quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

BRASIL

Tráfego na Transamazônica é liberado após reparo provisório em cratera

Trânsito foi liberado em uma das pistas da BR-230.
Forte chuva abriu uma rachadura no meio do asfalto no domingo, 12.




Operários de uma empresa que presta serviço para o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) estiveram na última segunda-feira (13) no quilômetro 85 da BR-230, a Transamazônica, para fazer reparos na pista, entre os municípios de Brasil Novo e Medicilândia, no sudoeste do Pará. Eles fizeram um aterro provisório na cratera que abriu no asfalto para liberar o tráfego de veículos.
A cratera tomou conta da pista, tornando a rodovia intrafegável na tarde do último domingo (12). As barras de proteção na lateral da rodovia ficaram soltas depois que o aterro no local começou a desmoronar.
Segundo moradores, os problemas surgiram com as chuvas intensas na região. “Foi abrindo uma brechinha e foi indo, chovendo muito, foi se rompendo e deslizou a terra”, conta o agricultor Antônio Pedrosa.
BR-230 está intrafegável após asfalto ceder. (Foto: Wilson Soares/ Arquivo Pessoal)BR-230 ficou intrafegável após o asfalto ceder. (Foto: Wilson Soares/ Arquivo Pessoal)










Reparo provisório
Funconários do Dnit usaram máquinas transportando areia e rochas para improvisar uma passagem. Até carretas e caminhões de carga conseguem atravessar no trecho. Mas o serviço é provisório, pois parte do asfalto continua a ceder.
O trecho foi pavimentado há cerca de 5 anos e por conta da abertura da cratera, uma equipe de técnicos a serviço do Dnit esteve no local para avaliar as condições do solo e apresentar um projeto de recuperação definitiva do trecho.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) sinalizou o trecho para evitar acidentes.

BRASIL

Moradores se reúnem com o Dnit e reivindicam passarelas na BR-364

Mãe de jovem atropelada na rodovia semana passada esteve presente.
Dnit diz que passarela já está na programação de construção do órgão.





Moradores se reuniram com representantes do Dnit e reivindicam passarela na BR-364 (Foto: Hosana Morais/G1)


Moradores do Bairro Três Marias e Fortaleza, localizados na Zona Leste de Porto Velho, se reuniram na manhã desta segunda-feira (13) com representantes do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (Dnit) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF) para reivindicar a construção de passarelas na rodovia. A mãe da adolescente que morreu atropelada na semana passada, Antônia, esteve no local com familiares para participar da reunião.
Para Antônia, enquanto uma passarela não for construída, mais pessoas continuarão correndo risco. "Eu vim para pedir uma passarela para dar mais segurança, são muitas pessoas que atravessam ali, falta segurança. Minha filha já havia dito que o local é perigoso, eu sei que com uma passarela nós podemos educar as crianças a passar por cima", desabafou Antônia.
Uma das jovens atropeladas faleceu no local (Foto: Jheniffer Núbia/GE)Uma das jovens atropeladas faleceu no local, após o acidente em Porto Velho (Foto: Jheniffer Núbia/GE)
A dona de casa Sandra Silva leva todos os dias as filhas para escola, mas sempre precisa atravessar a BR-364 para isso. "Tenho duas filhas, de 5 e de 7 anos, todos os dias as levo e trago, mesmo em cima da faixa os motoristas não param e ficamos ali com medo, com uma passarela tenho certeza que isso vai mudar", disse Sandra.
O superintendente do Dnit, Sérgio Augusto Mamanny, informou que já está na programação do órgão a construção de passarelas na BR 364. "Nós já temos a programação para a construção de passarelas em todas as travessias do estado. Mas ainda não temos uma previsão. Sobre a reunião, caso o Dnit tenha condições, iremos atender as solicitações", disse Mamanny.
Protesto BR-364  (Foto: Sara Cicera/G1)Moradores protestaram BR-364 pedindo
sinalização na rodovia (Foto: Sara Cicera/G1)
O chefe da delegacia da PRF, Alair Saraiva, esteve presente para intermediar a reunião. "A PRF está intermediando entre os moradores e o DNIT para saber qual melhor obra que pode ser realizada no local para melhor atender os pedestres e motoristas que passam na BR-364. Nós ouvimos as reivindicações e estamos repassando ao o órgão competente", disse Saraiva.
Acidente
Duas adolescentes, ambas de 15 anos, foram atropeladas por volta das 13h na BR-364, no perímetro urbano de Porto Velho, na quarta-feira. Por causa da batida, uma das meninas faleceu no local e a teve ferimentos.
Protestos
Após o acidente, na noite de quarta-feira, moradores realizaram um protesto, na BR-364. As duas vias da rodovia foram fechadas e diversos pneus foram queimados, impedindo o trânsito no local. Na ocasião, os manifestantes protestavam contra a falta de sinalização no local.

DF

Policial civil do DF é demitido 16 anos após cometer crime

Policial foi condenado por extorsão, improbidade e corrupção por crime praticado em 2000. Sentença do Tribunal de Justiça foi proferida em 2014, mas demissão foi publicada nesta terça do Diário Oficial.





Condenado por extorsão, improbidade administrativa e corrupção, um policial civil do Distrito Federal teve a perda do cargo decretada 16 anos após ter cometido o crime pelo qual foi condenado. A demissão foi publicada no Diário Oficial do DF desta terça-feira (14). Hildegilson Aguiar Cavalcante teve a sentença decretada pelo Tribunal de Justiça em fevereiro de 2014 por crime cometido em 2000.
De acordo com a 7ª Vara da Fazenda Pública do DF, que proferiu a sentença, em setembro de 2000 o então policial civil – acompanhado de outro, militar – teria utilizado-se do cargo para extorquir um casal em Taguatinga. Segundo o site da Controladoria-Geral do DF, ele e o comparsa prenderam um suspeito que seria fugitivo no Paraná e ameaçaram a mulher dele para obter vantagens indevidas. A dupla roubou duas televisões, uma filmadora e R$ 3.650 do casal, segundo o juiz responsável pela sentença.
No ano seguinte, a Corregedoria da Polícia Civil abriu procedimento investigatório e, em março de 2004, Hildegilson foi demitido por "prevalecer-se, abusivamente, da condição de funcionário policial; improbidade administrativa; corrupção".
Na decisão do TJDFT, proferida em fevereiro de 2014, o juiz condenou Hildegilson à perda da função pública, à suspensão dos direitos políticos por três anos e a pagar multa de 50 vezes o valor do salário recebido à época. Hildegilson também ficou impedido de ser contratado para qualquer cargo público no prazo de três anos.
“Espera-se de Agentes de Polícia, ao invés de cometimento de crimes, perturbando a Ordem Pública, justamente a proteção da vida, da liberdade e patrimônio do cidadão”, diz juiz na sentença de 2014.
O ex-policial também foi alvo de procedimentos penais abertos em 2001. Segundo site da Controladoria, a decisão teria saído em 2009 pela Vara de Execuções Penais do DF, que determinou a expedição de mandato de prisão. O GDF não informou quantos anos de prisão foram cumpridos.
Segundo o Portal da Transparência, desde janeiro de 2016, 40 servidores do GDF foram demitidos dos cargos, sendo 11 policiais civis ou militares. Destes, 72% foram destituídos "a bem da disciplina" ou por "prevalecer-se abusivamente da condição de policial".

MUNDO

Terminal é fechado em ato contra aumento da passagem de ônibus

Local ficou fechado por uma hora e causou transtornos, em Rio Branco. 
Estudantes e comunidades são contrários ao aumento da passagem.



Protesto Terminal em Rio Branco (Foto: Iryá Rodrigues/G1)

O Terminal Urbano foi fechado por cerca de uma hora na manhã desta terça-feira (14), em Rio Branco em um ato contra o aumento da passagem de ônibus em Rio Branco. Durante a manifestação com ao menos 30 pessoas, os ônibus não conseguiram entrar no local e os passageiros tiveram de embarcar nos coletivos no meio da rua. O protesto foi feito por movimentos estudantis e sindicais, além de moradores de bairros que são contrários ao reajuste da tarifa de ônibus para R$ 3,50 que foi aprovado na segunda (13).
"Muitas vezes o estudante não tem a passagem para poder arcar e fazer um curso técnico. Achamos que a passagem de R$ 1 é válida, mas quando eu terminar o ensino médio e seguir para a faculdade é preciso fazer um curso técnico e, para isso, terei que pagar a passagem inteira, pois é preciso comprovar a matrícula e quem ainda está buscando a universidade não tem esse direito", diz Melque Alves, de 18 anos, que faz parte do movimento estudantil.
Os manifestantes também pedem que o relatório do aumento da passagem passe por um referendo na Câmara dos Vereadores.
Além disso, moradores protestaram contra a implantação do novo sistema de ônibus, que  compreende as linhas Tancredo Neves, Alto Alegre, Irineu Serra e Wanderley Dantas.
A representante dos bairros, Gecilene Quadros, diz que mais de 700 moradores fizeram um abaixo-assinado que deve ser encaminhado para a Prefeitura de Rio Branco, Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (RBTrans) e Ministério Público do Acre (MP-AC).
"Também somos contra o aumento da passagem, contra as mudanças no sistema e pretendemos fechar novamente o terminal. Estamos chamando as pessoas para que se unam ao movimento, pois a participação da comunidade é importante para essas reivindicações", ressalta.
Apesar de acharem a causa justa, muitos passageiros reclamaram do atraso nos ônibus após o protesto. A dona de casa Kely Souza, de 23 anos, conta que mora na zona rural de Sena Madureira e ficou esperando o ônibus por mais de uma hora devido ao protesto para seguir para um bairro de Rio Branco.
"Estava tudo fechado e temos horário para chegar nos locais. O ônibus demora muito e já era para termos chegado até o destino que é o bairro Bahia Palheiral. Não compensa aumentar o salário se vão aumentar a passagem, o arroz e o feijão. O custo de vida está muito caro e ainda fazem isso", lamenta.
O agricultor Marcelo Fontinelli também reclama da demora devido ao protesto. Ele afirma que pegaria o ônibus do Quixadá às 11h, mas devido ao atraso ainda aguarda o coletivo. "Só devo pegar o ônibus às 15h, mas tudo bem, eu não tinha programação. Concordo com o protesto, a passagem está muito cara e o ônibus que pego passa cinco vezes no dia" finaliza.
Conselho se reuniu na tarde desta sexta-feira (10) para votar pela nova tarifa de ônibus (Foto: Aline Nascimento/G1)Conselho aprovou reajuste na tarifa de ônibus
em Rio Branco (Foto: Aline Nascimento/G1)
Aumento da passagem de ônibus
O Conselho Tarifário de Rio Branco aprovou, durante reunião nesta segunda-feira (13), o aumento de 50 centavos na tarifa de ônibus. Foram 7 votos favoráveis ao reajuste e 2 contra. A votação foi realizada após uma suspensão de 48 horas na última sexta (10).
O resultado eleva a passagem que era de R$ 3 para R$ 3,50 (inteira), mas o valor de R$ 1 para os estudantes deve ser mantido, segundo a Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (RBTRANS).
Nesta manhã desta terça (14), motoristas e cobradores também protestaram em Rio Branco contra a CPI que deve investigar o transporte público da capital. O presidente do sindicato, Marco Costa, alega que os mais de mil funcionários temem ser demitidos.
A CPI foi proposta no dia 2 de fevereiro pelo vereador Roberto Duarte (PMDB-AC). A ideia investigar supostas irregularidades nos contratos das empresas de transporte público de Rio Branco. O Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes do Acre (Sinttpac) alega que a categoria não foi convidada para participar da comissão e acredita que a CPI pode prejudicar os trabalhadores.

MUNDO

Jovem marca encontro pela internet, é agredido e tem moto roubada, em MS

Rapaz pretendia se encontrar com uma mulher no bairro Serradinho.
Vítima teria sido agredida e roubada por ex-marido da mulher, diz polícia.






Um jovem de 26 anos foi agredido e teve a moto roubada, na noite de domingo (12), depois de marcar um encontro pela internet, em Campo Grande.
De acordo com o boletim de ocorrência, o rapaz usou um aplicativo de bate papo para combinar o encontro com uma mulher, que mora na vila Serradinho.
Ao se aproximar do endereço a vítima foi abordada pelo ex-marido da mulher, que chegou em um carro. O homem e um amigo começaram a agredir o rapaz, que também teve as costas cortadas com uma lâmina.
A vítima fugiu e a moto foi levada pelos agressores. O caso foi registrado na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) do bairro Piratininga como roubo majorado pelo concurso de pessoas. Ninguém foi preso até a publicação desta reportagem.

DF

Fraude no DFTrans pode ter influenciado verba de empresas e alta nas passagens

Buriti usa dados do sistema de bilhetagem para calcular a tarifa técnica, que embasa o pagamento às empresas. Fraude pode ter afetado 1 milhão de cadastros; investigação está em andamento.





Os cálculos que embasaram o reajuste das passagens de ônibus e metrô do Distrito Federal – e que definem o repasse mensal do governo às empresas – podem ter sido baseados em dados fraudados, aponta sindicância do DFTrans. O órgão, responsável pela gestão do transporte público do DF, investiga uma fraude que pode ter adulterado mais de 1 milhão de cadastros.
Essas informações supostamente adulteradas entram no cálculo da tarifa técnica, que é a estimativa do "valor real" de cada passagem. A diferença entre esse valor e o preço praticado na catraca (chamado de tarifa usuário) é complementada pelo governo, que repassa cifras milionárias às empresas, mensalmente.
A investigação da possível fraude está em andamento no DFTrans, na Controladoria-Geral do DF e na Polícia Civil, e foi divulgada com exclusividade pelo G1 nesta semana. Com a adulteração no registro de compra e venda de passagens, o governo pode ter "perdido a conta" do número de passageiros – e, com isso, as bases para calcular o custo real do transporte público.
Segundo a diligência feita pelo DFTrans, as fraudes podem ter atingido vários tipos de cadastros no sistema de bilhetagem, incluindo usuários do Passe Livre Estudantil, do vale-transporte e dos cartões magnéticos do Metrô. O primeiro grupo, segundo documento da Secretaria de Mobilidade, tem impacto decisivo no cálculo das tarifas.
"O valor da tarifa é obtido dividindo-se o custo operacional (custo/Km) pela quantidade de passageiros pagantes (IPK), ambos por quilômetro", diz o texto.
G1 repetiu a pergunta diversas vezes desde a última semana, mas o DFTrans não informou detalhes sobre o tamanho das fraudes e o possível dano econômico em apuração. Em nota, o órgão limitou-se a dizer que "houve uma não conformidade" no cadastro de uma escola, que teria apresentado declarações falsas.

Investigação

No processo interno ao qual o G1 teve acesso, o servidor responsável pela investigação adverte que “dados da aplicação tem sido alterados para mascarar irregularidades e imputar responsabilidade a quem não cometeu ato irregular”.
Ainda de acordo com a sindicância, o sistema de bilhetagem estaria tão “corrompido”, que o cadastro de uma empresa foi feito em um intervalo de tempo impraticável, de apenas 120 milésimos de segundos.
De acordo com a denúncia, a fraude fica evidente nas tabelas de registro, que mostram operações feitas por servidores que, à época, sequer tinham sido nomeados no órgão. Em um dos casos, as planilhas apontam que um funcionário nomeado em abril de 2011 começou a cadastrar passageiros quatro anos antes, em fevereiro de 2007. De acordo com e-mails anexos ao processo, o próprio servidor responsável pela sindicância teve o cadastro alterado irregularmente.

Fraudes

Duas fraudes foram detalhadas durante a investigação. A primeira se refere a inclusão de uma escola, em 2007, para receber benefícios de passe livre do governo. Apesar de ter o cadastro número 929, ela foi incluída no sistema do DFTrans, por um servidor com o número 981.109 - os cadastros são adicionados em ordem crescente. Na teoria, apenas usuários com dados cadastrais inferiores ao número 929 poderiam ter incluído a escola na base de dados do DFTrans.
Outra fraude se refere ao repasse irregular de R$ 50 mil em créditos de passagens no Distrito Federal. Ao investigar a quem teria sido entregue o montante, um técnico do DFTrans encontrou um “servidor fantasma” com o nome inusitado de “Login Pós Balcão”. O servidor fantasma repassava, de acordo com a sindicância, ilegalmente o valor para empresas que também haviam sido cadastradas irregularmente.

Reajustes

O aumento nos valores foi anunciado em 30 de dezembro, e passou a valer em 2 de janeiro – três dias depois. Várias ações foram protocoladas na Justiça e, no dia 12 de janeiro, a Câmara Legislativa do DF aprovou um decreto que suspendia a decisão do Buriti. A medida foi cumprida no dia 18. No dia 28, os reajustes voltaram a valer, respaldados pela decisão provisória do Conselho Especial.
Com isso, os valores das passagens passam de R$ 2,25 para R$ 2,50 nas linhas circulares e alimentadoras do BRT; de R$ 3 para R$ 3,50 em linhas metropolitanas "curtas", e de R$ 4 para R$ 5 no restante das linhas, além do metrô. As tarifas são as mais caras do país, e já acumulam alta de 66% desde que o governador Rodrigo Rollemberg assumiu o cargo, em 2015.

Nota do DFTrans

Questionado pelo G1, o DFTrans recusou-se a responder se algum servidor foi afastado, como o sistema foi invadido e qual o número de cadastros que podem ter sido adulterados.
"O Transporte Urbano do Distrito Federal-DFTrans esclarece que, em 2011, foi constatada uma não-conformidade no cadastro de uma escola. As informações da instituição apresentavam indícios de fornecimento de declarações escolares falsas. A partir daí, foi aberto um processo administrativo. A situação foi informada à Controladoria-Geral do Distrito Federal e à Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Contra a Administração Pública (Decap), para que fosse aberta uma investigação criminal e apuradas as responsabilidades sobre o caso.
O DFTrans informa que trata-se de situações distintas. Em relação à venda irregular de créditos de um cartão no valor de R$ 50 mil, o órgão esclarece que houve um furto de um cartão M2, que é utilizado para efetuar a venda de créditos. E que os créditos repassados por este cartão a outros cartões foram cancelados. O caso está sendo investigado pela policia."

MERCADO

Com as fábricas da Schin, a holandesa Heineken entra na briga pelo mercado Brasil de cervejas 

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Foi assim: Paulo Drummond era presidente da Companhia Industrial de Vidros (CIV), no bairro da Várzea no Recife, quando decidiu visitar o empresário Nelson Schincariol para tentar convencê-lo a vir para o Nordeste.A Schincariol tinha apenas três fábricas e ele não pensava vir para tão longe. Sua companhia estava se posicionando bem no Sudeste e a empresa belgo-brasileira Anheuser-Busch InBev (AB InBev) não existia como a maior cervejaria do mundo.Drummond começou dizendo que Pernambuco estava bem com o então governador, Jarbas Vasconcelos reorganizando as finanças, o Porto de Suape receberia, em breve, um terminal de contêineres e o estado já contava com fábricas de latas, de embalagens PET e tinha tradição no setor de gráficas e de tampas. O governador estava implantando o Prodepe e, finalmente, tinha água na Região Metropolitana do Recife, o chamado aquífero Beberibe, a maior reserva de água de subsolo do Nordeste…

… e fábrica de garrafa, não é Paulo?Nelson Schincariol interrompeu o executivo com um olhar matreiro abrindo um sorriso.– Está certo, vamos conversar com o Governo de Pernambuco.Em 2003, a companhia não só inaugurou a fábrica do Recife como outras duas. Uma em Alexânia (GO) e outra em Manaus (AM). Até então o mais longe que a cerveja tinha chegado fora de Itú (SP) onde nasceu era Alagoinhas (BA).O sucesso da planta do Recife que atendia até o Ceará levou a Skin a aquisições em 2007 da marca Devassa e da Unidade Baden Baden, de Campos de Jordão (SP), além da fábrica em Igarassu (PE) do empresário Ricardo Franco.Naquele mesmo ano, ela também inaugurava outra fábrica em Horizonte (MG).  E, em 2008, comprou a Eisenbahn, em Blumenau (SC), ampliando a presença da companhia no segmento de cervejas Premium. Também comprou a marca de cervejas Cintra e lançou a Itubaína Retrô. Quando em 2011 a Kirin Holdings Company adquiriu o controle acionário pleno da Schincariol ela era segunda maior cervejaria do Brasil.

O problema é que os japoneses não entenderam nada do mercado Brasil. E desde então as marcas Shin foram perdendo espaço para a Skol e para as novas cervejas. Até que, em 2015, a operação Brasil foi responsável, primeira vez na história da Kirin, por um ano no vermelho desde que abriu seu capital, em 1949.A Kirin, segunda maior fabricante de cerveja do Japão, foi um dos mais agressivos compradores de ativos estrangeiros no período 2006-2011, buscando alternativas a um mercado interno envelhecido e em contração.Naquele ano, os japoneses estavam animados. Em 2011, quando a japonesa desembolsou quase R$ 4 bilhões pelo controle da cervejaria familiar Schincariol – na época, vice-líder do mercado nacional -, o Brasil havia crescido 7,5% no ano anterior e a cervejaria se apresentava como uma concorrente capaz de incomodar a gigante Ambev. 

Não foi isso que aconteceu. Cinco anos depois, a situação se inverteu completamente: a economia brasileira entrou numa espiral recessiva – em 2015, o Produto Interno Bruto (PIB) recuou 4% – e a Brasil Kirin viu sua relevância se esvaziar, perdendo 25% de participação de mercado e amargando o quarto lugar em vendas no País.O problema não foi só com a economia. A companhia não entendeu o marcado e começou a perder espaço. Quando em 2015 a operação Brasil foi responsável pelo primeiro prejuízo os acionistas japoneses mandaram a ordem de sair do país.Não foi só culpa da crise. O setor cervejeiro é um dos mais relevantes da economia brasileira. Com mais de 2,2 milhões de pessoas empregadas ao longo da cadeia, é um dos maiores empregadores do Brasil.

Como possui um importante efeito multiplicador na economia, sua atuação movimenta uma extensa cadeia produtiva que é responsável por 1,6% do PIB e 14% da indústria de transformação nacional.Ontem, quando a a companhia holandesa anunciou a compra que a fará se tornar a segunda maior empresa de cerveja do Brasil, acirrando ainda mais a concorrência com a Ambev e o Grupo Petrópolis os japoneses amargavam um colossal prejuízo.A Heineken pagará 664 milhões de euros (cerca de R$ 2,2 bilhões) pela totalidade das ações da Brasil Kirin. Somadas as dívidas, a empresa foi avaliada em 1,025 bilhão de euros (R$ 3,4 bilhões). A operação ainda precisa ser aprovada por órgãos reguladores. A previsão é de que o negócio seja fechado na primeira metade do ano.

Como possui um importante efeito multiplicador na economia, sua atuação movimenta uma extensa cadeia produtiva que é responsável por 1,6% do PIB e 14% da indústria de transformação nacional.Ontem, quando a a companhia holandesa anunciou a compra que a fará se tornar a segunda maior empresa de cerveja do Brasil, acirrando ainda mais a concorrência com a Ambev e o Grupo Petrópolis os japoneses amargavam um colossal prejuízo.

A Heineken pagará 664 milhões de euros (cerca de R$ 2,2 bilhões) pela totalidade das ações da Brasil Kirin. Somadas as dívidas, a empresa foi avaliada em 1,025 bilhão de euros (R$ 3,4 bilhões). A operação ainda precisa ser aprovada por órgãos reguladores. A previsão é de que o negócio seja fechado na primeira metade do ano.

A Heineken com a Schin vai ganhar escala. É considerada pelos especialistas a cerveja aspiracional. Isto é: o consumidor que já toma cerveja de milho deseja tomar a Heineken porque ela é de malte. Na boca do consumidor é o objeto de desejo.Em dezembro, a empresa de mídia digital E.life analisou 48.049 imagens publicadas pelo Instagram entre às 23h00 do dia 31/12/2016 e a 01h00 do dia 01/01/2017 buscando por logotipos de empresas de bebidas em fotos da rede e descobriu que cerveja é a bebida mais consumida na virada, com números maiores do que espumantes.A categoria de cerveja foi a campeã disparada de consumo, com mais de 40 mil logos identificados (uma imagem pode conter mais de um logo), seguida por vinhos (12.765 identificações), refrigerantes (8.609) e só então espumantes, que ganharam uma classificação especial por serem símbolo da época e que tiveram 7.329 menções.

Entretanto dentro de cervejas, destaque foi para Heineken (4.629 aparições) A Skol cuja campanha de marketing é 10 vezes maior que a Heineken teve apenas 4,315 ocorrências, cujas marcas aparecem em momentos de consumo com amigos.Na verdade, a Heineken não tinha bala na agulha para enfrentar a gigante Ambev. Agora com as 12 fábricas da Schincariol. Agora tem.

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Fonte: JC Negócios 

 

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DF

MP recomenda interdição de obras no Trevo de Triagem Norte, no DF

Órgão entende que empreendimento causa danos ambientais. Promotor deu prazo de cinco dias para que pedido seja atendido.




O ministério Público do Distrito Federal recomendou que o Instituto Brasília Ambiental (Ibram) interdite em um prazo de cinco dias as obras do Trevo de Triagem Norte. Segundo o órgão, as construções devem ser interrompidas até que irregularidades ambientais sejam resolvidas, apesar de ter licenças prévias e autorizações ambientais liberando o empreendimento. O governo não se manifestou sobre o caso até a última atualização desta reportagem.
De acordo com o MP, uma das irregularidades mais graves é a falta de Projeto Básico Ambiental. Para o órgão, o documento é "indispensável para o início de qualquer obra que cause impacto significativo". Uma perícia realizada pelo MP indica que a obra vai causar danos a áreas consideradas ambientalmente sensíveis, como córregos, nascentes e veredas.
Para o promotor Roberto Carlos Batista, de Defesa do Meio Ambiente, não foi respeitado um entendimento do Tribunal de Contas do DF que determina que o Ibram não libere novas licenças sem que todos os pré-requisitos sejam atendidos.
Segundo o promotor, isso "vulnera a existência de um meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida".

"As apontadas negligências dos envolvidos causam riscos ambientais, tais como o incremento do processo de assoreamento de corpos hídricos e, em especial, as intervenções em Áreas de Preservação Permanente (APP) do Lago Paranoá, de veredas, de nascentes, assim como as Unidades de Conservação e a outros territórios ambientalmente protegidos."
As recomendações não geram uma obrigação aos órgãos. No entanto, o MP pode entrar na Justiça caso os pedidos não sejam atendidos. Outro pedido é para que o DER faça um relatório em 30 dias sobre todas as pendências ambientais da construção.
As obras no Trevo de Triagem Norte e na Ligação Torto Colorado devem custar R$ 207 milhões. A primeira parcela do financiamento do banco federal, de R$ 10 milhões, foi liberada em junho de 2016. Os repasses serão trimestrais, até o fim das obras – a do Trevo de Triagem Norte deve estar concluída em 24 meses e a da Ligação Torto-Colorado, em 17.

Áreas afetadas, segundo o MP

  • Nascente e pequeno corpo hídrico que drena para o Lago Paranoá, localizados dentro dos limites do Parque Urbano Lago Norte
  • Área brejosa localizada às margens do Lago Paranoá, abaixo da Ponte do Braghetto junto à L4 Norte;
  • Remanescentes de vereda localizadas próxima à alça que dá acesso da W3/L4 Norte à Ponte do Braghetto
  • Nascente Ibiraci, localizada próxima à saída da pista de acesso ao Eixinho L, para a L4 Norte