terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

MUNDO



Maduro exige que EUA se retratem de acusações a vice-presidente da Venezuela




O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse nesta terça-feira (14) que exigirá que os Estados Unidos se retratem pelas acusações de narcotráfico feitas ao vice-presidente do país, Tareck El Aissami, pelo Departamento do Tesouro.
"Ordenei que a chanceler (Delcy Rodríguez) que convoque o encarregado de negócios dos EUA na Venezuela, lhe entregue uma nota de protesto e exija que ele esclareça e se retrate dessas acusações", disse Maduro ao lado de El Aissami e vários governadores chavistas em um pronunciamento na televisão e no rádio.
Nesta segunda, Departamento do Tesouro dos EUA sancionou El Aissami e o empresário Samark José López Bello, que identificou como seu associado, acusando ambos de envolvimento em uma rede internacional que envia drogas por ar e mar, e de ter ligações com gangues no México e Colômbia.
Maduro classificou as acusações como uma "decisão ilegal, inaudita e infame", além de "uma agressão que a Venezuela responderá passo a passo com equilíbrio e contundência".
"Que os EUA peçam desculpas públicas ao nosso vice-presidente", disse Maduro no pronunciamento.
O presidente venezuelano afirmou que El Aissami promoveu os "maiores golpes contra os 'capos' do narcotráfico" do país enquanto ocupou o Ministério de Interior e Justiça, entre 2008 e 2012.
Maduro disse que sob o comando do atual vice-presidente foram capturados 102 líderes do tráfico no país, 21 deles extraditados aos EUA, eficiência pela qual El Aissami recebeu "felicitações dos governos dos EUA que constam em documentos". Por isso, o presidente disse que as acusações parecem uma "vingança do narcotráfico".
"A Venezuela vai ativar todos os mecanismos legais, políticos, diplomáticos, nacionais e internacionais, para resistir, para desmontar essa infâmia", disse Maduro, pedindo que os venezuelanos defendam o vice-presidente contra uma acusação que também é um ataque à chamada Revolução Bolivariana.
Maduro também disse que as acusações surgiram depois que vários dirigentes da oposição do país viajassem a Washington para "fazer lobby e conspirar contra nossa pátria".
O vice-presidente classificou as acusações de "miseráveis agressões" e afirmou que tem a "moral intacta, firmeza e convicção anti-imperialista".








Nenhum comentário:

Postar um comentário