quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

POLÍTICA

Por 8 a 1, STF rejeita pedido de Cunha e mantém ex-deputado preso

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A maioria dos ministros acompanhou voto proferido pelo relator, Edson Fachin Foto:AFP/JC 

O Supremo Tribunal Federal (STF) negou nesta quarta-feira (15) um pedido de liberdade apresentado pela defesa do deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).Seguindo recomendação do novo relator da Operação Lava Jato na Corte, Edson Fachin, e por 8 votos a 1, a maioria dos
ministros resolveu mantê-lo na prisão em Curitiba (PR) - o único voto a favor de conceder liberdade a Cunha foi do ministro Marco Aurélio Mello.
O peemedebista, que teve o mandato cassado em setembro, foi preso em outubro do ano passado pela Polícia Federal em Brasília por determinação do juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava Jato na primeira instância.
No âmbito da Lava Jato, Eduardo Cunha responde a diversas ações penais por suposto recebimento de propina oriunda de contratos da Petrobras.
O advogado Ticiano Figueiredo, que defende Eduardo Cunha, falou com a imprensa ao final da sessão e disse que o Supremo não entrou no mérito sobre se a prisão está correta ou não e que confia que o STJ concederá a soltura e que, se isso não acontecer, recorrerá ao STF novamente.
O julgamento

No julgamento desta quarta, os advogados de Cunha alegaram que ele foi preso com os mesmos argumentos
usados em maio do ano passado pelo STF para afastá-lo do cargo de deputado e da presidência da Câmara.
Por isso, na visão da defesa, Sérgio Moro contrariou decisão do STF de não prendê-lo, optando por uma medida menos grave."Com os mesmíssimos argumentos o juiz Sérgio Moro revalora a decisão do Supremo, revê a decisão do Supremo e prende Eduardo Cunha sem nenhum fato novo, a não ser a perda do mandato", afirmou o advogado Ticiano Figueiredo.
Em seu voto, porém, o relator do caso, Edson Fachin, reproduziu decisão do ministro Teori Zavascki – antigo relator da Lava Jato, que morreu no mês passado –, que já havia negado o pedido de liberdade. Em dezembro, Teori considerou que o STF não decidiu sobre a prisão, mas somente sobre o afastamento.
"Esse Supremo Tribunal Federal não se manifestou sobre requisitos da prisão. É equivocada a conclusão de que magistrado ao não decretar prisão decide que não estão presentes requisitos. O reclamante no ponto confunde ausência de análise com ausência de motivo", disse Fachin.
Assim, para o relator, no caso de Cunha, o pedido de liberdade só poderia ser concedido num habeas corpus, ação que deve passar por todas as instâncias judiciais antes de chegar ao STF.
Atualmente, um pedido do tipo para soltar Cunha está em análise no Superior Tribunal de Justiça (STJ), sem data para decisão final.


Fonte: G1


BRASIL


PF prende 28 pessoas em ação contra desvio de recursos públicos na UFPR

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Fraude na UFPR foi "grosseira", segundo delegado  Créditos:Giuliano Gomes/Folhapress













A Polícia Federal (PF) realiza uma operação para combater a prática de desvio de recursos públicos destinados à Universidade Federal do Paraná (UFPR) na manhã desta quarta-feira (15) em cidades do Paraná, Mato Grosso do Sul e Rio de Janeiro. A ação foi batizada de 'Research'.
De acordo com a Polícia Federal, 28 pessoas tinham sido presas até o fim da manhã.
A secretária da pró-reitoria de Planejamento e Orçamento, Tânia Márcia Catapan, e Conceição Abadia de Abreu Mendonça, que é chefe do setor de Orçamento e Finanças do mesmo setor, são suspeitas de ser as principais responsáveis pelo desvio de, pelo menos, R$ 7,3 milhões em bolsas de pesquisa para 27 pessoas.
Ambas foram presas pela manhã e tiveram o exercício da função pública suspenso pelo juiz Marcos Josegrei da Silva.
"Há indícios substanciais, portanto, de autoria delitiva direta em relação às servidoras públicas federais CONCEIÇÃO ABADIA DE ABREU MENDONÇA e TÂNIA MARCIA CATAPAN quanto aos desvios de recursos públicos objeto de investigação. A esta altura vale a pena recordar que CONCEIÇÃO MENDONÇA anteriormente já foi denunciada pelas práticas no ano de 2008 dos crimes capitulados nos arts. 312 do CP (peculato) e no art. 89 da Lei nº 8666/93 (fraude em procedimento licitatório)", disse o juiz no despacho em que autorizou as prisões.
Na decisão, o juiz ressaltou ainda que "os processos concessórios das bolsas não foram encontrados e, ao que tudo está a indicar, nem mesmo existiam". 

"Os desembolsos eram autorizados pela Instituição de Ensino com base em singelos expedientes que levavam os nomes dos beneficiários e os valores a serem pagos. Esse estado de coisas conduziu a pagamentos mensais a quem sequer vínculo com a Universidade possuía ocasionando um desfalque inaceitável de mais de R$ 7 milhões em um período superior a três anos sem que, para dizer o mínimo, ninguém da instituição de ensino percebesse, ainda que os fatos se repetissem mensalmente", declarou Josegrei.
G1 tentará contato com os advogados dos envolvidos. De acordo com a Justiça Federal, até as 10h50, os investigados não tinham advogado constituído.
Ao todo, foram expedidos 73 mandados judiciais, sendo 29 de prisão temporária, 8 de condução coercitivas, que é quando a pessoa é levada para prestar depoimento, e 36 mandados de busca e apreensão. Entre os alvos, estão dois funcionários públicos federais.
As prisões têm prazo de cinco dias e podem ser prorrogadas pelo mesmo período ou convertidas para preventivas, que é quando os presos ficam detidos por tempo indeterminado.
Investigações apuram repasse irregular de recursos
As investigações apuraram o repasse irregular de recursos mediante pagamentos sistemáticos, fraudulentos e milionários de bolsas a inúmeras pessoas sem vínculos com a universidade no período entre 2013 e 2016, segundo a PF.
Ainda conforme os policiais, há indícios concretos de fraudes em pagamentos de título de auxílio a pesquisadores, bolsas de estudo no país e no exterior a diversas pessoas que não tinham vínculo com a Universidade Federal do Paraná.
As cidades onde os mandados estão sendo cumpridos são CuritibaAlmirante TamandaréSão José dos PinhaisAntoninaFrancisco Beltrão e Ponta Grossa, no Paraná; Rio de Janeiro; e Campo Grande e Maracaju, no Mato Grosso do Sul.
O nome da operação, segundo a PF, é uma referência ao objetivo central das bolsas concedidas pela unidade, destinada a estudos e pesquisas pelos contemplados.
A operação é realizada em parceria com a Controladoria Geral da União e o Tribunal de Contas da União.
O que a UFPR diz 
Em nota, a UFPR disse que as suspeitas de irregularidades no pagamento de bolsas e auxílios são objeto de investigações internas na UFPR desde dezembro de 2016, quando a própria universidade também tomou a iniciativa de encaminhar o caso à Polícia Federal, para investigação criminal. Veja a íntegra da nota abaixo:
"Diante da operação deflagrada nesta quarta-feira pela Polícia Federal, a Universidade Federal do Paraná informa:
1.As suspeitas de irregularidades no pagamento de bolsas e auxílios são objeto de investigações internas na UFPR desde dezembro de 2016, quando a própria universidade também tomou a iniciativa de encaminhar o caso à Polícia Federal, para investigação criminal.
2. Assim que tomou conhecimento da suspeita de desvios de verba pública, em dezembro de 2016, a administração anterior da Reitoria determinou a abertura de sindicância para apurar responsabilidades. O procedimento é conduzido por uma comissão formada por dois professores e uma servidora técnico-administrativa e, por força de lei, corre em sigilo. O prazo para conclusão do trabalho é de 60 dias, prorrogáveis por mais 60. A previsão de término dos trabalhos é meados de abril de 2017.
3. Por determinação do atual reitor, Ricardo Marcelo Fonseca, as duas servidoras suspeitas de envolvimento no caso foram suspensas do exercício de suas atividades funcionais, nos termos da Lei 8112/90.
4. O reitor Ricardo Marcelo Fonseca também determinou a criação do Comitê de Governança de Bolsas e Auxílios, visando aperfeiçoar os mecanismos de controle sobre esse tipo de pagamento. Também está criada, por meio de portaria, uma comissão para trabalhar no Plano de Transparência e de Dados Abertos da Universidade, instrumento para garantir que a sociedade tenha acesso a todas as informações de caráter público.
5.A Universidade Federal do Paraná tomou todas as providências cabíveis para esclarecer os fatos e responsabilizar os eventuais envolvidos. Com o resultado da investigação, a UFPR solicitará a restituição dos valores ao erário.
6. A gestão do reitor Ricardo Marcelo Fonseca reafirma seu compromisso com a transparência e a ética. Reforça ainda que condena veementemente qualquer prática ilícita e que continuará colaborando com as investigações, tanto no âmbito do Tribunal de Contas da União quanto da Polícia Federal".

Fonte: G1

ECONOMIA

Dólar cai e ajuda a derrubar preços dos alimentos



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Na terça-feira (14), pela primeira vez em 20 meses, o dólar fechou abaixo de R$ 3,10. A moeda chegou ao fim do dia cotada a R$ 3,096. Foto: Reprodução 


O dólar mais baixo está ajudando a derrubar o preço de alguns alimentos. Na terça-feira (14), pela primeira vez em 20 meses, o dólar fechou abaixo de R$ 3,10 - R$ 3,096.
Como muitos produtos têm preço cotado no mercado internacional, a reação vem em cadeia: o milho e o trigo já sentem a influência do câmbio, mas o efeito do dólar mais barato ainda não chegou aos derivados. O consumidor está de olho.

O dólar começou a subir em 2015 por conta da piora nas contas públicas. No segundo semestre de 2015, o Brasil perdeu o selo de bom pagador que tinha sido conferido pelas agências de classificação de risco.
Com isso, a moeda americana disparou: chegou à casa dos R$ 4 no começo do ano passado.Agora, despencou. Na terça-feira (14), o dolár fechou na menor cotação desde julho de 2015 - R$ 3,096.

Fonte: Bom Dia Brasil

MUNDO

Poluição causou a morte de 4 milhões de pessoas no mundo em 2015

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Dados do Instituto de Efeitos da Saúde mostram que os casos mais graves estão na China e na Índia, os dois países com mais habitantes no mundo. Foto: Divulgação

Um estudo do Instituto de Efeitos da Saúde mostrou que a poluição do ar causou mais de 4 milhões de mortes no mundo, em 2015.

Os dados mostraram que os piores casos estão na China e na Índia, os dois países com mais habitantes no mundo e que também estão entre os que mais poluem. Mais de dois milhões de pessoas morreram prematuramente por causa da poluição.
A China sempre emite alertas de poluição. A situação na Índia é ainda mais preocupante porque os níveis de poluição sobem em escala alarmante, assim como o número de mortes.
A pesquisa também mostrou que 92% da população mundial vive em áreas com ar bastante poluído. Na Inglaterra, o prefeito de Londres emitiu em janeiro um alerta para os altos índices de poluição. Mas, empresas de tecnologia têm testado alguns aparelhos que podem ajudar a aliviar a situação. Tem rastreador portátil de poluição para saber como está a qualidade do ar em tempo real e banco de praça que retém os poluentes e libera ar puro para quem estiver sentado.
Malásia
As autoridades da Malásia começaram a fazer a autópsia do corpo de Kim Jong Nam, meio-irmão de Kim Jong Un, líder da Coreia do Norte. Ele morreu depois de se sentir mal no aeroporto de Kuala Lampur. O caso está cercado de mistérios. Ainda não se sabe ao certo o que aconteceu.
As autoridades da Coreia do Sul afirmam que ele foi assassinado por envenenamento por duas mulheres. Elas seriam agentes norte-coreanas. Um policial disse que uma pessoa segurou o rosto de Nam. Em seguida, ele se sentiu tonto e pediu ajuda. Kim Jong Nam era distante de Kim Jong Un e um dos maiores críticos do controle da sua família sobre o país.
Estados Unidos

O dia dos namorados foi comemorado em vários países. 
Em Nova York, a data foi celebrada nas alturas. Catorze casais enfrentaram o frio, bem próximo de 0ºC, para se casar no Empire State, um dos prédios mais altos e famosos do mundo. Eles subiram oitenta e seis andares para dizer o "sim" no observatório do edifício, que tem uma vista muito bonita da cidade. Mas não é todo mundo que pode se vestir de branco e subir no edifício para casar. As cerimônias só são permitidas no Dia dos Namorados. Os casais escolhidos tiveram que participar de um concurso e contar por que queriam fazer a cerimônia naquele lugar.

Fonte: Hora 1




DF

Motoristas de ônibus piratas são presos no Sol Nascente, no DF

Quatro motoristas e três cobradores foram presos na madrugada desta quarta-feira no Sol Nascente, em Ceilândia. Homem que se fazia passar por PM e cobrava 'propina' dos motoristas piratas também foi detido.






Sem usar identificação, policiais civis do Distrito Federal se misturaram aos moradores do Sol Nascente, em Ceilândia, na madrugada desta quarta-feira (15), e prenderam motoristas e cobradores que faziam transporte pirata na região. Em um dos casos flagrados, um ônibus irregular carregava pelo menos 30 passageiros e foi parado pelos policiais no P Norte. O cobrador fugiu e o motorista foi preso em flagrante. Na 19ª DP, ele foi autuado por “exercício irregular da profissão”.
Em outro flagrante, após uma denúncia anônima, os policiais acompanharam um carro suspeito. irregular. Segundo os investigadores, os homens que estavam no veículo se passavam por policiais militares para extorquir motoristas de vans piratas, concedendo – mediante “propina” – uma espécie de “autorização” para circular no Sol Nascente.
Para forjar a identidade, os homens apresentavam o documento do carro no qual constava o nome da PM. Segundo a delegada Adriana Roma, o documento não era falso.
“Provavelmente o carro foi comprado em um leilão e não transferiu [o nome].”











O motorista do carro foi preso e levado à delegacia, onde foi reconhecido por uma mulher que afirmou ter sido assaltada por ele. O homem, de 24 anos, cumpria prisão domiciliar por porte ilegal de armas.
Equipes da Polícia Civil e da Secretaria de Mobilidade também apreenderam três vans piratas que haviam saído do terminal de ônibus do Sol Nascente. Somente nesta quarta, quatro motoristas e três cobradores foram presos. Na bolsa de uma cobradora, os policiais encontraram uma pistola calibre 380 carregada.

Violência generalizada

No dia 6 de fevereiro, um homem foi morto a tiros no início da tarde no Sol Nascente. De acordo com a Polícia Militar, o crime foi um acerto de contas entre dois motoristas de transporte pirata que atuam na região.
Amigos da vítima, que também trabalham com transporte irregular, contaram que a briga entre os dois teria começado "há algum tempo", depois de uma batida de carro durante uma disputa por passageiros.




Leilane Silva, que mora no Sol Nascente há dez anos, contou ao G1 naquele diaque a briga por passageiros é constante e tem causado vários transtornos aos moradores. De acordo com ela, as confusões não acontecem apenas entre os piratas, mas também com os micro-ônibus fazem o transporte regular na região.
"A gente nem consegue pegar ônibus. Eles não deixam os ônibus pararem nas paradas, jogam pedra, ameaçam. Tem vez que as linhas nem entram porque ficam com medo. A gente precisa subir para avenida e pegar ônibus lá", afirmou.
No dia 9 de fevereiro, o DFTV mostrou que a empresa Rural JN contratou uma escolta armada para circular com "tranquilidade" no Sol Nascente. Dois seguranças armados ficam em um carro próximo a um posto policial à espera do ônibus, que é acompanhado durante todo o trajeto.

Falha na fiscalização

Além da fiscalização da polícia civil, a Subsecretaria de Fiscalização Auditoria e Controle (Sufisa) é responsável por ações de combate à pirataria no DF. As medidas, no entanto, parecem não surtir o efeito esperado.
Uma van apreendida na manhã desta quarta no Sol Nascente estava com três notificações do dia anterior feitas pelo Departamento de Estradas e Rodagens (DER) por transporte irregular, passageiros sem cinto e falta de assentos.



DF

Saúde da Família será único modelo de atendimento em postos do DF

As unidades básicas terão apenas médicos especializados em 'Saúde da Família'. GDF tem 120 dias para implementar novo sistema.











 O Governo do Distrito Federal irá transferir todo o atendimento primário de saúde para a chamada Estratégia da Saúde da Família. A implantação desse novo sistema começa a valer a partir desta quarta (15) e o GDF tem até 120 dias para ter todo o novo sistema funcionando.
Na prática, cada unidade de saúde que atualmente possui uma equipe de um pediatra, um ginecologista e um clínico geral terá equipes formadas apenas por médicos especializados em Saúde da Família, acompanhados por uma enfermeira, técnicos e agentes comunitários.
O atendimento das 170 unidades será baseado na área de residência dos pacientes e não mais seguindo as agendas de cada médico. O paciente só poderá realizar consultas periódicas e ter acompanhamento médico nas unidades que atenderem a área onde ele mora. Cada morador deverá apresentar um comprovante de residência e se cadastrar para que a equipe da Saúde da Família possa fazer também visitas periódicas a esses pacientes.
As equipes serão formadas por um médico especialista, um enfermeiro e técnicos e agentes comunitários. Cada equipe ficará responsável pelo atendimento de 3.750 pacientes. Nas unidades com mais de quatro equipes o horário de atendimento será das 7h às 19h, nas demais o funcionamento será das 7h às 17h.
De acordo com o secretário de saúde, Humberto Fonseca, o governo quer instituir como "cultura" dos pacientes a busca da unidade básica como primeiro lugar quando for necessário atendimento.
"Queremos tirar os hospitais da vida das pessoas. Desafogar nossas emergências ".
Segundo Fonseca, R$ 5 bi dos R$ 6 bilhões do orçamento da secretaria são utilizados para pagar 34 mil servidores. Para o secretário, a distribuição dessa mão de obra não é feita de maneira organizada e foi essa uma das motivações que levou a pasta a modificar o atendimento primário.
Os servidores passarão por um curso de 120 horas para atendimento do programa Saúde da Família e serão avaliados em provas teóricas e práticas. Caso o funcionário que hoje atende no modelo tradicional não queira fazer a migração para o programa, ele será remanejado para atendimento de média e alta complexidade.
Atualmente a Saúde da Família é atendida por 248 equipes, das quais 103 com médicos do programa Mais Médicos do governo federal. A secretaria pretende utilizar os servidores já lotados na pasta para montar as 571 equipes que farão o atendimento primário aos pacientes.
A secretaria informou ainda que no modelo atual há um alcance no atendimento de no máximo 50% da população e com baixa “eficiência”. A mudança para a Estratégia da Família poderá, segundo a pasta, atender até 75% gerando acompanhamento e prevenção de doenças como diabetes e hipertensão.

Contrato de gestão

O secretário de Saúde, Humberto Fonseca, afirmou que não há previsão de contratos com organizações sociais (OSs) para gestão dessa mudança na atenção primária. O Conselho de Saúde do DF porém, está discutindo a possibilidade da contratação de uma fundação para gerenciar esse programa.
De acordo com Fonseca, os repasses do Ministério da Saúde para a atenção primária são previstos apenas para os atendimentos feitos para a Estratégia da Saúde da Família e não mais para atendimentos no modelo tradicional, que hoje são a maioria no DF. Com a mudança anunciada nesta quarta, a secretaria espera passar a receber R$ 50 milhões do ministério para atendimento básico. Atualmente esse pagamento é de R$ 23 milhões.

Entorno

A mudança para um atendimento baseado na área residencial dos pacientes irá eliminar também a demanda de atendimento dos moradores das cidades do Entorno. Segundo o secretário Humberto Fonseca, somente pacientes classificados como urgentes é que poderão receber atendimento, os demais terão que recorrer aos seus municípios para consultas e procedimentos regulares.
“Se a pessoa tiver necessidade de uma consulta na mesma hora, ela terá uma consulta ainda que ela não seja do território, ainda que ela seja de outro Estado, ainda que ela seja do Entorno. No entanto para programação clínica, para as consultas programadas isso é atenção primária e é responsabilidade dos municípios. Os municípios recebem repasse para isso.”

DF

Justiça do DF derruba lei que reservava vagas a advogados em estacionamentos

Norma foi aprovada em 2015 e teve veto integral de Rollemberg derrubado por distritais ano seguinte. Ministério Público alegava haver violação do princípio de igualdade.







O Tribunal de Justiça do Distrito Federal considerou inconstitucional uma lei distrital do ano passado que obrigava estacionamentos na cidade a reservarem vagas e oferecerem atendimento prioritário a advogados.
A decisão, dos desembargadores do Conselho Especial da corte, foi proferida nesta terça-feira (14), e acata os argumentos do Ministério Público (MP) contra a medida. O órgão questionou a regra por meio de uma ação direta de inconstitucionalidade.
Procurada pelo G1 para comentar a decisão, a seccional do DF da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) disse que vai estudar se recorrerá da decisão. A entidade era uma das avalizadoras da medida e chegou a encabeçar um projeto de lei no Senado Federal sobre o mesmo tema.
Para o MP, a lei privilegiava uma categoria profissional ao dar aos advogados o mesmo tratamento concedido a idosos, grávidas e deficientes físicos. Uma lei federal garante o direito exclusivo a esse grupo, definido como "portadores de necessidades especiais".
"Não há uma razão objetiva que legitime esse tipo de benefício a advogados. Causa estranhamnto que a própria OAB tenha se esforçado para defender um benefício como esse", declarou a vice-procudadora-geral do MP do DF, Selma Sauerbronn.
Pela Constituição, regras como a aprovada pela Câmara Distrital violam os princípios da isonomia e razoabilidade. Para os desembargadores, os distritais também invadiram a competência da União ao legislar sobre trânsito.

Trâmite polêmico

A lei, de autoria do deputado Agaciel Maia (PR), foi aprovada em agosto de 2015 e encaminhada para sanção do Palácio do Buriti. O governador Rodrigo Rollemberg devolveu o texto à Casa com um veto integral que foi derrubado pelos distritais em março de 2016.
O texto original estipulava reserva de, no mínimo, três vagas para advogados. O MP apontou haver risco de, em estacionamentos pequenos, existirem mais vagas privativas para a categoria do que para deficientes.
A aprovação da norma gerou polêmica na época e as medidas nunca chegaram a ser cumpridas pelos estacionamentos da cidade. O tema chegou ao Tribunal de Justiça para análise em agosto do ano passado.