domingo, 9 de julho de 2017

PROTESTO




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POLÍTICA

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realizado nenhum encontro 


fechado com outro líder

SAÚDE

Dor crônica atinge 37% das 

pessoas no Brasil


Mulheres são as que mais sofrem com dor crônica Shutterstock.com/Papamafia
 
A cada dez pessoas no Brasil, quase quatro sofrem de alguma dor crônica — aquela que persiste por mais de três meses. A maioria dessas pessoas, que compõem 37% da população, é formada por mulheres, vive nas regiões Sul e Sudeste, tem média de idade de 41 anos e sente uma dor forte o suficiente para atrapalhar as atividades cotidianas. É o que mostra uma pesquisa da Sociedade Brasileira para Estudo da Dor (SBED), conduzida ao longo do ano passado.  
 
Diretor científico da instituição, Paulo Renato Fonseca acredita em duas saídas possíveis para a redução dos casos de dor crônica e maior eficácia no tratamento são a oferta de mais analgésicos no Sistema Único de Saúde (SUS) e a criação de centros de terapia exclusivamente voltados para dor.
 
Mapa da dor crônica no Brasil
A dor crônica é aquela que, em geral, persiste por mais de
três meses e atrapalha as atividades diárias. Com o trata-
mento adequado, ela pode ser curada. Em parte significativa
dos casos, ela é resultante de uma dor aguda não tratada.


 


— É necessário padronizar os remédios no SUS, que só oferta três medicamentos “primos” da morfina. Isso é muito pouco. Com a padronização, haverá mais remédios disponíveis. Mas só isso não resolve: tem que vir, junto, a criação de centros de tratamento da dor. Imagine um centro assim dentro de um instituto do câncer. Muitos pacientes oncológicos teriam uma qualidade de vida melhor. Isso poderia nos aproximar dos índices dos países desenvolvidos — sugere o anestesiologista.
Embora a dor seja entendida como o sintoma de algum problema de saúde, no momento em que se torna crônica, ela é “promovida” a doença. Por isso, precisa de tratamento específico, sob pena de incapacitar o paciente para trabalhar ou realizar tarefas simples do dia a dia. Em 50% dos casos, a dor crônica compromete seriamente a rotina.
— Na maioria das vezes, a pessoa pode ser curada, mas o tratamento é sempre de longo prazo, então é preciso levantar essa discussão no país para que se possa investir mais no tratamento desses pacientes — pontua Fonseca.

Esse tipo de dor pode surgir por causas variadas: alguma doença infecciosa como chicungunha, herpes zoster ou Aids, como consequência de uma dor aguda não tratada ou em decorrência de câncer, por exemplo. As líderes do ranking, no país e no mundo, são a dor nas costas — também chamada de lombalgia — e a dor de cabeça.
PIORA COM USO DE CELULAR
Dados dessa pesquisa estão sendo discutidos na 4ª edição do Congresso da Sociedade Brasileira de Médicos Intervencionistas em Dor (Sobramid), que termina hoje em Campinas, São Paulo. O anestesiologista Charles Amaral de Oliveira, presidente da organização, destaca que essas dores crônicas devem aumentar ainda mais por conta do uso exagerado de celulares e tablets, especialmente por jovens.
— Estudos mostram que celulares e tablets são usados durante, em média, quatro horas por dia. E, ao mexer nesses aparelhos, nossa cabeça fica num ângulo de 60 graus, o que faz com que o peso dela passe dos sete quilos habituais para 27 quilos. Esse hábito tem alto risco de provocar uma cefaleia de origem cervical. Parece uma enxaqueca, mas é mais séria. Isso vai ser uma epidemia no futuro — acredita ele.
A média mundial de incidência de dor crônica é 35%, o que significa que o Brasil já supera a marca. Enquanto países desenvolvidos como Canadá, Holanda, Austrália e Japão mantêm esse índice na casa dos 20%, os países latinos ficam em torno dos 40%.
De acordo com o médico Paulo Renato Fonseca, isso acontece porque quanto mais desenvolvido é o país, melhor sua população lida com a dor.

— O uso de analgésicos no Brasil é bem menor do que em países desenvolvidos. Não porque os brasileiros sintam menos dor, mas porque esses remédios não são administrados sempre que deveriam. As dores de um pós-operatório, por exemplo, que são previstas, podem ser evitadas com o uso adequado de medicação. Mas muitas vezes não o são. E uma dor aguda maltratada pode acabar ocasionando uma dor crônica — afirma.
Segundo ele, o problema é mais relatado no Sul e no Sudeste porque essas são as regiões do país com mais alto Índice de Desenvolvimento humano (IDH), e pessoas mais esclarecidas e menos resignadas em relação à dor procuram mais os serviços médicos para se livrar do problema.
Outro dado chama atenção: as mulheres são as que mais relatam sofrer com dor crônica. A maior disparidade é encontrada na Região Norte: de todos os pacientes com o problema, 67% são do sexo feminino. A interpretação da Sociedade Brasileira para Estudo da Dor é de que as mulheres são, tradicionalmente, mais atentas para o surgimento de dores e são as que mais frequentemente buscam atendimento médico.

 Fonte: O Globo
 

POLITICA





Debatedores sugerem punições mais rigorosas em casos de fraudes de inspeção sanitária

Leonardo Prado/Câmara dos Deputados
Audiência Pública da comissão mista sobre a MP 772/17, que eleva multa para quem infringir normas de inspeção sanitária
Debatedores concordaram em relação ao aumento do valor das multas
Participantes de debate defenderam nesta terça-feira (6) a aprovação da medida provisória (MP 772/17) que eleva a multa para quem infringir normas de inspeção sanitária e sugeriram punições mais rigorosas para grandes empresas envolvidas em irregularidades.
A audiência pública foi realizada pela comissão mista que discute o tema. A MP aumenta para até R$ 500 mil a multa a quem cometer infrações previstas na lei que regulamenta a produção e comercialização de produtos de origem animal (Lei 7.889/89).
Para o diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, José Luís Vargas, a medida provisória é justa, uma vez que pune, de forma mais eficaz, as empresas que cometem fraudes.
“Se a MP não for aprovada, a multa mínima continuará em R$ 156,00. Ou seja, não vai coibir nada. Dessa forma, quem cometeu a irregularidade vai continuar pensando que a fraude compensa”, afirmou.
Sugestões
Mas, mesmo ressaltando a importância da medida, os demais debatedores apresentaram algumas rsugestões ao texto. O secretário de Política Agrícola da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Antoninho Rovaris, propôs punições que vão além do aumento do valor das multas.
“É preciso, também, ter outros mecanismos de punição e divulgar amplamente quais empresas são fraudulentas”, recomendou Rovaris. Ele afirmou, ainda, que as empresas de grande porte não são tão prejudicadas quanto as de porte menor.
“A multa não é suficiente para punir, da maneira mais adequada, as grandes empresas. Além da multa, elas não poderiam receber incentivo do governo e teriam que ser expostas sobre a irregularidade cometida”, concluiu.
O consultor jurídico da Associação Brasileira das Pequenas e Médias Cooperativas e Empresas de Laticínios Brasileiros, Daniel Amin, acrescentou mais um item na punição. “Dependendo da gravidade do caso, a empresa que cometeu a fraude deveria fechar as portas”, afirmou.
Nova legislação 
Daniel Amin recomendou, ainda, que o texto da medida provisória diferencie a punição das fraudes cometidas intencionalmente daquelas que foram cometidas por desinformação. “É preciso ver quando realmente há dolo”, afirmou.
O deputado Marcon (PT-RS) concordou com o consultor Jurídico. “As regras e multas para a pequena empresa devem ser as mesmas que para as grandes? ”, questionou. “Muitas vezes as pequenas indústrias são prejudicadas. A MP deve cuidar não só das multas, mas também de uma legislação exclusiva para as empresas pequenas”, completou. 

ÍNTEGRA DA PROPOSTA:

Reportagem - Igor Caíque
Edição - Rosalva Nunes

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