terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

CINEMA

"Indiana Jones" real que desapareceu na Amazônia brasileira chega ao cinema

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"Indiana Jones" real que desapareceu na Amazônia brasileira chega ao cinema Foto: Reprodução






O Brasil pode ter sido a sede de uma sofisticada civilização pré-colombiana, jamais devidamente estudada por exploradores. Essa era a crença do coronel britânico Percy Fawcett, arqueólogo que veio várias vezes à América do Sul, no início do século 20, onde, como uma Indiana Jones da Amazônia, enfrentou toda sorte de desafio na selva – até desaparecer nela, nos anos 1920. A história de Percy é agora narrada em “The Lost City of Z”, longa exibido no Festival de Berlim fora de competição, mas muito bem recebido pela crítica.

Dirigido por James Gray (de “Era uma Vez em Nova York”), o filme revisita esse personagem relativamente pouco conhecido, e que só agora protagoniza uma grande produção no cinema – muito embora, há quem diga que o herói imortalizado por Harrison Ford nos longas de Steven Spielberg possa ter sua gênese no espírito aventureiro de Fawcett.

Borracha e fronteiras

O filme começa em 1905, quando Fawcett é chamado pela Royal Geographical Society de Londres para ajudar a demarcar a fronteira entre Bolívia e Brasil – o local era de altíssimo conflito, já que disputado por diversos grupos interessados na extração do látex fornecido por seringueiras da região. Fawcett abandona temporariamente a mulher e os filhos e parte para a floresta.
Em meio a confrontos com indígenas arredios, rios repletos de piranhas sanguinárias, a fome e o tédio no meio da mata, o explorador encontra indícios materiais de uma civilização jamais conhecida. Descobri-la – e sua cidade-sede, que ele chama de Z – torna-se sua obsessão a partir dali, até sua morte, já na década de 1920, depois de desaparecer na mata (possivelmente em algum local de onde hoje é o Mato Grosso).

Colonialismo

Um letreiro no fim do filme diz que, dos anos 2000 para cá, mais e mais indícios têm sido encontrados dessa tal civilização, mostrando que as ideias de Fawcett não eram de todo um devaneio, como se pensou na época. Mas, segundo o diretor, isso não é o que mais importa. “A essência da história é mostrar um personagem que tenta escapar dos efeitos punitivos do sistema de classes”, disse Gray, em conversa com a imprensa.
Mais até do que o aspecto aventureiro de Fawcett, o que lhe interessou foi a possibilidade de mostrar o quanto a visão britânica de superioridade europeia em relação a outros povos era equivocada. “Fawcett se sentia uma pessoa inadequada [na Inglaterra]. O filme é relevante como nunca, porque não se pode simplesmente fechar um livro [sobre o passado] e ignorar que houve uma visão colonialista, que diferenciava as pessoas. Hoje, mais que nunca, é preciso pensarmos que somos todos feitos do mesmo barro. Por isso o filme é tão importante, e é uma pena que seja assim”, disse o cineasta.
Uma das preocupações de Gray foi não tratar os indígenas pelo viés do “exotismo” e menos ainda do eurocentrismo. “Há a presença de indígenas de quatro diferentes tribos, são atores fantásticos. Deixei-os se portar como eram. Fiz muita pesquisa sobre esses nativos, mas eu não queria fazer um filme antropológico. E sobretudo, não quis aquele olhar de quem diz: ‘Vejam, que pessoas interessantes’”, diz Gray.
“Muitas das áreas de mata da época são hoje plantações de soja, então, por mais fiel que eu desejasse ser, não queria que meu filme parecesse que foi rodado em Nebraska”, disse o diretor. A certa altura cogitou-se que o longa, que tem Brad Pit como um dos produtores, fosse filmado na Ásia, por razões logísticas, mas Gray se recusou a fazê-lo, em nome de uma maior autenticidade.

Aventura

O protagonista é vivido pelo britânico Charlie Hunnam (da série “Sons of Anarchy”), que disse que gostaria de ter tido tempo para conhecer os descendentes do personagem (atualmente, apenas uma neta de Fawcett segue viva). Nessa impossibilidade, contentou-se em entrar em contato com diversos documentos pessoais do explorador para compor a personagem.
“Filmamos na Colômbia, perto da fronteira com a Venezuela. Foi preciso ser bravo e aventureiro todos os dias”, disse Hunnam, emendando em seguida uma história algo cômica e exagerada, envolvendo aranhas e serpentes. “É estranho que eu nunca tenha ouvido nada disso!”, disse Gray, interrompendo a brincadeirinha do ator.
O elenco conta ainda com Robert Pattinson, que interpreta um dos membros da expedição, Sienna Miller, como a mulher dedicada (e com inclinações feministas) de Fawcett, e Tom Holland (o atual Homem-Aranha), como o filho do explorador que o acompanha em sua derradeira ida à floresta.
“Foi a experiência de maior imersão de toda a minha carreira”, elogiou Robert Pattinson. Em seguida, adicionou, com ar matreiro: “Este é o meu filme favorito, é óbvio!”. Ele aparece em cena com uma barba tão volumosa que talvez alguns demorem a reconhecê-lo; ele e Sienna Miller têm boas atuações. Hunnam também tem uma performance correta, mas falta ao seu explorador (e ao filme, como um todo) um elemento de obsessão, de “loucura”, que certamente o Fawcett original devia possuir.
James Gray é um dos diretores de maior prestígio do cinema hoje em dia – por isso, “The Lost City of Z” foi uma das principais atrações desta Berlinale (a primeira sessão para a imprensa ficou tão lotada que a organização do festival precisou providenciar uma exibição extra). O longa é de fato uma narrativa muito bem feita, algo épica, à moda dos grandes filmes antigos, como “Lawrence da Arábia” (1962), de David Lean.
Mas ao tratar uma personagem barroca como Fawcett pela via do classicismo, Gray sacrifica o potencial do material com que trabalha. O filme perde na inevitável comparação com outras obras sobre homens "civilizados" que se deixam levar pela insanidade ao entrar em contato com a floresta, como “Fitzcarraldo” (1982), de Werner Herzog, ou “Apocalypse Now” (1979), de Francis Ford Coppola.
“Não quis fazer um filme que repetisse os outros”, defende-se Gray. “E a verdade é que filmes como ‘Lawrence’ são, mas também não são uma referência... Você precisa ver esses filmes e logo esquecer, porque estão presos ao seu tempo. São inspirações, David Lean está lá no topo, mas... Não estamos mais em 1962!”, diz.

Fonte: UOL

ESPORTE/FUTEBOL

Caso Vasco: TJD envia ofício à Ferj
e aguarda esclarecimentos em 72h

Procurador do Tribunal de Justiça Desportiva, André Valentim afirma que mandou documento à entidade para buscar informações sobre possível irregularidade




Jean e Gilberto no Vasco (Foto: Paulo Fernandes/Vasco.com.br)




O procurador do Tribunal de Justiça Desportiva (TJD), André Valentim, enviou ofício nesta terça-feira à Federação de Futebol do Rio de Janeiro (Ferj), pedindo esclarecimentos sobre a possível escalação irregular dos jogadores Jean e Gilberto pelo Vasco. Em nota oficial, a entidade se colocou à disposição para prestar ajuda na apuração do caso.
- O pedido já saiu. Mandei fazer o ofício para que me informem o que está acontecendo. Eles têm 72 horas para me responder. Quando me devolverem, vou tomar as providências, ver se denuncio ou arquivo. Depende do que vier no documento - explicou Valentim, por telefone. 
Mais cedo, a Ferj avisou que iria promover uma apuração interna para saber se houve um erro administrativo da entidade ou se a falha foi do Vasco. O Cruz-Maltino alega que inscreveu os jogadores no período correto, mas que a federação somente publicou seus nomes depois. 
Até agora, nenhum clube entrou com denúncia no TJD para pedir a punição do Vasco – que pode perder seis pontos e ser multado de R$ 100 a R$ 100 mil. A procuradoria do órgão também tem a prerrogativa de denunciar o clube. 
- Este é o tipo de coisa em que a gente fica meio perdido. Tem que olhar os Biras feitos, a documentação juntada. A procuradoria não tem acesso. A Ferj vai ter que dar explicação sobre o que aconteceu - completou Valentim.
Confira a nota da Ferj:
"A Federação de Futebol do Rio de Janeiro aguarda o documento oficial do Tribunal de Justiça Desportiva (TJD) para prestar todas as informações e esclarecimentos que forem solicitados pela Procuradoria, a respeito da inscrição e registro de qualquer atleta. A Ferj ressalta que cabe unicamente ao TJD a decisão sobre a existência de regularidade ou irregularidade."
Entenda o caso
O regulamento do Carioca indica que, até a quarta rodada, um jogador precisa ser inscrito até dois dias úteis antes da partida e aparecer sem pendências no Bira (Boletim Informativo de Registro de Atletas) até o dia útil anterior. Jean figurou na lista de inscritos no dia 3 de fevereiro, mas só teve o nome publicado no Bira no dia 6 – a partida ocorreu no dia 5. O caso de Gilberto é parecido – foi inscrito no dia 2 e apareceu no Bira no dia 6. (Veja abaixo as inscrições dos atletas no Bira e as datas)

Nomes de Gilberto e Jean no Bira - Vasco (Foto: Reprodução)

Em São Januário, o argumento da diretoria é que houve um erro da Ferj. O clube se apoia no fato de que tanto Gilberto quanto Jean apareceram no Boletim Informativo Diário da CBF antes. O entendimento é de que os atletas não poderiam estar inscritos na CBF sem estar regularizados na federação – que teria demorado para colocá-los no Bira. 

Pelo artigo 214 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, um clube punido por “incluir na equipe atleta em situação irregular” perde três pontos, além dos conquistados na partida em questão – no caso a vitória do Vasco por 2 a 1 sobre o Resende. Além disso, está prevista multa entre R$ 100 e R$ 100 mil. 
O que dizem os clubes interessados:

Volta Redonda e Resende disputam com o Vasco a última vaga do Grupo C para as semifinais da Taça Guanabara. O Cruz-Maltino tem seis pontos, mesma pontuação do Voltaço e dois pontos a mais do Resende. Confira a tabela completa.

Em nota, o Volta Redonda comunicou: "O departamento jurídico do Volta Redonda tomou ciência do caso e já está analisando a documentação para se manifestar com mais propriedade sobre o assunto". O Resende, por sua vez, disse que não irá se pronunciar no momento.



ESPORTE/FUTEBOL

Luis Enrique evita rodeios após baile do PSG: "Fomos claramente inferiores"

Técnico do Barcelona lamenta bastante chance desperdiçada por André Gomes no primeiro tempo e procura não pensar no jogo da volta: "Não é o melhor momento





luis enrique, paris saint-germain x barcelona (Foto: CHRISTOPHE SIMON / AFP)



Depois da derrota por 4 a 0 e do baile aplicado pelo Paris Saint-Germain na noite desta terça-feira, pelo jogo de ida das oitavas de final da Liga dos Campeões, Luis Enrique procurou evitar desculpas ao encarar a imprensa no Parc des Princes. O nível da atuação do Barcelona foi extremamente inferior quando comparada com a do adversário, resumiu o treinador.
Os gols da vitória do PSG foram marcados por Di María (duas vezes), Draxler e Cavani. O Barcelona, agora, precisa ao menos devolver os 4 a 0 no jogo de volta se quiser manter em pé o desejo de chegar às quartas.
- (O resultado) Não é difícil de explicar. O rival foi superior desde o início, nos superou na pressão e foi melhor com e sem a bola. Fomos claramente inferiores - afirmou, sem rodeios.
Apesar da goleada, Luis Enrique acredita que o Barcelona ditou o ritmo da partida em determinados momentos. E lamentou bastante a chance desperdiçada por André Gomes após passe de Neymar, ainda no primeiro tempo. Trapp fez a defesa.
Cavani comemora, Neymar lamenta em Paris Saint-Germain x Barcelona (Foto: Reuters / Christian Hartmann)


- Houve um momento em que criamos mais no jogo. A oportunidade de André Gomes poderia ter nos colocado na partida, mas, logo depois, o PSG nos desmantelou. No intervalo, conversamos para voltar para o jogo, mas rapidamente levamos o terceiro e o quarto - disse o comandante, que ainda completou:
- (Di María, Cavani, Draxler e cia.) Não me surpreenderam, já sabemos que são estrelas mundiais. Sobretudo Di María, que atuou hoje no melhor nível coletivo e individual - disse.
O jogo de ida entre Paris Saint-Germain e Barcelona acontece no dia 8 de março, no Camp Nou. Ao menos a princípio, Luis Enrique não quer ouvir falar sobre o assunto.
- Não é o melhor momento (para falar na volta). Mas, à medida que assimilarmos o que aconteceu, certamente vamos pensar em mais opções. Devemos nos apegar a isso - encerrou.

JUSTIÇA

MPF denuncia Sérgio Cabral por 184 crimes de lavagem de dinheiro


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Total ocultado no exterior corresponde a quase R$ 318 milhões.
Mulher do ex-governador e mais 9 pessoas também foram denunciadas.Foto: Gazeta do Povo/ Rodrigo Felix Leal)

A Justiça Federal aceitou na noite desta terça-feira (14) mais uma denúncia contra o ex-governador do Rio Sérgio Cabral na Operação Lava Jato. Ele é acusado de cometer o crime de lavagem de dinheiro 184 vezes. O Ministério Público Federal denunciou também a mulher dele, Adriana Ancelmo, e outras nove pessoas.

Em dez meses, 184 crimes de lavagem de dinheiro.
É como se dia sim dia não a organização criminosa fizesse uma operação financeira para esquentar dinheiro de propina.
O esquema foi revelado por dois doleiros que são irmãos. Eles fizeram delação premiada.
Marcelo Chebar e Renato Chebar contaram que recebiam os recursos do grupo de Sérgio Cabral e esperavam a ordem para fazer pagamentos, transferências e até entrega de dinheiro vivo.
Os recursos recebidos dos demais integrantes da organização criminosa eram custodiados em seu escritório, aguardando as determinações de pagamentos; transferências e entrega de recursos em espécie.
Os doleiros revelaram que chegaram a guardar R$ 2 milhões em uma sala do escritório.
Eles controlavam o caixa com planilhas. Numa delas, aparecem, por exemplo, despesas pessoais da família do ex-governador como passagens aéreas para voos nacionais e internacionais e aluguel de helicóptero. Tudo pago em espécie.
Para o Ministério Público Federal, cada linha dessas é uma movimentação financeira ilegal, e cada uma é um crime de lavagem de dinheiro.
Só no período que vai de agosto de 2014 a junho de 2015 os doleiros movimentaram quase R$ 39,8 milhões para o grupo de Sérgio Cabral.
A denúncia desta terça contra o ex-governador, a mulher dele, Adriana Ancelmo, e outras nove pessoas, é por causa desse valor movimentado no Brasil.
Mas no documento enviado à Justiça, os procuradores identificam também como Sérgio Cabral e integrantes da organização criminosa guardavam no exterior mais uma fortuna gerada com dinheiro de propina.
O ex-governador mantinha no exterior mais de US$ 100 milhões depositados em dinheiro em contas em nome dos irmãos Chebar e de outras pessoas.
Tinha um milhão de euros ocultados sob a forma de diamantes guardados num cofre. Em outro cofre, um US$ 1 milhão também em diamantes. E quase US$ 250 mil em ouro: 4,5 quilos.
O total ocultado no exterior que foi descoberto até agora corresponde a quase R$ 318 milhões. O Ministério Público Federal diz que isso é apenas parte do que a organização criminosa tirou dos cofres públicos.
“Desses valores já foram trazidos para o Brasil um volume de cerca de R$ 250 milhões. O restante o MP, com cooperações internacionais, está buscando repatriar para o Brasil”, explicou o procurador da República Sérgio Pinel.
Os procuradores afirmam que Sérgio Cabral instituiu um gigantesco e afrontoso esquema de cobrança de propina, uma espécie de mesada de 5% dos contratos com empreiteiras enquanto foi governador do Estado do Rio.
Na noite desta terça, o juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Criminal Federal, aceitou a denúncia. Sérgio Cabral já é réu em quatro processos da Operação Lava Jato e responde preso em Bangu.
O JN não conseguiu contato com as defesas do ex-governador Sérgio Cabral e da mulher dele, Adriana Ancelmo.
Fonte: Jornal Nacional

ESPORTE/FUTEBOL

Tite cogita convocar Diego Souza, do Sport, para vaga de Gabriel Jesus

Técnico afirmou que meia é um dos possíveis substitutos do atacante do Manchester City, que se lesionou nesta semana; Roberto Firmino, do Liverpool, é outra opção




Diego Souza Brasil x Colombia Engenhao (Foto: André Durão)



A posição de centroavante da seleção brasileira está - temporariamente - sem dono. Com a lesão de Gabriel Jesus, que pode ficar até três meses longe dos gramados, a disputa pela vaga aumenta. Uma das opções do técnico Tite é Diego Souza, do Sport.
Quem confirmou isso foi o próprio técnico da Seleção. Em entrevista ao Esporte Interativo, após o jogo entre PSG e Barcelona, pela Liga dos Campeões, Tite foi questionado a respeito de quem poderia ser o substituto de Jesus.
- Pelas características físicas, Diego Souza pode fazer (a função de centroavante) como fez contra a Colômbia. Tanto é que, no gol que nós fizemos, ele faz o pivô, gira e está concluindo, dentro da área, a bola de fundo. Essa característica a gente está procurando - afirmou.
Cabe ressaltar que Diego não é atacante de origem. No Sport, como em toda a carreira, o jogador atua como meia. Apenas eventualmente é utilizado como centroavante - ou falso nove.
Outro nome lembrado por Tite foi o de Roberto Firmino, do Liverpool. O técnico, no entanto, deixou claro que esta não é uma questão decidida. Ele deixa o leque aberto na posição de centroavante.
Os próximos jogos do Brasil nas Eliminatórias são no dia 23 de março, contra o Uruguai, no estádio Centenário, e no dia 28 do mesmo mês, na Arena Corinthians, diante do Paraguai. A convocação de Tite será para essas duas partidas.










ESPORTE/FUTEBOL

"Humilhação" e memes: a internet reage ao baile do PSG






Nem o mais otimista dos torcedores do PSG poderia imaginar o que aconteceu nesta terça-feira no Parque dos Príncipes: goleada de 4 a 0 sobre o poderoso Barcelona, com direito ao trio MSN em campo. A cada gol em Paris, um meme de internautas na rede. Acompanhe abaixo as zoações da web e a repercussão nos jornais pelo mundo!

MUNDO

ONU nomeia novo chefe das missões de paz

Departamento luta para superar escândalo do número crescente de casos de abuso sexual cometidos por suas tropas.






 O secretário-geral das Nações Unidas, Antonio Guterres, anunciou nesta terça-feira (14) a designação do francês Jean-Pierre Lacroix para dirigir as missões de paz da ONU por um ano.
Lacroix, de 56 anos, substitui Hervé Ladsous, que sai em março após seis anos no cargo.
O chefe de Assuntos Políticos da ONU, o americano Jeffrey Feltman, será mantido no posto, também por um ano. Ambas as funções estão entre as de mais alto perfil das Nações Unidas.
Atual diretor para as Nações Unidas no Ministério francês das Relações Exteriores, Lacroix assumirá a direção dos corpos de paz, no momento em que esse departamento luta para superar o escândalo do número crescente de casos de abuso sexual cometidos por suas tropas.
Jean-Pierre Lacroix vai liderar uma área que tem na agenda a reforma de sua estrutura e de suas funções.
Maior contribuinte financeiro das missões de paz da ONU, os Estados Unidos consideram reduzir suas contribuições. Hoje, os americanos assumem 29% do orçamento de 2017 da organização, que chega a US$ 7,9 bilhões.
Guterres substituiu o sul-coreano Ban Ki-moon em 1º de janeiro, com a promessa de reformar as Nações Unidas para melhorar sua capacidade de resolver as crises globais e de prevenir conflitos.




MUNDO

EUA detectam presença de navio espião russo, diz 'New York Times'

Embarcação na costa leste do país pode interceptar sinais dos serviços de inteligência e é equipada com mísseis. Pentágono ainda não se manifestou oficialmente.






   Autoridades americanas detectaram nesta terça-feira (14) a presença de um navio espião russo equipado com mísseis na costa leste dos Estados Unidos, de acordo com o jornal "The New York Times".
Segundo fontes do governo americano, a embarcação navegava a pouco mais de 110 quilômetros do litoral do estado de Delaware, no nordeste do país, em direção ao norte.
O navio SSV Viktor Leonov é capaz de interceptar comunicações ou sinais dos serviços de inteligência e medir a capacidade dos sonares da Marinha dos EUA.
"Não representa uma grande preocupação, mas estamos de olho", afirmou um dos funcionários do governo à emissora Fox News, ao ressaltar que, apesar da proximidade com a costa americana, o navio estava em águas internacionais.
A passagem do navio russo ocorreu depois dos recentes testes de mísseis pelo Irã e pela Coreia do Norte, ambos condenados de forma veemente pelo governo do presidente Donald Trump.
De acordo com o NYT, a presença da embarcação fere um tratado de controle de armas de 1987 que proíbe teste com navios desse tipo e que antecedeu o fim da Guerra Fria.
Não é a primeira vez que o tratado é violado. Navios espiões russos já navegaram em águas próximas à base de Kings Bay, no estado da Geórgia, no sul dos EUA, onde ficam os submarinos nucleares.
O episódio ocorre em meio a um período conturbado na Casa Branca, com a renúncia de Michael Flynn, assessor de Segurança Nacional de Trump, por omitir telefonemas com autoridades russas.






MUNDO



Maduro exige que EUA se retratem de acusações a vice-presidente da Venezuela




O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse nesta terça-feira (14) que exigirá que os Estados Unidos se retratem pelas acusações de narcotráfico feitas ao vice-presidente do país, Tareck El Aissami, pelo Departamento do Tesouro.
"Ordenei que a chanceler (Delcy Rodríguez) que convoque o encarregado de negócios dos EUA na Venezuela, lhe entregue uma nota de protesto e exija que ele esclareça e se retrate dessas acusações", disse Maduro ao lado de El Aissami e vários governadores chavistas em um pronunciamento na televisão e no rádio.
Nesta segunda, Departamento do Tesouro dos EUA sancionou El Aissami e o empresário Samark José López Bello, que identificou como seu associado, acusando ambos de envolvimento em uma rede internacional que envia drogas por ar e mar, e de ter ligações com gangues no México e Colômbia.
Maduro classificou as acusações como uma "decisão ilegal, inaudita e infame", além de "uma agressão que a Venezuela responderá passo a passo com equilíbrio e contundência".
"Que os EUA peçam desculpas públicas ao nosso vice-presidente", disse Maduro no pronunciamento.
O presidente venezuelano afirmou que El Aissami promoveu os "maiores golpes contra os 'capos' do narcotráfico" do país enquanto ocupou o Ministério de Interior e Justiça, entre 2008 e 2012.
Maduro disse que sob o comando do atual vice-presidente foram capturados 102 líderes do tráfico no país, 21 deles extraditados aos EUA, eficiência pela qual El Aissami recebeu "felicitações dos governos dos EUA que constam em documentos". Por isso, o presidente disse que as acusações parecem uma "vingança do narcotráfico".
"A Venezuela vai ativar todos os mecanismos legais, políticos, diplomáticos, nacionais e internacionais, para resistir, para desmontar essa infâmia", disse Maduro, pedindo que os venezuelanos defendam o vice-presidente contra uma acusação que também é um ataque à chamada Revolução Bolivariana.
Maduro também disse que as acusações surgiram depois que vários dirigentes da oposição do país viajassem a Washington para "fazer lobby e conspirar contra nossa pátria".
O vice-presidente classificou as acusações de "miseráveis agressões" e afirmou que tem a "moral intacta, firmeza e convicção anti-imperialista".








MUNDO

Gelo marinho ao redor da Antártica alcança baixa recorde, mostram dados preliminares dos EUA

Nova medição nos próximos dias deverá ser feita para confirmar informações captadas por satélite.









 O gelo marinho em volta da Antártica encolheu para a sua menor extensão anual já registrada depois de resistir por anos à tendência de aquecimento global provocado pelo homem, mostraram dados preliminares norte-americanos por satélite nesta terça-feira (14).
O gelo flutuando ao redor do continente gelado geralmente se derrete para alcançar o seu menor registro do ano ao redor do fim de fevereiro, verão no hemisfério sul, e depois aumenta novamente com a chegada do outono.
Neste ano, a extensão do gelo marinho contraiu para 2,287 milhões de quilômetros quadrados em 13 de fevereiro, segundo as informações diárias do centro de dados norte-americano sobre gelo e neve.
Essa extensão é uma fração menor do que a baixa anterior de 2,290 milhões de quilômetros quadrados de 27 de fevereiro de 1997, em registros por satélite que vêm desde 1979.
Mark Serreze, diretor do centro de dados norte-americano, disse que esperaria as medições dos próximos dias para confirmar a baixa recorde.
“Contudo, a não ser que algo estranho tenha acontecido, estamos diante de um mínimo recorde na Antártica. Algumas pessoas dizem que já aconteceu”, afirmou ele à Reuters.
“Tendemos a ser conservadores e a olhar a média de cinco dias.”



MUNDO

Em carta ao 'NY Times', profissionais de saúde mental demonstram preocupação com instabilidade de Donald Trump

Na mensagem, psiquiatras e psicólogos falam em 'grave instabilidade emocional em discurso e ações' do presidente dos EUA.







 Uma carta assinada por um grupo de profissionais de saúde mental, publicada nesta terça (14) pelo jornal “The New York Times”, alerta sobre uma preocupação com o comportamento exibido pelo presidente dos EUA, Donald Trump.
Segundo o texto, “a grave instabilidade emocional indicada pelo discurso e pelas ações do senhor Trump o tornam incapaz de servir de forma segura como presidente”.
Enviada ao jornal por Lance Dodes, professor assistente aposentado de psiquiatria na Faculdade de Medicina de Harvard, e por Joseph Schachter, ex-presidente do Comitê de Propostas de Pesquisa da Associação Psicanalítica Internacional, a carta é subscrita por outros 33 psiquiatras, psicólogos e assistentes sociais.
Segundo os autores, a preocupação citada é atribuída a um texto de Charles M. Blow publicado pelo jornal no dia 9 de fevereiro (leia aqui, em inglês).
O texto diz o seguinte:
“Charles M. Blow descreve a constante necessidade de Donald Trump de “moer a oposição sob seus pés”. Como profissionais de saúde mental, compartilhamos a preocupação do senhor Blow.
O silêncio das organizações de saúde mental do país se deve a uma resolução auto-imposta sobre avaliar figuras públicas (a Regra Goldwater da Associação Americana de Psiquiatria, de 1973). Mas esse silêncio resultou em uma falha em ceder nossa experiência a preocupados jornalistas e membros do Congresso neste momento crítico. Tememos que exista muito em risco para continuarmos em silêncio.
O discurso e as ações do senhor Trump demonstram uma inabilidade de tolerar visões diferentes das suas, levando a reações de raiva. Suas palavras e comportamento sugerem uma profunda inabilidade em desenvolver empatia. Indivíduos com esses traços distorcem a realidade para atender seu estado psicológico, atacando fatos e aqueles que os transmitem (jornalistas, cientistas).
Em um líder poderoso, esses ataques estão sujeitos a aumentar, à medida que seu mito pessoal de grandeza parece ser confirmado. Acreditamos que a grave instabilidade emocional indicada pelo discurso e pelas ações do senhor Trump o tornam incapaz de servir de forma segura como presidente”.