etária, considerada a mais importante para o desenvolvimento saudável em toda a vida.


Programa Família que Acolhe (Foto: Fernando Teixeira)
No Dia Mundial da Infância, celebrado nesta quinta-feira, 21, Boa Vista tem muito a comemorar. A cidade tem ganhado uma nova cara e todas as ações e os investimentos passaram a ser pensados e planejados para os pequeninos, tanto a infraestrutura da cidade, a área de tecnologia, os abrigos de ônibus, praças e escolas que ganharam playgrounds com pisos emborrachados, o terminal de ônibus Luiz Canuto que ganhou o cantinho da criança, a merenda nas escolas de qualidade, escolas e casas mãe estruturadas, aulas de robóticas, médicos que se vestem de heróis no Hospital da Criança, praças interativas, e muito mais.


Playground na escola com piso emborrachado (Foto: Jackson Souza)
A Prefeitura de Boa Vista trabalha com foco na primeira infância desde a implantação do Família Que Acolhe.  Um programa tão importante que passamos a ser referência em todo Brasil e até fora. Hoje temos a parceria de várias instituições que nos ajudam a fazer uma cidade com o olhar para a primeira infância. Isso é a preocupação de uma cidade que quer uma geração melhor, que quer mais qualidade de vida”, destacou a prefeita Teresa Surita.


Abrigos de ônibus com temática da primeira infância (Foto: Igorh Martins)
A gestão municipal prepara Boa Vista para que ela proporcione um olhar diferenciado, com cuidados e prioridades para as crianças, pois acredita na importância de intervenções logo no começo da vida para transformar a trajetória das pessoas e impactar positivamente o futuro delas.


playground nas praças com piso emborrachado para dá mais conforto e segurança às crianças (Foto: Andrezza Mariot)
 
Saúde - A preocupação de uma cidade que quer uma geração melhor, mais qualidade de vida, investe também em saúde. No Hospital da Criança, os investimentos também melhoram os serviços à população infantil. Nos últimos anos, a única unidade hospitalar infantil de Roraima passou por reformas, ampliação e transformação.


Atendimento de saúde no Programa Família Que Acolhe (Foto Claudia Ferreira)
 
A prefeitura já entregou três blocos novinhos, totalmente reconstruídos e, atualmente, finaliza as obras do bloco C da unidade. Tudo para oferecer um atendimento mais humanizado e eficiente aos pequenos pacientes. Os profissionais se vestem de super heróis às sextas-feiras para receber as crianças de uma forma especial, acolhedora e carinhosa.


Equipe vestida de super heróis para receber as crianças de forma acolhedora (Foto: Diogo Dantas)
 
Esporte - No esporte, a prefeitura também atende milhares de crianças em horário oposto ao das aulas com as escolinhas da Vila Olímpica Roberto Marinho. São atividades de natação, basquete, futebol, box, dentre outros, todos com profissionais de educação física qualificados, que ocupam o tempo das crianças e adolescentes e as retiram das ruas.


Escolinha de Esportes da Vila Olímpica (Foto: Fernando Teixeira)
 
Trânsito - Os investimentos no trânsito também são pensados para as crianças. A prefeitura prioriza a sinalização horizontal e vertical, além da instalação de placas luminosas nas faixas de pedestres em frente às escolas, garantindo a segurança dos estudantes, sejam de escolas públicas ou privadas.  


Faixa de pedestre em frente as escolas para travessia segura de pais e crianças (Foto: Claudia Ferreira)
 
Mundo – Ao tornar a primeira infância uma prioridade em Boa Vista, a prefeita Teresa Surita chamou a atenção do mundo para a temática, por meio do programa Família Que Acolhe. Depois do reconhecimento de instituições nacionais, internacionais e especialistas em primeira infância, a prefeita foi convidada a palestrar em vários eventos no mundo compartilhando as experiências do programa. E muitos estudiosos e pesquisadores internacionais também já vieram a Boa Vista.


Diretores da Fundação Bernard Van Leer em visita ao Programa Família Que Acolhe (Foto: Claudia Ferreira)

Parcerias – Ao longo de sua existência, o Família Que Acolhe mantém parcerias de sucesso com diversas instituições, como Instituto Maria Cecília Souto Vidigal, Universidade de Harvard, Banco Interamericano de Desenvolvimento, Saving Brains (Canadá), Fundação Bernard Van Leer (Holanda), Universidade de New York e The New York Academy of Sciences, entre outros.


Merenda escolar de qualidade nas escolas municipais (Foto: Fernando Teixeira)
 
Porque Investir na Primeira Infância

Especialistas no tema Primeira Infância garantem que o investimento feito nessa fase da vida garante um retorno positivo quando adultos em todas as áreas. A diretora da Fundação Bernard Van Leer, Cecília Jones, disse estar convencida que vale a pena investir na primeira infância, não só por conta do retorno econômico, mas principalmente pelo retorno social.


Visita da diretora da Fundação Bernard Van Leer, Cecília Jones às escolas municipais (Foto: Claudia Ferreira)
 
“Acredito que se há uma aposta é a de acreditar que cada criança pode ter a oportunidade de ter um bom começo e, que isso lhe permita encontrar suas oportunidades de vida. Acredito que essa é a grande aposta que podemos fazer como investimento da vida”, garantiu.


Cecília Jones - Fundação Bernar Van Leer (Fotos: Claudia Ferreira)
 
Ela ressalta que o retorno repercute em milhares de benefícios sociais para a sociedade. “Quando se investe no seu filho, desde os primeiro dias, quando ele está bem cuidado, quando tem acesso a serviços, está em um ambiente que lhe estimule viver em uma cidade que se sinta saudável e protegido, isso realmente repercute depois, em construir uma sociedade criativa, uma sociedade justa. A melhor aposta é que às vezes estamos pensando em grandes fórmulas para resolver a pobreza, para resolver a iniquidade, mas na verdade a formula está ai, tem que investir na primeira infância” destacou.


Espaço Lúdico no Terminal Luiz Canuto Chavez(Foto: Claudia Ferreira)
 
Bernard Van Leer – A Fundação Bernard Van Leer é parceira da Prefeitura de Boa Vista nas ações voltadas à Primeira Infância, como a Urban95, uma estratégia que tem o objetivo de apoiar áreas urbanas mais saudáveis, seguras e estimulantes para crianças pequenas. Ações que promovam mudanças duradouras nos cenários e oportunidades que moldam os primeiros anos da vida das crianças.


Interação pais e filhos nas praças - playgrounds com pisos emborrachados (Foto: Andrezza Mariot)
 

Dia Mundial da Infância - Prefeitura já capacitou cerca de 5 mil servidores para cuidar da primeira infância



O termo primeira infância foi trazido há seis anos para Boa Vista através da prefeita Teresa Surita, e por meio do Programa Família que Acolhe. Desde então, o trabalho tem sido constante e será um dos maiores legados da sua gestão.
Jornalista: Ceiça Chaves

Para uma criança crescer em um ambiente saudável se faz necessária uma rede de atendimento e cuidado com profissionais e familiares capacitados sobre o olhar da Primeira Infância. Por isso, a Prefeitura de Boa Vista, pensando nas crianças, tem promovido mudanças significativas no comportamento das pessoas com essa faixa etária, principalmente nos primeiros mil dias de vida, fase essencial para o desenvolvimento em todas as idades.

E para se alcançar resultados efetivos, desde a implantação do Programa Família que Acolhe (2013) até hoje, 4.849 servidores municipais da saúde, educação e social já passaram por processo de formação em desenvolvimento sobre a temática primeira infância. Isso faz com que o olhar dessas pessoas seja diferente, respeitando orientações e tomando atitudes que fazem com que uma criança se desenvolva corretamente, crescendo preparada para enfrentar todas as situações de vida com mais segurança.


Em novembro de 2018, a prefeitura deu início a um novo ciclo de formação, através do Programa de Capacitação da Primeira Infância, coordenado pela Secretaria Municipal de Projetos Especiais. Com as novas turmas desta semana, que participam de treinamento no Teatro Municipal de Boa Vista, a prefeitura já está chegando ao total de 300 servidores capacitados das três áreas essenciais para o desenvolvimento infantil: saúde, educação e social.

Nas atividades, são envolvidos profissionais do FQA, dos Cras, de escolas e creches municipais, de unidades básicas de saúde e hospital infantil. A meta atual é alcançar 50% dos servidores das três áreas, e capacitar 100% das macroáreas onde se concentram a população de maior vulnerabilidade social.


O termo primeira infância foi trazido há seis anos para Boa Vista através da prefeita Teresa Surita, que tem estudo técnico em Harvard, e por meio do Programa Família que Acolhe. Desde então, o trabalho tem sido constante e será um dos maiores legados da sua gestão. A intenção é proporcionar um futuro diferente para as famílias de Boa Vista, investindo nas crianças, em suas famílias e na formação permanente dos profissionais que as atendem.


“O programa nasceu da premissa de que os três primeiros anos são para sempre, incluindo a gestação. Formamos nossas equipes sobre essa importância e integrando o atendimento profissional. Entendemos que professores, copeiros, médicos, agentes de saúde, todos têm contato com a primeira infância e precisam ser próximos e sensíveis às necessidades da criança”, declarou a prefeita.


A gestora da escola municipal José Arnóbio da Silva, Zenilza Cordeiro, frisou a importância das capacitações para os profissionais entenderem melhor o universo das crianças. “Precisamos saber a real importância que temos na vida de cada um desses pequeninos que atendemos. Para nós é bem-vinda essa capacitação e que possamos levar os conhecimentos para as nossas escolas, professores e demais servidores. Somos uma equipe, onde o trabalho começa desde o porteiro até o grupo gestor”, disse.


Gestora da escola municipal José Arnóbio da Silva, Zenilza Cordeiro.

Sonora: Zenilza Cordeiro – gestora de escola
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Nas formações de 2014 e 2015, foram seis intervenções chaves: Pré-natal (puerpério e amamentação), puericultura, grupos de famílias, parto humanizado, formação em educação infantil (creches) e formação de espaços lúdicos. Nestas capacitações atuais, são trabalhados quatro temas: A importância da Primeira Infância; A criança: um ser em desenvolvimento; o vínculo; e a intersetorialidade.

Esta semana, novas turmas do Programa de Capacitação da Primeira Infância estão em formação

Até o final de março, mais quatro turmas de profissionais estão recebendo capacitação. A sétima turma do programa começou nesta terça e quarta-feira, dias 19 e 20, a oitava será nos dias 21 e 22, a nona será nos dias 25 e 26 e a décima turma será nos dias 27 e 28. O horário é sempre das 8h30 às 12h e das 14h às 18h, na sala de ensaio do Teatro Municipal. São cerca de 30 pessoas inscritas em cada turma e todas receberão certificados de 16h.
 

Dia Internacional da Síndrome de Down - Escolas de Boa Vista ressaltam a importância da inclusão e do respeito as diferenças




Alunos da Escola Municipal Professora Edsonina celebraram a inclusão e o respeito às diferenças em programação especial do Dia Internacional da Síndrome de Down (Fotos: Andrezza Mariot)
Jornalista: Jéssica Costa
Não é só com um cromossomo extra que vivem os pequenos Isaias Martinez e Davi Izaque, alunos com síndrome de Down da Escola Municipal Professora Edsonina de Barros Villa, mas também com doses extra de carinho, amor e dedicação diárias. Neste Dia Internacional da Síndrome de Down, celebrado no dia 21 de março, a escola preparou uma programação especial ressaltando ainda mais a importância do respeito. A mesma programação foi realizada em outras escolas municipais, que contam com 47 alunos com síndrome de Down matriculados na rede.


Paulo Cesar Araújo, professor da Sala de Recursos Multifuncionais

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Segundo Paulo Cesar Araújo, professor da Sala de Recursos Multifuncionais, trabalhar com crianças com síndrome de Down é um desafio, mas, ao mesmo tempo, uma grande alegria. “Acredito que a nossa missão é olhar para educação especial de uma forma inclusiva, onde escola, família e professores estejam dando o seu melhor para que nenhuma criança fique para trás.  Independente das limitações e das diferenças, nós temos que olhar para eles como pessoas com potencialidades e possibilidades de avançarem e terem sucesso. A alegria é saber que estamos contribuindo com o acesso, com a permanência e, principalmente, com o sucesso escolar destas crianças”, destacou.


Catarina Horana de Castro, mãe do aluno Davi Izaque

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Acolhida. É assim que se sente diariamente Catarina Horana de Castro, mãe do pequeno Davi Izaque, sempre que deixa o filho na escola. “Para mim é gratificante porque aqui na escolinha o Davi é bem acolhido. Todos gostam dele e é uma criança bem recebida. Me sinto bem quando deixo ele aqui e vou para casa porque sei que ele está em um bom lugar, onde é acolhido e não diferenciado”, destacou.


Catarina descobriu que o filho tinha a síndrome de Down no momento do parto, pois nenhum dos exames feitos durante o pré-natal apontaram a existência da síndrome. “Tive um baque de primeira, mas aceitei numa boa, não rejeitei meu filho. Acho que, no primeiro momento, toda mãe pensa milhões de coisas, como a criança não sobreviver devido aos problemas respiratórios e cardiopatias. Passado o susto, a rotina foi tranquila. Marquei os primeiros atendimentos médicos e, hoje, Davi está aqui: inteligente, saudável, sem problemas no coração, comunicativo, carinhoso e brincalhão”, ressaltou.


Dia Internacional da Síndrome de Down

O Dia Internacional da Síndrome de Down foi proposto pela Down Syndrome International como o dia 21 de março, porque esta data se escreve como 21/3, o que faz alusão à trissomia (consiste na presença de três cromossomos, e não dois, como seria normal) do 21. O Dia Internacional da Síndrome de Down está no calendário oficial da Organização das Nações Unidas, sendo comemorado pelos 193 países-membros da ONU. A data tem o objetivo de conscientizar as pessoas sobre a importância da luta pelos direitos igualitários, o seu bem-estar e a inclusão das pessoas com Down na sociedade.